Preocupado com a seca que assola o município, o prefeito Arnaldo Pereira de Azevedo (Avante), o Nal, determinou a ampliação da quantidade de caminhões pipa para garantir o fornecimento de água nas comunidades rurais de Guanambi, no sudoeste baiano, Sertão Produtivo. Ao todo, 12 veículos estão trabalhando no atendimento às comunidades mais afetadas pela seca. “Não vamos medir esforços, a situação é difícil, mas Deus vai nos ajudar a superar esse momento”, garantiu o gestor. Segundo secretário municipal de agricultura, em algumas localidades, o abastecimento foi realizado em comboios. Nos distritos, os caminhões permanecem no local onde captam a água para distribuição. Diante da situação crítica, o secretário informou que outros carros pipa podem ser contratados nos próximos dias.
Em Caetité, na região sudoeste da Bahia, o homem do campo tem sofrido com a seca extrema e a falta de incentivo do poder público. De acordo com o Radar 030, dezenas de comunidades rurais estão passando por uma gravíssima crise hídrica. Com o pouco apoio do poder público, o abastecimento em diversas comunidades é escasso e insuficiente. Mesmo diante da triste realidade, os pedidos de carros pipas levam até dois meses para serem atendidos pela Secretaria Municipal de Recursos Hídricos. Uma moradora da comunidade de Santa Luzia relatou que os pedidos se amontoam na pasta. Para piorar, a ajuda do Exército Brasileiro, através da Operação Carro Pipa, não foi renovada pela gestão do prefeito Valtecio Neves Aguiar (PDT). Na zona rural, as cenas são desoladoras: terra rachada, gado morrendo e barragens sem uma gota d’água. Os moradores recorrem às orações pedindo por chuva.
Em 44 anos, o produtor rural Valdemar Lacerda Silva Filho, conhecido Dezin, disse que nunca vivenciou uma situação tão difícil na cidade de Malhada, na região do São Francisco, diante da seca. Sem chuvas há quase um ano, o produtor apontou que os pecuaristas estão vendo o gado morrer dia após dia sem poder fazer nada. “É um desastre”, falou, bastante emocionado. Apesar da situação crítica, Valdemar afirmou que não há qualquer mobilização política para auxiliar os produtores rurais. “Quando tem uma enchente todo mundo corre atrás de recurso. Temos que ser conscientes que, quando o campo vai mal, a cidade vai mal. Se o campo não produz o comércio vai mal. O produtor está vendo a sua subsistência acabar e não vê ninguém se manifestar. Falta respeito e atenção”, disparou. Mesmo responsável por gerar a riqueza do país, Valdemar questionou o que será do homem do campo diante de tamanha crise, sem qualquer fomento ou auxílio. “Nossos prefeitos e deputados não se manifestam e não levam a situação ao conhecimento do governo do estado e do presidente da república. O povo ainda não caiu a ficha, mas estamos passando por uma situação difícil. Se não chover esse mês vamos ter uma grande mortalidade do rebanho. O que será do produtor rural? Só Deus”, lamentou.
Uma chuva forte acompanhada de ventania deixou prejuízos em Luís Eduardo Magalhães, cidade do oeste baiano, no início da noite de sexta-feira (1º). As informações são do G1. Segundo moradores, o fenômeno durou somente 20 minutos, tempo suficiente para causar problemas. Apesar disso, nao há registro de feridos, desabrigados, nem desalojados. No bairro Boa Vista, parte do teto de um posto de combustível foi arrancado pelo vento e a estrutura de alumínio atingiu caminhões e carros estacionados. Alguns deles ficaram danificados. A mesma situação ocorreu em galpões de empresas, que ficaram descobertos. Ainda no bairro Boa vista, casas foram destelhadas, tiveram muitos objetos quebrados, e um poste caiu em frente a uma igreja. Não há detalhes se o equipamento já foi substituído. Nos bairros Top Park e Vista Alegre, residências foram destelhadas e muros de casas desabaram. Outros pontos registaram falta de energia elétrica e quedas de árvores. No bairro Santa Cruz, testemunhas relataram que choveu granizo nas imediações da antiga estação rodoviária. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia, o índice pluviométrico registrado em Luís Eduardo Magalhães na sexta foi de 12mm, considerado volume moderado, e os ventos atingiram 30 km/h de velocidade, que são fortes. Neste sábado (2), a velocidade dos ventos, em média, é de 12 km/h e as temperaturas chegam aos 40º. Não há previsão de chuvas no município. Entretanto, isso deve ocorrer nos próximos dias, pois o esperado para o mês de dezembro é de 180 mm de chuva.
