Com a seca intensa e as previsões nada otimistas, o prefeito da cidade de Andaraí, Wilson Paes Cardoso (PSB), declarou que a situação é de calamidade para os pequenos, médios e grandes produtores rurais que vivem da pecuária na Chapada Diamantina. Ao site Achei Sudoeste, o gestor disse que, diante do cenário que se desenha, os produtores não terão pastagem e nenhuma capacidade financeira para sustentar o gado. “Estou vendo um estado de calamidade se realmente acontecer o que a previsão anuncia. A preocupação é grande”, afirmou. Para se ter uma ideia da gravidade do problema, Cardoso informou que mais de 2 mil animais já morreram na zona rural de sede e fome. “O índice de mortalidade animal vai ser muito grande”, completou. Na região, os prefeitos e produtores aguardam pela ajuda emergencial prometida pelo Governo do Estado para amenizar a situação crítica. Os Municípios têm feito o possível para socorro ao homem do campo.
Apesar de as previsões meteorológicas apontarem muitas chuvas na região da Chapada Diamantina, o prefeito Wilson Paes Cardoso (PSB) disse que em Andaraí choveu muito pouco. Ao site Achei Sudoeste, o gestor informou que, nesta quarta-feira (20), o índice de precipitação foi de apenas 25 mm. Para Cardoso, a situação é preocupante e a seca tende a se agravar no próximo ano. “Estou bastante preocupado com isso porque tá parecendo muito com a seca de 2013. Com um agravante aqui pra nossa região da chapada, onde o efeito do El Ninõ acaba em maio. Quando acabar não teremos mais chuvas e nenhum benefício para região. Poderemos entrar em uma seca ainda pior”, lamentou. Embora seja historicamente um período de muitas chuvas na região, o prefeito afirmou que os índices pluviométricos para janeiro e fevereiro são baixíssimos, conforme as previsões meteorológicas.
O prefeito da cidade de Paramirim, na região sudoeste da Bahia, Gilberto Martins Brito (PSB), distribuiu mudas de gliricídia e moringa para auxiliar os produtores rurais na alimentação do gado nesse período de seca. Pouco conhecida no Brasil, a gliricídia é uma árvore resistente à seca, usada como alternativa para alimentação animal. Ao site Achei Sudoeste, o gestor disse que a ação visa incentivar os pecuaristas, que estão se desdobrando para matar a sede e a fome de suas criações. Após as chuvas, o prefeito também sugeriu o cultivo de pornunça como uma espécie de ração para o gado. Mudas da planta serão distribuídas posteriormente na cidade.
Na comunidade do Mucambo, zona rural de Malhada de Pedras, no Sertão Produtivo, o vaqueiro Valdeci Ribeiro tem encontrado muita dificuldade para matar a sede do gado diante da crise hídrica que atinge toda região. Ao site Achei Sudoeste, ele afirmou que caminha com o gado todos os dias mais de 3 km para encontrar água. Segundo Ribeiro, na comunidade onde reside, a falta d’água já é uma triste realidade. “Onde eu moro a água tá muito pouca”, lamentou. Na região, os criadores de gado estão se desdobrando para manter os animais vivos. Valdeci espera pela chegada das chuvas para amenizar a situação. “A coisa tá difícil”, acrescentou.
A seca tem castigado a cidade de Dom Basílio e toda região do sudoeste baiano. Com reserva de apenas 20%, a água do manancial que abastece o município está sendo racionada. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o prefeito Roberval Meira disse que, sem chuvas, a cidade está em alerto amarelo e a água tem sido usada com critério e equilíbrio até a passagem dessa fase mais crítica. “Estamos em alerta e a liberação de água já está controlada”, afirmou. Mesmo com o abastecimento sendo feito através de uma autarquia municipal e 80% da população atendida com água encanada, o gestor apontou que esse é um dos momentos mais críticos de seca e escassez hídrica. Diante da situação, o Município acompanha diariamente o volume de água dos mananciais e conscientiza os moradores sobre o uso com economia da água. O temor do prefeito é que o problema se agrave sem a ocorrência de chuvas e a cidade entre no alerta vermelho a partir do mês de janeiro, quando a capacidade do manancial entre em um nível bastante crítico. “Pedimos o apoio da população nesse momento senão vamos entrar na fase vermelha, onde o limite de água vai ser controlado quase que por hidrômetro. Temos que ter equilíbrio e racionalidade no uso da água. O momento é de rezar, de penitência, e de pedir a Deus que mande chuva para superar essa fase tão difícil que estamos vivendo”, concluiu.
