Nesta segunda-feira (11), a Prefeitura de Brumado publicou o Decreto nº 6.400, que declara situação de emergência nas áreas do município afetadas pela estiagem. Fica declarada a existência de situação anormal caracterizada como situação de emergência em decorrência do período de estiagem na cidade. A situação de anormalidade é válida apenas para as áreas do município que, comprovadamente, foram afetadas pela estiagem. As secretarias municipais ficam encarregadas de agir conjunta e articuladamente, adotando ações imediatas para solucionar os impactos decorrentes do baixo índice pluviométrico e prejuízos sofridos pela população. O decreto considera que, por meio da Operação Carro Pipa, será possível atender 302 comunidades de Brumado, o equivalente a cerca de 16 mil pessoas.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu, na segunda-feira (4), situação de emergência por conta da estiagem em Bom Jesus da Lapa, na região oeste da Bahia. A portaria com o reconhecimento foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). Agora, a prefeitura está apta a solicitar recursos do Governo Federal para ações de defesa civil, como compra de cestas básicas, água mineral, refeição para trabalhadores e voluntários, kits de limpeza de residência, higiene pessoal e dormitório, entre outros. A solicitação pelo município em situação de emergência deve ser feita por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD). Com base nas informações enviadas nos planos de trabalho, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as metas e os valores solicitados. Com a aprovação, é publicada portaria no DOU com o valor a ser liberado.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu, nesta sexta-feira (25), a situação de emergência do município de Guajeru. A portaria com o reconhecimento foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). Cidade com o reconhecimento federal de situação de emergência ou de estado de calamidade pública podem solicitar ao MIDR recursos para ações de defesa civil. A solicitação pelos municípios em situação de emergência deve ser feita por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD). Com base nas informações enviadas nos planos de trabalho, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as metas e os valores solicitados. Com a aprovação, é publicada portaria no DOU com o valor a ser liberado. A Defesa Civil Nacional oferece uma série de cursos a distância para habilitar e qualificar agentes municipais e estaduais para o uso do S2iD. As capacitações têm como foco os agentes de proteção e defesa civil nas três esferas de governo.
A maior seca da história recente do Brasil já impacta preços de alimentos importantes da mesa do brasileiro, como as frutas, principalmente as cítricas, e as carnes, como o tradicional contrafilé. Além disso, o café moído, que está em alta desde janeiro, subiu mais 4% em setembro em relação a agosto. É o que mostram dados de inflação divulgados nesta quarta-feira (9), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Denise Ferreira Cordovil, pesquisadora de inflação de alimentos do IBGE, explica que, no grupo das frutas, o maior destaque foi a alta no preço dos cítricos, como o limão, que disparou 30,4% em setembro em relação a agosto, e a laranja-pera, que aumentou 10% no mesmo período. Os preços das carnes também foram destaque, com um avanço médio de 2,97% — o maior desde dezembro de 2020, quando subiram 3,58%. “Questões climáticas, ausência de chuvas, clima mais seco, forte estiagem (que afetam a pastagem) contribuíram para essa alta das carnes no mês de setembro”, explicou André Almeida, gerente da pesquisa de inflação do IBGE.
A agência meteorológica da Organização das Nações Unidas (ONU) informa que 2023 foi o ano mais seco em mais de três décadas para os rios do mundo, uma vez que o recorde de calor sustentou uma seca dos fluxos de água e contribuiu para estiagens prolongadas em alguns lugares. O cenário é reflexo da aceleração das mudanças climáticas, cuja origem está ligada à alta das emissões de gases de efeito estufa. A Organização Meteorológica Mundial (OMM) também diz que os glaciares que alimentam os rios em muitos países sofreram a maior perda de massa nos últimos 50 anos, alertando que o derretimento do gelo pode ameaçar a segurança hídrica a longo prazo para milhões de pessoas no mundo. Segundo a OMM, metade do mundo enfrentou condições de fluxo de rios secos em 2023, quando começaram os efeitos do fenômeno climático El Niño, que leva à elevação das temperaturas. “Recebemos sinais de socorro na forma de chuvas, inundações e secas cada vez mais extremas, que causam grande impacto em vidas, ecossistemas e economias”, disse ontem a secretária-geral da OMM, Celeste Saulo, na divulgação do relatório. Ela disse que o aumento das temperaturas levou o ciclo hidrológico a tornar-se, em partes, “mais errático e imprevisível”, de formas que podem produzir “muita ou pouca água” tanto durante secas como inundações.
