A Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) confirmou nesta sexta-feira (22) a primeira morte por dengue na cidade de Caetité. De acordo com a pasta, a Bahia chegou a 20ª morte pela doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. De acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep) da Sesab, 272 municípios estão em estado de epidemia (65% das cidades). Outras 34 cidades estão em risco e 7 em estado de alerta. As mortes pela doença no estado foram registradas em 12 municípios. Ao todo, 73.310 casos prováveis da doença foram notificados até quinta-feira (21). Ainda assim, a pasta destaca que a Bahia possui índice de letalidade por dengue de 1,5%, percentual abaixo da média nacional, de 3,09%. O cálculo é feito com base nos casos notificados que evoluem para a forma grave da doença. A avaliação é da Câmara Técnica Estadual de Análise de Óbito da Sesab. Jacaraci (4), Piripá (3), Vitória da Conquista (3) Barra do Choça (1), Feira de Santana (1), Ibiassucê (1), Irecê (1), Santo Antônio de Jesus (2), Santo Estevão (1), Campo Formoso (1), Caetité (1) e Juazeiro (1).
A baixa procura pela vacina contra a dengue na Bahia preocupa autoridades e especialistas em saúde. Mais de 97,4 mil doses da QDenga vencem em 30 de abril e ainda não foram aplicadas no estado. O ritmo de vacinação precisa crescer mais de 30% para que os imunizantes não sejam desperdiçados. Atualmente, o público-alvo é formado por crianças de 10 a 14 anos. O estado recebeu 170.540 doses desde 9 de fevereiro e 73.072 foram aplicadas nos postos de saúde, de acordo com a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab). Com isso, 57% das doses do imunizante estão encalhadas. Na tarde de quarta-feira (20), a ministra da Saúde Nísia Trindade anunciou que o Governo Federal vai redistribuir as doses da vacina que não foram usadas pelos estados e municípios. Segundo ela, as cidades que decretaram situação de emergência em razão da doença terão prioridade. “Vamos fazer a redistribuição das doses que não foram aplicadas e que estão nos municípios [...] Isso não vai ser detalhado hoje. Está em processo, tem que ser feito de forma muito cuidadosa”, disse a titular da pasta. Apenas 115 municípios baianos receberam a vacina. Desse total, 44 municípios - todos que receberam o primeiro lote - estão com doses que vencem em 30 de abril, informa Vânia Rebouças, coordenadora do Programa Estadual de Imunização. As cidades que receberam o segundo lote estão com doses que vencem em 30 de junho. “Teremos mais 40 dias pra usar essas doses. Se vencer, vai precisar ser descartado. O que precisa é usar antes do vencimento. Se a gente focar na busca ativa nem vai precisar remanejar a dose, porque o público-alvo é de meio milhão, só distribuiu 170 mil, percentual bem inferior ao quantitativo [apto]”, avalia Rebouças. Na Bahia, cerca de 14,6 mil crianças foram imunizadas por semana desde o início da vacinação, no mês passado. Para atingir a meta e não desperdiçar doses da vacina, é necessário que cerca de 19 mil pessoas recebam o imunizante semanalmente até dia 30 de abril. Ou seja, um aumento de 33% no número de doses aplicadas. Há expectativa de que a faixa etária do público-alvo seja ampliada para evitar o desperdício de doses.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou nesta quarta-feira (20) um repasse de R$ 300 milhões a estados e municípios para a compra de soro e demais medicamentos necessários no manejo clínico da dengue. De acordo com a Agência Brasil, dados da pasta apontam que, atualmente, 23 unidades federativas registram incidência da doença, cada uma com variações importantes. “Um tema muito importante são os medicamentos para dengue. Soro e outros medicamentos que são utilizados para salvar vidas, abordagem clínica, evitar os casos graves em tratá-los da maneira adequada”, disse a ministra, em entrevista coletiva no Ministério da Saúde. “Estamos destinando, em portaria publicada hoje, R$ 300 milhões para estados e municípios fazerem especificamente a aquisição desses medicamentos”, completou.
