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Seca
Seca: Chuvas ainda não foram suficientes para encher mananciais em Dom Basílio Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Mesmo com a ocorrência de chuvas na cidade de Dom Basílio, na região sudoeste da Bahia, o índice de precipitação ainda não foi suficiente para encher os mananciais e amenizar a grave seca que assola a região. Ao site Achei Sudoeste, o prefeito Roberval Meira (PL) disse que a situação é de alerta no município. “Saímos de um estado crítico, mas ainda de alerta. Nossos mananciais estão com volume muito baixo. Eles não adquiriram água suficiente para nos dar tranquilidade. Estamos em observação”, afirmou. O gestor está na expectativa de que a previsão de chuvas para o final deste mês de janeiro seja concretizada a fim de refletir positivamente na distribuição de água para abastecimento humano, bem como para utilização na lavoura. “Estamos na esperança de que essas chuvas do final de janeiro nos tragam uma recarga. Torcendo para que a chuva venha em quantidade suficiente”, completou. Devido à seca, o racionamento continua mantido em Dom Basílio.

Seca: Há quase 30 dias, ajuda emergencial do Estado ainda não chegou na região sudoeste Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Em 15 de dezembro do ano passado, o Governo do Estado reuniu dezenas de prefeitos e associações, na sede da União dos Municípios da Bahia (UPB), em Salvador. Em um grande ato, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) detalhou uma série de medidas que seriam tomadas. Naquela oportunidade, o governador explicou ainda a estratégia do Governo da Bahia em ações conjuntas com várias secretarias estaduais e com as prefeituras, para socorrer o interior, que sofria com a seca extrema que assola grandes regiões do Estado. Na próxima terça-feira (15), completará um mês da realização do evento, e segundo apurou o site Achei Sudoeste junto a quase uma dezena de prefeitos da região, nenhuma ajuda emergencial chegou nos municípios. “Um carro-pipa que disseram que iria mandar, até agora não chegou, a ração em sacas de milho, que viria pela Conab, também não chegou um quilo sequer”, nos confidenciou um prefeito, que é, inclusive, da base do governo da Bahia. “Acredito que no primeiro grande desafio do nosso governador, ele falhou, voto com ele, gosto dele, mas até nós da base, somos unanimidade que o Governo do Estado nos deu uma enorme decepção, sorte que choveu logo depois, mesmo assim, ficou uma impressão muito ruim, tudo que foi nos foi prometido, nada chegou”, afirmou um outro gestor regional.

Seca: Prefeitura de Guanambi já atendeu 800 produtores com distribuição de silagem Foto: WhatsApp/Achei Sudoeste

A Prefeitura de Guanambi, através da equipe da Secretaria Municipal de Agricultura, retomou nesta terça-feira (02) a distribuição de silagem em auxílio emergencial ao pequeno produtor rural. O material visa servir de alimento para o rebanho bovino diante da grave seca que assola a cidade. Desde o início da distribuição, mais de 800 criadores já foram beneficiados. Ao todo, a gestão adquiriu 853 toneladas de ração de alta qualidade. Com a grande procura, a prefeitura montou uma estrutura de mais de 50 pessoas para atender os produtores que possuem até 30 animais em seu rebanho. A quantidade de silagem recebida depende do número de animais: de 1 a 5 animais - 150 kg; de 6 a 10 animais - 300 kg; e de 11 a 30 animais - 30 kg. Os criadores devem apresentar ficha sanitária do animal atualizada, RG e CPF do proprietário. O material deve ser retirado no Almoxarifado Central, que fica ao lado da Secretaria de Assistência Social.

