A epidemia de dengue, causada pelo mosquito aedes aegypti, segue como um desafio para a saúde pública. Na Bahia, por exemplo, a Secretaria da Saúde (Sesab) registrou 232 mil casos prováveis da doença em 2024. Buscando uma alternativa natural para combater esse vetor e outras arboviroses, os estudantes Gabriel Teixeira, Yan Alves e João Paulo Almeida, do Colégio Estadual de Correntina, na região oeste da Bahia, desenvolveram um repelente à base de cravo, capim santo, casca de laranja e óleos naturais. O jovem cientista João Paulo explicou que os ingredientes foram selecionados por conterem substâncias que, juntas, combatem diretamente o aedes aegypti e outros insetos. Segundo ele, trata-se de um produto sustentável e de baixo custo. Os testes foram realizados em diferentes tipos de peles e os resultados foram promissores. Com o apoio da Secretaria da Educação (SEC) e sob orientação da professora Zélia Nascimento, os estudantes afirmam que qualquer pessoa pode produzir o produto de forma caseira. “O repelente é feito de elementos naturais que podem ser facilmente comprados e, se armazenados da maneira correta, qualquer pessoa pode fazer em casa para se proteger das arboviroses causadas pelo aedes aegypti”, concluiu Paulo.
O Sistema Único de Saúde vai oferecer para as gestantes uma nova vacina capaz de proteger os bebês contra o vírus sincicial respiratório (VSR). A inclusão do imunizante Abrysvo foi aprovada na quinta-feira (13) pela Comissão de Incorporação de Tecnologias no SUS - Conitec. Cabe ao Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde, planejar a forma e o calendário de vacinação. O vírus sincicial respiratório é o maior causador da bronquiolite, inflamação dos bronquíolos, que são finas ramificações que levam o oxigênio até os alvéolos dos pulmões. A doença se manifesta de forma grave principalmente em crianças de até dois anos, e também em idosos, causando dificuldade respiratória e podendo levar à morte. De acordo com dados do último boletim Infogripe, da Fiocruz, neste ano foram registrados 370 casos confirmados de Síndrome Respiratória Aguda Grave e oito mortes. A transmissão do vírus é maior no inverno, quando há grande aumento de casos e óbitos, a maioria em bebês. Os testes feitos pela fabricante Pfizer com cerca de 7 mil gestantes demonstraram 82,4% de eficácia da vacina na prevenção de casos graves em bebês de até três meses, e de 70% até os seis meses de idade. A vacinação durante a gestação faz com que a mãe produza anticorpos que são transmitidos ao feto, propiciando que ele já nasça com a proteção. A Abrysvo foi aprovada para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária no ano passado, e já está sendo oferecida pela rede particular de saúde. A indicação da Pfizer é de uma dose por gestação, administrada entre as 24 e as 36 semanas de gravidez. A vacina também pode ser tomada por idosos, mas este público não foi contemplado na decisão da comissão. As informações são da Agência Brasil.
As vacinas contra a dengue que estiverem próximas às datas de vencimento poderão ser aplicadas em pessoas com idades fora da faixa etária estipulada para o Sistema Único de Saúde (SUS) e poderão ser remanejadas para municípios ainda não contemplados pela vacinação. A recomendação está em nota técnica para todos os estados e o Distrito Federal publicada na sexta-feira (14). O objetivo, segundo a pasta, é garantir que todos os imunizantes adquiridos cheguem à população, ampliando a proteção contra a doença. Agora as doses com um prazo de 2 meses de validade poderão ser remanejadas para municípios ainda não contemplados pela vacinação contra dengue ou ser aplicadas em faixa etária ampliada, contemplando pessoas de 6 anos a 16 anos de idade. Já para as vacinas que completarem 1 mês de validade, a estratégia poderá ser expandida até o limite etário especificado na bula da vacina, abrangendo a faixa etária de 4 anos a 59 anos, 11 meses e 29 dias de idade. O imunizante, no âmbito do SUS, era inicialmente voltado apenas para aqueles com idade entre 10 anos e 14 anos. De acordo com o Ministério, a expansão do público-alvo deve considerar a disponibilidade de doses e a situação epidemiológica de cada estado e município. Além disso, a pasta deve ser devidamente informada pelas unidades federativas sobre a implementação da estratégia temporária de ampliação da vacinação. Todas as doses administradas devem ser registradas na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) de forma a garantir a segunda dose e o monitoramento completo do processo de imunização.
