Não é nenhuma novidade que a prática regular de exercícios físicos traz uma enorme variedade de benefícios para a saúde. Além de contribuir para a manutenção do peso, melhorar a saúde mental e evitar doenças cardiovasculares, a atividade física também pode ajudar a prevenir e reduzir os sintomas de insônia, segundo um novo estudo. A pesquisa, publicada na revista científica BMJ Open nesta terça-feira (26), mostra que se exercitar de duas a três vezes na semana está relacionado a um menor risco de insônia à longo prazo. Além disso, a prática regular de exercícios ajuda a atingir a necessidade de 6 a 9 horas recomendadas de sono todas as noites. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores avaliaram a frequência, a duração e a intensidade da atividade física semanal e os sintomas de insônia, sono noturno aumentado e a sonolência diurna entre adultos de meia-idade em nove países da Europa. No total, foram 4.399 participantes no estudo, cujos dados foram colhidos da Pesquisa de Saúde Respiratória da Comunidade Europeia. Os participantes responderam perguntas sobre frequência e duração da atividade física no início do estudo. Dez anos depois, voltaram a responder questões sobre atividade física, duração do sono e sonolência diurna. Os participantes que praticavam exercícios físicos pelo menos duas vezes na semana, durante 1 hora por semana ou mais, foram classificados como fisicamente ativos. Durante o período de 10 anos, 37% dos participantes permaneceram inativos; 18% deles se tornaram fisicamente ativos; 20% ficaram inativos; e 25% eram ativos durante todo o tempo do estudo. Depois de ajustarem os dados para idade, sexo, peso (IMC), histórico de tabagismo e região onde os participantes moravam, o estudo descobriu que aqueles que sempre foram ativos tinham 42% menos chance de ter dificuldade para dormir, 22% menos probabilidade de ter qualquer sintoma de insônia e 40% menos chances de ter dois ou três sintomas associados ao distúrbio. Em relação ao total de horas noturnas de sono e à sonolência diurna, os participantes que sempre foram ativos tinham 55% maior probabilidade de dormir normalmente, 29% menos chance de ter sono curto, com seis horas ou menos de duração, e 52% menos chance de ter sono longo, com mais de 9 horas de duração. Entre aqueles que se tornaram ativos ao longo dos 10 anos de estudo, as chances eram 21% maiores de terem sono normal do que aqueles que permaneceram inativos durante todo esse período.
Em Guanambi, o prefeito Arnaldo Pereira de Azevedo o Nal, e o secretário municipal de saúde, Edmilson Junior, visitaram a Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h) e verificaram a situação do atendimento em meio à epidemia de dengue vivida na cidade. Em média, eram realizados 150 atendimentos diários na UPA. No entanto, com a epidemia, o número saltou para 280. O secretário explicou que, mesmo se a pasta aumentar as equipes de atendimento, não há estrutura suficiente no local. Júnior também explicou que 80% dos atendimentos da UPA são casos de baixa gravidade e a sobrecarga aumentou o tempo médio de espera. Para desafogar a demanda da unidade, o prefeito Nal Azevedo determinou que o atendimento seja estendido aos - Postos de Saúde da Família - PSFs. “Junto com Edmilson encontramos a solução de atender os casos mais simples na parte da tarde em todos os postos de saúde e os casos graves serão encaminhados para o atendimento de referência”, detalhou o gestor.
O Brasil ultrapassou a marca de 800 mortes causadas pela dengue. Segundo dados do Ministério da Saúde, o número alcançado nesta terça-feira (26) é de 831, enquanto existem outros 1.267 óbitos sendo investigados por supostamente terem relação com a doença. De acordo com a CNN, na semana passada, o país chegou à casa dos 2 milhões de casos confirmados. Atualmente, o número é de 2.321.050. Outro dado que se destaca é o coeficiente de incidência da dengue. Segundo a atualização mais recente, ele é de 1143 casos a cada 100 mil habitantes. Os estados com mais casos registrados são Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Distrito Federal e Rio de Janeiro.