Nesta quarta-feira (09), o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu a situação de emergência na cidade de Licínio de Almeida devido à estiagem. A portaria com o reconhecimento foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). Cidades com o reconhecimento federal de situação de emergência ou de estado de calamidade pública podem solicitar ao MIDR recursos para ações de defesa civil. Assim, a prefeitura de Licínio de Almeida está apta a solicitar recursos do Governo Federal para ações de defesa civil, como compra de cestas básicas, água mineral, refeição para trabalhadores e voluntários, kits de limpeza de residência, higiene pessoal e dormitório, entre outros. Até o momento, a Bahia tem 67 reconhecimentos federais de situação de emergência vigentes, dos quais 64 por estiagem e três por chuvas intensas.
Alguns municípios da região sudoeste da Bahia estão há mais de 100 dias sem chuvas. A situação tem causado preocupação com o abastecimento de água por causa dos níveis das barragens que abastecem Vitória da Conquista, Belo Campo, Jequié e Guanambi. A Barragem de Água Fria 2 está atualmente com 83% de capacidade. Isso representa 5,2 bilhões de litros de água. Gerente regional da Embasa, Manoel Marques destacou que, por se tratar de um bem precioso, requer um cuidado especial de toda população. “O uso com sabedoria nesses dias mais quentes e o uso racional durante todo o período”, recomendou em entrevista ao G1. O local tem capacidade de armazenar 6,4 bilhões de litros de água. É o principal reservatório que abastece Belo Campo e Vitória da Conquista, município este que recebe 60 milhões de litros de água por dia. Para manter o abastecimento de água em Conquista dentro da normalidade, a Embasa tem um plano de operação que leva em conta o nível da barragem. Nesse momento, por exemplo, como a barragem se encontra com 83% da capacidade, duas adutoras: Catolé e Gaviãozinho estão sendo acionadas. Em Guanambi, o reservatório de Ceraíma está com 34,6 milhões de metros cúbicos de água, o que equivale a 68,4% da capacidade total. A cidade está há 161 dias sem chuvas. As últimas caíram nos primeiros dias de abril.
O juiz Tadeu Santos Cardoso, da 90ª Zona Eleitoral, estabeleceu a lei seca nas cidades de Brumado, Aracatu e Malhada de Pedras neste final de semana. Ao site Achei Sudoeste, Igor Araújo, Chefe do Cartório Eleitoral de Brumado, informou que, nesta sexta-feira (04), através da Portaria nº 07/2024, o juiz eleitoral proibiu a comercialização, venda, entrega e fornecimento gratuito de bebidas alcóolicas no âmbito dos três municípios, entre as 23h deste sábado (05) até às 20h de domingo (06). Araújo esclareceu que a portaria não veda a abertura de estabelecimentos comerciais, mas impede totalmente a comercialização de bebidas alcóolicas no período indicado a fim de manter a ordem pública. “Essa recomendação vem no sentido de contribuir para garantia da ordem pública e da segurança no dia das eleições”, ressaltou. Verificando o descumprimento da medida, a Polícia Militar poderá enquadrar o responsável no artigo 330, do Código Penal, que é o crime de desobediência.
A cidade de Macaúbas enfrenta um dos períodos de maior seca de sua história. Diante do cenário, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) fez um apelo de colaboração à população para que o uso da água seja feito de forma consciente e responsável. De acordo com a Macaúbas FM, a demanda crescente e a diminuição da oferta de água representam um desafio significativo, que exige da sociedade a utilização sustentável desse recurso essencial. A principal mensagem do SAAE é a conscientização sobre o desperdício de água, um problema que afeta não apenas os domicílios, mas também equipamentos públicos e setores econômicos. A entidade destacou a importância de que cada residência e estabelecimento tenha reservatórios de água adequados, especialmente nas áreas mais altas do município, que costumam enfrentar maiores dificuldades no abastecimento. Outro fator que agrava o problema é o uso clandestino da água, os chamados gatos, que são redirecionamentos ilegais de água, praticados como se a fonte fosse inesgotável. O SAAE alerta que essa prática, além de criminosa, contribui significativamente para a escassez de água na região, prejudicando o abastecimento de toda a comunidade.