Quatro das 10 cidades com as menores umidades do Brasil nas últimas 24h são baianas. Brumado, no sudoeste da Bahia, registrou umidade de 14%. Já Ibotirama, no oeste da Bahia, 11% de umidade; Piatã, na Chapada Diamantina, 11% de umidade; e Remanso, no norte do estado, 13% de umidade. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), alguns municípios registraram 11%, um índice que a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera desértico. Esse índice de umidade se aproxima da média encontrada no Deserto do Saara, que corta 10 países africanos. Nele, a umidade relativa do ar fica em torno de 12%. Em contrapartida, o nível recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é que a umidade fique por volta de 60%. Segundo o Inpe, a baixa umidade registrada na Bahia é resultado de um sistema de baixa pressão atmosférica que foi provocado por um vórtice ciclônico de altos níveis, que aproxima a massa de ar seco para as áreas que ficam mais próxima de seu centro.
A morte do guia Leilson Souza, de 36 anos, após ser atingido por um raio na Pedra da Gávea, no Rio de Janeiro, chamou atenção para um sério problema no país: o Brasil é recordista mundial em quedas de raios. De acordo com o Fantástico, da Rede Globo, na última década, 835 pessoas morreram atingidas por descargas elétricas. Foram 59 só neste ano — e a previsão é piorar. A estimativa é de que, até o final do século, a incidência de raios no país aumente 40%. “Quando a gente vai fazer um passeio como esse, em ambiente aberto, a primeira coisa é não realizar em dias que a gente tem uma previsão de chuvas. Pode estar chovendo a 10 km do local, mas, mesmo assim, o raio pode acontecer onde a gente esteja, mesmo que não esteja chovendo, por isso que é muito importante observar também a previsão do tempo que está em volta”, afirma o Major Fábio Contreiras, do Corpo de Bombeiros.
Conhecida como “Suíça baiana” por causa do frio, a cidade de Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, tem registrado temperaturas bem diferentes das comuns no país europeu. De acordo com o G1, no domingo (19), os termômetros do município chegaram perto dos 37ºC e a previsão para o restante da semana é de bastante calor. A média histórica para novembro é de 27ºC. A temperatura registrada no domingo, que ficou em 36,5ºC, é a segunda mais alta para o mês de novembro dos últimos 48 anos na cidade. A última vez que os moradores de Vitória da Conquista passaram por um calor como este nesta época do ano foi em 1975. No ano passado, as temperaturas de novembro não ultrapassaram os 30ºC no município. Em 2023, 16 dos 20 dias deste mês registraram temperaturas acima de 30ºC. Nesta segunda-feira, a variação térmica fica entre 31ºC e 19ºC, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O aumento de temperatura em Vitória da Conquista pode ser explicado pela onda de calor que atingiu diversas regiões do Brasil na última semana. Mais de 100 cidades baianas estavam com alerta para altas temperaturas e alguns municípios registraram sensação térmica de mais de 40ºC. A região sudoeste da Bahia não está mais sendo atingida pelo fenômeno climático, porque, segundo os meteorologistas, para configurar onda de calor é preciso que a cidade registre 5ºC acima da temperatura média por dias seguidos. A previsão para os próximos dias é que o calor continue em Vitória da Conquista. Na sexta-feira (24), a temperatura máxima da cidade poderá chegar a 39ºC. Além do calor intenso, os conquistenses devem sofrer com a baixa umidade, que está por volta de 27%, muito abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 60%. Para se prevenir mal-estar, o recomendado é beber bastante líquido, evitar atividades físicas intensas e ao ar livre e usar protetor solar, inclusive dentro de casa.
O município de Araçuaí (MG), distante 678 km de Belo Horizonte, no Vale do Jequitinhonha, foi considerado o mais quente no histórico de medições do país, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A cidade com 34.297 habitantes alcançou, no domingo (19), a temperatura de 44,8°C. O recorde anterior tinha sido registrado no dia 21 de novembro de 2005, em Bom Jesus (PI), distante 632 km ao Sul de Teresina, quando a máxima foi de 44,7°C. A oitava onda de calor que atuava pelo Brasil acabou no fim de semana. O fenômeno estava em atuação desde o dia 8 de novembro e causou altas temperaturas pelo interior do país.
