No final da tarde desta segunda-feira (04), um curto circuito provocou um princípio de incêndio em um prédio comercial localizado na Rua Afrânio Peixoto, no Bairro Baraúnas, em Brumado. O fogo começou por volta de 17h30, quando vizinhos arrombaram a porta do estabelecimento e conseguiram conter parte das chamas utilizando uma mangueira ligada à rede de água. Acionado, o 7º Batalhão dede Bombeiro Miliar (BBM) pôs fim ao incêndio. Apesar da gravidade do ocorrido, ninguém ficou ferido. Não há informações se no local havia mercadoria ou móveis. A equipe forneceu orientações ao proprietário do local a fim de evitar novos curtos-circuitos. O Corpo de Bombeiros reforçou a importância de medidas preventivas para evitar incidentes como este, que podem colocar em risco vidas e propriedades. Instalar e revisar regularmente equipamentos elétricos, bem como manter extintores de incêndio no ambiente e capacitar funcionários para uso correto, são cuidados essenciais. Essas ações preventivas são fundamentais para minimizar riscos e garantir a segurança de todos. Prevenir é salvar vidas. Em caso de emergência, ligue 193.
Brigadistas do grupo Guardiões Ambientais da Serra das Almas (Gasa) conseguiram conter um princípio de incêndio em uma residência localizada na Rua Gonçalo Pereira e Silva, no Bairro Estocada, em Livramento de Nossa Senhora. De acordo com a Rádio Portal Sudoeste, o caso aconteceu nesta segunda-feira (4). As chamas tiveram início em um disjuntor após uma pane elétrica. Líder e presidente da Gasa, Carlos Bananinha chamou atenção das pessoas para saberem quem acionar no caso de incêndio, visto que havia um especialista no local que, por pouco, não agia de forma equivocada. “É importante que as pessoas saibam sobre o triângulo do fogo. Havia um rapaz lá de uma empresa especializada em eletricidade que queria jogar água e eu o questionei se ele queria morrer eletrocutado. Não existe jogar água em um local eletrocutado. Tem que quebrar o triângulo do fogo. Cortamos o oxigênio e resolveu o problema. Uma ação errada pode por tudo a perder”, enfatizou.
O município de Rio de Contas, na Chapada Diamantina, concluiu na última sexta-feira (31) a segunda etapa da operação Ronda Verde, uma iniciativa do Programa Bahia Sem Fogo voltada à conscientização e ao combate aos incêndios florestais no estado. A mobilização contou com técnicos e especialistas da Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), além do apoio da Companhia Independente de Polícia de Proteção Ambiental (Cippa/Lençóis), do Corpo de Bombeiros Militar e das prefeituras locais. O coordenador de campo da Ronda Verde, Aderbal Pereira, afirmou que a operação, nesta fase, busca identificar e responsabilizar os autores de crimes ambientais, com foco especial nas queimadas durante o período crítico. Além de Rio de Contas, a operação esteve na quinta-feira (30) em Érico Cardoso. Segundo Aderbal, o apoio das prefeituras é essencial para fortalecer a abordagem junto às comunidades, além de oferecer suporte estratégico para otimizar as ações de controle. Esse suporte inclui a identificação de áreas críticas de queimadas e das comunidades mais afetadas. “As equipes locais também auxiliaram na identificação dos biomas mais vulneráveis, direcionando os esforços de preservação e combate aos incêndios de forma mais eficaz”, explicou Elaine Figueiredo, da Secretaria de Meio Ambiente de Érico Cardoso. Além da questão ambiental, os incêndios florestais representam uma grave ameaça à saúde pública, especialmente nas comunidades locais. Juliana Barbosa, da Vigilância Sanitária do município, explicou que a ação abordou também o impacto na saúde das pessoas.