Na última quarta-feira (11), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, informou que o horário de verão pode voltar a minimizar os impactos da crise hídrica no setor elétrico. Para concretizar seria necessário apenas uma decisão política do presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O horário de verão foi extinto em abril de 2019, pelo ex-presidente e inelegível Jair Bolsonaro (PL). O entendimento do governo é que a volta do horário de verão pode contribuir com a redução de energia nos fins de tarde. Apesar de diminuir o uso das energias solar e eólica (vento), o fim da tarde tem o aumento da intensidade da energia elétrica. Cerca de 239 terras indígenas no Brasil foram afetadas por seca severa ou moderada, de acordo com dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). Em julho deste ano, foram identificadas 32 áreas em seca extrema, o nível mais alto na classificação do órgão, e 207 por seca severa.Outras 173 foram afetadas por seca moderada, com a maior parte dessas áreas localizadas nas regiões Norte e Centro-Oeste do país. Desde julho, 20 municípios no Amazonas estão em estado de emergência devido à seca. Esta é considerada a pior seca desde que começou a ser monitorado, na seca em 2023 a possibilidade da volta do horário de verão chegou a ser ventilada, mas o governo Lula decidiu manter o padrão decidido por Bolsonaro.
A seca prolongada no Brasil, aliada à ação humana em ambientes fragilizados, provocou efeitos difusos, mas conectados por todo o país. As informações são do jornal o Globo. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou 159.411 focos de incêndio de janeiro até ontem, um aumento de 100% em relação ao mesmo período de 2023 e que deixou 60% do país sob fumaça no fim de semana. A seca que ameaça grandes rios como o Madeira e o Paraguai também afetou a maior metrópole do país: o Pinheiros, que corta São Paulo, ficou verde por receber menos água dos seus afluentes. Com as cinzas das queimadas do Norte que mudaram a cor do céu, a capital paulista ficou entre as de pior qualidade do ar do país. Das queimadas registradas pelo Inpe este ano, metade foi na Amazônia, e 32%, no Cerrado. A proporção foi semelhante no ano passado no mesmo período (52% dos focos na Amazônia e 33% no Cerrado). O número de focos de fogo registrados até ontem está perto das 189 mil ocorrências em todo o 2023. Os três estados com mais incêndios neste ano também são os mesmos que em 2023: Mato Grosso, Pará e Amazonas. No ano passado, Pará era o estado com mais focos. Mas a dimensão do fogo aumentou. Em 2023, a Amazônia já havia sido afetada por uma grave seca. No período chuvoso em seguida, não houve precipitações suficientes para recuperar rios e florestas. A nova seca este ano está mais severa na maioria dos estados brasileiros. Mas para a pesquisadora do Inpe Luciana Gatti, a seca não é a principal culpada pela alta de queimadas, mas sim a ação criminosa em campo. “O governo deveria decretar estado de emergência climática no Brasil inteiro, proibir qualquer desmatamento e propor projetos enormes de reflorestamento. Um plano emergencial para sobrevivência da população”, recomenda. A fumaça das queimadas tomou grande parte do país, inclusive o Sul e o Sudeste, e se espalha por Peru, Colômbia e Equador, alerta o pesquisador de sensoriamento remoto Henrique Bernini. “Tem muita ocorrência ao mesmo tempo, queimando uma vegetação sob efeito de uma sequência de ondas de calor”, explica Bernini. “Esse tanto de fumaça é suficiente para tornar a Amazônia um dos lugares que mais contribui para as mudanças climáticas, enquanto deveria ser o lugar com maior potencial de reverter a situação”.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu nesta sexta-feira (6) a situação de emergência em 27 municípios do país. Na região, as cidades de Dom Basílio, Condeúba, Cordeiros e Tanque Novo foram contempladas com o reconhecimento. Com este, as prefeituras estão aptas a solicitar recursos do Governo Federal para ações de defesa civil, como compra de cestas básicas, água mineral, refeição para trabalhadores e voluntários, kits de limpeza de residência, higiene pessoal e dormitório.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu a situação de emergência nos municípios de Anagé e Malhada de Pedras devido à seca. Com o reconhecimento, as prefeituras já estão aptas a solicitar recursos do Governo Federal para ações de defesa civil. Estas incluem a compra de cestas básicas, água mineral, refeição para trabalhadores e voluntários, kits de limpeza de residência, higiene pessoal e dormitório. Cidades nessas condições podem solicitar ao MIDR o reconhecimento federal de situação de emergência ou de estado de calamidade pública. A solicitação deve ser feita por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD).