Seca: MIDR reconhece emergência em Cordeiros, Condeúba e Contendas do Sincorá Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu a situação de emergência em mais três municípios da região sudoeste da Bahia, que enfrentam o período de estiagem. Cordeiros, Condeúba e Contendas do Sincorá tiuveram as portarias com os reconhecimentos foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (2). Em 2023, 1.263 municípios obtiveram o reconhecimento federal de situação de emergência devido à estiagem. Nesse momento, essa lista chega a 564 cidades. A solicitação de recursos pelos municípios em situação de emergência deve ser feita por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD). Além de socorro e assistência às vítimas, o MIDR também repassa recursos para restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução de infraestrutura ou moradias destruídas ou danificadas por desastres. A Defesa Civil Nacional oferece uma série de cursos a distância para habilitar e qualificar agentes municipais e estaduais para o uso do S2iD. As capacitações têm como foco os agentes de proteção e defesa civil nas três esferas de governo. Confira neste link a lista completa dos cursos.

Previsões de chuvas fracassadas fazem aumentar aflição com a seca na Chapada Diamantina Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Apesar das previsões meteorológicas apontarem a ocorrência de chuva em Andaraí, o prefeito Wilson Paes Cardoso (PSB) lamentou que, até o momento, não foi registrada precipitação na cidade. Ao site Achei Sudoeste, o gestor informou que todas as previsões dos meses de novembro e dezembro falharam e, sem chuvas, a seca tem se intensificado na região da Chapada Diamantina. “Isso está deixando a gente bem aflito. A preocupação é grande”, pontuou. Para os próximos dias, entre 4 e 8 de janeiro, a previsão aponta novamente a ocorrência de chuva na região. A probabilidade é de 90%. O prefeito disse que, se a chuva não se concretizar, o cenário ficará bem devastador, assim como aconteceu na seca de 2012. “Não saberemos o que fazer”, afirmou. Na região, cerca de 15 municípios estão em situação de calamidade devido à seca intensa na zona rural. Em Andaraí, o prefeito ainda aguarda o socorro emergencial prometido pelo Governo do Estado para auxiliar o pequeno e médio produtor rural.

Seca: Palmas de Monte Alto recebeu apenas um carro-pipa do Estado, que chegará só em janeiro Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Com uma população de pouco mais de 20 mil habitantes, segundo o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e com uma área de pastagem bem maior que todas as cidades vizinhas, a cidade de Palmas de Monte Alto, no Sertão Produtivo, se destaca neste segmento e tem o maior rebanho bovino de toda a sua microrregião, com 112.456 unidades, um dos maiores da Bahia. Segundo o radialista Vilson Nunes, da Rádio Visão FM, após anúncio das ações emergenciais do governador Jerônimo Rodrigues (PT), de enfretamento à seca, que ocorreu no último dia 15 deste mês, a Prefeitura de Palmas de Monte Alto recebeu apenas um carro-pipa do Governo da Bahia, que chegará apenas no mês de janeiro. “O governador da Bahia está numa lentidão que não dá para entender, ninguém aguenta mais esta enrola. Monte Alto recebeu apenas um carro-pipa que só chegará em janeiro, depois que chover, pois já tem previsão, a gente precisa socorrer, é para ontem, tem de assistir o produtor, devido a grave seca que assola a nossa região”, disse. Segundo dados levantados pelo site Achei Sudoeste, o rebanho montealtense fica pouco abaixo de cidades destaques da Bahia, como Itapetinga, que tem 140 mil cabeças registradas, e Vitória da Conquista, que tem 133 mil.

Seca em Guanambi: Prefeitura já entregou silagem para o gado a 359 agricultores familiares Foto: WhatsApp/Achei Sudoeste

Nesta quinta-feira (28), a prefeitura municipal de Guanambi, na região sudoeste da Bahia, iniciou a entrega de 853 toneladas de silagem que foram adquiridas com recursos próprios. No primeiro dia de entrega, 359 agricultores familiares receberam o alimento para o gado, em ação emergencial feita pela gestão do prefeito Arnaldo Pereira de Azevedo (Avante), o Nal. De acordo com a prefeitura, devido a grave seca que assola a cidade e toda a região, foi grande a procura e toda uma estrutura foi montada para atender a alta demanda. “Quem não recebeu no primeiro dia, pode ficar tranquilo, iremos seguir entregando nesta sexta e demais dias, em regime de mutirão”, afirmou o prefeito durante a entrega.