Com mais de 2,3 mil focos de incêndio detectados nas últimas 48 horas, o Brasil já acumula este ano até o domingo (13), 226,6 mil registros detectados pelo Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O número representa aumento de 76% na comparação com o mesmo período de 2023. De acordo com os dados do Inpe, do total de focos detectados, 49,4% ocorreram na Amazônia. O Cerrado é o segundo bioma mais afetado em números absolutos com 32,1%. O Pantanal, embora tenha registrado 6% do total de focos do país, foi o bioma que observou o maior crescimento de incêndios na comparação com 2023: um crescimento de 1.240%. Áreas do Pantanal e da Amazônia estão com alerta de chuvas intensas, conforme boletim do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), divulgado nesta segunda-feira (14). No entanto, até dezembro, o Inmet prevê predomínio de chuva abaixo da média histórica em grande parte da Região Norte, com baixos níveis de umidade no solo em grande parte da região no mês de outubro. Na Amazônia, o estado do Pará registrou 466 focos de calor nas últimas 48 horas. Já o Mato Grosso contabilizou 189 focos. O Matopiba (região que reúne os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), onde predomina o bioma Cerrado, apresentou 826 focos nas últimas 48 horas. A região está hoje com alerta de baixa umidade, com risco aumentado de incêndios florestais em uma faixa que se estende do Sul do Maranhão, passando por grande parte do Piauí e alcançando o centro-norte baiano. De acordo com o governo federal, há 3.732 profissionais em campo atuando no enfrentamento aos incêndios florestais na Amazônia, Pantanal e Cerrado. Também foram disponibilizadas 28 aeronaves.
Na quinta-feira (11), equipes de combate a incêndios florestais que atuam na região oeste da Bahia, no povoado de Almas, município de São Desidério, resgataram dois filhotes de coruja. As aves estavam dentro de um tronco parcialmente queimado. Após o resgate, os animais, que estavam sem ferimentos aparentes, foram colocados em um local seguro. Com isso os bombeiros garantiram a preservação da fauna local, além das medidas de controle e extinção do incêndio naquela região. O cuidado com a fauna reforça o compromisso da tropa do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBMBA) em proteger não apenas a vegetação, mas também os animais afetados pelos incêndios florestais. Se perceber algum incêndio florestal, o corpo de bombeiros deve ser acionado através da central 193.
Um incêndio de grande proporção atingiu uma área nas imediações do Centro Cultural de Macaúbas na tarde desta quarta-feira (09). De acordo com a Macaúbas FM, as chamas aumentaram rapidamente pela vegetação, causando danos à fauna e à flora, sem contar os riscos de se espalhar pela zona urbana, especialmente em um período marcado por condições climáticas adversas, com baixa umidade e altas temperaturas. Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, há indícios de que o incêndio tenha sido criminoso. Isso porque dias antes outro incêndio semelhante ocorreu nas proximidades. A suspeita inspira preocupação do poder público e, por isso, a situação está sendo monitorada de perto. A pasta segue investigando as causas e circunstâncias dos incêndios e alertando a população sobre os perigos associados ao uso inadequado do fogo.
Equipes do corpo de bombeiros militares foram acionados nesta terça-feira (08) em mais uma ação da Operação Florestal 2024. Os bombeiros atuaram em focos de incêndio nas cidades de Bom Jesus da Lapa, Guanambi, Juazeiro e Lençóis. Segundo informações divulgadas pelo Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBMBA) ao Bahia Notícias, outras equipes também seguem combatendo incêndios florestais nos municípios por toda Bahia, totalizando ações em 14 cidades como Barreiras, Jacobina e Érico Cardoso. Também segundo CBMBA estão atualmente empregados cerca de 180 bombeiros militares dedicados exclusivamente ao serviço desempenhado nas bases florestais, 715 incêndios foram combatidos, 1517 orientações preventivas realizadas e 81 municípios atendidos.
Um veículo modelo Gol, ano 2014, pegou fogo na noite desta segunda-feira (07), por volta das 19h15, na Avenida Vanessa Cardoso, em frente ao campus XII da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), em Guanambi. A informação foi confirmada ao site Achei Sudoeste pela Superintendência Municipal de Trânsito (SMTran). Segundo o condutor do automóvel, o fogo iniciou dentro do compartimento do motor para o interior do veículo de forma muito rápida. Ele ainda tentou conter as chamas com um extintor, mas não obteve êxito. Uma equipe do Corpo de Bombeiros foi acionada para apagar o fogo. O carro foi quase totalmente consumido pelas chamas. Ninguém se feriu.