Em Brumado, moradores da Rua Virgílio Ataíde se reuniram em um mutirão para retirar diversos pneus que serviam de criadouro para o mosquito da dengue nas proximidades da linha férrea. Na região, uma mulher de 52 anos morreu vítima de dengue hemorrágica. Ao site Achei Sudoeste, o agente de endemias Dailton Moreira disse que o problema dos pneus na localidade é antigo e, mesmo tendo comunicado a coordenação da Vigilância Epidemiológica Municipal acerca do assunto, nenhuma providência foi tomada no sentido de recolher os materiais do local. Diante do impasse, o agente se reuniu com a comunidade e, com o apoio de um caminhão disponibilizado por uma empresa particular, os pneus foram recolhidos. “A prefeitura não tomou nenhum tipo de providência. A única coisa que eles fizeram foi, após tomar conhecimento do óbito, mandar bater veneno nos pneus. Só depois que a mulher faleceu. Mas, com relação a resolver o problema, nada foi feito. Foi um total descaso e desprezo com a população. Isso é uma vergonha para o poder público”, apontou.
Proprietária dos pneus, Luzia dos Santos também fez parte da iniciativa. Ela explicou que utiliza os materiais para confecção de cadeiras e outros itens. “É meu único meio de sobrevivência, só que não tenho recursos para tentar retirar esses materiais daqui. Já tentei, inclusive pedindo apoio da prefeitura, mas não consegui”, relatou. Dona de um comércio localizado bem em frente de onde os pneus ficavam, Leni Gomes falou que os materiais eram um incômodo para toda vizinhança. “Tinha muito mosquito aqui. Tava prejudicando a gente. Agora, estou mais tranquila”, afirmou.
Os projetos desenvolvidos no âmbito do Ciência na Escola, programa criado pela Secretaria da Educação do estado (SEC) para estimular o ingresso ao mundo científico em sala de aula, geram resultados concretos. Oito instituições públicas estaduais são finalistas da 22ª Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE), iniciativa que promove o engajamento dos professores no desenvolvimento de práticas pedagógicas inovadoras em sala de aula e também aproxima as escolas públicas e privadas das universidades. O evento acontece na capital paulista, de segunda (18) à sexta-feira (22). Nesta edição, foi registrado o recorde de mais de dois mil projetos inscritos e 500 semifinalistas, como o que foi desenvolvido pelos estudantes Ruan Donato, Maria Júlia de Oliveira e Isadora Fernandes no Colégio Estadual Antônio Batista, do município de Candiba. Eles analisaram a eficiência do extrato de plantas nativas da caatinga, como larvicida natural, menos tóxica do que os fabricados artificialmente, no combate ao Aedes Aegypti, vetor de doenças como dengue, chikungunya e zika. O orientador da equipe, o professor de Biologia William Oliveira Nascimento ressalta que a participação nesta edição é uma grande realização, não só para a comunidade escolar, mas para toda a Bahia e para o país, especialmente diante do aumento de casos de arboviroses.
O Brasil passou de 1,8 milhão de casos (prováveis e confirmados) de dengue em 2024. Segundo dados do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde atualizados ontem, o país registrou 1.889.206 casos nas primeiras onze semanas deste ano, uma taxa inédita. Este é o maior número desde o início da série histórica, em 2000. O recorde anterior de casos prováveis ocorreu em 2015, com 1.688.688. Já o terceiro ano com maior número foi 2023 com 1.658.816. No mesmo período do ano passado, em menos de 3 meses, o Brasil tinha 400.197 casos. Além disso, até o momento, 561 mortes foram confirmadas desde janeiro e 1.020 seguem em investigação. Em 2023, foram 257 óbitos entre as semanas 01 e 11.