Seca em Guanambi: Prefeitura já entregou silagem para o gado a 359 agricultores familiares Foto: WhatsApp/Achei Sudoeste

Produtores saíram satisfeitos com o recebimento de uma ração de alta qualidade. “Esta é uma ração forte e própria para o gado, é a melhor que temos. A Prefeitura de Guanambi saiu na frente, nem com dinheiro hoje se consegue comprar, disse o empresário Luiz Carlos Fernandes, distribuidor que acompanhou o atendimento. “Eu não sabia mais o que fazer, o dinheiro para comprar a ração acabou e eu estava cortando capim que nasce nas laterais das rodovias. Agora tenho ração para o meu gado, até a chuva chegar e o pasto melhorar”, afirmou o agricultor familiar Antônio Cardoso, de 78 anos, residente na zona rural de Guanambi. Já o produtor Josias Amorim, de 69 anos afirmou que o dinheiro da aposentadoria estava sendo gasto para comprar ração. “Esta ração veio em boa hora, teremos um tempo para respirar, e com a previsão de chuvas, o que recebi dará para o gado aguentar”, disse. Confira a quantidade de silagem: de 1 a 5 animais – 150 kg; De 6 a 10 animais – 300 kg; De 11 a 30 animais – (30 kg por animal).

Presidente do Consórcio do Alto Sertão critica governo por poucas ações no combate à seca Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

O prefeito da cidade de Lagoa Real e presidente do Consórcio Público do Alto Sertão, Pedro Cardoso (MDB), esteve no mês passado em Brasília para a realização de várias reuniões com o ministro e o chefe de gabinete do Planalto discutindo ações para ajudar os municípios no combate à seca. Segundo disse o prefeito ao programa Fala Você Notícias, da 106 FM, com a jornalista Neide Lú, em Lagoa Real, o impacto da seca é grande e que o consórcio tem auxiliado o pequeno produtor rural com apoio logístico, limpeza de aguada e distribuição de itens. Apesar de ter baixado um decreto de emergência na cidade, o prefeito disse que a região de Guanambi e Lagoa Real não foi contemplada com nada. Segundo o presidente do consórcio, em relação as ações de combate à seca anunciadas pelo Governo do Estado, até o momento, não foram distribuídos milhos para a região de Guanambi. Isso porque o estoque da Conab não dá nem para Guanambi, já que só havia disponível 220 mil sacas de milho. Também relatou que para a região não chegaram máquinas para processar os alimentos para os animais e nem carro pipa para a distribuição de água. E que o seguro safra não foi disponibilizado. Para o gestor, são várias reuniões feitas, mas poucas soluções para resolver o problema da seca.

Seca: Prefeitura de Guanambi inicia entrega gratuita de silagem para produtores rurais Foto: WhatsApp/Achei Sudoeste

A Prefeitura de Guanambi, na região sudoeste da Bahia, comprou cerca de 850 toneladas de silagem de milho para distribuição aos pequenos e médios produtores da cidade. O material chegou ao almoxarifado central do município nesta terça-feira (26). Ao site Achei Sudoeste, o secretário municipal de agricultura, Vanderlei Florêncio, explicou que a silagem será distribuída aos agricultores familiares que têm até 30 animais em sua criação. Para receber o material, o produtor precisa apresentar a ficha sanitária do animal atualizada (produtores com até 30 animais) ou a declaração de vacina e os documentos pessoais. O secretário destacou que o objetivo da ação é assistir, de forma emergencial, o produtor rural devido à grave seca que assola a cidade. “É pra socorrer o agricultor da agricultura familiar, aquele produtor que não tem condições de comprar ração. É uma ajuda significativa para o agricultor que, no momento, não tem nada para dar ao seu animal”, afirmou. A distribuição começa nesta quinta-feira (28), às 08h. Uma grande mobilização está sendo montada para atender com agilidade os produtores rurais do município. A compra a granel de 853.000 kg de silagem de milho possibilitou baratear o custo dos produtos. O valor total do investimento foi de R$ 596.728,80.

