Em um ano, o número de pessoas que aguardam transplantes de órgãos na Bahia cresceu 19%. Entre janeiro e agosto deste ano 3.555 pacientes entraram na lista de espera. No ano passado foram 2.979, de acordo com a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab). O rim aparece como o órgão mais procurado, sendo necessário para 1.908 baianos. Em seguida aparecem as córneas (1.606) e o fígado (40). Para Eraldo Moura, coordenador do Sistema Estadual de Transplantes, o aumento tem relação com o maior conhecimento da população sobre a doação de órgãos. Na sexta-feira (27), será celebrado o Dia Nacional da Doação de Órgãos. “O aumento denota o maior acesso à lista de pacientes que precisam de transplantes. É um número grande em comparação com o número passado, mas também aumentamos o número dos transplantes realizados”, diz Eraldo Moura. Nos primeiros oito meses deste ano, 737 transplantes foram feitos na Bahia. No ano anterior, foram 702. A doação, no entanto, ainda esbarra no preconceito das famílias. “Nosso maior desafio é fazer com que a sociedade entenda a importância e possa autorizar a doação. Ainda há muito desconhecimento. Qualquer pessoa pode vir a precisar de um transplante e só vai conseguir caso alguém doe. Se a sociedade doa, ela é beneficiada”, completa o coordenador do Sistema de Transplantes. Neste ano, 34 pessoas morreram na fila de espera por um órgão na Bahia. As informações são do Correio 24h.
Dados do primeiro semestre de 2024 comprovam que a Bahia avançou no número de doações de órgãos, quando comparado ao mesmo período do ano passado. Neste ano, foram realizadas 499 doações, o que representa um aumento de 24% quando comparado com as 401 captações realizadas no primeiro semestre de 2023. O coordenador do Sistema Estadual de Transplantes, Eraldo Moura, destacou que o aumento representa uma maior conscientização por parte da população quanto à importância dos transplantes e da doação. A secretária estadual da Saúde, Roberta Santana, comemorou o avanço do Estado nos números e reforçou o pedido por solidariedade. "O aumento no número de captações demonstra que o esforço do Governo do Estado tem trazido resultados positivos. Não posso deixar de agradecer aos familiares que autorizaram que estas doações fossem realizadas, isso ajuda a salvar vidas", declarou a gestora. Em junho deste ano, a Bahia realizou o primeiro transplante de pele do interior, no Hospital Geral Clériston Andrade, em Feira de Santana, marcando um avanço significativo na medicina da região. O Estado também sediou e promoveu o Congresso Nordeste de Transplantes, que contou com a participação de representantes das secretarias estaduais de Saúde da região, médicos e acadêmicos. Em 2023, a Bahia realizou 308 transplantes de rim, 582 de córneas e 45 de fígado.
Os cartórios de todo o país lançaram nesta terça-feira (2) um documento eletrônico que vai permitir a oficialização da vontade dos cidadãos que querem ser doadores de órgãos. As informações são da Agência Brasil. A iniciativa foi anunciada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Colégio Notarial do Brasil, por meio da campanha Um Só Coração: Seja Vida na Vida de Alguém. A partir de agora, quem desejar se tornar doador de órgãos poderá preencher a Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (AEDO) em qualquer um dos 8,3 mil cartórios de notas do país. A emissão é gratuita. As autorizações ficarão disponíveis em um sistema eletrônico e poderão ser acessadas pelos profissionais de saúde para comprovar o desejo de quem faleceu. O cidadão poderá autorizar a doação dos seguintes órgãos: coração, pulmão, rins, intestino, fígado, pâncreas, medula, pele e músculo esquelético. Quem se interessar pela autorização eletrônica pode acessar o site da AEDO e preencher um formulário eletrônico, que será enviado ao cartório selecionado no momento do acesso. A seguir, uma data será agendada pelo cartório para a realização de uma videoconferência, na qual o cidadão será identificado e deverá assinar o documento eletronicamente. Após a tramitação do pedido, o documento ficará armazenado no Sistema Nacional de Transplantes e poderá ser acessado no momento do óbito do doador. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, participou do evento de lançamento da campanha. Para a ministra, a iniciativa vai favorecer a doação de órgãos no Brasil. Segundo Nísia, as doações de órgãos possibilitaram 9.2 mil transplantes no país, em 2023. O número representa aumento de 13% em relação ao ano de 2022. “Tenho certeza de que nós vamos contribuir muito para que o número de doadores aumente. Muitas vidas são salvas com a nossa doação individual. Sou uma entusiasta da doação de órgãos, da doação de sangue. O Brasil é uma referência nesse sentido”, concluiu.