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu, nesta quarta-feira (19), a situação de emergência em Vitória da Conquista por conta da estiagem. As portarias com as medidas foram publicadas em edição do Diário Oficial da União (DOU). Agora, a prefeitura está apta a solicitar recursos do Governo Federal para ações de defesa civil. A solicitação pelo município em situação de emergência deve ser feita por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD). Com base nas informações enviadas nos planos de trabalho, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as metas e os valores solicitados. Com a aprovação, é publicada portaria no DOU com o valor a ser liberado. A Defesa Civil Nacional oferece uma série de cursos a distância para habilitar e qualificar agentes municipais e estaduais para o uso do S2iD. As capacitações têm como foco os agentes de proteção e defesa civil nas três esferas de governo.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu, nesta segunda-feira (27), a situação de emergência na cidade de Lagoa Real. Com a medida, o município está apto a solicitar recursos do Governo Federal para executar ações de defesa civil. Cidades com o reconhecimento federal de situação de emergência ou de estado de calamidade pública podem solicitar ao MIDR recursos para ações de defesa civil. A solicitação pelos municípios em situação de emergência deve ser feita por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD). Com base nas informações enviadas nos planos de trabalho, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as metas e os valores solicitados. Com a aprovação, é publicada portaria no DOU com o valor a ser liberado. A Defesa Civil Nacional oferece uma série de cursos a distância para habilitar e qualificar agentes municipais e estaduais para o uso do S2iD. As capacitações têm como foco os agentes de proteção e defesa civil nas três esferas de governo.
Entre 2013 e 2023, os municípios da Bahia registraram 6.149 decretos de desastres, segundo revela um levantamento divulgado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM). As informações são do jornal Correio. É o segundo maior contingente do Brasil, ficando atrás apenas de Minas Gerais, que registrou 9.561. Uma série de fatores levam um município a decretar a existência de um desastre. No caso da Bahia, 3.869 dos decretos aconteceram por conta da seca e estiagem. Apenas a Paraíba supera o estado nesse contexto, com 4.261 decretações no período. Segundo a pesquisa da CNM, na Bahia, 73 milhões de pessoas foram afetadas e 385,4 mil foram desalojadas (precisaram sair de suas casas). O levantamento não detalha as razões que motivaram todos os decretos, mas sabe-se que situações de desastres foram reconhecidas durante as chuvas que atingiram a Bahia entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022. As condições sanitárias da pandemia foram responsáveis por 26% de todos os decretos de anormalidades no país entre 2013 e 2023. Segundo a Confederação Nacional de Municípios, o Governo Federal repassou 32% do valor prometido para as cidades brasileiras que sofreram com desastres. “Ao longo de 11 anos o governo federal autorizou o total de R$9,5 bilhões no orçamento para repasse aos municípios destinado ao pagamento de ações de gestão de riscos, prevenção, resposta a desastres e reconstrução de áreas danificadas. Desconsiderando os restos a pagar e analisando apenas o que foi efetivamente pago, o governo federal repassou apenas R$ 3 bilhões”, pontua. O reconhecimento de desastre é uma forma do município receber recursos para o enfrentamento de situações de crise. Ele deve ser solicitado pelo governador ou prefeito e reconhecido pelo governo federal. Após análise das informações, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as metas e os valores solicitados. A diferença entre estados de calamidade e emergência está na capacidade de resposta do Poder Público à crise. De acordo com o Decreto nº 7.257, de 4 de agosto de 2010, os dois casos preveem uma situação anormal, provocada por desastres, causando danos e prejuízos. Na situação de emergência o comprometimento da capacidade de resposta do Poder Público do ente atingido é “parcial". No caso de calamidade, “o comprometimento da capacidade de resposta do Poder Público do ente atingido é substancial”, ou seja, mais efetivo.
Publicado no Diário Oficial, o Decreto nº 6.315, de 13 de maio de 2024, declara situação de emergência nas áreas do município de Brumado afetadas pela estiagem. De acordo com o decreto, fica declarada a existência de situação anormal, caracterizada como situação de emergência, decorrente de período de estiagem em Brumado. A situação de anormalidade é válida apenas para as áreas do município que, comprovadamente, foram afetadas pela estiagem. As secretarias ficam encarregadas de agir conjunta e articuladamente, adotando ações imediatas para solucionar os impactos decorrentes do baixo índice pluviométrico e prejuízos sofridos pela população. O decreto considera a escassez de chuva, o desabastecimento de água em várias comunidades rurais e a o fato de as previsões meteorológicas indicarem a continuidade do período de estiagem pelos próximos meses. Por meio da Operação Carro Pipa, será possível atender 302 comunidades, equivalente a cerca de 16 mil pessoas. O decreto terá vigência de 180 dias, contados a partir da data de sua publicação.