A cidade de Guanambi registrou os primeiros casos de dengue neste ano de 2025. De acordo com o último boletim epidemiológico, foram notificados 72 casos de dengue, dos quais 2 casos confirmados, 39 casos descartados e 31 casos em análise aguardando resultado. Ao site Achei Sudoeste e ao programa Achei Sudoeste no Ar, o secretário municipal de saúde, Edmilson Júnior, disse que, embora o estado de alerta seja mantido durante o ano todo no município, o período de maior risco é justamente agora. Com uma região propícia à proliferação do mosquito aedes aegypti, o secretário ressaltou que a população deve reforçar as medidas preventivas em casa. “Sempre orientamos à população a eliminar todo e qualquer recipiente que possa acumular água e servir de criadouro para o mosquito. 10 minutos por semana já é suficiente para fazermos a fiscalização nos nossos quintais”, afirmou. Júnior frisou que os agentes de endemias têm encontrados muitos focos do mosquito dentro dos domicílios. “Mais de 80% dos nossos focos no município de Guanambi são oriundos dos reservatórios no interior das residências”, pontuou. No ano passado, nos quatro primeiros meses do ano, Guanambi enfrentou a pior epidemia de dengue da história. Pesando em evitar um novo surto, a secretaria reforça o alerta para comunidade auxiliar o poder público no combate ao aedes aegypti. "Precisamos fazer um enfrentamento coletivo”, convocou.
Após sucateamento, a Unidade De Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) voltará a ofertar várias especialidades nos atendimentos em Caetité. A informação foi confirmada ao site Achei Sudoeste e ao programa Achei Sudoeste no Ar por Karoline Rebouças, que está à frente do Núcleo Regional de Saúde. Segundo Rebouças, com as diversas queixas apresentadas pelos pacientes dos 43 municípios atendidos pela unidade, o prefeito Valtécio Aguiar (PDT), em audiência com o governador, conseguiu viabilizar as providências cabíveis. Há 15 dias, o núcleo realizou uma visita técnica na Unacon, através da qual foi possível constatar menos de 25% de ocupação dos leitos do hospital. Diante de tudo, Rebouças informou que, no último dia 9, ocorreu a transição da empresa que fará a nova gestão da unidade, no lugar da Fundação Terra Mãe.
Uma equipe de transição está atuando dentro do hospital, entendendo a real situação e dando andamento ao processo de reestruturação da Unacon. Com a mudança, novos equipamentos foram adquiridos para a unidade de saúde a fim de garantir a retomada dos atendimentos em sua integralidade. “Na noite de sexta-feira, já reabrimos 10 leitos de UTI, com assistência para regulação, e mais 36 leitos clínicos que estão sendo regulados. Para próxima semana, vamos estar conseguindo nessa medida e com as instalações dos equipamentos abrir os demais serviços”, informou.