Neste domingo (19), Brumado registrou 40,1°C, alcançando a segunda maior temperatura na história da cidade desde 2020. O pico de calor foi marcado por volta de 14h. A primeira maior temperatura do município foi registrada em 10 de outubro de 2020, quando os termômetros atingiram 41,4°C. As previsões indicam que o calor extremo deve continuar, com possibilidade de chuvas isoladas ao longo da semana. No próximo final de semana, o calor se intensificará. As altas temperaturas e baixa umidade do ar se devem ao fenômeno El Niño e às mudanças climáticas. Segundo as previsões meteorológicas coletadas pela estação do Inmet localizada no município, o clima quente deve continuar com chuvas esporádicas e abaixo da média esperada até dezembro.
As lojas de eletrodomésticos de Brumado têm faturado com a venda de ventiladores, aparelhos de ar-condicionado e umidificadores devido à forte onda de calor que atinge a região. Ao site Achei Sudoeste, o vendedor Emerson Abílio disse que os itens estão sendo bastante procurados e todo estoque foi colocado à disposição para os consumidores. “Para enfrentar essa onda de calor só no arzinho geladinho. As condições de preço são bacanas. Tá sendo maravilhoso”, afirmou. Segundo o vendedor, diariamente, cerca de 10 a 15 clientes entram na loja em busca de produtos de ar e ventilação, bem acima da média. A demanda é tão grande que, em algumas lojas, os produtos já estão em falta.
Nos últimos dias, os termômetros registraram temperatura de 38°C, com sensação térmica de 40°C, entre o meio dia e às 15h, no centro comercial da cidade de Brumado. A forte onda de calor tem causado incômodo e muito mal-estar em toda região. Os brumadenses tentam driblar as altas temperaturas com muita hidratação e refrigeração. Ao site Achei Sudoeste, a dona de casa Elisângela Silva disse que tem ingerido bastante água e procurado se manter em ambientes refrigerados, com o uso de ventiladores. “O calor está insuportável. Tá muito quente”, afirmou. Além disso, Elisângela reforça os cuidados com a utilização de filtro solar para se expor ao sol. Em sua opinião, precisa chover para que o tempo refresque um pouco na cidade. Já a dona de casa Maria do Alívio circula com um guarda-sol e uma garrafinha de água para enfrentar o sol e o calor durante as suas saídas. “Só saio no sol mesmo em caso de necessidade”, falou. Dona Maria ainda cuida da alimentação nesse período, com ingestão de frutas e comidas leves, a fim de evitar qualquer mal-estar. No salão de beleza da dona Rosa, o ventilador fica ligado ao longo de todo expediente. Apesar de ajudar a aliviar as altas temperaturas, as atendentes reclamam que até o vento do ventilador sai quente. “Tá muito calor e a gente mexe com secador e chapinha. Não tem jeito”, contaram. Vale lembrar que o Inmet mantém o alerta laranja para baixa umidade relativa do ar e alerta vermelho de onda de calor na cidade.
O climatologista do Departamento de Geografia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), Rosalve Lucas, estima que a atual onda de calor que atinge o país deve oscilar bastante nos próximos meses, indo e voltando conforme os efeitos do El Niño. Ao site Achei Sudoeste, cada intervalo da onda de calor deve durar, em média, cerca de 15 dias. “Vamos ficar nessa gangorra térmica até o final da estação quente”, informou. Além disso, o climatologista adiantou que, entre uma onda de calor e outra, haverá a ocorrência de chuvas torrenciais. Embora sejam rápidas, Rosalve alertou que as chuvas trarão consigo muita ventania e um rastro de destruição. O evento extremo deve durar até o final do verão.