Mais uma carga de algodão pegou fogo neste sábado (05) na cidade de Guanambi. A informação foi confirmada ao site Achei Sudoeste pela Superintendência Municipal de Trânsito (SMTran). De acordo com o órgão, o fogo iniciou às 5h30, no Guarujá, mesma localidade em que outra carga havia pegado fogo no último domingo (29). Segundo a SMTran, o motorista relatou que o fogo pode ter ocasionado devido a uma rede elétrica baixo na rotatória da região. De acordo com ele, quando os veículos passam, tocam na fiação e geram fagulhas, por ser um material frágil, o fogo se alastra com rapidez. O Corpo de Bombeiros foi acionado para controlar o fogo. Ninguém se feriu.
Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o comandante geral do Corpo de Bombeiros na Bahia, Coronel Marquezine, comentou acerca dos inúmeros focos de incêndios em todo Brasil nos últimos meses. O comandante garantiu que a entidade está preparada para o combate a essas queimadas na Bahia. “Montamos várias bases florestais na Bahia e compramos equipamentos e acessórios. Estamos equipados para fazer frente a essas ocorrências. Nossas equipes são preparadas, capacitadas e estamos dando as respostas”, assegurou. No momento, segundo informou, 170 bombeiros atuam diretamente nas ocorrências de incêndios florestais no estado, com possibilidade de aumento do efetivo caso seja necessário. O Coronel alertou sobre a importância de evitar fazer queimadas em sítios e áreas rurais, bem como ficar atento a qualquer conduta que possa ocasionar um princípio de incêndio, como um cigarro jogado no meio do mato. “Precisamos do apoio da sociedade porque a umidade do ar está muito baixa e o calor muito forte”, completou.
Um incêndio de grandes proporções destruiu uma residência no centro de Brumado, mobilizando o Corpo de Bombeiros e preocupando os moradores da região. O fogo, que teve início por volta das 17h, só foi completamente controlado às 19h40, após intenso trabalho da equipe de bombeiros, que contou com o apoio da prefeitura municipal, empresas locais e moradores. Segundo o sargento Monteiro, os bombeiros chegaram ao local com rapidez, já que retornavam de outro incêndio florestal. “Ao chegarmos, o fogo já estava tomando os outros cômodos. Tivemos dificuldade para apagar o último, mas conseguimos debelar as chamas com precisão e profissionalismo”, afirmou.
Agora, a equipe realiza o rescaldo para garantir que não haja mais focos. A causa do incêndio ainda é desconhecida, mas há suspeitas de que uma vela acesa tenha provocado o incidente. No entanto, os bombeiros afirmam que apenas a perícia poderá confirmar a origem do fogo. Além do Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar esteve presente, auxiliando na organização do trânsito, que ficou parcialmente interditado nas proximidades. A rápida propagação das chamas gerou preocupação, principalmente porque nas proximidades há estabelecimentos comerciais que lidam com produtos químicos e garagens com carros, aumentando o risco de uma tragédia ainda maior.
“Se não tivéssemos chegado a tempo, as chamas poderiam ter atingido os prédios vizinhos e causado danos imensuráveis”, alertou Monteiro. A tragédia acende um alerta para a importância de medidas preventivas contra incêndios. O sargento Monteiro fez um apelo à população: “É essencial que os moradores tenham cuidado, evitando deixar velas ou fogões acesos quando saírem de casa. Pequenas distrações podem causar grandes tragédias”. Agora, o local será vistoriado pela perícia para avaliar se houve danos à estrutura da residência, determinando se a família poderá retornar ao imóvel. A sede da 2ª Companhia do 7º Batalhão de Bombeiro Militar (BBM) foi inaugurada nesta quinta-feira (19) em Brumado.