Nas primeiras seis semanas de 2025, o número de casos prováveis de dengue no Brasil é aproximadamente 60% menor em relação ao mesmo período de 2024. Os dados são do painel de monitoramento das arboviroses do Ministério da Saúde. Em 2025, até o dia 13 de fevereiro, foram registrados 281.049 casos prováveis, contra 698.482 casos no mesmo período do ano passado. O estado da Bahia acompanha o cenário nacional e registra uma redução de 59,9% na comparação entre os dois períodos, passando de 10.509 casos em 2024 para 4.212 neste ano. O resultado é parte do Plano de Ação para Redução dos Impactos das Arboviroses, lançado pelo Governo Federal em setembro de 2024. “Essa redução substancial do número de casos de dengue no país é um reflexo da mobilização nacional promovida pelo Ministério da Saúde, de forma conjunta com estados e municípios de todo o país, com participação ativa da população. O objetivo do Governo Federal é salvar vidas e proteger a saúde dos cidadãos e, para isso, é fundamental fortalecer as ações de preparação da rede de assistência, mantendo os esforços necessários para evitar adoecimentos”, destaca a ministra Nísia Trindade. Para o pesquisador da Fiocruz Brasília, Claudio Maierovitch, “temos as tarefas de sensibilização da população para as atividades de prevenção e de organização da rede de saúde, para que as pessoas tenham acesso fácil, saibam onde e quando procurar, e o que fazer no caso de qualquer sintoma”, disse. Entre os estados, 17 registraram redução nos casos prováveis da doença e 10 apresentaram aumento no comparativo entre as seis primeiras semanas epidemiológicas. As maiores reduções foram registradas no Distrito Federal (97%), Rio de Janeiro (91%), Minas Gerais (88%), Amapá (79%) e Paraná (74%).
Em Brumado, pacientes reclamam da burocracia para adquirir medicamentos contra diabetes na Farmácia Básica. Ao site Achei Sudoeste e ao programa Achei Sudoeste no Ar, uma mulher, que preferiu não se identificar, afirmou que esteve na unidade nesta quinta-feira (13) para retirar as lancetas e fitas utilizadas pelo esposo no tratamento da doença, porém não conseguiu. Segundo ela, o marido é cadastrado na Farmácia Básica, mas as atendentes solicitaram um relatório atualizado para liberar a retirada dos itens. “Meu esposo tem a diabetes altíssima, descontrolada, toma três tipos de remédios. Quer dizer que o paciente morre, né? Elas disseram que, infelizmente, não poderiam fazer nada. É uma falta de respeito com o paciente diabético”, lamentou. Após o ocorrido, ela afirmou que saiu do local com o “coração doído e cortado”. “Falei, quer dizer que o paciente morre, e elas disseram que, infelizmente, morre. Uma vergonha. Estou indignada”, completou.
Dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses indicam que o Brasil registrou, ao longo das seis primeiras semanas de 2025, um total de 281.049 casos prováveis de dengue. O número representa uma redução de cerca de 60% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram contabilizados 698.482 casos prováveis da doença. Em nota, o Ministério da Saúde avaliou a redução como substancial e um reflexo da mobilização nacional promovida pela pasta de forma conjunta com estados e municípios. “O resultado é parte do Plano de Ação para Redução dos Impactos das Arboviroses, lançado pelo Governo Federal em setembro de 2024”. Entre as unidades federativas, 17 registraram redução nos casos prováveis de dengue, sendo que as maiores quedas foram identificadas no Distrito Federal, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, no Amapá e no Paraná. Já em dez estados, incluindo Tocantins e Pernambuco, houve aumento no comparativo com as seis primeiras semanas de 2024. Em relação à incidência, os estados com maior número de casos prováveis por 100 mil habitantes são Acre, São Paulo, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais. São Paulo figura como estado com o maior número de casos prováveis do país: 164.463 mil apenas em 2025, um aumento de cerca de 60% em relação ao mesmo período do ano passado. As informações são da Agência Brasil.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro do crovalimabe, um anticorpo monoclonal indicado para o tratamento da hemoglobinúria paroxística noturna (HPN), condição sanguínea rara. De acordo com a Agência Brasil, a medicação é indicada para pacientes adultos e pediátricos, com 13 anos ou mais, e com peso corporal de pelo menos 40 quilos (kg). De acordo com a Roche Farma Brasil, fabricante do crovalimabe, trata-se do primeiro tratamento subcutâneo com aplicação rápida de baixo volume e simples administração (a cada quatro semanas) disponível no Brasil.