A situação de emergência devido à seca intensa que assola a região levou o município de Belo Campo, na região sudoeste da Bahia, a cancelar a tradicional feira agropecuária que ocorreria de 21 a 25 de fevereiro. Essa seria a quarta edição da Expo Belo Campo. O evento movimenta cerca de R$ 20 milhões em volume de negócios e reúne rebanhos vindos de diversas regiões do estado, além de contar com uma feira de agricultura familiar e shows de artistas locais e nacionais. A feira faria parte das festividades do aniversário de 62 anos de emancipação política da cidade. Em nota, o prefeito José Henrique Tigre (PSD), o Quinho, classificou a medida como necessária. “É difícil porque a cidade se movimenta em torno da festa, mas, com os animais morrendo e os prejuízos nas plantações, preferimos recuar e centrar esforços no apoio aos produtores e à população que tanto necessitam da prefeitura neste momento”, afirmou O gestor garantiu que está empenhando esforços junto ao Governo do Estado e ao Governo Federal para acesso à alimentação animal e distribuição de cestas básicas e água potável para consumo humano e animal. O prefeito, que também é presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), disse que o evento será retomado em momento mais oportuno. Com 18 mil habitantes, o município é grande produtor de mandioca, manga, maracujá e vinha despontando economicamente pelo desenvolvimento rural.
Na segunda-feira (11), diante da necessidade de ações emergenciais para socorro aos pequenos e médios produtores de Andaraí, na Chapada Diamantina, o prefeito Wilson Paes Cardoso (PSB) realizou uma reunião com presidentes de associações e produtores rurais. A ideia é fazer um levantamento cadastral da situação de cada um e direcionar as medidas de suporte conforme a demanda. Na oportunidade, o prefeito anunciou a compra imediata de 80 toneladas de milho e briquete de algodão com 100% de recursos próprios como uma alternativa de alimentação para salvar os animais, já que não existe mais pastagem no campo. O Município já vem realizando diversas ações no auxílio aos produtores, como a perfuração de mais 4 poços. Além disso, Cardoso solicitou ao governador instalações com energia solar de outros poços já perfurados, mas em áreas que não têm energia elétrica, o que foi prontamente atendido. Segundo o gestor, trata-se de uma verdadeira operação de guerra buscando todas as estratégias possíveis para minimizar os impactos da seca. Wilson também sugeriu que 50% do recurso, que equivale à R$ 500 mil, que será devolvido pela Câmara Municipal agora no final do ano de 2023, seja utilizado para atender a situação de emergência na zona rural. O gestor informou na reunião que já foram protocolados ofícios aos Governos Estadual e Federal em busca de mais recursos e reforçou que não irá parar com as ações até que a chuva chegue e normalize a situação, uma vez que o momento é muito grave.
Nos últimos 45 dias, mais de 600 animais já morreram na região de Andaraí por fome e sede tamanha a gravidade da seca em toda Chapada Diamantina. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o prefeito da cidade de Andaraí e Presidente do Consórcio Chapada Forte, Wilson Paes Cardoso (PSB), disse que, além da situação dos animais, a falta d’agua também tem afetado o abastecimento para consumo humano. O principal rio que abastece a região está com o volume muito baixo e, segundo o prefeito, medidas emergenciais estão sendo tomadas em uma operação de guerra para salvar o homem do campo e as suas produções e criações. A operação carro pipa tem sido uma alternativa para não deixar a população desassistida. “Essa seca exige uma operação de guerra e um chamamento da sociedade e do governo para chegar na velocidade que precisamos. Neste momento, temos que pular os trâmites burocráticos para que o socorro venha rápido”, avaliou.