A dengue fez mais uma vítima na Bahia: nesta segunda-feira (18), a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) confirmou a 17ª morte pela doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. O óbito foi em Campo Formoso, no norte do estado. De acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep) da Sesab, 272 municípios estão em estado de epidemia (65% das cidades), entre eles a capital Salvador. Outras 34 cidades estão em risco e 7 em estado de alerta. Ao todo, 62.478 casos prováveis da doença foram notificados até esta segunda-feira. A título de comparação, 12.479 casos foram notificados no mesmo período em 2023, o que representa um aumento de 440,7%. Ainda assim, a pasta destaca que a Bahia possui índice de letalidade por dengue de 1,47%, percentual abaixo da média nacional, de 3,09%. O cálculo é feito com base nos casos notificados que evoluem para a forma grave da doença. A avaliação é da Câmara Técnica Estadual de Análise de Óbito da Sesab. Confira as cidades onde ocorreram as mortes: Jacaraci (4), Piripá (3), Vitória da Conquista (3) Barra do Choça (1), Feira de Santana (1), Ibiassucê (1), Irecê (1), Santo Antônio de Jesus (1), Santo Estevão (1) e Campo Formoso (1). Neste ano, também foram registrados dois óbitos por chikungunya no estado. Os pacientes moravam nos municípios de Teixeira de Freitas e Ipiaú. Nenhum óbito por Zika foi confirmado até o momento. Até sábado (16), foram notificados 5.186 casos prováveis de chikungunya no estado. Já os casos prováveis de Zika são 654.
A família de Eronilde Lima Ribeiro, conhecida como Nilde, de 52 anos, que morreu vítima de dengue hemorrágica na cidade de Brumado vai entrar com uma ação no Ministério Público da Bahia (MP-BA). Filho da vítima, Gideon Lima Ribeiro confirmou ao site Achei Sudoeste que nos fundos de sua casa, na Rua Virgílio Costa Ataíde, tem mais de 20 pneus com focos do aedes-aegypti abandonados na via. Os pneus ficam à margem da linha férrea, em uma região de grande movimentação próximo ao Mercado Municipal. “Tá lá pra quem quiser ver. Tá cheio de foco de dengue. Tá feio, cheio de pneu, água parada. Minha mãe já foi, Deus levou minha mãe com essa maldita dengue hemorrágica, mas não quero que outra pessoa tenha essa doença e acabe falecendo. Quero que tirem esses pneus”, destacou. Ribeiro garantiu que vai lutar até o fim para que os pneus sejam recolhidos do local. “Vou lutar até eu tirar aqueles pneus do local porque tenho mais família lá. Minha vó tem 70 anos”, afirmou. Mesmo com o apelo, Gideon contou que a Secretaria Municipal de Saúde ainda não esteve no local para realizar o bloqueio da dengue e recolher os pneus da área.
No último final de semana, uma mulher identificada como Eronilde Lima Ribeiro, conhecida como Nilde, de 52 anos, morreu vítima de dengue hemorrágica na cidade de Brumado. Filho da vítima, Gideon Lima Ribeiro relatou ao site Achei Sudoeste que, nos primeiros dias, sua mãe teve manchas avermelhadas no corpo, muita dor nas articulações, vômitos e febre alta. “Ela não aguentava nem engolir água, suco, não queria comer. Sentia muita dor na boca do estômago. Teve também sangramento na gengiva, nos ouvidos e no nariz”, afirmou. Preocupado diante do agravamento dos sintomas, Gideon levou a mãe na última sexta-feira (16) pela manhã para o Hospital Municipal Professor Magalhães Neto. No mesmo dia à tarde, ele disse que o resultado para dengue deu positivo. Apesar disso, no sábado (17), a paciente foi liberada para seguir o tratamento em casa. Segundo Gideon, no próprio sábado, a mãe precisou retornar para o hospital devido à piora do seu estado de saúde. Na unidade, em novos exames, ela testou positivo para dengue hemorrágica grave. “Ela ficou internada no hospital sábado à noite, domingo à noite e segunda à noite. Na terça, ela teve uma crise de muita falta de ar, o corpo não estava aceitando as plaquetas. Precisou levar pra UTI”, contou. Na Unidade de Terapia Intensiva, a paciente acabou falecendo. “É uma dor muito forte. Somos em cinco irmãos e nós estamos sofrendo muito. Minha avó também. Não estou conseguindo comer, beber, não desce”, falou. Além da arbovirose, na certidão de óbito ainda consta insuficiência renal aguda e leucemia em investigação. A secretaria municipal de saúde ainda não se pronunciou sobre o caso.
Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e de outras cinco instituições descobriram que o vírus chikungunya é capaz de se espalhar pelo sangue, atingir múltiplos órgãos e causar danos cerebrais. Os achados foram publicados nesta semana na revista científica Cell Host & Microbe. De acordo com o estudo, os mecanismos de ação observados pela primeira vez em casos fatais indicam que o vírus pode atravessar a barreira que protege o sistema nervoso central, o que reforça a necessidade de atualização dos protocolos de tratamento e vigilância da doença. “Isso mostra uma necessidade de acompanhar o paciente, inclusive aquele que saiu da infecção aguda, que já melhorou. É preciso acompanhar porque essas manifestações podem aparecer um tempo depois da suposta cura”, diz o professor José Luiz Proença Módena, do Instituto de Biologia. O estudo teve participação de virologistas, médicos, epidemiologistas, clínicos, físicos e estatísticos da Unicamp e das universidades do Kentucky (Estados Unidos), de São Paulo (USP), do Texas Medical Branch (Estados Unidos) e Imperial College London (Reino Unido), além do Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (Lacen). O principal achado foi a presença do vírus em amostras de líquor cefalorraquidiano, o que demonstra sua capacidade de atravessar uma camada protetora e alcançar o sistema nervoso, podendo chegar ao cérebro. Assim, ele causa danos neurológicos que podem resultar em sequelas ou levar o paciente à morte.
A cidade de Brumado encerrou mais uma semana epidemiológica e, de acordo com a Vigilância Epidemiológica, são 635 casos suspeitos de dengue no município, sendo 533 em investigação, 66 descartados e 36 confirmados, dos quais 9 com sinais de alerta. Ao site Achei Sudoeste, o coordenador de endemias da Vigep, Fábio Azevedo, informou que uma pessoa encontra-se internada com a forma grave da doença no Hospital Municipal Professor Magalhães Neto. Diante da quantidade de notificações suspeitas, a Vigep tem trabalhado no bloqueio de UBV costal nos locais com maior índice de infestação. Azevedo chamou a atenção da população para a importância de trabalhar em conjunto com o Município no combate aos focos do mosquito. “O que faz com que a dengue decline é a gente não deixar criadouros. A fêmea põe ovos de 4 a 6 vezes e em torno de 100 ovos por vez, chegando a 400/600 ovos por vida. Em dez dias, já temos uma geração de mosquito apta”, afirmou. Para próxima semana, há previsão de chuva na cidade e o coordenador alertou que muita água pode se acumular nos terrenos baldios, em lixos e em qualquer vasilha deixada nos quintais das residências. “Temos que correr com a prevenção e não deixar o mosquito nascer na casa da gente. Recebam bem o agente de endemias. Temos que impedir que a larva se transforme em mosquito”, orientou. Para entrar em contato com a Vigep, o telefone é (77) 3441-2757.
A Secretaria de Saúde de Guanambi, através do Departamento de Vigilância Epidemiológica, publicou nesta segunda-feira (11) a quarta edição do Boletim de Arboviroses, que detalha os casos notificados, confirmados, descartados e aguardando coleta ou resultado para dengue, zika e chikungunya. Segundo a diretora da Vigilância Epidemiológica, Eugênia Cotrim, tecnicamente, a cidade entrou em estado de epidemia. Ao todo, o novo boletim confirmou 97 casos de arboviroses, bem superior aos 62 do levantamento anterior. Os diagnósticos ambulatoriais de dengue evoluíram de 51 para 78 casos confirmados em uma semana. Os casos aguardando coleta ou resultados subiram de 182 para 394. Com relação à febre chikungunya, os casos saltaram de 3 para 10 casos confirmados e de 65 para 81 que aguardam coleta ou resultado para exame laboratorial. Por fim, os casos de Zika vírus seguem estáveis: no boletim anterior, a cidade registrou 8 casos, agora são 9 confirmados.