A dengue segue fazendo vítimas na Bahia. Nesta terça-feira (26), a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) confirmou a 21ª morte pela doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. O novo caso foi registrado na cidade de Vitória da Conquista. De acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep) da Sesab, 285 municípios estão em estado de epidemia (68% das cidades), entre eles a capital Salvador. Outras 45 cidades estão em risco e 12 em estado de alerta. As mortes pela doença no estado foram registradas em 12 municípios. Ao todo, 81.428 casos prováveis da doença foram notificados no estado até o sábado (23). O número é 487,8% maior que o registrado no mesmo período de 2023, em que foram notificados 13.854 casos prováveis. Vitória da Conquista, Salvador e Feira de Santana são os municípios com mais casos prováveis de dengue em 2024, de acordo com os dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep). Em Conquista, foram notificados até o momento 11.627 casos; em Salvador 4.962 casos; e Feira de Santana 2.888 casos prováveis. Ainda assim, a pasta destaca que a Bahia possui índice de letalidade por dengue de 1,47%, percentual abaixo da média nacional, de 3,09%. O cálculo é feito com base nos casos notificados que evoluem para a forma grave da doença. A avaliação é da Câmara Técnica Estadual de Análise de Óbito da Sesab.
A Secretaria de Saúde de Vitória da Conquista já fez 12.503 notificações de pessoas com suspeita de dengue, com 4.039 confirmados no município e três óbitos de moradores causados pela dengue grave. Os dados são do último boletim da 12ª semana epidemiológica – que compreende o período de 1º de janeiro a 25 de março de 2024. Ainda estão sob investigação da Câmara Técnica da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), 11 óbitos por suspeita de dengue. No momento, 84 pessoas estão internadas em unidades hospitalares do município. Nos últimos oito dias foram registradas 1.417 novas notificações suspeitas de dengue. Neste ano foram 11.694 casos notificados a mais do que o mesmo período do ano de 2023, um aumento equivalente a 1.455%. A maioria dos casos registrados no município são dengue, tipo 1 e 2, mas também já foram feitas, até o momento, 1.878 notificações suspeitas de chikungunya, com 39 confirmados, e 562 notificados para zika, com um caso confirmado.
A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) detectou nove casos de Febre do Oropouche, um evento atípico, visto que a doença não é considerada endêmica na região. Os casos foram detectados em Valença, com sete registros, e em Laje, com dois casos. A Febre do Oropouche é uma doença viral transmitida no ambiente urbano pelo Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Até o momento, não há registros de transmissão direta entre pessoas. Os sintomas incluem febre, dor de cabeça e dores musculares, semelhantes aos de outras arboviroses, o que ressalta a importância de um diagnóstico preciso. A Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado está realizando investigações complementares para compreender melhor o cenário dessa doença na Bahia. Apesar dos casos confirmados, não há indicação de uma ameaça iminente à saúde pública, considerando o caráter não endêmico do vírus na região. Não existe tratamento específico para a Febre do Oropouche, sendo o manejo clínico focado no alívio dos sintomas. A Secretaria reforça a importância do diagnóstico laboratorial para um acompanhamento efetivo dos casos e destaca ações de vigilância epidemiológica para monitoramento da situação. A população é incentivada a continuar com as medidas preventivas contra picadas de mosquitos, como o uso de repelentes e roupas que minimizem a exposição da pele, além de procurar orientação médica se necessário.