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, classificou como inadequadas as penas previstas nas leis brasileiras para crimes ambientais como o uso do fogo para causar incêndios criminosos. “Porque a pena de dois a quatro anos de prisão é leve e quando a pena é leve, às vezes ela é transformada em algum tipo de pena alternativa e ainda há atitude de alguns juízes que relaxam completamente essa pena”, questionou. A declaração foi dada durante a participação no programa Bom Dia Ministra, do Canal Gov, nesta terça-feira (17), em Brasília. A ministra reforçou ainda que, neste momento, qualquer incêndio florestal se caracteriza como criminoso e representa ameaças ao meio ambiente, à saúde pública, ao patrimônio e à economia brasileira. “Há uma proibição de uso do fogo em todo o território nacional, os últimos que fizeram o decreto de proibição do fogo foram os estados de Rondônia e Pará há mais ou menos uma semana e meia”, disse Marina.
Bombeiros empregados na Operação Florestal 2024 debelaram 422 incêndios em áreas ambientais nos últimos dois meses, na Bahia. Cinquenta e nove municípios foram atendidos pelas equipes do Corpo de Bombeiros Militar (CBM). Divididas em cinco Bases Florestais, as equipes realizam o enfrentamento ao fogo em áreas de mata para preservação da fauna e da flora. Além do combate, 720 orientações preventivas foram promovidas para a população. As equipes estão empregadas nas cidades de Muquém do São Francisco, Luís Eduardo Magalhães e Barreiras (Base Oeste), Juazeiro, Casa Nova e Campo Alegre de Lourdes (Base Norte), Lençóis (Base Chapada), Santa Maria da Vitória, Riacho de Santana, Paratinga, Cocos e Bom Jesus da Lapa (Base Lapa) e em Vitória da Conquista (Base Sudoeste). Os profissionais utilizam a Plataforma Painel do Fogo do Governo Federal, para monitorar as áreas do estado com maior foco de calor e riscos de incêndios florestais. O coronel Jadson Almeida, comandante de Operações dos Bombeiros, explicou que o mês de setembro é um período crítico, com maior possibilidade de ocorrências. O monitoramento das regiões com maior índice de calor auxilia na preparação das equipes empregadas no enfrentamento. Aeronaves remotamente tripuladas também são utilizadas e o helicóptero do Grupamento de Operações Aéreas (GOA) foi empregado para transportar equipes.
De janeiro a agosto de 2024 os incêndios no Brasil já atingiram 11,39 milhões de hectares do território do país, segundo dados do Monitor do Fogo Mapbiomas, divulgados nesta quinta-feira (12). Desse total, 5,65 milhões de hectares foram consumidos pelo fogo apenas no mês de agosto, o que equivale a 49% do total deste ano. Nesses oito primeiros meses do ano, o fogo se alastrou principalmente em áreas de vegetação nativa, que representam 70% do que foi queimado. As áreas campestres foram as que os incêndios mais afetaram, representando 24,7% do total. Formações savânicas, florestais e campos alagados também foram fortemente atingidos, representando 17,9%, 16,4% e 9,5% respectivamente. Pastagens representaram 21,1% de toda a área atingida. Para o período, os estados do Mato Grosso, Roraima e Pará foram os que mais atingidos, respondendo por mais da metade, 52%, da área alcançada pelo fogo. São três estados da Amazônia, bioma mais atingido até agosto de 2024. O fogo consumiu 5,4 milhões de hectares do bioma nesses oito meses. O Pantanal, até agosto de 2024 queimou 1,22 milhão de hectares, um crescimento de 249% nas áreas alcançadas por incêndios, em comparação à média dos cinco anos anteriores. A Mata Atlântica teve 615 mil hectares atingidos pelo fogo, enquanto que na Caatinga os incêndios afetaram 51 mil hectares. Já os Pampas tiveram apenas 2,7 mil hectares no período de oito meses.