A prefeitura de Brumado, através da secretaria municipal de saúde (Sesau), decretou nesta terça-feira (12) situação de emergência em razão do quadro de doenças infecciosas virais e arboviroses. Segundo apurou o site Achei Sudoeste, através do decreto nº 6.304, o crescente aumento no município do número de casos suspeitos e/ou confirmados de pacientes infectados pelo mosquito aedes aegypti, vetor do vírus responsável pelas arboviroses, sendo que nestes primeiros meses do ano de 2024 já foram feitas no 412 notificações para dengue, 32 para chikungunya e 15 para zika, fez com que a Coordenação de Vigilância Epidemiológica por meio da Nota Técnica nº 01/2024 recomendasse a situação de emergência. O decreto autoriza a adoção de todas as medidas administrativas e assistenciais necessárias à contenção do aumento da incidência de casos de arbovirose, em especial a aquisição pública de insumos e materiais, doação e cessão de equipamentos e bens e a contratação de serviços nos termos do artigo 75, VIII, da Lei nº 14.133/2021, estritamente necessários ao atendimento da situação emergencial e enquanto esta perdurar. “Fica autorizado o ingresso forçado em imóveis públicos e particulares, no caso de situação de abandono, ausência ou recusa de pessoa que possa permitir o acesso de agente público, regularmente designado e identificado, quando se mostre essencial para a contenção das doenças, consoante determina o inciso IV do § 1º e § 2º do artigo 1º da Lei nº 13.301/2016”, diz um trecho do decreto. O agente de combate às endemias, se necessário for, poderá requerer auxílio à autoridade policial para efetivação do ingresso forçado em imóveis em todo o município. O decreto tem validade de 90 dias.
Duas mortes por chikungunya foram confirmadas na Bahia nesta segunda-feira (11). De acordo com informações da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), os pacientes moravam nos municípios de Ipiaú e Teixeira de Freitas, cidades localizadas no sul e extremo sul da Bahia respectivamente. Ainda conforme a pasta, até o último sábado (9), foram notificados 3.918 casos prováveis da doença no estado. Em 2023, foram 4.747 casos prováveis de chikungunya no mesmo período, o que representa uma redução de 17,5%. Na Bahia, o sinal de alerta está ligado para outra doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti: a dengue. Segundo a Sesab, 175 municípios baianos estão em estado de epidemia para a doença. Até o momento, 12 mortes por dengue foram confirmadas pela Câmara Técnica Estadual de Análise de Óbito da Sesab.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil lidera o número de casos de dengue no mundo. Em Candiba, estudantes da rede pública de ensino realizaram um estudo sobre a eficiência do extrato de plantas nativas da caatinga como larvicida natural no combate ao Aedes Aegypti. Orientador do projeto, o professor de biologia William Oliveira classifica o trabalho como uma proposta sustentável de combate ao mosquito. O produto natural é uma alternativa menos tóxica do que os fabricados artificialmente.
“Entre os benefícios principais estão a substituição dos produtos sintéticos, de forma a reduzir o impacto no bem-estar do ecossistema e a utilização de plantas em abundância na caatinga”, explicou. O larvicida feito com extratos de aroeira, pau-ferro e umburana, segundo o professor, elimina as larvas em menos de 24 horas. Com os estudos em andamento, a equipe busca parcerias para análise fitoquímica das plantas e produção em grande escala. O projeto, desenvolvido no Colégio Estadual Antônio Batista, no âmbito do Programa Ciência na Escola, foi realizado juntamente com o apoio do professor Daniel dos Santos e dos estudantes Ruan Donato, Maria Júlia de Oliveira e Isadora Fernandes.