O Ministério da Saúde tem empenhado esforços na formulação de estratégias que aumentem a oferta de órgãos e tecidos para transplantes e, consequentemente, reduzam o tempo de espera dos pacientes em lista. Em 2023, o resultado foi o melhor dos últimos dez anos: entre janeiro e setembro, 6.766 transplantes foram realizados em todo o país, enquanto no ano anterior foram registradas 6.055 no mesmo período. Dados registrados pela pasta mostram que, além da quantidade de transplantes, o número de doadores também aumentou. De janeiro a setembro do ano passado, 3.060 doações se efetivaram, totalizando 17% a mais em comparação com 2022, que totalizou 2.604. Vale lembrar que as informações referentes à 2023 são preliminares e estão sujeitas a alterações. A coordenadora-geral do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), Daniela Salomão, destaca a contribuição de várias partes na marca alcançada. “É importante lembrar de todo o esforço dos profissionais de saúde envolvidos no processo de doação e transplante para alcançarmos este resultado. E destacar o papel das famílias doadoras por acreditarem e apoiarem o SNT na missão de ajudar a salvar vidas”, afirma. “Ressaltamos, ainda, a importância da doação consciente e altruísta”, acrescenta. Com 4.514 cirurgias realizadas, o rim é o órgão mais transplantado com 66,72% dos procedimentos. Em segundo e terceiro lugar, aparece o fígado (1.777) e o coração (323), respectivamente. No momento, 41.559 pessoas aguardam em lista por um transplante de órgãos. Deste total, 24.393 são homens e 17.165 são mulheres.
Setembro já é amplamente conhecido pela sua causa amarela, na valorização da vida, mas durante este mês o laço verde também se destaca e traz como pauta a conscientização e incentivo a doação de órgãos, uma ação que pode ser realizada aqui em Brumado, no Hospital Municipal Professor Magalhães Neto. Desde 2019, a unidade de saúde está apta a realizar a captação de órgãos e tecidos e, neste período, já realizou 5 captações, ajudando a diminuir a fila de transplante no Brasil, que hoje ultrapassa as 66 mil pessoas. Para que uma doação de órgãos aconteça, vários processos e protocolos são cumpridos para garantir total segurança ao procedimento: o diagnóstico de morte encefálica, a autorização familiar para doação, a avaliação dos órgãos e a realização de exames de compatibilidade com prováveis receptores. Embora o Brasil seja o segundo na lista dos países que mais realizam transplantes, os mitos, a falta de informação e o momento de luto das famílias fazem com que a fila ainda seja muito grande. Além disso, mesmo que uma pessoa manifeste em vida o desejo de ser um doador, somente a sua família tem a autorização para a retirada de órgãos após sua morte. Por isso, neste mês, o laço verde convida toda a sociedade a refletir sobre o assunto e sobre a importância da doação de órgãos. Tem dúvidas sobre o assunto? Procure pela Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) no Hospital Magalhães Neto e saiba mais sobre a doação de órgãos.
No mês em que o Brasil comemora o Dia Nacional da Doação de Órgãos e relembra a importância do Setembro Verde — mês de incentivo à doação de órgãos —, a população baiana tem mostrado que não foge à luta, principalmente quando a batalha resulta em salvar vidas. Dados do Sistema Estadual de Transplantes, da Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab), mostram que o número de doadores de múltiplos órgãos aumentou mais de 58% no período de julho a agosto de 2023, saltando de 12 para 19 doadores. Nos oito primeiros meses do do ano, a Bahia totalizou 106 doadores de múltiplos órgãos. “Tivemos um aumento expressivo de doadores e temos uma tendência de crescimento nesse mês de setembro, que é o mês que intensificamos a campanha de conscientização da população sobre a importância da doação de órgãos. Nos primeiros oito meses de 2023, registramos uma redução da negativa familiar para cerca de 60%. A taxa ainda é alta, mas, quando comparada aos cerca de 70% de 2022, é uma diminuição considerável”, analisa o médico e coordenador do Sistema Estadual de Transplantes, Eraldo Moura. E as boas notícias não param por aí, já que, nas próximas semanas, a Bahia vai retomar a realização do transplante de coração após quase dois anos de suspensão do serviço. A interrupção foi feita para que uma reestruturação do sistema pudesse ser realizada, e acabou sendo impactada pela pandemia da Covid-19. Atualmente, a Bahia realiza quatro tipos de procedimentos: os transplantes de córnea, rim, fígado e medula.