A Base Florestal Oeste do Corpo de Bombeiros está no momento combatendo diversos focos de incêndio na região oeste da Bahia. Cerca de 60 homens trabalham para debelar as chamas que perpassam por vários municípios. Ao site Achei Sudoeste, o Major Davi Brandão informou que mais de 20 mil hectares já foram atingidos pelas queimadas. Ao todo, os trabalhos de combate duram 70 dias. “Já houve o combate e a extinção de 170 focos de incêndio”, pontuou. Segundo o comandante, o Corpo de Bombeiros e o Governo do Estado, com o apoio de órgãos públicos e privados, têm empenhando esforços para realização de atividades educativas e preventivas, que são de suma importância nesse processo, tendo em vista que a ação humana é que dá início às queimadas, em sua maioria. “As nossas ações educativas e preventivas perpassam todo ano, inclusive com a conscientização dos pequenos produtores, que, muitas vezes, fazem queimadas descontroladas. Faltam alguns cuidados e as pessoas são negligentes em certos aspectos. As queimadas repercutem em toda Bahia”, alertou.
A seca prolongada no Brasil, aliada à ação humana em ambientes fragilizados, provocou efeitos difusos, mas conectados por todo o país. As informações são do jornal o Globo. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou 159.411 focos de incêndio de janeiro até ontem, um aumento de 100% em relação ao mesmo período de 2023 e que deixou 60% do país sob fumaça no fim de semana. A seca que ameaça grandes rios como o Madeira e o Paraguai também afetou a maior metrópole do país: o Pinheiros, que corta São Paulo, ficou verde por receber menos água dos seus afluentes. Com as cinzas das queimadas do Norte que mudaram a cor do céu, a capital paulista ficou entre as de pior qualidade do ar do país. Das queimadas registradas pelo Inpe este ano, metade foi na Amazônia, e 32%, no Cerrado. A proporção foi semelhante no ano passado no mesmo período (52% dos focos na Amazônia e 33% no Cerrado). O número de focos de fogo registrados até ontem está perto das 189 mil ocorrências em todo o 2023. Os três estados com mais incêndios neste ano também são os mesmos que em 2023: Mato Grosso, Pará e Amazonas. No ano passado, Pará era o estado com mais focos. Mas a dimensão do fogo aumentou. Em 2023, a Amazônia já havia sido afetada por uma grave seca. No período chuvoso em seguida, não houve precipitações suficientes para recuperar rios e florestas. A nova seca este ano está mais severa na maioria dos estados brasileiros. Mas para a pesquisadora do Inpe Luciana Gatti, a seca não é a principal culpada pela alta de queimadas, mas sim a ação criminosa em campo. “O governo deveria decretar estado de emergência climática no Brasil inteiro, proibir qualquer desmatamento e propor projetos enormes de reflorestamento. Um plano emergencial para sobrevivência da população”, recomenda. A fumaça das queimadas tomou grande parte do país, inclusive o Sul e o Sudeste, e se espalha por Peru, Colômbia e Equador, alerta o pesquisador de sensoriamento remoto Henrique Bernini. “Tem muita ocorrência ao mesmo tempo, queimando uma vegetação sob efeito de uma sequência de ondas de calor”, explica Bernini. “Esse tanto de fumaça é suficiente para tornar a Amazônia um dos lugares que mais contribui para as mudanças climáticas, enquanto deveria ser o lugar com maior potencial de reverter a situação”.