O prefeito da cidade de Andaraí e Presidente do Consórcio Chapada Forte, Wilson Paes Cardoso (PSB), informou que, dos 28 municípios consorciados, 15 estão em estado de emergência e calamidade em virtude da seca intensa que atinge a região da Chapada Diamantina. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o prefeito disse que a situação em Andaraí é de muita vulnerabilidade. Em reunião com produtores rurais e presidentes de associações na segunda-feira (11), o Município estabeleceu uma série de medidas emergenciais com recursos próprios para tentar contornar a crise na zona rural, onde o cenário é desolador devido à falta d’agua e pasto. Segundo Cardoso, os prefeitos do Consórcio Chapada Forte já fizeram diversas solicitações imediatas ao Governo do Estado. “Estou chamando de uma operação de guerra. Não pode ser pra amanhã ou depois de amanhã, tem que ser pra agora, senão a maioria dos pequenos produtores, que levaram anos sonhando em ter dez, quinze cabeças de gado, vão ver tudo se perder. A situação é gravíssima”, destacou. Para se ter uma ideia, nos últimos 45 dias, mais de 600 animais já morreram na região de Andaraí por fome e sede.
Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o secretário de desenvolvimento econômico de Guanambi, na região do Sertão Produtivo, Fabrício Lopes, disse que a seca que afeta toda região tem impactado diretamente o processo de compra no meio rural. Segundo ele, a falta d’água na zona rural tem inflacionado o preço dos insumos e causado demissões. “A partir do momento que você recua na produção e deixa de comprar insumos, onde tinha quatro funcionários eu demito um e vou empurrando com a barriga. Chega no final do ano a seca tá pior e demito mais um. Essa ciranda econômica impacta diretamente no comércio e nem começou”, afirmou. O secretário explicou que a situação tende a piorar no pós-estiagem, quando não haverá mais gado, pasto e dinheiro para recuperação da produção. A falta de apoio dos governos no enfrentamento à seca, segundo Lopes, é uma grande falha nesse processo.
Em Malhada de Pedras, na região sudoeste da Bahia, a prefeitura tem buscado auxílio do Governo do Estado e da União para o enfrentamento à seca nas comunidades rurais. Sem chuvas, o secretário municipal de agricultura, meio ambiente e recursos hídricos, Fernando Ataíde, falou ao site Achei Sudoeste que a cidade vive um momento tenso diante da estiagem prolongada. Para atender os agricultores e pecuaristas, o Município disponibiliza poços artesianos na zona rural, porém, segundo Ataíde, muitos deles estão secando em virtude da grande demanda. Além disso, a operação carro pipa está em pleno funcionamento. Nesta quinta-feira (07), o secretário e o prefeito Carlos Roberto Santos da Silva (PSD), o Beto de Preto Neto, estiveram em Vitória da Conquista em reunião com o ministro do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar. Na oportunidade, foram relatadas todas as dificuldades vivenciadas por Malhada de Pedras diante da seca intensa, que atinge toda região. O secretário disse que solicitou um atendimento de emergência aos produtores rurais. “O governo do estado montou uma secretaria de emergência para atendimento a essa problemática que estamos vivendo. Estamos nesse transtorno assim como toda região. É muito difícil”, afirmou. Uma das medidas prevê a venda de ração animais por um preço muito mais acessível.
Diante da seca intensa que assola toda região, a produção rural e criação animal em Malhada de Pedras, na região sudoeste da Bahia, foi seriamente comprometida. Apesar de todo incentivo do poder público, o secretário municipal de agricultura, meio ambiente e recursos hídricos, Fernando Ataíde, disse que os agricultores e pecuaristas estão enfrentando muitas dificuldades para manter as criações e as lavouras. Ao site Achei Sudoeste, Ataíde pontuou que, sem o apoio do Governo do Estado, ficará quase impossível manter a produção rural na cidade. “É um momento difícil. Se a gente não tiver o apoio definitivo do Governo do Estado, está se tornando muito difícil a manutenção do nosso município. Na lavoura, não temos nada. Não chega nem a 5% da produção no município”, afirmou. Para 2024, o secretário acredita que a situação será ainda muito complicada.
