Na última segunda-feira (19), professores das universidades estaduais da Bahia paralisaram suas atividades. As negociações com o Governo do Estado já se arrastam há alguns meses. Ao site Achei Sudoeste, Clóvis Piau, presidente da Associação dos Docentes da Uneb (Aduneb), em Brumado, informou que a pauta docente das quatro universidades estaduais (Uesb, Uneb, Uesc e Uefs) está fundamentada em 4 pontos: recomposição salarial/correção da inflação, conquista de direitos, como insalubridade e promoções, os investimentos na educação e a questão da autonomia universitária. Piau explicou que os salários da categoria estão há quase sete anos sem reajuste e a recomposição reivindicada busca recuperar o ponto de compra dos professores. “Decidimos paralisar as atividades para chamar a atenção do governo do estado para que pudesse resolver o quanto antes a questão da recomposição salarial”, afirmou. A categoria rejeitou a proposta de 4.7% de recomposição nas quatro assembleias realizadas até o momento, visto que, segundo Piau, o percentual não atende os anseios dos professores para recuperação do seu poder de compra. “É muito pouco, a gente está pedindo 15% em 3 anos ou 11% em 4 anos e o governo deu apenas 4.7%”, justificou. Diante da situação, o indicativo de greve da categoria continua mantido e a deflagração de uma greve geral depende do Governo do Estado. Na próxima semana, uma nova reunião com o governo está marcada.
Os professores das Universidades Estaduais da Bahia (Uebas) iniciaram uma paralisação de 24 horas nesta segunda-feira (19) após rejeitarem, na semana passada, em assembleias, a proposta de recomposição salarial do governo estadual. Não terão aula nesta segunda-feira na: Universidade Estadual da Bahia (Uneb), Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) e Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc). Segundo a Associação dos Docentes da Uneb (Aduneb) a assembleia aconteceu na quarta-feira (14), no campus de Salvador, e os professores presentes entenderam que, embora a proposta do governo tenha sido rebaixada, houve um avanço nas negociações. “O executivo assumiu o compromisso de pagar, pelos próximos quatro anos, o valor da inflação do ano anterior. Consideramos isso um fato positivo”, afirmou Clóvis Piáu, o coordenador geral da Aduneb. “Porém, quanto à proposta de recomposição dos salários defasados em quase 35%, segundo os dados do Dieese, o governo só aceita pagar 1% ao ano, também pelo período de quatro anos. A proposta causou indignação entre os professores”, explicou.
Professores da Uneb, Uefs, Uesb e Uesc aprovaram no início da noite desta segunda (10), o indicativo de greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada durante assembleia geral da Associação dos Docentes da UNEB (ADUNEB), que afirmou em nota que aguarda o governador Jerônimo Rodrigues apresentar “disposição para uma negociação satisfatória”. Ainda segundo a categoria, os professores demonstraram grande insatisfação com o Governo do Estado e que a solicitação pela abertura das negociações com o Executivo acontece desde o primeiro mês da gestão do governador, em 11 de janeiro de 2023, momento em que foi protocolada na Governadoria, Secretaria de Educação (Sec), Secretaria de Administração (Saeb) e Secretaria de Relações Institucionais (Serin), a pauta de reivindicações. “O descontentamento foi ratificado por várias representações do sindicato, dos campi da Uneb do interior, presentes na atividade. Seguindo a orientação da Aduneb realizaram reuniões prévias em seus Departamentos e também trouxeram para a assembleia a defesa do indicativo de greve”, diz a nota. Segundo a Coordenação da Aduneb, o reajuste salarial conquistado este ano de 6,97%, sem retroatividade à data-base da categoria e sem negociação com as representações sindicais, não recompõe nem a inflação de 2023 e mesmo com o reajuste, as perdas inflacionárias, desde 2015, superam 34% de perda salarial. A Aduneb ressalta ainda que em nenhum momento o governo abriu negociação, realizando apenas o que denomina de “mesa de diálogo”. A Aduneb afirma que o indicativo de greve ainda não é uma greve por tempo indeterminado e que a pauta aprovada pela assembleia da Aduneb sinaliza o aumento da mobilização e a disposição da categoria docente em deflagrar a greve, caso o governo não apresente resposta à pauta de reivindicações. As informações são do Bahia Notícias, parceiro do Achei Sudoeste.
Há cerca de dois meses, a Seção sindical dos docentes da Universidade do Estado da Bahia (Aduneb) vem construindo um movimento que unifica os professores, servidores e servidoras públicas da Bahia com o objetivo de sensibilizar o governo para as demandas da categoria. Ao site Achei Sudoeste, o professor Clóvis Piau, que está à frente da Aduneb, disse que os servidores estão ganhando 50% a menos nos seus salários. “Nosso poder de compra diminuiu pela metade. Temos nossas obrigações que precisam ser quitadas e a forma como estamos recebendo nossos proventos não está nos permitindo viver minimamente dentro daquilo que consideramos necessário”, afirmou. Diante das perdas, os servidores realizaram uma paralisação nesta quinta-feira (18). Piau ressaltou que a ideia dessa grande mobilização, que reúne sindicatos e servidores públicos de diversos segmentos, é chamar a atenção do governo do estado para dois pontos principais: a proposta de recomposição salarial e a precariedade do serviço do Planserv (plano de saúde da categoria). Clóvis apontou que as reivindicações estão diretamente relacionadas à valorização dos servidores. “O governo abriu para o diálogo, mas a negociação ainda está pendente”, falou. Caso as demandas não sejam atendidas, novas paralisações serão realizadas na Bahia.
Docentes das universidades estaduais Uneb, Uefs, Uesb e Uesc vão paralisar as atividades por 24 horas nesta quinta-feira (18). A manifestação se concentrará às 9h, em frente à Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador. Com o mote “Não queremos viver pela metade”, o protesto cobra a abertura de negociações, como forma de equiparar os salários. Segundo os docentes, a categoria registra perdas salariais desde 2015, o que, para algumas categorias, representa quase 50% do valor de compra do salário. Os professores ainda criticam a retirada de direitos trabalhistas da categoria; além de desmonte do Planserv; vale refeição sem reajuste, entre outras questões. Para o coordenador geral da Aduneb [sindicato dos docentes da Uneb], Clóvis Piáu, desde o início do governo de Jerônimo Rodrigues, os docentes buscam negociação, mas não são recebidos. “A pauta de reivindicações já foi protocolada na Governadoria e secretarias de Administração e Educação em abril e novembro de 2023; e janeiro e abril deste ano. Porém, até o momento, as representações do Palácio de Ondina apenas recebem a comissão de docentes para o que chamam de ‘mesa de diálogo’, sem que ela tenha um caráter de negociação. Evidenciam assim, a falta de vontade política com as professoras e os professores que proporcionam conhecimento, formação e desenvolvimento a todas as regiões da Bahia”, disse. As informações são do Bahia Notícais, parceiro do Achei Sudoeste.
Professores das quatro universidades estaduais da Bahia (Uneb, Uefs, Uesb e Uesc) farão paralisação das atividades acadêmicas nesta quarta-feira (17). O protesto acontecerá de maneira unificada em todo território baiano, terá a duração de 24 horas e foi aprovado em assembleias. Segundo a coordenação da Associação dos Docentes da Uneb (Aduneb), a pauta com as reivindicações da categoria foi protocolada na Governadoria e nas secretarias de governo em 1º de dezembro e, posteriormente, em 11 de janeiro. Na primeira reunião, em 23 de janeiro, os representantes do governo afirmaram que o espaço não se caracterizaria como uma mesa de negociação, mas apenas como uma mesa de diálogo. Dentre as reivindicações da categoria docente estão alteração de regime de trabalho e concessão de auxílio para mobilidade e transporte. Apenas três reuniões aconteceram e outras duas foram desmarcadas pelos prepostos do Palácio de Ondina. Em nenhum dos itens da pauta houve avanço.
Cinco estudantes da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) morreram em um acidente de carro na noite de quinta-feira (18), na BR-242, em Itaberaba, cidade que fica na região da Chapada Diamantina. De acordo com o G1, o veículo que eles estavam bateu de frente com um caminhão que transportava óleo vegetal. Todos as vítimas eram alunos do curso de pós-graduação em de Ensino em Ciências Ambientais. Eles viajavam para o campus avançado que a universidade tem em Lençóis, pois teriam uma aula na manhã desta sexta-feira (19). As vítimas foram identificadas como Cíntia de Souza Franca, de 36 anos, e Carolina Silva do Amor Divino, de 30, que são de Salvador; Jaris Medeiros Gonçalves, de 39, e Marcos de Oliveira Silva, de 34 anos, de Santo Estevão; e Rauny Chaves Fernandes, de 35 anos, de Lauro de Freitas. Quatro deles morreram na rodovia. O quinto foi levado para o hospital de Itaberaba, mas não resistiu. A causa do acidente ainda não foi confirmada, mas a suspeita é que houve uma ultrapassagem em local proibido. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) está investigando qual dos dois veículos fez a ultrapassagem. A direção da Uefs divulgou uma nota lamentando a morte dos alunos e decretou luto oficial de três dias. O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), também lamentou o acidente. Ele informou que dois das cinco vítimas atuavam na rede estadual de ensino.