Agora, o Centro de Visão da Bahia (Cevib) também conta com atendimento pediátrico. Ao site Achei Sudoeste, a médica pediatra Thamirys Abreu falou sobre os perigos da dengue em crianças. Abreu explicou que o mosquito aedes aegypti, que transmite a doença, possui hábitos predominantemente diurnos, isso significa que a maior parte das picadas ocorre durante o dia. Em caso de ser contaminada, a criança pode levar de 5 a 6 dias para manifestar os primeiros sintomas. Segundo a pediatra, os sintomas da dengue nas crianças são bem semelhantes aos apresentados nos adultos: febre alta, dor muscular e nas articulações, dor de cabeça e atrás dos olhos, manchas no corpo e fraqueza geral. Nos casos mais graves alguns sintomas chamam atenção, como vômitos persistentes, dor abdominal contínua, sangramentos e evacuações com sangue, sonolência e irritação excessiva, temperatura muito baixa e desconforto para respirar. A pediatra alertou os pais que, caso algum desses sintomas apareça, o atendimento médico deve ser imediato. Embora não haja um protocolo específico de atendimento para dengue, os sintomas são tratados para melhoria do quadro geral do paciente. Além disso, a hidratação é muito importante para recuperação do paciente diagnosticado com dengue. “O ponto chave do tratamento da dengue é a hidratação”, frisou Abreu. Na forma clássica da dengue, os sintomas tendem a desaparecer entre 5 e 7 dias. Em Brumado, o Centro de Visão da Bahia fica localizado na Rua Euclides da Cunha, 175, Centro. Os telefones são: (77) 3441-6967 e (77) 99929-6967.
A capital e outros 21 municípios baianos, dentre eles Ituaçu e Lagoa Real, ganharam reforço na frota de ambulâncias. Nesta segunda-feira (25), o governador Jerônimo Rodrigues (PT) e a secretária de saúde, Roberta Santana, entregaram os novos veículos e, na mesma ocasião, também foram entregues 402 kits de saúde, totalizando mais de 180 municípios beneficiados. No total, foram aplicados mais de R$ 28,9 milhões para fortalecer a assistência básica em saúde. O ato de entrega foi realizado do Parque de Exposições de Salvador, na presença de diversas autoridades. “Os municípios, muitos deles, não têm capacidade financeira de se estruturar. E na parceria com os deputados federais, estaduais e senadores, a gente consegue fazer essa mediação de orçamento, de recurso, para que os municípios possam se preparar para um conjunto de ações. A gente juntou, fizemos um planejamento sobre isso”, destacou Jerônimo, que também garantiu que há outras licitações sendo preparadas para compra, por exemplo, de mais ambulâncias.
Dentre os equipamentos entregues aos municípios estão seis kits parto com berço de acrílico, berço aquecido, biombo, cama de parto PPP, mesa de cabeceira, suporte de soro e cadeira para acompanhamento. Mais 110 kits para Unidade Básica de Saúde (UBS) com armários, autoclave, balanças, cadeira para coleta de sangue cadeira de rodas, computadores e outros itens. Mais 86 kits odontológicos, onze aparelhos de raio-x, dez aparelhos de ultrassonografia e 179 equipamentos diversos, como suportes e mobiliários, que representam um investimento de R$ 22,751 milhões. De acordo com a secretária Roberta Santana, as entregas representam o fortalecimento da atenção primária e diminuem a distância entre o atendimento básico e a alta complexidade. “As pessoas e suas famílias são acolhidas. Isso tudo é o fortalecimento para aumentar a resolutividade no interior do estado”, afirmou a titular da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab).
Você sabia que insalubridade e periculosidade são conceitos distintos, mas com impacto na segurança e saúde dos trabalhadores? De acordo com a Clínica Santa Clara, especializada em saúde e segurança ocupacional, insalubridade se refere às condições de trabalho que expõem os funcionários a agentes nocivos à saúde, como produtos químicos, ruídos excessivos ou radiações. O pagamento do adicional de insalubridade é obrigatório para compensar os riscos à saúde do trabalhador. Já a periculosidade está relacionada a atividades que envolvem risco iminente de vida, como manipulação de explosivos, inflamáveis ou eletricidade em condições de alta voltagem. O adicional de periculosidade é devido quando há exposição a situações de perigo em potencial. Ambos visam proteger os trabalhadores e garantir um ambiente de trabalho mais seguro. Na Santa Clara, as empresas são orientadas sobre este e outros assuntos com o objetivo de cumprir as normas de segurança do trabalho. Em Brumado, a unidade fica localizada na Avenida João Paulo I, 590, Bairro Nobre. Entre em contato agora mesmo pelo número (77) 3441-5206.
Dentes sensíveis podem causar dores incômodas ao tomar um café quentinho ou um sorvete refrescante, mas isso não precisa virar rotina. De acordo com a Clínica Revitalle, especializada em odontologia e saúde, as principais causas da condição são esmalte desgastado devido à escovação errada, produtos abrasivos e bruxismo (ranger os dentes); gengiva retraída, quando a raiz do dente fica exposta, aumentando a sensibilidade; e fraturas dentárias. Se você está sofrendo com sensibilidade nos dentes, não se preocupe, a Revitalle pode te ajudar a entender as causas e oferecer o tratamento ideal para o seu caso. Basta agendar uma consulta! Em Brumado, a clínica fica localizada na Rua Cassemiro Pinheiro de Azevedo, 620, Centro, onde um espaço confortável e aconchegante foi montado para oferecer o melhor aos pacientes. Agende sua consulta através do telefone (77) 99963-5729.
Em Brumado, uma mulher identificada como Eronilde Lima Ribeiro, 52 anos, morreu vítima de dengue hemorrágica, de acordo laudo do Hospital Professor Magalhães Neto. Apesar de a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) negar a informação, a família diz que todos os prontuários médicos apontam que a paciente foi diagnosticada com dengue grave. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, Ducilene Ribeiro, irmã de Eronilde, disse que o posicionamento da pasta faz parecer que a família está mentindo. “Se estamos mentindo é de acordo ao que está no prontuário dela. Os sintomas, tudo indicava que era dengue hemorrágica. As plaquetas estavam muito baixas e o quadro foi só se agravando”, afirmou. Segundo Ducilene, a irmã teve diversos sangramentos e também apresentou quadro de insuficiência renal aguda e anemia severa devido ao agravamento da dengue. “Em todos os prontuários tá lá dengue grave. O médico da UTI falou pra gente que o quadro de dengue dela era o mais grave. Em nenhum momento os médicos enganaram a gente”, reiterou. Ribeiro apontou ainda que a própria certidão de óbito da irmã aponta como causa da morte arbovirose e a secretaria de saúde precisa ser mais transparente com a população. “Até que se prove o contrário foi dengue hemorrágica”, finalizou.
A cidade da de Vitória da Conquista enfrenta uma grave epidemia de dengue, com mais de 10 mil casos da doença. Diante do cenário preocupante, o Governo da Bahia solicitou que o município intensifique as ações de combate ao vetor e amplie o horário de funcionamento dos postos de saúde, inclusive aos finais de semana e feriados, para assegurar a assistência aos pacientes com suspeita de dengue. Além disso, um ofício direcionado à prefeitura sugere a imediata instalação de unidades de referência para acolhimento, notificação, coleta de amostras e referenciamento para unidade hospitalar, quando necessário. Além da dengue, quase 2 mil casos de Chikungunya e Zika foram identificados na cidade, aumentando a urgência de uma resposta robusta e coordenada. O Governo do Estado já destinou mais de R$ 19 milhões com iniciativas que incluem a aquisição de novos carros fumacê e a distribuição de 12 mil kits para agentes de combate a endemias em toda a Bahia. Em Vitória da Conquista, medidas específicas foram implementadas, como a liberação de veículos fumacê, capacitação de profissionais e a instalação de 20 novos leitos de hidratação na UPA Estadual.
Nesta sexta-feira (22), Carinhanha confirmou o registro da primeira morte por dengue na cidade. A vítima é uma mulher identificada como Maria Florinda de Jesus, que estava internada. Não foram divulgadas informações sobre o velório e sepultamento da mesma. A Prefeitura Municipal emitiu uma Nota de Pesar pelo ocorrido. De acordo com o boletim epidemiológico mais recente, o município possui 29 casos da doença. Já o total de notificações suspeitas é de 628, considerado alto pelos órgãos de saúde.
A Fundação Gonçalves e Sampaio (Terra Mãe) impetrou mandado de segurança com pedido liminar contra ato praticado pelo prefeito de Caetité, Valtécio Neves Aguiar (PDT), objetivando a intervenção judicial para declarar ilegal e nulo o Decreto Municipal nº 47/2024, através do qual o Município requisita a posse direta do imóvel onde funciona atualmente a Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon). Segundo apurou o site Achei Sudoeste, na ação, a impetrante alega que, por meio da Lei Municipal nº 871/2020, foi concedido à Fundação Gonçalves e Sampaio, por um período de 5 (cinco) anos, a cessão do uso do bem de propriedade da prefeitura com a finalidade de gerir o Hospital Municipal de Caetité, estando a unidade hospitalar há apenas 3 anos sob a sua responsabilidade. Segundo a fundação, o art. 2º da referida lei foi alterado pela Lei Municipal nº 878/2021, estabelecendo o prazo de vigência da concessão de uso do referido bem imóvel por 10 anos, a contar da assinatura do respectivo termo, podendo ser prorrogado por igual período. A impetrante possui contrato ativo com a Secretaria de Saúde do Estado e em fase de renovação, relativo à prestação de serviços de abrangência macrorregional através da Unacon no imóvel objeto de concessão. O juiz José Eduardo das Neves Brito deferiu a liminar para suspender a executoriedade do Decreto Municipal, mantendo a eficácia da Lei 878/2021, que assegura a permanência da concessão de uso de bem imóvel da Unacon com a impetrante.
A Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) confirmou nesta sexta-feira (22) a primeira morte por dengue na cidade de Caetité. De acordo com a pasta, a Bahia chegou a 20ª morte pela doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. De acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep) da Sesab, 272 municípios estão em estado de epidemia (65% das cidades). Outras 34 cidades estão em risco e 7 em estado de alerta. As mortes pela doença no estado foram registradas em 12 municípios. Ao todo, 73.310 casos prováveis da doença foram notificados até quinta-feira (21). Ainda assim, a pasta destaca que a Bahia possui índice de letalidade por dengue de 1,5%, percentual abaixo da média nacional, de 3,09%. O cálculo é feito com base nos casos notificados que evoluem para a forma grave da doença. A avaliação é da Câmara Técnica Estadual de Análise de Óbito da Sesab. Jacaraci (4), Piripá (3), Vitória da Conquista (3) Barra do Choça (1), Feira de Santana (1), Ibiassucê (1), Irecê (1), Santo Antônio de Jesus (2), Santo Estevão (1), Campo Formoso (1), Caetité (1) e Juazeiro (1).
A baixa procura pela vacina contra a dengue na Bahia preocupa autoridades e especialistas em saúde. Mais de 97,4 mil doses da QDenga vencem em 30 de abril e ainda não foram aplicadas no estado. O ritmo de vacinação precisa crescer mais de 30% para que os imunizantes não sejam desperdiçados. Atualmente, o público-alvo é formado por crianças de 10 a 14 anos. O estado recebeu 170.540 doses desde 9 de fevereiro e 73.072 foram aplicadas nos postos de saúde, de acordo com a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab). Com isso, 57% das doses do imunizante estão encalhadas. Na tarde de quarta-feira (20), a ministra da Saúde Nísia Trindade anunciou que o Governo Federal vai redistribuir as doses da vacina que não foram usadas pelos estados e municípios. Segundo ela, as cidades que decretaram situação de emergência em razão da doença terão prioridade. “Vamos fazer a redistribuição das doses que não foram aplicadas e que estão nos municípios [...] Isso não vai ser detalhado hoje. Está em processo, tem que ser feito de forma muito cuidadosa”, disse a titular da pasta. Apenas 115 municípios baianos receberam a vacina. Desse total, 44 municípios - todos que receberam o primeiro lote - estão com doses que vencem em 30 de abril, informa Vânia Rebouças, coordenadora do Programa Estadual de Imunização. As cidades que receberam o segundo lote estão com doses que vencem em 30 de junho. “Teremos mais 40 dias pra usar essas doses. Se vencer, vai precisar ser descartado. O que precisa é usar antes do vencimento. Se a gente focar na busca ativa nem vai precisar remanejar a dose, porque o público-alvo é de meio milhão, só distribuiu 170 mil, percentual bem inferior ao quantitativo [apto]”, avalia Rebouças. Na Bahia, cerca de 14,6 mil crianças foram imunizadas por semana desde o início da vacinação, no mês passado. Para atingir a meta e não desperdiçar doses da vacina, é necessário que cerca de 19 mil pessoas recebam o imunizante semanalmente até dia 30 de abril. Ou seja, um aumento de 33% no número de doses aplicadas. Há expectativa de que a faixa etária do público-alvo seja ampliada para evitar o desperdício de doses.
A pedido do pré-candidato a prefeito Guilherme Bonfim, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) pretende retomar as obras da sede própria do Núcleo Regional de Saúde em Brumado. Ao site Achei Sudoeste, Bonfim informou que se reuniu em audiência com a secretária Roberta Santana e, nos próximos dias, o pleito deve ser encaminhado a fim de as obras serem retomadas o mais rapidamente possível. Para o pré-candidato, o atendimento do pedido é mais uma demonstração de cuidado e compromisso do Governo do Estado com a cidade e se soma a outras ações empreendidas em prol do município, a exemplo do Procon, do Neam, da Adab e do 24º BPM. “É mais um compromisso nosso, de trabalho, com o município, ainda mais na área da saúde, que tem nos preocupado bastante e temos acompanhado de perto. Sem falsas promessas, sem falsas expectativas, fruto dessa relação que temos com o Governo do Estado”, afirmou. Trata-se, segundo Guilherme, de um importante órgão para saúde de Brumado e região e que ajudará a restabelecer o protagonismo da cidade na regional. A base será construída nos fundos do Detran, no mesmo local onde a obra havia sido iniciada anos atrás. A obra é avaliada em cerca de R$ 2 milhões. Até o final do mês de maio, a ordem de serviço e o processo de licitação devem ser iniciadas.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou nesta quarta-feira (20) um repasse de R$ 300 milhões a estados e municípios para a compra de soro e demais medicamentos necessários no manejo clínico da dengue. De acordo com a Agência Brasil, dados da pasta apontam que, atualmente, 23 unidades federativas registram incidência da doença, cada uma com variações importantes. “Um tema muito importante são os medicamentos para dengue. Soro e outros medicamentos que são utilizados para salvar vidas, abordagem clínica, evitar os casos graves em tratá-los da maneira adequada”, disse a ministra, em entrevista coletiva no Ministério da Saúde. “Estamos destinando, em portaria publicada hoje, R$ 300 milhões para estados e municípios fazerem especificamente a aquisição desses medicamentos”, completou.
O Brasil já registrou, desde 1º de janeiro, 1.937.651 casos de dengue, sendo 16.494 casos de dengue grave ou com sinais de alerta. O coeficiente de incidência da doença no país, neste momento, é de 954,2 casos para cada grupo de 100 mil habitantes. Há ainda 630 mortes confirmadas por dengue e 1.009 em investigação. Em balanço apresentado nesta quarta-feira (20), a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, destacou que os três primeiros meses de 2024 registram mais casos graves de dengue do que o mesmo período de 2023. “Estamos tendo muito mais casos graves que no ano anterior”, disse, ao lembrar que, até então, na série histórica, 2023 havia sido o ano com maior número de casos graves da doença. “Temos muito mais pessoas chegando [com quadro] grave aos serviços de saúde. Esse é um importante ponto de alerta para nós”, avaliou Ethel.