O El Niño deve provocar uma onda de calor extremo na região do sudoeste baiano. Rosalve Lucas, climatologista do Departamento de Geografia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), apontou que, em uma escala de 0 a 10, o El Niño está ainda na fase 4 e o calor deve atingir temperaturas ainda mais quentes a partir do dia 22 de dezembro, quando começa o verão. Ao site Achei Sudoeste, o climatologista afirmou que o período mais quente do fenômeno deve acontecer entre os meses de janeiro e fevereiro do próximo ano. Nas regiões mais altas, o efeito do El Niño é atenuado. No entanto, segundo Lucas, em locais com baixa altitude, como as cidades de Brumado e Jequié, o calor é bem mais perceptível, com elevação de até cinco graus a mais nas temperaturas. O alerta também vale para as regiões com menos vegetação e menos corpos líquidos, como rios, açudes e lagos, onde a situação tende a ser mais crítica do ponto de vista termográfico. Além disso, o climatologista chamou a atenção para a baixa umidade relativa do ar. Em alguns municípios, segundo colocou, a umidade chegará a níveis desérticos. “Quando a umidade relativa do ar está muito baixa, o próprio ambiente vai roubar água de algum lugar. A gente perde água pela pele e mucosas. As pessoas têm de fazer reposição de água e usar e abusar de água, sucos e líquidos saudáveis”, alertou.
Nos últimos meses, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) vem realizando uma análise meteorológica específica para o Brasil, utilizando dados de temperatura média do ar das estações meteorológicas do Inmet espalhadas por todo o território nacional. De acordo com o levantamento, as temperaturas ficaram acima da média histórica nos meses de julho a outubro. De acordo com o Tribuna da Bahia, dentre os quatro meses consecutivos mais quentes deste ano, setembro apresentou o maior desvio (diferença entre o valor registrado e a média histórica) desde 1961, com 1,6ºC acima da climatologia de 1991/2020 (média histórica). Em 2023, os meses citados foram marcados por calor extremo em grande parte do País e eventos de onda de calor, reflexo dos impactos do fenômeno El Niño (aquecimento acima da média das águas do Oceano Pacífico Equatorial), que tende a favorecer o aumento da temperatura em várias regiões do planeta. Além disso, outros fatores têm contribuído para a ocorrência de eventos cada vez mais extremos, como o aumento da temperatura global da superfície terrestre e dos oceanos. Desta forma, o cenário indica que o ano de 2023 será o mais quente desde da década 60. Estes resultados corroboram com as perspectivas encontradas por outros órgãos de meteorologia internacional, pois, segundo pesquisadores do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia, é improvável que os dois últimos meses deste ano revertam este recorde, tendo em vista que a tendência é de altas temperaturas em todo o mundo até novembro.
Em resposta à situação climática excepcional, caracterizada por calor extremo e baixa umidade, a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) investiu na instalação e revisão de novos equipamentos eletromecânicos na captação e nas estações de tratamento e de bombeamento, para garantir o incremento de cerca de 35% na produção de água na estação de tratamento em Barreiras. No período da estiagem, nos meses de setembro e outubro, a estação precisou produzir 480 mil litros de água por hora a mais de água tratada, em comparação com o período das chuvas, para atender a demanda extra decorrente do prolongamento da estiagem provocado pelo El Niño. “Sem dúvida, os últimos três meses foram desafiadores, mas conseguimos garantir uma resposta rápida e conseguimos abastecer bem alguns pontos mais críticos de Barreiras. Mobilizamos as nossas equipes para o monitoramento constante e preventivo das instalações elétricas, diante da instabilidade da energia elétrica ofertada, e atuamos para reduzir o tempo de correção de vazamentos na rede, bem como desativamos ligações clandestinas que reduziam a oferta de água, principalmente em áreas situadas na parte alta e distantes dos reservatórios operados pela empresa. Na zona rural, a exemplo da Baraúna, ainda tivemos nossa rede de água danificada pelos incêndios florestais”, explica a gerente da Embasa de Barreiras, Catherine Franca. No Oeste da Bahia, o calor extremo e a baixa umidade, típicos da região entre agosto e outubro, ocorreram com registros de temperatura acima das médias dos últimos anos, gerando uma resposta natural da população, que aumentou a demanda por água tratada. Apesar dos esforços para incrementar a produção, o gerente regional da Embasa, Marcos Rogério Moreira, explica que o alto consumo do período tornou ainda mais complexa a operação dos sistemas de abastecimento. “Qualquer mínima parada no sistema, por queda de energia ou reparo programado ou emergencial, a regularização passou a ocorrer de forma mais lenta do que o previsto, demonstrando, mais uma vez, a importância da caixa d´água ou tanque capaz de atender a necessidade dos ocupantes de um imóvel de forma segura para enfrentar esse momento”, reforça.