Na cidade de Lagoa Real comunidades rurais estão sofrendo com o desabastecimento. Ao site Achei Sudoeste, o vereador Laiston Liberato Correia (PSD) explicou que o problema está relacionado às bombas d’águas e o poder público tem obrigação de repor os equipamentos a fim de não deixar as comunidades desassistidas. “Eles demoram 15 dias, às vezes 30 dias pra trocar a bomba e o pessoal fica na carência de água. Quando levam caminhão pipa a água não é apropriada, não é totalmente potável”, denunciou. No momento, nas comunidades de Serra de Varginha, Bebedouro e Lagoa Funda, os moradores estão sem água há cerca de 20 dias. “É uma situação crítica. Os moradores estão utilizando água das cisternas, mas, na seca, essa água que está sendo utilizada agora vai fazer falta”, apontou. Apesar dos insistentes apelos dos moradores para que o poder público solucione o problema, nada é resolvido. Para o vereador, o problema é pequeno e poderia ser facilmente solucionado pela gestão. “Isso para prefeitura não é nada”, criticou. Várias famílias estão sendo prejudicadas com o desabastecimento.
Na sexta-feira (01), a reportagem do Achei Sudoeste acompanhou a entrega das sacas de milho para os produtores rurais afetados pela grave seca em Brumado. O material foi enviado pelo Governo Federal para socorro aos pecuaristas. Presidente da comunidade Baixa da Baraúna, José Walter informou que a associação recebeu 152 sacas de milho, as quais serão distribuídas entre 26 produtores rurais da região. Segundo ele, no final do ano passado, a situação era muito ruim e só agora, após o período chuvoso, os agricultores começaram a colher uma pequena parte da produção. “Veio num momento muito bom”, avaliou. Presente na ação de distribuição, Valdinei Araújo, que faz parte da diretoria do Sindicato Rural no município, comemorou a ajuda aos produtores. “Vai ajudar muito. Teve a chuva, mas ainda não teve produção e esse milho vai ajudar nossos produtores. Graças a Deus chegou no momento certo. Todos estão satisfeitos. Foi uma luta que conseguimos”, destacou. No total, são quase 58 toneladas para distribuição aos produtores rurais da cidade.
O Município de Brumado recebeu do Governo do Estado 50 toneladas de milho para atendimento emergencial aos produtores afetados pela seca na região rural. Ao site Achei Sudoeste, Valdinei Araújo, membro do Sindicato Rural da cidade, disse que, apesar das chuvas recentes, os produtores ainda estão sofrendo com a estiagem e os suprimentos irão auxiliar no enfrentamento à seca na zona rural. “É uma ação do Governo do Estado junto com o Sindicato Rural. Abraçamos esse programa para fazer esse cadastramento”, pontuou. Ao todo, 166 produtores foram cadastrados na cidade para recebimento dos grãos. Cada produtor recebe uma quantidade de sacas correspondente ao número total de cabeças de sua criação. Segundo Araújo, em breve, os kits serão distribuídos aos produtores cadastrados. Presidente do Sindicato Rural de Brumado, Jamille Meira salientou que a ação é de suma importância para os agricultores, tendo em vistas as inúmeras perdas de animais registradas durante a seca. Já José Luiz Alves Ataíde, coordenador do Setaf em Brumado, reforçou que o socorro do Governo do Estado irá amenizar o sofrimento do agricultor, haja vista que os efeitos da seca são prolongados.
Passado o período mais crítico da seca, o prefeito da cidade de Andaraí, na Chapada Diamantina, Wilson Paes Cardoso (PSB), tem cobrado dos governos estadual e federal estratégias para auxiliar o pequeno e médio produtor a se recuperar de tantas perdas. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o gestor pontuou que, no pico da seca, muitos produtores perderam boa parte dos seus rebanhos e de suas produções agrícolas. A ideia, segundo Cardoso, é promover ações articuladas com os governos para apoio a esses produtores a fim de mitigar os danos e também pensando preventivamente. Nesse aspecto, o prefeito defendeu a importância da construção de barragens para atenuar os efeitos da seca. “Precisamos de estudo e ação”, afirmou.