Governo Federal reconhece situação de emergência em Ituaçu e Jaguaquara Foto: Joá Souza/GOVBA

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu, nesta terça-feira (26), a situação de emergência de Ituaçu, na Chapada Diamantina, que enfrenta crise hídrica, com morte de animais e lavouras sem produção e Jaguaquara, na região sudoeste da Bahia. Com o reconhecimento federal, os municípios estão aptos a solicitar recursos do MIDR para ações de assistência humanitária, como compra de alimentos, água potável e combustível para os veículos que fazem o transporte dos mantimentos. Os repasses serão liberados assim que os planos de trabalho forem apresentados pela prefeitura e avaliados pela equipe técnica da Defesa Civil Nacional. A solicitação de recursos pelos municípios em situação de emergência deve ser feita por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD). Além de socorro e assistência às vítimas, também repassa recursos para restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução de infraestrutura ou moradias destruídas ou danificadas por desastres. Com base nas informações enviadas nos planos de trabalho, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as metas e os valores solicitados. Com a aprovação, é publicada portaria no DOU com a valor ser liberado. A Defesa Civil Nacional oferece uma série de cursos a distância para habilitar e qualificar agentes municipais e estaduais para o uso do S2iD. As capacitações têm como foco os agentes de proteção e defesa civil nas três esferas de governo. Confira neste link a lista completa dos cursos.

Seca: Guanambi já recebeu 80 toneladas de silagem para socorrer produtores rurais Foto: WhatsApp/Achei Sudoeste

Nesta terça-feira (26), as primeiras carretas com 80 toneladas de silagem chegaram ao Almoxarifado Central da Prefeitura de Guanambi, na região sudoeste da Bahia. O material será distribuído aos pequenos e médios produtores em socorro emergencial devido à grave seca que assola a cidade. A distribuição ficará a cargo da Secretaria Municipal de Agricultura. O prefeito Arnaldo Pereira de Azevedo (Avante) determinou na última sexta-feira (22) a compra imediata de 853.000 kg de silagem de milho em caráter emergencial. A compra a granel possibilitou baratear o custo e o valor total do investimento foi de R$ 596.728,80. 

Seca: Guanambi já recebeu 80 toneladas de silagem para socorrer produtores rurais Foto: WhatsApp/Achei Sudoeste

Duas dezenas de trabalhadores já iniciaram em regime de mutirão o ensacamento da silagem para começar a distribuição na quinta-feira (28). Os produtores devem apresentar ficha sanitária do animal atualizada (produtores com até 30 animais), RG e CPF do proprietário. “Não dá para ver o sofrimento do nosso povo e não fazer nada. Temos o decreto emergencial e o amparo legal para fazer a ação, e estamos agindo em defesa dos criadores e do povo da zona rural, o homem do campo quer atitude e pressa dos homens públicos”, mencionou o prefeito.

Seca: Prefeitura de Guanambi investe mais de R$ 600 mil em compra de insumos Foto: WhatsApp/Achei Sudoeste