Muito conhecido no meio por ser assessorado por institutos de pesquisas nacionais, promovendo palestras com especialistas para produtores de toda a região, o empresário Luiz Carlos Fernandes publicou em suas redes sociais na tarde desta quinta-feira (26), que a região de Guanambi, no Sertão Produtivo, poderá ter um bom regime chuvoso nos próximos dois meses. Segundo Fernandes, nestes meses poderemos ter 350 mm de chuvas. “Estamos com sistema de nebulosidade em toda a região, onde andou até ocorrendo algumas chuvas, em Caetité deu 12 mm, Lagoa Real deu 8 mm, em Monte Alto deu 35 mm, são chuvas pontuais, e este sistema fica de hoje até sábado e deve de fato, começar a chover para valer na nossa região, na primeira semana de novembro, lá para o dia 2 e dia 3, Dia de Finados, o que já é tradicional”, afirmou. “Os indicativos que temos é que novembro de chover 150 mm ao longo do mês e dezembro teremos 200 mm, e irá diminuir a temperatura. Este ano, a região registrou recorde de temperaturas, devido ao efeito do fenômeno El Niño. No geral, teremos chuvas abaixo da média e temperatura acima da média”, conclui.
Seis policiais militares, incluindo um oficial superior, foram alvo da ‘Operação Falso Perfil’, deflagrada nesta quarta-feira (25), pelo Ministério Público da Bahia (M-BA), por meio dos Grupos de Atuação Especial Operacional de Segurança Pública (Geosp) e de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e 4ª Promotoria de Justiça de Brumado, conjuntamente com a Secretaria Estadual de Segurança Pública, por meio da Força Correcional Especial Integrada, e com a Corregedoria da Polícia Militar (Correg). Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão nos municípios de Brumado, Vitória da Conquista e Santo Antônio de Jesus. Os mandados foram expedidos pela Vara Criminal da comarca de Brumado. Todo o material apreendido será submetido a conferência e análise pelos integrantes da Geosp, Gaeco e Force, posteriormente, encaminhado aos órgãos competentes para a adoção das medidas cabíveis. Armas, munição, documentos e aparelhos celulares foram apreendidos nas buscas. Os policiais militares são investigados pela prática do homicídio de Uanderson Novaes Ventura, no dia 12 de abril de 2019, em estabelecimento educacional, denominado Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente (CAIC), situado no bairro Malhada Branca, no município de Brumado. A vítima foi atraída pelos investigados para o local mediante um perfil falso criado em rede social, marcando um suposto encontro romântico. Chegando ao local, a vítima foi assassinada pelos policiais militares.
O mototaxista Cristiano Santos, 29 anos, tem estado mais cansado do que o habitual, especialmente após o trabalho, depois de guiar pela cidade de Ibotirama, no oeste da Bahia. A origem do desgaste tem causa climatológica: o calor intenso no interior baiano, que atrapalha a rotina dos habitantes. No domingo (8), o município registrou a maior temperatura do Brasil, quando os termômetros marcaram 40,8ºC. Enquanto boa parte da população reclama, comerciantes comemoram o aumento das vendas. Entre uma viagem e outra, Cristiano tentava se hidratar em algum ponto de Ibotirama, quando a empresária Delma Pereira pausou suas atividades para reforçar o atendimento na sorveteria em que é proprietária. Em plena segunda-feira, as quatro funcionárias da loja não davam conta de atender todos que buscavam aliviar o calor com açaí ou sorvete. Dona de sorveteria há seis anos, ela garante que nunca viu nada parecido. A sensação térmica chegou aos 42ºC no domingo. “Setembro foi um mês surpreendente para a gente porque vendemos mais do que o esperado. Neste mês já tivemos um aumento de cerca de 50% nas vendas”, afirma Delma Pereira. Até quem não arrisca sair de casa no calor acha um jeito de se refrescar. O delivery também cresceu consideravelmente porque muita gente pede em casa para não sair do ar-condicionado”, diz a empresária. Nos primeiros nove dias de setembro, a temperatura média máxima registrada em Ibotirama chegou a 38,1ºC - superior aos 36,2ºC de agosto. A previsão é que só volte a chover no oeste em novembro. Até lá, as altas temperaturas vão persistir. As aulas presenciais das escolas municipais de Ibotirama foram suspensas até a quarta-feira (11) por conta do calor e a da interrupção temporária de água em certos pontos da cidade. Comerciantes relatam que a procura por aparelhos climatizadores é tanta que os estoques esgotaram. Em uma loja, os clientes não encontram climatizadores há duas semanas. A previsão é que o estoque só seja renovado em 15 dias. Enquanto isso, a lista de pedidos já tem mais de dez pessoas aguardando. “As vendas dobraram nas últimas semanas e ainda estamos perdendo clientes porque a maioria busca produtos para pronta-entrega. Os estoques estão no final na cidade toda”, diz a vendedora Mônica da Silva. Os climatizadores refrescam os ambientes através de um reservatório de água e são opções mais em conta do que os ar-condicionados. Na loja, o mais barato sai por R$ 599. As informações são do jornal Correio.