Nesse período de seca, a produção rural tem sido bastante afetada, o que reflete negativamente nas vendas na Feira Livre de Brumado. Ao site Achei Sudoeste, o feirante Irenio Meira disse que o consumidor final é quem acaba pegando pela diminuição da produção. Segundo ele, os preços têm variado muito e a qualidade dos produtos também foi prejudicada. “Todo dia é um preço diferente. Estão pagando caro. O consumidor reclama, mas infelizmente não podemos fazer nada. A gente dá o nosso melhor”, afirmou. Apesar do aumento dos preços, o feirante relatou que as vendas não caíram, visto que os alimentos são itens essenciais para o consumidor. Com a seca intensa e as altas temperaturas, as lavouras de alface, tomate e melancia são das mais afetadas. Da região de Aracatu, o produtor Cândido Meira afirmou que quase não está havendo produção nas lavouras diante do desabastecimento. Em geral, segundo ele, está tudo caro e a tendência é que os preços aumentem ainda mais. “Tá difícil pra trabalhar. Se não chover vai ficar mais caro ainda. Todo mundo vai sofrer com isso”, avaliou.
A estiagem prolongada na cidade de Brumado tem provocado a morte de animais e pode, inclusive, comprometer a reposição de abates no próximo ano. Um morador da comunidade de Lagoa do Jurema, disse em entrevista para a Rádio Alternativa FM, que o cenário é devastador, visto que a estiagem já dura cerca de 4 meses. “Em agosto ficamos com 90 milímetros de chuvas, mas, de lá para cá, não tivemos mais. O normal é novembro e dezembro de chuvas, mas até o momento ela não veio”, lamentou. Para tentar suprir a baixa oferta de pasto e evitar novas perdas, o criador tem recorrido à compra de caroço de algodão. O suplemento no cocho, no entanto, não é o suficiente para manter o desempenho do rebanho. “Na média, perderam mais de 100 kg por animal só neste período. O que vem é um sentimento de impotência”, completou. Outro produtor rural da comunidade de Algodões, também teve de se reinventar para manter o rebanho vivo. “É necessário abrir a porteira, unir lotes, o que acaba refletindo negativamente. No próximo ano vai haver um atraso na terminação destinada ao abate”, falou. Segundo ele, a irregularidade das chuvas não proporciona um crescimento adequado das pastagens e isso prejudica o desempenho da criação.
Preocupado com a seca que assola o município, o prefeito Arnaldo Pereira de Azevedo (Avante), o Nal, determinou a ampliação da quantidade de caminhões pipa para garantir o fornecimento de água nas comunidades rurais de Guanambi, no sudoeste baiano, Sertão Produtivo. Ao todo, 12 veículos estão trabalhando no atendimento às comunidades mais afetadas pela seca. “Não vamos medir esforços, a situação é difícil, mas Deus vai nos ajudar a superar esse momento”, garantiu o gestor. Segundo secretário municipal de agricultura, em algumas localidades, o abastecimento foi realizado em comboios. Nos distritos, os caminhões permanecem no local onde captam a água para distribuição. Diante da situação crítica, o secretário informou que outros carros pipa podem ser contratados nos próximos dias.
Representando o Sindicato Rural da cidade de Brumado, Aroldo Meira participou da última reunião do ano no Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável (CMDRS). O tema do encontro foi a seca que assola a região. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, Meira disse que é um momento difícil diante da maior seca dos últimos 50 anos. Segundo frisou, os produtores rurais estão sentindo na pele a falta d’água para manter as suas criações animais e lavouras. Apesar da situação crítica, Meira salientou que o poder público não tem tido um olhar especial para o homem do campo. “Tá faltando muita assistência, água para consumo humano... na zona rural, até pra criação animal a água está acabando. Na região vizinha, o gado está morrendo, até passando os animais pra frente pra não morrer e não tá achando. Brumado está chegando nesse ponto”, avaliou. Segundo o representante, não há ações de convivência com a seca no município. “Parece até que o gestor municipal não gosta do homem do campo”, criticou.
Diversas comunidades rurais do município de Brumado têm sofrido com a seca e falta d’água. Ao site Achei Sudoeste, o presidente da associação de moradores do Rudiador, José Aparecido, relatou que muitos moradores não têm cisternas em suas residências e contam com o apoio da Operação Carro Pipa para acesso à água. Diante da situação crítica, Aparecido disse que está sendo muito difícil manter as lavouras e as criações de animais. “Estamos esperando a ajuda de Deus para mandar a chuva. O pessoal da cidade depende dos alimentos produzidos na zona rural e nós estamos nas mãos de Deus”, afirmou. Já Gabriel Neves, que faz parte da diretoria da associação de moradores do Tamboril, contou que a situação na região poderia estar pior se não fosse os poços artesianos e as cisternas que existem no local, haja vista que a lagoa que abastece a localidade está bem seca. “Não tem como plantar. Tá impossibilitado pela falta d'água”, lamentou.