O primeiro caso de morte por Chikungunya no estado de São Paulo foi confirmado com o óbito de uma pessoa em Tupã, cidade a 435,9 km da capital. Segundo a Secretaria de Saúde de Tupã, trata-se de um homem, de 60 anos, com registro de comorbidades (diabetes). A prefeitura de Tupã informou que o homem começou a sentir os sintomas da doença – febre alta e dores nas articulações – no primeiro dia de janeiro deste ano, foi internado dois dias depois e morreu no dia 11 do mesmo mês. Conforme o painel de arboviroses da Secretaria de Saúde de São Paulo, a cidade já registrou 1.283 prováveis casos de contaminação pela doença, com 613 ocorrências confirmadas e outros 670 em confirmação. No estado, já são 3.523 casos prováveis, 1.064 confirmações e 2.549 registros em investigação. Além do óbito de Tupã, outros quatro casos em São Paulo estão em investigação. A Chikungunya é transmitida pelo aedes aegypti, o mesmo mosquito transmissor da dengue.
Em Pindaí, o vereador Alex Gonçalves de Carvalho (Avante), o Léo do Forró, denunciou, nesta quarta-feira (12), a falta de medicamentos nas unidades básicas de saúde. Ele esteve pessoalmente em uma unidade com duas receitas de remédios controlados e não conseguiu retirar nenhuma das medicações. O parlamentar cobrou uma posição do prefeito João Veiga (PP) sobre o descaso com a saúde pública. “Prefeito, responde aí. O senhor não é tão bom de resposta?”, questionou. Carvalho exigiu que o prefeito use o recurso público para adquirir medicamentos para a Farmácia Básica a fim de atender a população. Ele garantiu que retornará à unidade nesta quinta-feira (13) para conferir se os medicamentos chegaram, haja vista trata-se de remédios de uso controlado. “Isso é uma vergonha para Pindaí. Esse governo não tem nada de bom”, disparou.
A Vigilância Epidemiológica da cidade de Carinhanha emitiu um alerta à população na última segunda-feira (10). Nele, o órgão informa que a equipe de agente de endemias localizou a larva do mosquito Aedes Albopictus, transmissor da Febre Amarela, na sede do município, na região do Bairro Sudene. Segundo a coordenadora da Vigep, Adriana Mendes, a descoberta demonstra a necessidade de a própria população auxiliar o poder público no combate aos mosquitos Aedes Albopictus e Aedes Aegypt. Conforme destacou, sem o apoio dos munícipes para fiscalizar os seus quintais e impedir a formação dos criadouros dos mosquitos, essa luta será muito difícil. O Aedes Albopictus, conhecido também como mosquito-tigre-asiático, costuma ser encontrado em ambientes silvestres, onde há pouca concentração humana e muita cobertura vegetal. No entanto, está começando a se adaptar em ambientes urbanos.
A vacinação contra a dengue está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para adolescentes desde fevereiro de 2024, mas a procura pelo imunizante ainda está abaixo do esperado. De acordo com a Rede Nacional de Dados em Saúde, em um ano, 6.370.966 doses foram distribuídas, mas apenas 3.205.625 foram aplicadas. O imunizante Qdenga, da farmacêutica japonesa Takeda, foi liberado para pessoas de 4 a 60 anos, mas, no sistema público, apenas crianças e adolescentes podem tomar a vacina. Segundo o Ministério da Saúde, adolescentes entre 10 e 14 anos possuem maiores riscos de hospitalização pela dengue. A vacina, no entanto, está disponível para outras idades para comercialização. O ministério informou que a definição de uma faixa etária se fez necessária devido à capacidade limitada de fornecimento de doses. Em janeiro do ano passado, a primeira remessa das vacinas chegou ao Brasil com apenas 757 mil doses. A pasta ainda adquiriu outros 5,2 milhões para 2024 e contratou 9 milhões para 2025. “Em linha com o princípio da equidade na saúde, a Takeda está comprometida em apoiar as autoridades de saúde, portanto, seus esforços estão voltados para atender a demanda do Ministério da Saúde, conforme a estratégia vacinal definida pelo Departamento do Programa Nacional de Imunizações que considera faixa etária e regiões para receberem a vacina. Conforme já anunciado, temos garantida a entrega de 6,6 milhões de doses para o ano de 2024 e o provisionamento de mais 9 milhões de doses para o ano de 2025”, escreveu a farmacêutica japonesa em comunicado no ano passado. O Instituto Butantan também está produzindo um imunizante, mas ainda não existe previsão para a compra da vacina no SUS.