Segundo o observatório europeu Copernicus, o planeta registrou o setembro?mais quente?já registrado na história. O período alcançou 0,93°C acima da média do mesmo mês no período de 1991-2020 e superou em?0,5°C a temperatura?do recorde anterior, marcado em 2020. O observatório também alerta que o?ano de 2023?está a caminho de ser o mais quente já registrado e chamou a atenção para a emergência climática. “As temperaturas sem precedentes para esta época do ano observadas em setembro?— após um verão recorde - quebraram recordes de forma extraordinária. Este mês extremo empurrou 2023 para a duvidosa honra do primeiro lugar?— a caminho de ser o ano mais quente e cerca de 1,4°C acima das temperaturas médias pré-industriais. A dois meses da COP28 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), o sentido de urgência para uma acção climática ambiciosa nunca foi tão crítico”, ressaltou a diretora adjunta do Serviço de Mudanças Climáticas do Copernicus,?Samantha Burgess. Copernicus destaca ainda que, de janeiro a setembro de 2023, a temperatura média global para esse ano é 1,40°C superior à média pré-industrial (1850-1900). Já o?mês de setembro como um todo foi cerca de 1,75°C mais quente do que a média do mesmo mês no referido período.?
Nesta quarta-feira (04), a Operação Força Total, deflagrada pela Polícia Militar, cumpriu diversos mandados de prisão e apreendeu veículos em Brumado. Ao site Achei Sudoeste, o Tenente Coronel Élson Pereira, do 24º Batalhão de Polícia Militar (BPM), disse que, com o apoio da Rondesp, a PM realizou rondas intensas em toda região de abrangência. “O resultado foi muito bom. Muito veículo irregular foi apreendido, alguns com procedência duvidosa. Tivemos também três conduções de mandado de prisão em aberto. Em um deles, o indivíduo respondia por homicídio e estava aí circulando entre a sociedade”, afirmou. A Operação Força Total é uma iniciativa continuada em todo Estado da Bahia e, de acordo com o comandante, mais ações serão realizadas a fim de garantir a segurança pública em Brumado e nos municípios vizinhos.
As duas estações de tratamento da Embasa não estariam dando conta de atender a demanda da sede do município de Brumado e da zona rural, através da Operação Pipa. Isso porque, na semana passada, a operação ficou paralisada por 7 dias, visto que alguns bairros da sede estavam sendo afetados com a falta d’água. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, Djalma Neto, diretor de recursos hídricos da prefeitura, disse que a Operação Pipa é paralisada toda vez que existe algum problema de manutenção na sede. Para Neto, diante da situação, deveria ser construído um reservatório exclusivo para atendimento da zona rural. “O apelo nosso é que as autoridades competentes façam um reservatório exclusivo para a Operação Carro Pipa. O volume de água não é nem tão grande assim (500 m³ por dia) pra o pessoal ficar tantos dias sem fazer esse abastecimento. Acredito que a melhor solução seja a ampliação da Estação de Tratamento de Água (ETA)”, apontou. O Município, inclusive, solicitou à Embasa a referida ampliação desde o mês de fevereiro. Djalma salientou que a água da operação tem um custo elevadíssimo para os cofres públicos e o líquido deve ser garantido a todos, conforme prevê à lei.