Um dia após realização de audiência pública para discutir a situação da seca que atinge a região de Guanambi, no sudoeste baiano, o deputado estadual Felipe Duarte (PP) encaminhou os pleitos levantados pelos produtores rurais e prefeitos para a Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). “A audiência pública que fizemos em Guanambi foi essencial para debatermos o assunto, elencar ações a serem implementadas em caráter de urgência e encaminhá-las o mais rápido possível para que que possamos reverter este quadro tão cruel que a nossa região está enfrentando”, disse o deputado. Entre os pleitos, estavam a linha de crédito para compra de ração e insumos; prorrogação automática de débitos vencíveis até dezembro de 2024; fornecimento emergencial de água aos necessitados, através de carros pipas; cadastramento dos produtores que se enquadrem no programa de fornecimento de ração dos estoques do Conab; apoio aos produtores de leite do sudoeste baiano; decretação, caso necessário, de estado de calamidade nos municípios atingidos pela seca. “Não podemos assistir 130 municípios sofrendo, o gado morrendo e nada ser feito. É hora de unirmos forças em busca de uma solução para este problema. Tenho certeza de que a Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa, juntamente com o governo estadual e secretarias da área, vai nos ajudar a trazer uma solução”, disse Felipe Duarte.
Trajando roupas pretas e com cartazes de protesto, profissionais de enfermagem paralisam as atividades nas policlínicas regionais de saúde cobrando reajuste da categoria. Em Guanambi, na região sudoeste da Bahia, a categoria está mobilizada em frente à Policlínica Regional. Ao site Achei Sudoeste, a técnica de enfermagem Aline Junqueira explicou que o grupo, composto por 17 enfermeiros e técnicos, foi obrigado a paralisar suas atividades porque, mesmo depois de muita conversa com o consórcio de saúde, não se chegou a um consenso para pagamento do piso da enfermagem. “Eles infelizmente não têm essa resposta pra nos dar. O recurso do piso é federal e precisa ser viabilizado por meio do Estado. Entramos em contato com a direção e avisamos que, se até ontem não recebêssemos uma resposta oficial sobre como está o processo de pagamento do piso, iríamos paralisar hoje em conjunto com outras policlínicas”, afirmou. A mobilização visa, segundo Junqueira, deixar a população consciente do que está acontecendo com os profissionais nas policlínicas. Ela ressaltou que o trabalho das policlínicas é essencial. Na cidade de Guanambi, a unidade atende 23 municípios e a média de atendimentos por dia é de 450. Brumado, Jequié e Jacobina também participararam da paralisação.
O presidente do Consórcio de Saúde de Brumado e prefeito da cidade de Ituaçu, Phellipe Ramonn Gonçalves Brito (PSD), falou da dificuldade de contratação de profissionais médicos para atuação na Policlínica Regional de Saúde. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, Brito explicou que, embora o consórcio esteja com edital publicado para contratação de várias especialidades médicas, nem todo profissional quer estabelecer esse vínculo empregatício. “Nem todo médico quer ter esse vínculo empregatício de carteira, prefere prestar serviço como PJ (Pessoa Jurídica). Então, temos muita dificuldade. Às vezes, nós não temos especialidades médicas no consórcio de saúde por não encontrar um médico que queira prestar o serviço”, destacou. O Consórcio de Saúde, através do Governo do Estado, avalia a possibilidade de credenciar esses médicos como Pessoas Jurídicas para atendimento nas policlínicas, tendo em vista a grande dificuldade de contratação via concurso.
O Governo do Estado estuda a possibilidade de inserir a parte de alimentação dentro das policlínicas. A questão foi debatida durante o I Fórum Estadual dos Consórcios Públicos Interfederativos de Saúde, que aconteceu na última semana, em Salvador. Ao site Achei Sudoeste, o presidente do Consórcio de Saúde de Brumado e prefeito da cidade de Ituaçu, Phellipe Ramonn Gonçalves Brito (PSD), explicou que muitas pessoas humildes utilizam os serviços na Policlínica Regional de Saúde, saindo, muitas vezes, de cidades mais distantes para atendimento em Brumado. “Sabemos que a demanda de pessoas humildes, pobres e carentes, que saem de sua localidade na zona rural e têm que se locomover de cidades que estão a 200 km da policlínica. Saem cedo de casa, muitas vezes, sem dinheiro pra se alimentar quando chegam em Brumado. São muitos transtornos”, contextualizou. O gestor informou que, a partir do próximo ano, a ideia é que o consórcio disponibilize ao menos um lanche para os usuários do serviço de saúde.