O prefeito de Guanambi, Arnaldo Pereira de Azevedo (Avante), o Nal, anunciou nesta sexta-feira (22), a compra de 850 mil quilos de silagem de milho devidamente ensacadas para os pequenos criadores devido a seca que assola a região. A publicação da dispensa de licitação, por conta da situação de emergência, foi realizada no Diário Oficial do Município. De acordo com o gestor, serão investidos mais de R$ 600 mil. “Não é fácil ver o gado mugindo de fome perto do curral, e não ter de onde tirar a ração, é uma cena que corta o coração. Diante desta e de outras situações que assola a zona rural de nossa cidade, determinei uma série de providências. O que os criadores esperam de nós, é agilidade e rapidez na tomada das decisões”, disse Azevedo. Na próxima segunda (25), este material chegará na nossa cidade. Pereira ainda pediu agilidade ao secretário de Agricultura de Guanambi, Vanderlei Florêncio, para que, o quanto antes, a ração seja distribuída para os pequenos e médios criadores. “Esta distribuição será feita no Almoxarifado Central, que fica localizado ao lado da Secretaria Municipal de Assistência Social. O que tiver ao nosso alcance, faremos para amenizar o sofrimento do homem do campo. Que Deus continue nos abençoando!”, finalizou o gestor.

Ituaçu enfrenta crise hídrica, com morte de animais e lavouras sem produção Foto: WhatsApp/Achei Sudoeste

O prefeito da cidade de Ituaçu, Phellipe Ramonn Gonçalves Brito (PSD), relatou que a seca tem castigado as comunidades rurais da região. Apesar dos investimentos feitos pelo município no enfrentamento à seca, o gestor apontou que muitas localidades estão sofrendo com a falta d'água. Ao site Achei Sudoeste, Brito disse que a chuva registrada nos últimos dias ainda não é suficiente para repor as reservas hídricas na cidade e, em algumas comunidades, sequer choveu. “É um momento difícil pra gente”, avaliou. A Barragem de Cristalândia, que abastece a região, está com um nível de água muito baixo e a situação é preocupante. Para o prefeito, sem previsão de chuvas, 2024 deve ser ainda mais difícil para os produtores rurais. A seca é tão grave que, em Ituaçu, muitos pecuaristas já perderam os seus animais de fome e sede e muitos agricultores perderam suas lavouras ou as mesmas estão sem produtividade devido às condições climáticas. Como se trata de um município com vocação agrícola, o prefeito disse que os impactos negativos da seca reverberam em toda economia local.

Andaraí: 'Se as chuvas não vierem entraremos em colapso hídrico e calamidade', diz prefeito Foto: Divulgação/PSB

Se as previsões de chuvas apontadas pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) não se confirmarem, o prefeito da cidade de Andaraí, na Chapada Diamantina, Wilson Paes Cardoso (PSB), assegurou que o decreto de emergência se transformará em decreto de calamidade pública na zona rural dos municípios baianos. Ao site Achei Sudoeste, Cardoso afirmou que o clima é de apreensão para a ocorrência de chuvas a fim de amenizar a situação no que se refere à reserva hídrica no meio rural, tanto para consumo humano quanto para consumo animal. “Se as chuvas não vierem entraremos em colapso hídrico e estado de calamidade na zona rural. Se vierem amenizar um pouco”, avaliou prefeito

Seca continua castigando a Chapada Diamantina e triplica mortalidade animal na região Foto: WhatsApp/Achei Sudoeste

Com a seca intensa e as previsões nada otimistas, o prefeito da cidade de Andaraí, Wilson Paes Cardoso (PSB), declarou que a situação é de calamidade para os pequenos, médios e grandes produtores rurais que vivem da pecuária na Chapada Diamantina. Ao site Achei Sudoeste, o gestor disse que, diante do cenário que se desenha, os produtores não terão pastagem e nenhuma capacidade financeira para sustentar o gado. “Estou vendo um estado de calamidade se realmente acontecer o que a previsão anuncia. A preocupação é grande”, afirmou. Para se ter uma ideia da gravidade do problema, Cardoso informou que mais de 2 mil animais já morreram na zona rural de sede e fome. “O índice de mortalidade animal vai ser muito grande”, completou. Na região, os prefeitos e produtores aguardam pela ajuda emergencial prometida pelo Governo do Estado para amenizar a situação crítica. Os Municípios têm feito o possível para socorro ao homem do campo.