Nesta terça-feira (30), o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu a situação de emergência em duas cidades da região sudoeste da Bahia que enfrentaram um período de estiagem. A portaria foi publicada no Diário Oficial da União. Estão na lista os municípios de Caetité e Presidente Jânio Quadros. Com os reconhecimentos, as prefeituras já podem solicitar recursos do Governo Federal para ações de assistência humanitária, reconstrução e restabelecimento. No momento, a Bahia tem 96 cidades com situação de emergência reconhecida pelo MIDR: 92 por estiagem, duaspor seca, que é um período de falta de chuvas mais prolongado do que a estiagem, e três por tempestades. A solicitação de recursos pelos municípios em situação de emergência deve ser feita por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD). Além de socorro e assistência às vítimas, os repasses também podem ser usados no restabelecimento de serviços essenciais e na reconstrução de infraestrutura ou moradias destruídas ou danificadas por desastres. Com base nas informações enviadas nos planos de trabalho, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as metas e os valores solicitados. Com a aprovação, é publicada portaria no DOU com o valor a ser liberado. A Defesa Civil Nacional oferece uma série de cursos a distância para habilitar e qualificar agentes municipais e estaduais para o uso do S2iD. As capacitações têm como foco os agentes de proteção e defesa civil nas três esferas de governo.
Devido ao estado de emergência decretado em diversos municípios da Chapada Diamantina em virtude da seca, o governo do estado tem distribuídos insumos para socorro aos pequenos e médios produtores rurais. Ao site Achei Sudoeste, o prefeito da cidade de Andaraí, Wilson Paes Cardoso (PSB), avaliou que os insumos irão amenizar um pouco à mortandade dos animais, porém logo mais o governo terá de criar ações mais efetivas para atendimento da grande demanda. “Vai amenizar um pouquinho só pra não deixar os animais morrerem. É uma porção bem reduzida”, afirmou. O prefeito acredita que a quantidade distribuída deveria ser maior e contemplar também os suínos. Ele próprio fez o pedido diretamente ao governo do estado, visto que as ações de enfrentamento à seca estão limitadas diante da gravidade do problema na zona rural. “Eles têm que avançar e melhorar de acordo com a situação. Quanto mais vai se agravando os esforços devem ser maiores”, completou.
Cerca de 14 mil pessoas do semiárido baiano terão acesso à água potável em casa. Nesta sexta-feira (19), o Governo da Bahia, em parceria com Ministério de Desenvolvimento Social (MDS), lançou o novo edital do Programa Cisternas, que prevê a instalação de mais de 3,7 mil cisternas em 176 municípios da região. Com um investimento total de R$ 40,8 milhões, a iniciativa vai contratar entidades para implementar tecnologias sociais voltadas ao acesso à água para consumo humano. A solenidade, realizada no Centro Administrativo da Bahia (CAB) em Salvador, contou com a presença do governador Jerônimo Rodrigues, da secretária Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, Lilian Rahal, e outras autoridades. A iniciativa, promovida pela Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (Seades), em parceria com o Ministério de Desenvolvimento Social (MDS), integra o Programa Bahia Sem Fome. Jerônimo Rodrigues destacou que o programa vai além da construção de cisternas. “Não é política apenas da fazer a obra, mas de unir as forças da comunidade, para compreender a importância de armazenar, tratar a água antes de usar. Esse programa ainda movimenta a economia da comunidade, porque os pedreiros e os ajudantes são da própria comunidade”, afirmou o governador. Ele ainda destacou que o empenho será contínuo. “As cisternas ajudam a comunidade a guardar a água. Mas, vamos trabalhar para que a água chegue permanente na casa das pessoas”, concluiu.
A seca continua castigando a região da Chapada Diamantina. Apesar das chuvas registradas em alguns municípios, o volume ainda foi insuficiente para diminuir a grave seca. Ao site Achei Sudoeste, o prefeito da cidade de Andaraí, Wilson Paz Cardoso, disse que a situação ainda é bastante crítica em 15 municípios da região. Apesar das previsões de chuvas, o gestor apontou que o índice pluviométrico é muito abaixo do esperado. “Estamos apreensivos o tempo todo”, resumiu. Caso as chuvas previstas para o final deste mês não se concretizem, Cardoso acredita que os municípios que estão em estado de emergência terão de decretar estado de calamidade na zona rural. “A situação está muito crítica”, lamentou.