A Operação Carro Pipa ficou suspensa por uma semana na cidade de Brumado, na região sudoeste da Bahia, deixando milhares de famílias desassistidas e sem água. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, Djalma Neto, diretor de recursos hídricos da prefeitura, informou que a Embasa justificou que diversos bairros na sede do município estavam desabastecidos e, por isso, a água não poderia ser liberada para a operação. “O que nos foi passado é que eles [Embasa] estavam fazendo algumas manobras e alguns bairros estavam sendo afetados. O pessoal da zona rural fica à mercê. Infelizmente, muitos locais não recebem água tratada via Embasa como a zona urbana é e eles são totalmente carentes dessa necessidade”, destacou. Ao todo, a operação conta com 16 carros pipa, os quais fazem três viagens por dia para abastecimento de localidades na zona rural. Segundo Neto, a cada dia que a operação pipa é paralisada, 48 lugares ficam sem receber água e o impacto para as famílias é muito grande.
As temperaturas em outubro ficarão acima da média na maior parte do país. É o que prevê boletim divulgado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Em Mato Grosso, no Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí e no oeste da Bahia, as temperaturas devem passar de 29ºC. Já no sul de Mato Grosso do Sul e parte da Região Sul, os termômetros devem marcar temperaturas próximas ou ligeiramente abaixo de 1ºC da média normal para o mês. “A ocorrência de dias consecutivos com chuva nessas áreas poderá amenizar as temperaturas, chegando a valores inferiores a 20ºC”, diz nota do Inmet. Quanto às chuvas, a previsão para as regiões Norte e Nordeste será abaixo da média histórica, com volumes menores de 70 milímetros. No Centro-Oeste e no Sudeste, a chuva deve voltar de forma gradual, principalmente nos estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais. A Região Sul permanecerá a probabilidade de grande quantidade de chuva, sendo o Rio Grande do Sul como um dos mais afetados. O Inmet prevê volumes acima de 250 milímetros. Um dos efeitos de El Niño é o aumento de chuvas no Sul do país. Isso porque há uma grande circulação de ventos, que acaba interferindo no movimento de outros ventos, impedindo o avanço de frentes frias pelo território brasileiro. Com isso, as frentes ficam estacionadas por mais tempo na Região Sul, diz o Inmet.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a cidades com registro de temperaturas mais altas e tempo mais seco na região nesta terça-feira (26) foram: Guanambi (41°C), Matina (39°C) e Carinhanha (42°C). Nos três municípios, a umidade relativa do ar está em apenas 20%. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o climatologista do Departamento de Geografia da Uesb, Rosalve Lucas, apontou que o bolsão de calor que atinge a região é um produto do El Niño que deve prevalecer no sudoeste baiano até a próxima semana. O fenômeno provoca o aumento das temperaturas e a redução drástica da umidade relativa do ar. Segundo o climatologista, os efeitos interferem no ambiente e em todas as atividades que produzimos. As temperaturas próximas e até acima de 40°C fizeram com que várias prefeituras da região emitissem um comunicado alertando a população para reforçar a hidratação, bem como adotar outras medidas para lidar com a onda de calor. Lucas destacou que, nessas condições, o corpo humano perde muita água e é preciso repor o líquido para evitar casos de desidratação, especialmente em crianças e idosos. “As pessoas tendem a ter maiores problemas de saúde relacionados ao trato respiratório e à pele”, pontuou. Apesar das condições climáticas severas, o climatologista lembrou que a onda de calor é típica do fenômeno do El Ninõ e deve demorar mais uns 10 a 15 dias, se dissipando de forma gradual em todo país.
A prefeitura Francisca Alves Ribeiro (PT), a Chica do PT, suspendeu, nesta terça-feira (26), as aulas na rede municipal de ensino na cidade de Carinhanha, na região sudoeste da Bahia, por conta da alteração climática que resultou em excessivo calor. As atividades escolares estão suspensas até a próxima sexta-feira (29). Segundo apurou o site Achei Sudoeste, no dia em que publicou o decreto 110/2023, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o município registrou 42°C. De acordo com o documento, a medida visa resguardar a saúde e assegurar a qualidade do ensino-aprendizagem dos alunos. A gestora ainda determinou que a Secretaria Municipal de Educação planeje a reposição das aulas podendo ocorrer, inclusive, aos sábados. Chica do PT ainda suspendeu o processo eleitoral complementar para gestores escolares, que aconteceria na sexta-feira (29). Uma nova data será marcada.