Andaraí registra pouco volume de chuva e prefeito teme nova seca como em 2013 Foto: Kauê Souza/Achei Sudoeste

Apesar de as previsões meteorológicas apontarem muitas chuvas na região da Chapada Diamantina, o prefeito Wilson Paes Cardoso (PSB) disse que em Andaraí choveu muito pouco. Ao site Achei Sudoeste, o gestor informou que, nesta quarta-feira (20), o índice de precipitação foi de apenas 25 mm. Para Cardoso, a situação é preocupante e a seca tende a se agravar no próximo ano. “Estou bastante preocupado com isso porque tá parecendo muito com a seca de 2013. Com um agravante aqui pra nossa região da chapada, onde o efeito do El Ninõ acaba em maio. Quando acabar não teremos mais chuvas e nenhum benefício para região. Poderemos entrar em uma seca ainda pior”, lamentou. Embora seja historicamente um período de muitas chuvas na região, o prefeito afirmou que os índices pluviométricos para janeiro e fevereiro são baixíssimos, conforme as previsões meteorológicas.

Seca: Prefeito distribui mudas de gliricídia para auxiliar pecuaristas em Paramirim Foto: Reprodução/Youtube

O prefeito da cidade de Paramirim, na região sudoeste da Bahia, Gilberto Martins Brito (PSB), distribuiu mudas de gliricídia e moringa para auxiliar os produtores rurais na alimentação do gado nesse período de seca. Pouco conhecida no Brasil, a gliricídia é uma árvore resistente à seca, usada como alternativa para alimentação animal. Ao site Achei Sudoeste, o gestor disse que a ação visa incentivar os pecuaristas, que estão se desdobrando para matar a sede e a fome de suas criações. Após as chuvas, o prefeito também sugeriu o cultivo de pornunça como uma espécie de ração para o gado. Mudas da planta serão distribuídas posteriormente na cidade.

Em audiência com prefeitos, governador assegura medidas de convivência com a seca Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

O prefeito da cidade de Malhada de Pedras, Carlos Roberto Santos da Silva (PSD), o Beto de Preto Neto, esteve na capital do estado, na sexta-feira (15), onde participou de uma audiência com o governador Jerônimo Rodrigues (PT) para discutir medidas emergenciais de convivência com a seca. Diversos outros prefeitos também participam da audiência. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o gestor adiantou que o governo do estado já estabeleceu algumas medidas para amenizar a crise nos municípios. Na oportunidade, foi traçado um plano de ação para combate à seca e crise hídrica. 

Em audiência com prefeitos, governador assegura medidas de convivência com a seca Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

A partir desta segunda-feira (18), segundo o prefeito, o plano já começa a ser colocado em prática. Entre as medidas estão previstas: a liberação de recursos para contratação de carro pipa, disponibilização de vários equipamentos para auxiliar o homem do campo a atravessar essa fase crítica, celebração de convênios com agentes financeiros para liberação de recursos para os produtores rurais, construção de cisternas, limpeza de aguadas, instalação de poços artesianos e a montagem, em cada regional, de um depósito para distribuição de ração animal. Um plano, de médio e longo prazo, também está sendo discutido no encontro.

Vaqueiro relata dificuldades para criação do gado com crise hídrica em Malhada de Pedras Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Na comunidade do Mucambo, zona rural de Malhada de Pedras, no Sertão Produtivo, o vaqueiro Valdeci Ribeiro tem encontrado muita dificuldade para matar a sede do gado diante da crise hídrica que atinge toda região. Ao site Achei Sudoeste, ele afirmou que caminha com o gado todos os dias mais de 3 km para encontrar água. Segundo Ribeiro, na comunidade onde reside, a falta d’água já é uma triste realidade. “Onde eu moro a água tá muito pouca”, lamentou. Na região, os criadores de gado estão se desdobrando para manter os animais vivos. Valdeci espera pela chegada das chuvas para amenizar a situação. “A coisa tá difícil”, acrescentou.