Entre diversas autoridades, o prefeito da cidade de Ituaçu e presidente do Consórcio Regional de Saúde de Brumado, Phellipe Brito (PSD), também esteve em Paramirim para participar da entrega de obras ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do governador Jerônimo Rodrigues (PT), na última sexta-feira (07). Ao site Achei Sudoeste e ao programa Achei Sudoeste no Ar, o gestor parabenizou Paramirim pelo momento histórico. “Vai ter grandes ganhos para o município porque João Ricardo, como um sábio prefeito, saberá fazer pedidos importantes para a cidade e região. Estamos aqui para prestigiar”, destacou. Ao lado de prefeitos, Brito solicitou a implantação de um Hospital Regional na região de saúde de Brumado. “Já tem um ofício feito por mim como presidente do Consórcio de Saúde e assinado pelos prefeitos da região. E a gente vai pedir ao presidente Lula pelo Hospital Regional porque saúde é algo que todo mundo precisa”, defendeu.
Neste domingo (9), a Prefeitura de Caetité reassumiu a gestão do Hospital Municipal de Caetité, incluindo a Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), após um período de instabilidade na prestação dos serviços sob responsabilidade da Fundação Terra Mãe, que administrava a unidade desde 2020. As informações são da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab). A medida, respaldada por decisão judicial, visa garantir a continuidade da assistência à população e restabelecer a regularidade dos atendimentos. O Governo do Estado, por meio da Sesab, acompanhou de perto essa transição, e está prestando todo o suporte necessário ao município para que o processo ocorra de forma organizada, minimizando qualquer impacto para os pacientes oncológicos e demais usuários do hospital. Além disso, a Sesab está garantindo retaguarda assistencial em suas unidades, assegurando que não haja descontinuidade nos atendimentos. Com a retomada da gestão pelo município, a Prefeitura já contratou uma nova entidade para administrar a unidade, e a Sesab firmará um novo contrato de prestação de serviços especializados. A Polícia Militar da Bahia (PMBA), por meio da 94ª CIPM, acompanha, desde o início da manhã deste domingo (9), o cumprimento de mandado da retomada da gestão, pelo Município, da unidade de saúde, em Caetité. De acordo com a PMBA, a intervenção ocorreu de forma pacífica, e contou com o emprego estratégico de efetivo policial para garantir a segurança do local e assegurar a execução da ordem judicial.