Nas últimas 24 horas, o Brasil registrou 5.132 focos de incêndio, concentrando 75.9% das áreas afetadas pelo fogo em toda a América do Sul, informa o Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). De acordo com a Agência Brasil, o aumento no número de focos se deu no bioma Cerrado, que ultrapassou a Amazônia nas frentes de fogo e registrou 2.489 focos nesta segunda-feira (09) e terça-feira (10). Uma das maiores especialistas em fogo do país, a diretora do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Ane Alencar, diz que o avanço dos incêndios em grande parte do país preocupa principalmente pela antecipação do período crítico. “A gente está numa situação muito difícil, até porque não sabe como serão os próximos meses. Não queremos que seja como foi o fim do ano passado, quando em outubro a situação piorou na Amazônia, principalmente em novembro e dezembro, e a chuva só começou em janeiro. Então, fico muito preocupada com será depois de setembro”. Nestes primeiros dias de setembro, os focos distribuídos pelo país superam o dobro do que foi observado em 2023. Em apenas dez dias são 37.492 focos registrados, enquanto que no mesmo período do ano anterior haviam sido 15.613. Para Ane Alencar, este ano o fogo foi potencializado por uma confluência de fatores que vão desde fenômenos como o segundo ano de El Niño, seguido de La Niña, passando pelo aquecimento global e a ação humana. “Eu acho que no Brasil, normalmente, já tivemos secas muito fortes na Amazônia, em uma parte do Cerrado, na região central do país, mas pegando vários biomas ao mesmo tempo, eu acho que é uma das primeiras vezes. É quase uma tempestade perfeita, onde o clima é o motor para propagar o fogo que ocorre a partir das queimadas”, diz. Além dos incêndios que avançam sobre a Amazônia e o Pantanal, São Paulo também passa por situação crítica.
Em Bom Jesus da Lapa, na região oeste da Bahia, o 20º Batalhão de Bombeiros Militar (BBM) segue empenhado no combate a incêndios em áreas de vegetação com o objetivo de minimizar os riscos e evitar maiores danos à população. Neste final de semana, diversas ocorrências foram atendidas pelo grupamento. Focos de incêndio foram registrados na Avenida Generosa Campos e próximo à BA-160. Diante do cenário de estiagem e baixa umidade, o 20º BBM destacou que a cooperação da população é fundamental para evitar situações de risco. O uso de fogo para limpar terrenos ou lotes deve ser evitado, pois essa prática eleva significativamente o risco de incêndios descontrolados, colocando em perigo a segurança de todos. “A prevenção é o primeiro passo para proteger vidas e o meio ambiente”, alertou.
O carro do cantor Igor Nascimento, natural do distrito de Morrinhos, em Guanambi, pegou fogo na noite desta sexta-feira (06), na BA-156, no trecho de acesso ao distrito de Brejinho das Ametistas, em Caetité. Segundo apurou o site Achei Sudoeste, a causa do incêndio do veículo Chevette ainda é desconhecida. O carro deu perca total e ninguém ficou ferido. Nas suas redes sociais, o cantor, que é muito conhecido por ajudar em eventos beneficentes, agradeceu a todos pela preocupação. Este é o segundo veículo que o mesmo perde, devido a incêndios.
Na última terça-feira (03), um incêndio teve início em uma área de vegetação seca na zona rural de Riacho de Santana. O fogo se espalhou rapidamente pela localidade de Pau Branco, atingindo grande proporção. As chamas intensas destruíram parte da vegetação local. A densa fumaça pode ser vista a quilômetros de distância, inclusive na cidade de Carinhanha, que fica a cerca de 190 quilômetros do ponto inicial. Apesar da gravidade da situação, na manhã desta quinta-feira (5), a assessoria de comunicação da prefeitura informou que as chamas já estão controladas.
Os focos de queimadas mais que dobraram na Bahia em um período de cinco anos. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os incêndios saíram de 4.956 casos em 2018 para 11.917 em 2023, o que representa um aumento de 140%. As informações são do Correio 24h. Neste ano, a organização já contabilizou 3.502 registros. Em 2018, a Bahia ocupava a nona posição entre todos os estados brasileiros. Já em 2023, o estado chegou a sexta colocação, atrás apenas de Pará (41.715), Mato Grosso (21.723), Maranhão (21.113), Amazonas (19.601) e Piauí (12.957). A propagação do fogo é ainda mais impactante no oeste do estado, onde, ao longo de todo o período analisado, houve pelo menos nove entre as dez cidades mais atingidas. Em 2018, dez municípios da região aparecem entre os mais afetados, sendo eles: Formosa do Rio Preto, Barra, Pilão Arcado, São Desidério, Cotegipe, Barreiras, Correntina, Santa Rita de Cássia, Jaborandi e Buritirama. Em 2023, também houve dez cidades da região, mas Buritirama, Jaborandi e Cotegipe deram lugar à Cocos, Campo Alegre de Lourdes e Mansidão. Neste ano, até o momento, nove das dez localidades mais atingidas estão no oeste, sendo eles: São Desidério, Formosa do Rio Preto, Cocos, Santa Rita de Cássia, Jaborandi, Correntina, Barreiras, Riachão das Neves e Muquém do São Francisco. Procurado, o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) relatou que os dados podem ser superestimados. Segundo a entidade, o Inpe obtém os seus dados via satélite, de forma que “um único incêndio em uma área extensa pode ser registrado como vários focos de calor”.