Com manancial em apenas 20%, Dom Basílio inicia racionamento no abastecimento de água Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

A seca tem castigado a cidade de Dom Basílio e toda região do sudoeste baiano. Com reserva de apenas 20%, a água do manancial que abastece o município está sendo racionada. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o prefeito Roberval Meira disse que, sem chuvas, a cidade está em alerto amarelo e a água tem sido usada com critério e equilíbrio até a passagem dessa fase mais crítica. “Estamos em alerta e a liberação de água já está controlada”, afirmou. Mesmo com o abastecimento sendo feito através de uma autarquia municipal e 80% da população atendida com água encanada, o gestor apontou que esse é um dos momentos mais críticos de seca e escassez hídrica. Diante da situação, o Município acompanha diariamente o volume de água dos mananciais e conscientiza os moradores sobre o uso com economia da água. O temor do prefeito é que o problema se agrave sem a ocorrência de chuvas e a cidade entre no alerta vermelho a partir do mês de janeiro, quando a capacidade do manancial entre em um nível bastante crítico. “Pedimos o apoio da população nesse momento senão vamos entrar na fase vermelha, onde o limite de água vai ser controlado quase que por hidrômetro. Temos que ter equilíbrio e racionalidade no uso da água. O momento é de rezar, de penitência, e de pedir a Deus que mande chuva para superar essa fase tão difícil que estamos vivendo”, concluiu.

Prefeitura de Belo Campo cancela Feira Agropecuária por causa da seca intensa Foto: Euro Amâncio

A situação de emergência devido à seca intensa que assola a região levou o município de Belo Campo, na região sudoeste da Bahia, a cancelar a tradicional feira agropecuária que ocorreria de 21 a 25 de fevereiro. Essa seria a quarta edição da Expo Belo Campo. O evento movimenta cerca de R$ 20 milhões em volume de negócios e reúne rebanhos vindos de diversas regiões do estado, além de contar com uma feira de agricultura familiar e shows de artistas locais e nacionais. A feira faria parte das festividades do aniversário de 62 anos de emancipação política da cidade. Em nota, o prefeito José Henrique Tigre (PSD), o Quinho, classificou a medida como necessária. “É difícil porque a cidade se movimenta em torno da festa, mas, com os animais morrendo e os prejuízos nas plantações, preferimos recuar e centrar esforços no apoio aos produtores e à população que tanto necessitam da prefeitura neste momento”, afirmou O gestor garantiu que está empenhando esforços junto ao Governo do Estado e ao Governo Federal para acesso à alimentação animal e distribuição de cestas básicas e água potável para consumo humano e animal. O prefeito, que também é presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), disse que o evento será retomado em momento mais oportuno. Com 18 mil habitantes, o município é grande produtor de mandioca, manga, maracujá e vinha despontando economicamente pelo desenvolvimento rural.

Seca: Prefeitura de Andaraí realiza reunião de emergência para socorrer produtores rurais Foto: WhatsApp/Achei Sudoeste

Na segunda-feira (11), diante da necessidade de ações emergenciais para socorro aos pequenos e médios produtores de Andaraí, na Chapada Diamantina, o prefeito Wilson Paes Cardoso (PSB) realizou uma reunião com presidentes de associações e produtores rurais. A ideia é fazer um levantamento cadastral da situação de cada um e direcionar as medidas de suporte conforme a demanda. Na oportunidade, o prefeito anunciou a compra imediata de 80 toneladas de milho e briquete de algodão com 100% de recursos próprios como uma alternativa de alimentação para salvar os animais, já que não existe mais pastagem no campo. O Município já vem realizando diversas ações no auxílio aos produtores, como a perfuração de mais 4 poços. Além disso, Cardoso solicitou ao governador instalações com energia solar de outros poços já perfurados, mas em áreas que não têm energia elétrica, o que foi prontamente atendido. Segundo o gestor, trata-se de uma verdadeira operação de guerra buscando todas as estratégias possíveis para minimizar os impactos da seca. Wilson também sugeriu que 50% do recurso, que equivale à R$ 500 mil, que será devolvido pela Câmara Municipal agora no final do ano de 2023, seja utilizado para atender a situação de emergência na zona rural. O gestor informou na reunião que já foram protocolados ofícios aos Governos Estadual e Federal em busca de mais recursos e reforçou que não irá parar com as ações até que a chuva chegue e normalize a situação, uma vez que o momento é muito grave.