Na sexta-feira (08), mais três mortes por dengue foram confirmadas na Bahia. De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), dois pacientes moravam em Jacaraci e um em Vitória da Conquista. Ainda conforme o órgão, 122 municípios do estado estão em epidemia, 51 estão em risco e 34 em alerta. A Secretaria Municipal de Vitória da Conquista informou que o terceiro caso do município foi um idoso de 78 anos, morador do Bairro Alto do Candeias. Ele deu entrada no Hospital Geral de Vitória da Conquista (HGVC) com quadro suspeito de acidente vascular hemorrágico. Ficou internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e morreu no dia 23 de fevereiro. A região sudoeste concentra o maior número de mortes no estado, com casos em Jacaraci, Vitória da Conquista, Ibiassucê Piripá e Barra do Choça. Foram contabilizados quase 30 mil casos prováveis até o dia 2 de março deste ano, o que corresponde a um aumento de 209,3 % em comparação ao mesmo período do ano.
A Bahia atravessa um período crítico no combate ao mosquito da dengue. Os casos têm aumentado em todos os municípios, causando preocupação nos governos. Em Dom Basílio, o número de casos ainda é pequeno. Ao site Achei Sudoeste, o prefeito Roberval de Cássia Meira (PL), informou que há 5 notificações suspeitas e 1 caso confirmado da doença. Apesar da aparente tranquilidade, o gestor disse que todas as secretarias estão mobilizadas no enfrentamento às arboviroses para eliminação dos focos do mosquito. “Todas as secretarias estão com as suas equipes fazendo os trabalhos de limpeza de propriedades e seguindo todas as recomendações. Estamos identificando muitos focos e isso preocupa”, avaliou. Diante da proliferação de criadouros do mosquito, o prefeito afirmou que a cidade está em estado de alerta. “Estamos em estado de alerta, de guerra, porque, mesmo não tendo grande número de casos, mas estamos encontrando muitos focos do mosquito. Por isso, peço à população para que nos ajude nessa guerra. É um momento de a população junto com o poder público fazer todas as recomendações da vigilância epidemiológica e se unir para vencer essa guerra. É uma luta de todos”, declarou.
Todo Estado da Bahia tem enfrentado um aumento substancial do número de casos de dengue. Em Malhada de Pedras, a Secretaria de Saúde, através da Vigilância Epidemiológica, está fazendo um importante trabalho de prevenção e combate ao mosquito transmissor. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o prefeito Carlos Roberto Santos da Silva (PSD), o Beto de Preto Neto, destacou que a ideia é fazer com que a população seja um parceiro do Município nesse enfrentamento. “Eu peço a toda população de Malhada de Pedras que se empenhe fazendo a sua parte e o seu papel, cobrindo os reservatórios de água, não deixando nenhum recipiente aberto e nem jogando materiais, como copos descartáveis, garrafinhas e pneus, a céu aberto para evitar a proliferação da larva do mosquito”, afirmou.
A Bahia registrou a 9º morte por dengue em 2024. A informação foi confirmada pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) nesta terça-feira (5). Segundo o informativo da pasta, a vítima morava em Vitória da Conquista. A identidade da vítima não foi revelada pelo órgão de saúde. Esta é a segunda morte da doença na cidade. Os outros sete óbitos registrados aconteceram em Jacaraci (2), Piripá, Irecê, Feira de Santana, Barra do Choça e Ibiassucê. De acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep) da Sesab, ao todo, 122 municípios baianos estão em estado de epidemia. Outros 51 estão em risco e 34 em alerta. São 29.982 casos prováveis até o dia 2 de março de 2024, marcando um aumento de 209,3 % em comparação ao mesmo período do ano anterior.