A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) regulou uma paciente de Palmas de Monte Alto para o Hospital Geral de Guanambi (HGG), mas a unidade não realiza a cirurgia que ela precisa, segundo a família. Neuza Lopes Cardoso, de 54 anos, enfrenta um drama há 16 dias à espera de uma cirurgia de drenagem e cálculo renal. Neuza deu entrada no Hospital Municipal Milton Farias Dias Laranjeira no dia 25 de janeiro e desde então aguarda pelo procedimento. Após 15 dias esperando regulação para outro hospital, a família iniciou uma campanha na tentativa de arrecadar recursos e conseguiu R$ 8 mil para custear a cirurgia na rede privada. No entanto, a falta de uma UTI impediu que o procedimento fosse realizado. De acordo com o radialista Vilson Nunes, neste sábado (8), a regulação finalmente foi liberada, e Neuza foi transferida para o HGG. No entanto, segundo a família, a unidade de saúde não realiza o procedimento necessário. A filha da paciente relata que Vitória da Conquista também estava entre as opções, mas a escolha foi por Guanambi, onde a cirurgia não é feita. “O município de Guanambi não tem o suporte de que minha mãe precisa, porém não a mandaram para Vitória da Conquista. Eles sabiam que não realizavam essa cirurgia em Guanambi, mesmo assim deixaram. Estamos desesperadas, minha mãe vai morrer”, lamenta a filha. A família conseguiu um médico particular disposto a realizar a cirurgia, mas, segundo relato dos familiares, a direção do HGG não permite que o procedimento seja feito dentro da unidade. Enquanto isso, Neuza continua internada, sem previsão para a realização da cirurgia e com o estado de saúde agravado pela espera prolongada. Os familiares seguem apelando por ajuda para que a paciente seja transferida para um hospital que possa realizar o procedimento necessário o mais rápido possível.
Após paralisação dos médicos e servidores da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), localizada no Hospital Municipal de Caetité, em protesto contra salários atrasados e a reestruturação no atendimento, a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) disse, em nota enviada ao site Achei Sudoeste, que sempre adimpliu com as suas obrigações, remunerando os procedimentos e serviços contratualizados e prestados na unidade. Conforme assegurou, não há qualquer pendência financeira com a Fundação Terra Mãe, entidade que administra a Unacon, razão pela qual não compactua com as restrições e interrupções dos atendimentos. Diante da paralisação em andamento, a Sesab informou que adotará as providências, dentro de suas competências, para que o serviço seja retomado para assegurar assistência contínua à população. A Prefeitura de Caetité já adotou as medidas judiciais para reassunção da administração da unidade e a Sesab, tão logo nova entidade, contratada pelo Município para a gestão do hospital, assuma a administração da unidade, formalizará um novo contrato de prestação de serviços, a fim de garantir a continuidade do atendimento especializado.
Quarenta e seis agentes da Polícia Federal (PF) e quatro servidores da Controladoria-Geral da União (CGU) cumpriram, nesta quinta-feira (6), 11 mandados judiciais de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais de pessoas suspeitas de desviar recursos públicos destinados à área da saúde, em Goiás, entre os anos de 2012 e 2018. Dez mandados foram cumpridos em Goiânia e um em Brasília, com autorização da 11ª Vara Federal, que também determinou o sequestro de mais de R$ 28 milhões dos investigados – cujos nomes não foram divulgados até a publicação desta reportagem. Batizada de Operação Panaceia, em alusão à deusa grega da cura, a ação também contou com o apoio da Receita Federal. Em nota, a Polícia Federal informou ter indícios de que os investigados fraudaram contratos que o governo estadual assinou com ao menos uma organização social, o Instituto Gerir, para desviar parte do dinheiro que custearia melhorias na saúde pública. Segundo a PF, a entidade subcontratava empresas ligadas a políticos e aos seus próprios administradores para realizar os serviços que deveria prestar. Com isso, parte dos recursos pagos à organização social era repassada aos políticos e demais investigados – prática proibida por lei. Também em nota, a CGU acrescentou que vem investigando os “indícios de fraudes e irregularidades” na gestão de dois hospitais públicos estaduais desde 2019, quando a PF recebeu “informações anônimas” sobre o caso. “A partir das análises, realizadas em parceria com a PF, foi verificado que a OS adotou, como modus operandi, a terceirização generalizada das atividades, firmando contratos com objetos genéricos, sem definição de quantitativos e especificações dos serviços a serem prestados, o que tornou impraticável a fiscalização da execução dos contratos de gestão” firmados pela secretaria estadual de Saúde. Ainda de acordo com a CGU, “isso favoreceu a realização de pagamentos sem a adequada medição, conforme observado nas notas fiscais e demais documentos extraídos do sistema de prestação de contas [governamental]”. Segundo a CGU, a organização social investigada recebeu mais de R$ 900 milhões em recursos do Sistema Único de Saúde (SUS).
