O ano de 2023 marcou um avanço do Brasil na imunização infantil e fez o país deixar o ranking das 20 nações com mais crianças não vacinadas. De acordo com a Agência Brasil, a constatação faz parte de um estudo global divulgado nesta segunda-feira (15) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Mundial da Saúde (OMS). A pesquisa revela que o número de crianças que não receberam nenhuma dose da DTP1 caiu de 710 mil em 2021 para 103 mil em 2023. Em relação à DTP3, a queda entre os mesmos anos foi de 846 mil para 257 mil. A DTP é conhecida como a vacina pentavalente, que protege contra a difteria, o tétano e a coqueluche. A chefe de Saúde do Unicef no Brasil, Luciana Phebo, destacou que o comportamento da imunização infantil no país é uma retomada após anos de queda na cobertura de vacinação. Ela ressalta a importância de o país seguir em busca de avanços, inclusive levando a vacinação para fora de unidades de saúde, exclusivamente. “É fundamental continuar avançando ainda mais rápido para encontrar e imunizar cada menina e menino que ainda não recebeu as vacinas. Esses esforços devem ultrapassar os muros das unidades básicas de saúde e alcançar outros espaços em que crianças e famílias - muitas em situação de vulnerabilidade - estão, incluindo escolas, Cras [Centro de Referência de Assistência Social] e outros espaços e equipamentos públicos”, assinala.
A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (4), a segunda fase da Operação Venire, que investiga a existência de associação criminosa responsável por crime de inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) e da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), ambos do Ministério da Saúde. As informações são do Bahia Notícias, parceiro do Achei Sudoeste. Uma dessas investigações é acerca da falsificação de certificados de vacinas em torno do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi indiciado neste caso pelo o Ministério Público Federal. Na fase deflagrada nesta quinta, estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão emitidos pelo Supremo Tribunal Federal, a pedido da Procuradoria-Geral da República, contra agentes públicos vinculados ao município de Duque de Caxias (RJ), que seriam responsáveis por viabilizar a inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 naqueles sistemas. A ação tem o intuito de identificar novos beneficiários do esquema fraudulento. De acordo com a Folha de S.Paulo, entre os alvos da nova operação estão Washington Reis, secretário estadual de Transportes e ex-prefeito de Duque de Caxias, e Célia Serrano, secretária de Saúde municipal.
Com a aproximação do inverno, a Secretaria de Saúde de Guanambi se preocupa com o aumento dos quadros gripais. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o secretário de saúde do município, Edmilson Júnior, alertou a população com relação à importância de se proteger contra os quadros gripais e síndromes respiratórias através da vacinação. “Estamos em campanha nacional de vacinação contra gripe, então é importante, principalmente os grupos de risco, procurarem as unidades de saúde para garantir sua vacinação”, orientou. Para as pessoas que apresentam sintomas de gripe, o secretário recomendou o uso de máscaras e a lavagem correta das mãos para proteger todas as outras pessoas e evitar a superlotação dos serviços de saúde na cidade, que já se encontram sobrecarregados por conta do período da dengue.
Um esforço conjunto da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) e dos municípios permitiu que todas 120.022 doses de vacina contra a dengue com prazo de validade até 30 de abril fossem aplicadas antes do vencimento. Todo o estoque foi zerado nesta segunda-feira (29). A parceria, que contou também com o Conselho Estadual dos Secretários Municipais de Saúde da Bahia, desenvolveu iniciativas de incentivo à vacinação com realização de campanhas e também busca ativa. A redistribuição de vacinas também foi uma das estratégias adotadas no estado para utilização dos imunizantes. Inicialmente 115 municípios baianos receberam a vacina. Com a decisão de redistribuir, outros dez puderam iniciar a vacinação. A resolução foi pactuada na reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), instância que reúne gestores municipais e estadual de saúde. A iniciativa foi tomada com base na autorização do Ministério da Saúde para a redistribuição de vacinas com o prazo de validade até 30 de abril. “Colocamos à disposição toda a nossa estrutura de logística para que as vacinas chegassem o mais breve possível em todos os municípios. O trabalho ágil na distribuição e também das equipes de imunização do estado e dos municípios foi essencial para que conseguíssemos fazer com que não houvesse perda de doses”, ressaltou a secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana. “Recebemos mais uma remessa nesta segunda-feira e peço que os pais e responsáveis levem seus filhos aos postos de vacinação”, complementa.
A baixa procura pela vacina contra a dengue na Bahia preocupa autoridades e especialistas em saúde. Mais de 97,4 mil doses da QDenga vencem em 30 de abril e ainda não foram aplicadas no estado. O ritmo de vacinação precisa crescer mais de 30% para que os imunizantes não sejam desperdiçados. Atualmente, o público-alvo é formado por crianças de 10 a 14 anos. O estado recebeu 170.540 doses desde 9 de fevereiro e 73.072 foram aplicadas nos postos de saúde, de acordo com a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab). Com isso, 57% das doses do imunizante estão encalhadas. Na tarde de quarta-feira (20), a ministra da Saúde Nísia Trindade anunciou que o Governo Federal vai redistribuir as doses da vacina que não foram usadas pelos estados e municípios. Segundo ela, as cidades que decretaram situação de emergência em razão da doença terão prioridade. “Vamos fazer a redistribuição das doses que não foram aplicadas e que estão nos municípios [...] Isso não vai ser detalhado hoje. Está em processo, tem que ser feito de forma muito cuidadosa”, disse a titular da pasta. Apenas 115 municípios baianos receberam a vacina. Desse total, 44 municípios - todos que receberam o primeiro lote - estão com doses que vencem em 30 de abril, informa Vânia Rebouças, coordenadora do Programa Estadual de Imunização. As cidades que receberam o segundo lote estão com doses que vencem em 30 de junho. “Teremos mais 40 dias pra usar essas doses. Se vencer, vai precisar ser descartado. O que precisa é usar antes do vencimento. Se a gente focar na busca ativa nem vai precisar remanejar a dose, porque o público-alvo é de meio milhão, só distribuiu 170 mil, percentual bem inferior ao quantitativo [apto]”, avalia Rebouças. Na Bahia, cerca de 14,6 mil crianças foram imunizadas por semana desde o início da vacinação, no mês passado. Para atingir a meta e não desperdiçar doses da vacina, é necessário que cerca de 19 mil pessoas recebam o imunizante semanalmente até dia 30 de abril. Ou seja, um aumento de 33% no número de doses aplicadas. Há expectativa de que a faixa etária do público-alvo seja ampliada para evitar o desperdício de doses.
Começa nesta semana a vacinação contra a gripe. Um esforço conjunto entre o Ministério da Saúde, o Instituto Butantan e o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) permitiu a antecipação da entrega da primeira remessa das vacinas, que já começaram a ser distribuídas para todos os estados brasileiros. Tradicionalmente realizada em todo o Brasil entre os meses de abril e maio, neste ano, a campanha terá início em março, em razão do aumento da circulação de vírus respiratórios no país. A estimativa é que 75 milhões de pessoas sejam imunizadas. A antecipação é válida para as regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Em 2023, o governo federal mudou a estratégia da campanha para a região Norte e já imunizou a população entre novembro e dezembro, atendendo às particularidades climáticas da região. A vacina utilizada é trivalente, ou seja, apresenta três tipos de cepas de vírus em combinação, protegendo contra os principais vírus em circulação no Brasil. A pasta informa que a vacina influenza pode ser administrada na mesma ocasião de outros imunizantes do Calendário Nacional de Vacinação. Segundo a ministra Nísia Trindade, o Programa Nacional de Imunizações está preparando uma nota técnica para orientar estados e municípios a iniciarem as campanhas regionais em todo o Brasil. “A partir de agora, a expectativa é imunizar 75 milhões de pessoas por meio do SUS, como idosos, gestantes, puérperas, trabalhadores da saúde, crianças de 6 meses a menores de 6 anos, professores da rede pública de ensino, entre outros públicos prioritários”, detalhou.
Uma investigação da Controladoria-Geral da União (CGU) concluiu que é falso o registro de imunização contra a covid-19 que consta do cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro. De acordo com a Agência Brasil, a investigação originou-se de um pedido à Lei de Acesso à Informação (LAI) formulado no fim de 2022. Os dados atuais do Ministério da Saúde, que aparecem no cartão de vacinação, apontam que o ex-presidente se vacinou em 19 de julho de 2021 na Unidade Básica de Saúde (UBS) Parque Peruche, na zona norte de São Paulo. A CGU, no entanto, constatou que Bolsonaro não estava na capital paulista nessa data e que o lote de vacinação que consta no sistema do Ministério da Saúde não estava disponível naquela data na UBS onde teria ocorrido a imunização. Segundo registros da Força Aérea Brasileira (FAB), o ex-presidente voou de São Paulo para Brasília um dia antes da suposta vacinação e não fez nenhum outro voo até pelo menos 22 de julho de 2021. Os auditores também tomaram depoimentos de funcionários da UBS, que afirmaram não terem visto Bolsonaro no local na data informada e negaram ter recebido pedidos para registrar a imunização. Entre as pessoas ouvidas, estava a enfermeira indicada no cartão de vacinação. A funcionária não apenas negou o procedimento, como comprovou, por meio de documentos, não trabalhar mais na UBS na data que consta nos registros do Ministério da Saúde. Os auditores da CGU também verificaram os livros físicos mantidos pela UBS para registro da vacinação da população e não encontraram a presença do ex-presidente no local em 19 de julho de 2021.
A protetora de animais Marli Lobo cuida de mais de 30 animais em uma casa alugada na cidade de Brumado. De forma voluntária, ela tem auxiliado a Vigilância Epidemiológica Municipal (Vigep) a ampliar a imunização dos cães errantes. Ao site Achei Sudoeste, Lobo salientou que os animais de rua são os que mais precisam ser vacinados. “São estes que correm atrás de uma pessoa, uma pessoa na moto, na bicicleta ou até mesmo caminhando normal na rua. Por isso que é importante”, disse. A vacinação antirrábica será encerrada no próximo dia 12.
Levantamento feito pelo Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância Fiocruz/Unifase) indica aumento da cobertura de quatro vacinas do Programa Nacional de Imunizações em 2022: BCG, Pólio, DTP e tetraviral. O estudo foi publicado no periódico científico National Library of Medicine, com dados até 2021, e teve atualização divulgada nesta segunda-feira (4) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A sucessiva queda das coberturas vacinais desde 2015 tem sido motivo de preocupação de autoridades sanitárias e pesquisadores, que apontam risco de retorno e descontrole de doenças eliminadas, como a poliomielite. O caso mais emblemático é o do sarampo, que chegou a ser eliminado do país em 2016, mas retornou dois anos depois em meio à queda da vacinação.
No próximo sábado (02), uma campanha de vacinação antirrábica será promovida na cidade de Brumado. Cães e gatos a partir de três meses de vida devem ser imunizados. Várias unidades básicas de saúde estarão abertas de 08h às 16h30 para realização do mutirão de vacinação. Os animais devem ser levados aos postos com coleira; aqueles com temperamento mais agressivo deverão usar focinheira também. Cães e gatos doentes não devem ser imunizados neste momento. A vacinação anual é obrigatória para garantir o controle da raiva nas populações de cães e gatos e, por consequência, na população humana. A raiva animal é uma doença perigosa que pode levar à óbito e causar sequelas graves.
Devido ao apagão registrado nesta terça-feira (15), na cidade de Brumado, as vacinas foram transferidas das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) para a Vigilância Epidemiológica Municipal (Vigep). Isso porque a unidade possui gerador de energia próprio. Ao site Achei Sudoeste, o coordenador da Vigep, Fábio Azevedo, explicou que os imunizantes precisam ser conservados nos refrigeradores em temperaturas apropriadas para não perder a qualidade. “Com o apagão, estamos recolhendo todas essas vacinas e trazendo para vigilância, que tem geração própria de energia”, afirmou. No local, segundo Azevedo, as vacinas serão mantidas refrigeradas entre 2°C e 8°C até que a energia seja restabelecida. Depois de passado o apagão, os imunizantes retornarão aos postos de saúde para amplo acesso da população.