A Secretaria de Saúde de Guanambi, através do Departamento de Vigilância Epidemiológica, publicou na tarde desta segunda-feira (04) a terceira edição do Boletim de Arboviroses. De acordo com o boletim, os diagnósticos ambulatoriais de dengue evoluíram de 36 para 51 casos confirmados em uma semana. Os casos aguardando coleta ou resultados subiram de 148 para 182. Com relação à chikungunya, foram mantidos os 3 casos confirmados e 65 aguardam coleta ou resultado laboratorial. Os casos de zika também seguem um crescente em todos os quesitos. No primeiro boletim, a cidade não tinha nenhum caso registrado, no segundo foi para 4 confirmações e, agora, dobrou para 8 casos. Segundo o secretário de saúde, Edmilson Júnior, a pasta segue em alerta máximo e todas as equipes estão trabalhando para evitar que a cidade chegue a uma epidemia em nossa cidade. Além das providências de reforço ao trabalho de prevenção e combate ao mosquito, a pasta reforçou junto à Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) o ofício pedindo a liberação do carro fumacê.
Desde o início da campanha de vacinação contra a dengue, em 9 de fevereiro, apenas 11% das doses distribuídas pelo Ministério da Saúde aos estados e municípios foram aplicadas no público-alvo da campanha. Foram distribuídas 1.235.236 doses da vacina até o dia 1º de março para 521 municípios de regiões endêmicas do país. Até o fim do domingo (3), o balanço apontava 135.599 doses foram aplicadas do público-alvo, que são as crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos. De acordo com os dados do painel de monitoramento das arboviroses, do Ministério da Saúde, o Brasil passou de 1 milhão de casos (prováveis e confirmados) de dengue neste ano. Foram 1.038.475 nos dois primeiros meses do ano. No mesmo período do ano passado, o Brasil tinha 207.475 casos. Até o momento, 256 mortes foram confirmadas e 651 seguem em investigação. Em 2023, foram 149 mortes entre as semanas 1 e 8. Das mortes registradas até o dia 27 de fevereiro, 42% foram pessoas de mais de 70 anos e, 10%, as vítimas tinham entre 30 e 39 anos. O Ministério da Saúde afirma que “está em constante monitoramento e alerta para o aumento de casos de dengue no Brasil, coordenou uma série de ações para o enfrentamento das arboviroses, intensificou os esforços e reforçou a conscientização sobre medidas de prevenção”. O público-alvo da campanha de vacinação (10 a 14 anos) corresponde a um total de 3.250 milhões de pessoas, segundo o Ministério da Saúde. O Ministério recebeu, ao todo, 6,5 milhões de doses para atender ao público-alvo com um esquema vacinal em duas doses, que serão distribuídas aos municípios selecionados de forma progressiva, ao longo dos próximos meses.
Na Bahia, os idosos formam o grupo que recebe alerta para os cuidados especiais necessários para se protegerem contra a dengue, conforme dados divulgados pelas autoridades de saúde. De acordo com a Secretaria de Saúde do estado (Sesab), até 18 de fevereiro de 2024, foram notificados 8.674 casos prováveis da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Um levantamento realizado confirma que a faixa etária de maior risco para complicações da doença é a formada por idosos. De acordo com os dados divulgados, a taxa de letalidade da dengue no período, ainda que seja considerada baixa de forma geral, foi oito vezes maior entre os idosos do que entre aqueles com idade abaixo dos 60 anos. De acordo o Sistema de Notificação de Agravos e Notificações (Sinan), entre o mês de janeiro até 6 fevereiro de 2024, a Bahia teve 4068 casos notificados de dengue. Ainda segundo um estudo epidemiológico, os idosos estão cada vez mais suscetíveis à dengue. As autoridades de saúde estão reforçando a importância de medidas preventivas e cuidados específicos para proteger os idosos contra a doença, que pode causar complicações graves nesse grupo de risco. Entre 2014 e 2024, foram registrados 3.211 óbitos entre pessoas de zero a 59 anos. Já entre os idosos, o número de total de mortos chegou a 3.299. A letalidade, portanto, foi de 0.03% no primeiro grupo e 0.27% no segundo grupo. O risco aumenta ainda mais conforme a idade avança. Entre os pacientes com 80 anos ou mais, o coeficiente letalidade chega a 1,03%.
A situação da dengue tem se agravado na cidade de Brumado. Até o momento, são 273 notificações e 19 casos confirmados. Preocupado com o aumento de casos, o pré-candidato a prefeito do município, Guilherme Bonfim tem se articulado junto à Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) para liberação do carro fumacê. Ao site Achei Sudoeste, Bonfim relatou que, na quinta-feira (29), se reuniu em audiência com a secretária estadual de saúde, Roberta Santana, durante a qual pleiteou o apoio para a cidade. “Ela prontamente nos recebeu e atendeu ao nosso pedido de enviar um carro fumacê para o município. O carro é a última instância nesse caso. Já tive a resposta positiva dela para o encaminhamento do carro fumacê”, afirmou. O veículo será enviado por ordem de prioridade, já que outros municípios estão em pior situação. Com a finalidade de evitar uma epidemia da doença, Guilherme chamou a atenção da população para a importância de fiscalizar os seus quintais para impedir a formação de criadouros do mosquito. “É importante que a população e a prefeitura participem dessa campanha educativa para que todo mundo elimine os criadouros. O vírus da dengue é transmitido pelo mosquito, o aedes aegypt. Ele se prolifera em criadouros como plantas, pneus, garrafa plástica, piscina sem uso e sem manutenção, engradado de cerveja, vasilhas... precisamos da conscientização de todos”, alertou.
O número de notificações de dengue na cidade de Brumado aumentou bastante. Ao todo, de acordo com a Vigilância Epidemiológica Municipal (Vigep), são 273 notificações e 19 casos confirmados. Em comparação ao ano passado, os números representam quase o dobro. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o coordenador de endemias, Fábio Azevedo, informou que os casos positivos foram confirmados no Distrito de Itaquaraí, Santa Tereza, Baraúnas, Vila Presidente Vargas e São Jorge. O coordenador ressaltou ainda que o trabalho da vigilância tem sido intensificado através da visita dos agentes de endemias nos domicílios e dos bloqueios nos locais onde há maior registro de notificações. No domingo (03), a Vigep esteve na comunidade da Lagoa Funda fazendo o combate ao mosquito aedes aegypti. Além disso, Azevedo afirmou que o Município tem feito um trabalho educativo nas escolas e empresas e de orientação da população para fiscalizar rotineiramente os seus quintais para evitar a formação de possíveis criadouros do mosquito. “Nesse momento, o mosquito não está só na caixa d’água, ele tá na calha, no pneu, numa lata de margarina jogada em um terreno baldio. Temos que pedir ao morador que nos ajude para prevenção coletiva. Todos têm que ajudar porque não adianta você fazer tudo na sua casa e o vizinho não. O mosquito nasce lá e vem pra sua casa trazendo a doença”, alertou.
A oitava morte por dengue foi confirmada pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) nesta sexta-feira (1º). A vítima era uma farmacêutica de 29 anos e estava grávida de quatro meses. Gabriela Gomes Santo era moradora de Barra do Choça. A região é a que mais concentra mortes pela doença. Segundo a Secretaria de Saúde de Barra do Choça, a paciente deu entrada no Hospital Municipal José Maria de Magalhães Neto, em estado grave. De acordo com o G1, ela recebeu o diagnóstico de dengue grave. Ainda segundo a secretaria municipal, Gabriela tinha anemia falciforme, o que agravou ainda mais o quadro. A morte dela foi registrada dia 20 de fevereiro, mas a confirmação foi feita nesta sexta-feira. Além de trabalhar como farmacêutica, Gabriela fazia mestrado em Biociências na Universidade Federal da Bahia (Ufba).