Professores de universidades estaduais paralisaram as atividades, nesta quarta-feira (27), e realizaram um ato na Praça da Piedade, em Salvador, para pedir o cumprimento de um acordo feito com o governo estadual após a greve de 2019, além de reajuste salarial. O trânsito da região não foi afetado. O ato público com paralisação faz parte do calendário de lutas da campanha salarial da categoria. Entre os principais pontos de reivindicações dos professores, estão a denúncia do arrocho salarial e a luta pela retomada da mesa de negociação permanente com o governador Rui Costa (PT). Segundo Ronalda Barreto, professora da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e coordenadora do Fórum das Associações Docentes (ADs), os professores tentaram contato com o Governo da Bahia, mas não foram atendidos. “Terminamos a greve de 2019 assinando um acordo com o governo, em que iria estabelecer uma mesa de negociação. Só que o governo quebrou esse acordo e interrompeu a mesa de negociação antes da pandemia”, explicou. A mesa de negociação reúne secretarias do estado com representantes das universidades estaduais para debater os direitos dos professores. “Nós conversamos sobre nossos direitos, bem como reajuste salarial. Já estamos há mais de 800 dias sem nos reunir na mesa”, afirmou Ronalda. A manifestação contou com a presença de docentes de várias cidades do interior baiano, além de representações sindicais de outras categorias do funcionalismo público estadual e estudantes. Movimentos sociais solidários à causa também estiveram presentes.
O Governo do estado publicou nesta sexta-feira (15), no Diário Oficial do Estado (DOE), a autorização para a realização de concursos públicos para professores para as quatro universidades estaduais da Bahia. De acordo com a publicação, serão oferecidas vagas para as classes de professores auxiliares e assistentes, com regimes de 20 e 40 horas, distribuídas entre a Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) e a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc). O anúncio do concurso foi feito pelo governador Rui Costa em suas redes sociais na noite de quinta-feira (15). “Nesta quinta, assinei autorização para a realização de concurso público para professores para as quatro universidades estaduais da Bahia. São 286 vagas. Vai contribuir com o crescimento das instituições e reforça as bases da educação de qualidade com ensino, pesquisa e extensão”, escreveu. Serão ofertadas 286 vagas divididas em 161 para professor auxiliar e 125 para assistente. Desse total, a maioria das vagas – 134 professores auxiliares – será direcionada para a Uneb; para a Uesb estão previstos 89 profissionais, sendo 21 professores auxiliares e 68 assistentes; a Uesc irá contar com 49 professores novos, sendo quatro auxiliares e 45 assistentes. As 14 vagas para docentes da Uefs serão divididas em duas para professor auxiliar e 12 para assistente. Além do concurso, o governo do estado anunciou que estão sendo preparadas convocações para 47 professores aprovados no concurso realizado em 2018 para Uesc e Uefs. Deste total, são 15 auxiliares e 32 assistentes.
O brumadense Iuri Silva, foi aprovado em cinco vestibulares para o curso de Medicina. Em Brumado, na UniFG, ele ficou em quarto lugar. Iuri também passou na UFRB, UEFS, UniFG (Guanambi) e Valença Fies. No município, o jovem estudou apenas em escolas públicas: na Escola Santa Rita de Cássia, no CMEAS e no Colégio Estadual de Brumado. Disciplinado, ele desenvolveu por conta própria uma rotina de estudos para passar no vestibular de Medicina. “Acordava às 06h30 e começava a estudar os conteúdos de 07h às 12h, dando pausa de uns 5 minutos para lanche às 09h. Separava 1 hora desse período para praticar leitura de livros não didáticos e notícias para estar sempre atualizado. Parava para almoçar e retornava aos estudos às 13h até às 19h30”, contou. O brumadense também fazia simulados e praticava 4 redações por dia. Filho de instrumentadora cirúrgica, Iuri relatou que viu crescer dentro de si o desejo de ajudar o próximo ao ver a mãe trabalhando. “Várias vezes já pensei em desistir de fazer Medicina e tentar outra profissão, mas nenhuma outra iria me deixar tão feliz como esta. A hora que eu chegava no Hospital Magalhães Neto para buscar minha mãe no trabalho ressurgia o pensamento de que desistir nunca é uma opção e o sentimento do amor pela Medicina, de saber que é naquela profissão que estarei realizado emocionalmente. Assim, eram esses fatores que me incentivavam a persistir no meu sonho”, salientou.