Em Brumado, moradores da Rua Virgílio Ataíde se reuniram em um mutirão para retirar diversos pneus que serviam de criadouro para o mosquito da dengue nas proximidades da linha férrea. Na região, uma mulher de 52 anos morreu vítima de dengue hemorrágica. Ao site Achei Sudoeste, o agente de endemias Dailton Moreira disse que o problema dos pneus na localidade é antigo e, mesmo tendo comunicado a coordenação da Vigilância Epidemiológica Municipal acerca do assunto, nenhuma providência foi tomada no sentido de recolher os materiais do local. Diante do impasse, o agente se reuniu com a comunidade e, com o apoio de um caminhão disponibilizado por uma empresa particular, os pneus foram recolhidos. “A prefeitura não tomou nenhum tipo de providência. A única coisa que eles fizeram foi, após tomar conhecimento do óbito, mandar bater veneno nos pneus. Só depois que a mulher faleceu. Mas, com relação a resolver o problema, nada foi feito. Foi um total descaso e desprezo com a população. Isso é uma vergonha para o poder público”, apontou.
Proprietária dos pneus, Luzia dos Santos também fez parte da iniciativa. Ela explicou que utiliza os materiais para confecção de cadeiras e outros itens. “É meu único meio de sobrevivência, só que não tenho recursos para tentar retirar esses materiais daqui. Já tentei, inclusive pedindo apoio da prefeitura, mas não consegui”, relatou. Dona de um comércio localizado bem em frente de onde os pneus ficavam, Leni Gomes falou que os materiais eram um incômodo para toda vizinhança. “Tinha muito mosquito aqui. Tava prejudicando a gente. Agora, estou mais tranquila”, afirmou.
O Brasil passou de 1,8 milhão de casos (prováveis e confirmados) de dengue em 2024. Segundo dados do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde atualizados ontem, o país registrou 1.889.206 casos nas primeiras onze semanas deste ano, uma taxa inédita. Este é o maior número desde o início da série histórica, em 2000. O recorde anterior de casos prováveis ocorreu em 2015, com 1.688.688. Já o terceiro ano com maior número foi 2023 com 1.658.816. No mesmo período do ano passado, em menos de 3 meses, o Brasil tinha 400.197 casos. Além disso, até o momento, 561 mortes foram confirmadas desde janeiro e 1.020 seguem em investigação. Em 2023, foram 257 óbitos entre as semanas 01 e 11.
A dengue fez mais uma vítima na Bahia: nesta segunda-feira (18), a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) confirmou a 17ª morte pela doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. O óbito foi em Campo Formoso, no norte do estado. De acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep) da Sesab, 272 municípios estão em estado de epidemia (65% das cidades), entre eles a capital Salvador. Outras 34 cidades estão em risco e 7 em estado de alerta. Ao todo, 62.478 casos prováveis da doença foram notificados até esta segunda-feira. A título de comparação, 12.479 casos foram notificados no mesmo período em 2023, o que representa um aumento de 440,7%. Ainda assim, a pasta destaca que a Bahia possui índice de letalidade por dengue de 1,47%, percentual abaixo da média nacional, de 3,09%. O cálculo é feito com base nos casos notificados que evoluem para a forma grave da doença. A avaliação é da Câmara Técnica Estadual de Análise de Óbito da Sesab. Confira as cidades onde ocorreram as mortes: Jacaraci (4), Piripá (3), Vitória da Conquista (3) Barra do Choça (1), Feira de Santana (1), Ibiassucê (1), Irecê (1), Santo Antônio de Jesus (1), Santo Estevão (1) e Campo Formoso (1). Neste ano, também foram registrados dois óbitos por chikungunya no estado. Os pacientes moravam nos municípios de Teixeira de Freitas e Ipiaú. Nenhum óbito por Zika foi confirmado até o momento. Até sábado (16), foram notificados 5.186 casos prováveis de chikungunya no estado. Já os casos prováveis de Zika são 654.