O prefeito da cidade de Ituaçu, Phellipe Brito (PSD), foi empossado novo presidente do Consórcio Regional de Saúde durante evento realizado na sede, em Brumado. Várias autoridades e gestores participaram da cerimônia. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, Brito definiu como uma missão o desafio de gerir o consórcio e cuidar das pessoas dos 21 municípios consorciados. O prefeito ainda falou sobre as demandas com as quais trabalhará à frente do consórcio. “Tô muito feliz, alegre com a demanda que passaram pra mim. Sei que não é fácil, mas vamos melhorar ainda mais e aperfeiçoar a policlínica e buscar o hospital regional para que possamos dar mais suporte à saúde da região. Tenho certeza que, com fé em Deus, faremos um bom trabalho com seriedade e zelo com a coisa pública”, destacou. Entre os maiores desafios, Phellipe citou a contratação de mais especialidades médicas para a policlínica e a inadimplência de alguns gestores com o consórcio, a qual chega, em alguns casos, há até oito meses. “Vamos buscar conversar”, assegurou.
Em cerimônia realizada nesta quarta-feira (19), o prefeito de Ituaçu, Phellippe Brito (PSD), foi eleito o novo presidente do Consórcio Regional de Saúde. O empresário e pré-candidato a prefeito de Brumado, Fabrício Abrantes, participou da eleição e fez questão de parabenizar o gestor pela sua eleição. Ao site Achei Sudoeste, Abrantes destacou que a eleição é muito importante para toda região de saúde. “Quero parabenizar aqui o prefeito eleito Phellippe Brito, um jovem competente, que tem feito uma excelente administração em Ituaçu. Tenho certeza que irá administrar essa grande obra em Brumado, a Policlínica, para trazer melhores condições de saúde para os brumadenses e para toda população da região que utiliza essa grande ferramenta”, afirmou. Fabrício também defendeu a instalação de um Hospital Regional no município de Brumado. “Toda nossa região vem decadente e precisando fazer com que o Hospital Regional seja realidade. A saúde precisa ter grandes avanços, principalmente nas especialidades”, enfatizou.
O vereador Beto Bonelly (PSB) acompanhou todo processo que elegeu a nova presidência do Consórcio Regional de Saúde nesta quarta-feira (19), em cerimônia na Polícia Regional em Brumado. Ao site Achei Sudoeste, o parlamentar engrossou o coro em prol da implantação de um Hospital Regional na cidade de Brumado. Para Bonelly, o hospital já deveria ter sido construído há muito tempo no município, tendo em vista a grande demanda que existe na região. Hoje, conforme pontuou, existem muitas reclamações na área da saúde em Brumado. “Sabemos que temos uma estrutura grandiosa, boa, mas não adianta ter estrutura física e não ter o atendimento das demandas”, criticou.
Entre julho de 2021 e julho de 2023, a Policlínica Regional de Saúde em Brumado ofertou aos municípios consorciados 164.691 vagas de atendimentos, entre exames e consultas. Desse número, os municípios agendaram 91.762 vagas, das quais 81.046 foram realizadas (veja aqui). Ou seja, houve uma perda de 50% dessas vagas de atendimento. Ao site Achei Sudoeste, a diretora geral da unidade, Elisângela Vieira, explicou que a policlínica disponibiliza as vagas, mas cabe aos municípios fazer o agendamento e utilizar essas vagas em benefício da população. Diante do não aproveitamento adequado das vagas ofertadas, a diretora disse que foi feito um projeto, denominado Policlínica Itinerante, em novembro do ano passado, através do qual uma equipe da unidade visita os municípios consorciados para orientações sobre o agendamento dessas vagas. “Levamos as orientações de como os municípios poderiam aproveitar melhor essas vagas, já que temos o serviço na policlínica e o transporte sanitário, que são os micro-ônibus e as vans. Fomos treinar essas equipes”, detalhou.