Nesta quinta-feira (06), médicos e servidores da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) realizaram uma manifestação na cidade de Caetité em protesto contra salários atrasados e a reestruturação dos atendimentos. O hospital, de grande porte, oferece um serviço de média e alta complexidade para Caetité e mais 43 municípios da região. Na unidade, são realizadas terapia oncológica, terapia cirúrgica, terapia de clínica médica e serviço de UTI. Ao site Achei Sudoeste e ao programa Achei Sudoeste, o médico Linneker Ferreira explicou que, desde 2024, os profissionais vivem uma situação de insegurança financeira devido a não renovação do contrato de prestação dos serviços com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab). “Há três meses, o centro cirúrgico está fechado. Não estamos fazendo atendimentos cirúrgicos. Grande parte dessa paralisação se deve ao não pagamento dos médicos cirurgiões desde julho de 2024”, relatou. Sem nenhuma previsão de pagamento das dívidas trabalhistas, Ferreira destacou que o hospital funciona sem suporte cirúrgico. Os ambulatórios também estão inoperantes em virtude da dificuldade de regularização financeira. O médico apontou que houve um impacto grande no tratamento dos pacientes oncológicos diante da falta de insumos e medicações quimioterápicos, o que leva, por consequência, a não admissão de novos pacientes na unidade. Para Linneker, embora os atrasos salariais sejam o problema de menor impacto, a situação gera uma insatisfação muito grande. “Nós, como parte do corpo clínico, estamos indo para o quarto mês de atraso salarial. O último pagamento que recebemos foi no início de dezembro de 2024”, frisou. A Fundação Terra Mãe, responsável pela gestão da unidade, alega que há um atraso no repasse da Sesab e da contrapartida do Município. De sua parte, o Estado alega que os repasses são feitos da forma devida e que não há pendências. Diante do problema, os médicos e servidores da Unacon entraram com uma ação no Ministério Público do Trabalho e foi instaurado um inquérito para investigar o caso. “Queremos chamar a atenção da sociedade para o que está acontecendo na Unacon em Caetité”, finalizou.
No Dia Mundial do Câncer, lembrado nesta terça-feira (4), a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que, a cada minuto, 40 pessoas são diagnosticadas com a doença em todo o planeta – e embarcam em uma verdadeira jornada para vencer a enfermidade. “Elas não conseguem ser bem sucedidas sozinhas. Em todo mundo, a OMS trabalha com parceiros para criar coalisões globais, catalisar ações locais e amplificar as vozes de pessoas afetadas pelo câncer”, avaliou o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus. Em seu perfil na rede sociais X, Tedros destacou que a OMS atua em diversas áreas, desde o fornecimento de medicações para tratamentos oncológicos pediátricos até campanhas globais para a eliminação do câncer cervical. “Estamos trabalhando para melhorar a vida de milhões de pessoas”. “No Dia Mundial do Câncer, honramos a coragem daqueles afetados pela doença, celebramos o progresso científico e reafirmamos nosso compromisso de promover saúde para todos”, concluiu o diretor-geral.
O primeiro mês de 2025 registrou um total de 170.376 casos prováveis de dengue em todo o país, além de 38 mortes confirmadas e 201 óbitos em investigação para a doença. Dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde indicam que o coeficiente de incidência do Brasil, neste momento, é 80,1 casos para cada 100 mil habitantes. Os números mostram que 54% dos casos prováveis foram registrados entre mulheres e 46%, entre homens. Desse total, 51,3% foram identificados entre pessoas brancas, 32,4% entre pessoas pardas, 4,4% entre pessoas negras e 1,1% entre pessoas amarelas. Os grupos que respondem pelo maior número de casos são de 20 a 29 anos, de 30 a 39 anos e de 40 a 49 anos. No ranking de estados com maior número absoluto de casos prováveis, São Paulo aparece na frente, com 100.025, seguido por Minas Gerais (18.402), Paraná (9.424) e Goiás (8.683). em relação ao coeficiente de incidência, o Acre lidera com 391,9 casos para cada 100 mil habitantes. Em seguida estão São Paulo (217,6), Mato Grosso (193,9) e Goiás (118,1).