Seca: 'Estamos em guerra para salvar a nós e nossos animais', clama prefeito de Andaraí Foto: WhatsApp/Achei Sudoeste

Nos últimos 45 dias, mais de 600 animais já morreram na região de Andaraí por fome e sede tamanha a gravidade da seca em toda Chapada Diamantina. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o prefeito da cidade de Andaraí e Presidente do Consórcio Chapada Forte, Wilson Paes Cardoso (PSB), disse que, além da situação dos animais, a falta d’agua também tem afetado o abastecimento para consumo humano. O principal rio que abastece a região está com o volume muito baixo e, segundo o prefeito, medidas emergenciais estão sendo tomadas em uma operação de guerra para salvar o homem do campo e as suas produções e criações. A operação carro pipa tem sido uma alternativa para não deixar a população desassistida. “Essa seca exige uma operação de guerra e um chamamento da sociedade e do governo para chegar na velocidade que precisamos. Neste momento, temos que pular os trâmites burocráticos para que o socorro venha rápido”, avaliou.

Castigada pela seca, Chapada Diamantina registra morte de 600 animais por fome e sede Foto: WhatsApp/Achei Sudoeste

O prefeito da cidade de Andaraí e Presidente do Consórcio Chapada Forte, Wilson Paes Cardoso (PSB), informou que, dos 28 municípios consorciados, 15 estão em estado de emergência e calamidade em virtude da seca intensa que atinge a região da Chapada Diamantina. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o prefeito disse que a situação em Andaraí é de muita vulnerabilidade. Em reunião com produtores rurais e presidentes de associações na segunda-feira (11), o Município estabeleceu uma série de medidas emergenciais com recursos próprios para tentar contornar a crise na zona rural, onde o cenário é desolador devido à falta d’agua e pasto. Segundo Cardoso, os prefeitos do Consórcio Chapada Forte já fizeram diversas solicitações imediatas ao Governo do Estado. “Estou chamando de uma operação de guerra. Não pode ser pra amanhã ou depois de amanhã, tem que ser pra agora, senão a maioria dos pequenos produtores, que levaram anos sonhando em ter dez, quinze cabeças de gado, vão ver tudo se perder. A situação é gravíssima”, destacou. Para se ter uma ideia, nos últimos 45 dias, mais de 600 animais já morreram na região de Andaraí por fome e sede.

Seca compromete economia rural e pode se agravar ainda mais em Guanambi, diz secretário Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o secretário de desenvolvimento econômico de Guanambi, na região do Sertão Produtivo, Fabrício Lopes, disse que a seca que afeta toda região tem impactado diretamente o processo de compra no meio rural. Segundo ele, a falta d’água na zona rural tem inflacionado o preço dos insumos e causado demissões. “A partir do momento que você recua na produção e deixa de comprar insumos, onde tinha quatro funcionários eu demito um e vou empurrando com a barriga. Chega no final do ano a seca tá pior e demito mais um. Essa ciranda econômica impacta diretamente no comércio e nem começou”, afirmou. O secretário explicou que a situação tende a piorar no pós-estiagem, quando não haverá mais gado, pasto e dinheiro para recuperação da produção. A falta de apoio dos governos no enfrentamento à seca, segundo Lopes, é uma grande falha nesse processo.

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