A família de Eronilde Lima Ribeiro, conhecida como Nilde, de 52 anos, que morreu vítima de dengue hemorrágica na cidade de Brumado vai entrar com uma ação no Ministério Público da Bahia (MP-BA). Filho da vítima, Gideon Lima Ribeiro confirmou ao site Achei Sudoeste que nos fundos de sua casa, na Rua Virgílio Costa Ataíde, tem mais de 20 pneus com focos do aedes-aegypti abandonados na via. Os pneus ficam à margem da linha férrea, em uma região de grande movimentação próximo ao Mercado Municipal. “Tá lá pra quem quiser ver. Tá cheio de foco de dengue. Tá feio, cheio de pneu, água parada. Minha mãe já foi, Deus levou minha mãe com essa maldita dengue hemorrágica, mas não quero que outra pessoa tenha essa doença e acabe falecendo. Quero que tirem esses pneus”, destacou. Ribeiro garantiu que vai lutar até o fim para que os pneus sejam recolhidos do local. “Vou lutar até eu tirar aqueles pneus do local porque tenho mais família lá. Minha vó tem 70 anos”, afirmou. Mesmo com o apelo, Gideon contou que a Secretaria Municipal de Saúde ainda não esteve no local para realizar o bloqueio da dengue e recolher os pneus da área.
No último final de semana, uma mulher identificada como Eronilde Lima Ribeiro, conhecida como Nilde, de 52 anos, morreu vítima de dengue hemorrágica na cidade de Brumado. Filho da vítima, Gideon Lima Ribeiro relatou ao site Achei Sudoeste que, nos primeiros dias, sua mãe teve manchas avermelhadas no corpo, muita dor nas articulações, vômitos e febre alta. “Ela não aguentava nem engolir água, suco, não queria comer. Sentia muita dor na boca do estômago. Teve também sangramento na gengiva, nos ouvidos e no nariz”, afirmou. Preocupado diante do agravamento dos sintomas, Gideon levou a mãe na última sexta-feira (16) pela manhã para o Hospital Municipal Professor Magalhães Neto. No mesmo dia à tarde, ele disse que o resultado para dengue deu positivo. Apesar disso, no sábado (17), a paciente foi liberada para seguir o tratamento em casa. Segundo Gideon, no próprio sábado, a mãe precisou retornar para o hospital devido à piora do seu estado de saúde. Na unidade, em novos exames, ela testou positivo para dengue hemorrágica grave. “Ela ficou internada no hospital sábado à noite, domingo à noite e segunda à noite. Na terça, ela teve uma crise de muita falta de ar, o corpo não estava aceitando as plaquetas. Precisou levar pra UTI”, contou. Na Unidade de Terapia Intensiva, a paciente acabou falecendo. “É uma dor muito forte. Somos em cinco irmãos e nós estamos sofrendo muito. Minha avó também. Não estou conseguindo comer, beber, não desce”, falou. Além da arbovirose, na certidão de óbito ainda consta insuficiência renal aguda e leucemia em investigação. A secretaria municipal de saúde ainda não se pronunciou sobre o caso.
Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e de outras cinco instituições descobriram que o vírus chikungunya é capaz de se espalhar pelo sangue, atingir múltiplos órgãos e causar danos cerebrais. Os achados foram publicados nesta semana na revista científica Cell Host & Microbe. De acordo com o estudo, os mecanismos de ação observados pela primeira vez em casos fatais indicam que o vírus pode atravessar a barreira que protege o sistema nervoso central, o que reforça a necessidade de atualização dos protocolos de tratamento e vigilância da doença. “Isso mostra uma necessidade de acompanhar o paciente, inclusive aquele que saiu da infecção aguda, que já melhorou. É preciso acompanhar porque essas manifestações podem aparecer um tempo depois da suposta cura”, diz o professor José Luiz Proença Módena, do Instituto de Biologia. O estudo teve participação de virologistas, médicos, epidemiologistas, clínicos, físicos e estatísticos da Unicamp e das universidades do Kentucky (Estados Unidos), de São Paulo (USP), do Texas Medical Branch (Estados Unidos) e Imperial College London (Reino Unido), além do Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (Lacen). O principal achado foi a presença do vírus em amostras de líquor cefalorraquidiano, o que demonstra sua capacidade de atravessar uma camada protetora e alcançar o sistema nervoso, podendo chegar ao cérebro. Assim, ele causa danos neurológicos que podem resultar em sequelas ou levar o paciente à morte.