Em Palmas de Monte Alto, Neuza Lopes Cardoso, de 54 anos, está internada no Hospital Municipal Milton Farias Dias Laranjeira desde o dia 22 de janeiro. A paciente enfrenta um quadro crítico de pielonefrite obstrutiva crônica e precisa de cuidados especializados. Desesperada, a família está em busca de uma vaga para transferência urgente de Neuza. Nas redes sociais, a filha da paciente publicou um vídeo emocionado pedindo socorro. Segundo ela, a mãe deu entrada na unidade com anemia e infecção urinária, mas exames apontaram complicações renais graves. Apesar de a situação exigir celeridade, a família segue apreensiva com a demora na fila de regulação.
A Clínica de Hemodiálise de Brumado tem sido palco de inúmeras reivindicações, com pacientes e servidores insatisfeitos. Em entrevista ao site Achei Sudoeste e ao programa Achei Sudoeste no Ar, o secretário municipal de saúde, Danilo Menezes, esclareceu, em primeiro lugar, que a clínica não está sob a gestão do Município. “A Clínica de Hemodiálise é administrada pela Fundação Terra Mãe. A coordenação, a direção, os profissionais que lá trabalham não são contratados, nem são gerenciados, pela prefeitura”, explicou. A clínica é cadastrada junto ao Ministério da Saúde para prestar serviços por meio do SUS (Serviço Único de Saúde). Segundo o secretário, ao Município de Brumado cabe apenas o repasse das verbas disponibilizadas pelo Governo Federal à clínica e a fiscalização da unidade. Com relação às providências adotadas pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), Menezes adiantou que fará um levantamento acerca das queixas apresentadas pelos pacientes, especialmente no que diz respeito ao suposto número aumentado de óbitos de usuários da clínica, a fim de entender o que, de fato, está acontecendo. “Também já estamos tomando algumas providências para fazer vistorias e avaliar se as queixas são pertinentes ou não. Iremos fazer levantamentos e estatísticas e encaminharemos relatórios para o Ministério da Saúde e aos demais órgãos fiscalizatórios”, detalhou. Em caso de procedência das reclamações, o secretário garantiu que a gestão da clínica será substituída.
O município de Macaúbas recebeu duas ambulâncias para renovação da frota do Samu 192. O prefeito Aloísio Rebonato (MDB), o vice Dui de Jurandi e a secretária municipal de saúde, Jacqueline Bonfim, fizeram o anúncio dos novos equipamentos através das redes sociais. Na oportunidade, ambos garantiram que as ambulâncias irão possibilitar a ampliação dos atendimentos e a melhoria da qualidade dos serviços de saúde na cidade e na região. Rebonato frisou que a frota do município estava sucateada e os veículos vão contribuir para salvar vidas. “É importante a gente valorizar isso”, declarou.
Ao longo das quatro primeiras semanas de 2025, o Brasil contabilizou 2.791 casos de febre do Oropouche, sendo 2.652 ocorrências apenas no Espírito Santo, 99 casos no estado do Rio de Janeiro e 30 em Minas Gerais. “Quase três mil casos de Oropouche nas quatro primeiras semanas do ano, no Brasil – 95%, aproximadamente, registrados no Espírito Santo. É uma preocupação adicional em relação ao verão passado que enfrentamos”, disse o secretário-adjunto de Vigilância em Saúde e Ambiente, Rivaldo Venâncio. Os demais casos de febre do Oropouche foram identificados na Paraíba (7), Ceará (1), Paraná (1) e Roraima (1). As informações são da Agência Brasil.