O Brasil registrou 68.635 focos de queimadas em agosto, de acordo com dados do “Programa Queimadas”, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). De acordo com o G1, é o pior resultado para o mês desde 2010, quando 90.444 focos ativos foram detectados pelo satélite de referência do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Considerando os dados históricos coletados pelo Inpe desde 1998, os números do governo federal colocam o período como o quinto pior mês de agosto no total de focos de queimadas para o Brasil. A taxa também mais que dobrou na comparação com o ano passado, quando o país teve 28.056 focos no mesmo período. A média de queimadas para o mês é de 46.529 focos. Já o mínimo de focos registrado pelo Inpe aconteceu em 2013, quando cerca de 21 mil foram contabilizados em todo o país.
Após 8 dias de uma força tarefa, incêndio é debelado em área de mata em Rio de Contas, na Chapada Diamantina, na sexta-feira (30). O incêndio de grande proporção que atingiu diversas comunidades rurais entre as cidades de Rio de Contas e Livramento de Nossa Senhora foi finalmente debelado. Após intenso trabalho de combate às chamas, brigadistas do Gaviões da Chapada conseguiram pôr fim ao fogo. Ao site Achei Sudoeste, Francisco José Neves Cruz, que está à frente do grupo, informou que a chuva e o trabalho conjunto dos brigadistas, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, dos bombeiros do 7º Batalhão de Bombeiro Militar de Vitória da Conquista e do Guardiões Ambientais da Serra das Almas resultaram no fim do incêndio. Segundo Cruz, ainda não se sabe a área total atingida. O que se sabe, até o momento, é que uma grande área de mata nativa foi destruída. Uma investigação está em andamento para identificar o foco do início do fogo e se o mesmo foi criminoso.
Um incêndio de grande proporção tem se alastrado por diversas comunidades rurais entre as cidades de Rio de Contas e Livramento de Nossa Senhora. Os primeiros focos do incêndio tiveram início na última sexta-feira (23). À frente dos brigadistas do Gavião da Chapada, Francisco José Neves Cruz informou ao site Achei Sudoeste que o fogo saiu do controle no domingo (25), destruindo áreas de mata nativa. Segundo Cruz, os brigadistas se dividiram em duas frentes de trabalho, em Brumadinho e Riacho Fundo, para tentar conter as chamas. “Estamos tentando fazer o máximo possível para debelar, mas é uma extensão enorme. Precisamos da ajuda de aeronaves. Já solicitamos, mas não chegou ainda”, afirmou. Além dos Gaviões da Chapada, bombeiros do 7º Batalhão de Bombeiro Militar de Vitória da Conquista e o grupo Guardiões Ambientais da Serra das Almas reforçam os trabalhos de combate ao incêndio na região. Plantações de maracujá, manga e abacate também foram atingidas na área, que tem uma forte vocação para fruticultura, bem como importantes nascentes. O coordenador acredita que o incêndio tenha sido criminoso. “99% de chance de que foi criminoso. É muito triste”, apontou.
A onda de incêndios no interior do estado de São Paulo gerou, até o momento, um prejuízo de R$ 1 bilhão aos produtores rurais do estado, informou a Secretaria de Agricultura e Abastecimento de SP, no final da tarde desta segunda-feira (26). De acordo com o G1, estima-se que 3.837 propriedades rurais foram atingidas em 144 municípios paulistas. Os dados são preliminares e foram levantados por 20 das 40 regionais da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI).