Achei Sudoeste
Achei Sudoeste
transplante
Bahia registra aumento nos transplantes de órgãos e córneas Foto: Divulgação

No mês de incentivo à doação de órgãos, conhecido como Setembro Verde, o Ministério da Saúde inicia uma campanha para conscientizar a população sobre a importância desse ato. Na Bahia, entre janeiro e junho deste ano, o Sistema Único de Saúde (SUS) realizou 185 transplantes de órgãos e 275 de córneas. Esses números representam um aumento em relação ao ano passado, quando foram registrados 164 transplantes de órgãos e 273 de córneas no mesmo período. Os órgãos mais doados foram os rins, o fígado e o coração. No total, 4.580 órgãos, além de 8.260 córneas e 1.512 medulas ósseas (classificadas como tecidos) foram doados nos primeiros seis meses de 2024 no Brasil. O aumento em relação a 2023 foi de 3,2%. Se considerarmos apenas os transplantes de órgãos sólidos, o crescimento foi de 4,2% neste primeiro semestre do ano. O Sistema Nacional de Transplantes (SNT) é o maior programa público do mundo, responsável pela regulamentação, controle e monitoramento do processo de doação e transplantes realizados no Brasil. Cerca de 88% do financiamento é custeado pelo SUS, que atualmente conta com 728 estabelecimentos habilitados para a realização de transplantes em todos os estados. Para a coordenadora-geral do Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde, Patrícia Freire, o processo de doação-transplantes é complexo e precisa de ações que contemplem a diversidade e a heterogeneidade da população brasileira. “Novos projetos estão em andamento para contemplar essa complexidade e fazer com que nos próximos dois anos o Brasil possa continuar se destacando no cenário mundial de transplantes”, afirma.

Primeiro transplante de fígado de porco em humano é realizado na China Foto: Shannon Fagan/Getty Images

Um homem de 71 anos se tornou a primeira pessoa viva a receber um transplante de fígado de porco geneticamente modificado. O procedimento foi realizado em maio deste ano no First Affiliated Hospital da Anhui Medical University, na China. Em entrevista à revista Nature, Sun Beicheng, cirurgião líder do transplante, diz que o paciente “está muito bem”. Esse é o quinto xenotransplante — transplante feito entre espécies diferentes — realizado no mundo com um órgão de porco. Em março deste ano, foi realizado o primeiro transplante de rim de porco em um paciente humano vivo. Em 2022 e 2023, foram realizados transplantes de coração de porco em seres humanos vivos. Um pouco antes, em 2021, um procedimento com rim suíno foi realizado em um paciente com morte cerebral. Os transplantes realizados anteriormente permitiram aos investigadores obter informações valiosas sobre a viabilidade do xenotransplante. A expectativa dos médicos e pesquisadores da área é de que o procedimento possa fornecer órgãos a milhares de pessoas que esperam por um doador. Xenotransplantes de fígados de porco fazem parte de um campo em ascensão. Em janeiro, uma equipe dos Estados Unidos conectou um fígado suíno geneticamente modificado fora do corpo de uma pessoa clinicamente morta. Em março, foi realizado um transplante com o mesmo tipo de órgão também em um indivíduo clinicamente morto, com a autorização de sua família. O fígado permaneceu no corpo por dez dias e não apresentou sinais de rejeição. Em maio deste ano, outra equipe chinesa também transplantou um rim e fígado de porco em uma pessoa clinicamente morta.

Mulher recebe transplante de útero da própria mãe e dá à luz um bebê Reprodução/Hospital Clínic

Apesar de ter uma rara síndrome que impede a maternidade devido à ausência do útero, a espanhola Maira Montes deu à luz um bebê com sucesso no início deste ano no Hospital Clínic, em Barcelona. De acordo com o Metrópoles, o pequeno Manuel nasceu com 2,9 quilos e tornou-se o segundo bebê nascido de uma mulher com transplante de útero na Espanha. O órgão recebido por Maira veio de sua própria mãe, a avó do bebê. O outro caso ocorreu em 2023, quando uma mulher recebeu o útero da irmã. Maira tem síndrome de Rokitansky. A doença afeta uma em cada 5 mil mulheres e elas nascem sem útero, além de ter má formação no canal vaginal. O transplante ocorreu em 2022 e foi liderado pelos especialistas Francisco Carmona e Antonio Alcaraz. O procedimento foi feito com tecnologia de ponta, incluindo um exoscópio de alta definição capaz de ampliar e manter a qualidade de imagens. Maira menstruou dois meses após receber o útero da mãe. Em seguida, os médicos deram início ao processo de fertilização e a gravidez ocorreu sem complicações. A decisão de realizar o parto por cesariana foi feita para diminuir os riscos associados ao parto natural após o transplante. “Essa cirurgia é uma das mais complexas que existem e demonstramos não uma, mas duas vezes, que somos capazes de a fazer com bons resultados”, destaca Alcaraz, chefe do Serviço de Urologia e Transplante Renal do hospital.

Brasil registra o maior número de transplantes de órgãos em dez anos Foto: Divulgação

O Ministério da Saúde tem empenhado esforços na formulação de estratégias que aumentem a oferta de órgãos e tecidos para transplantes e, consequentemente, reduzam o tempo de espera dos pacientes em lista. Em 2023, o resultado foi o melhor dos últimos dez anos: entre janeiro e setembro, 6.766 transplantes foram realizados em todo o país, enquanto no ano anterior foram registradas 6.055 no mesmo período. Dados registrados pela pasta mostram que, além da quantidade de transplantes, o número de doadores também aumentou. De janeiro a setembro do ano passado, 3.060 doações se efetivaram, totalizando 17% a mais em comparação com 2022, que totalizou 2.604. Vale lembrar que as informações referentes à 2023 são preliminares e estão sujeitas a alterações. A coordenadora-geral do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), Daniela Salomão, destaca a contribuição de várias partes na marca alcançada. “É importante lembrar de todo o esforço dos profissionais de saúde envolvidos no processo de doação e transplante para alcançarmos este resultado. E destacar o papel das famílias doadoras por acreditarem e apoiarem o SNT na missão de ajudar a salvar vidas”, afirma.  “Ressaltamos, ainda, a importância da doação consciente e altruísta”, acrescenta. Com 4.514 cirurgias realizadas, o rim é o órgão mais transplantado com 66,72% dos procedimentos. Em segundo e terceiro lugar, aparece o fígado (1.777) e o coração (323), respectivamente. No momento, 41.559 pessoas aguardam em lista por um transplante de órgãos. Deste total, 24.393 são homens e 17.165 são mulheres.

Bahia volta fazer transplante de coração após dois anos Foto: Divulgação/Sesab

A Bahia voltou a fazer transplante de coração após dois anos. Uma paciente de 49 anos, natural de São Felipe, que aguardava há uma semana na fila por um transplante, recebeu um novo coração e uma nova chance de continuar vivendo, na quarta-feira (4). Segundo a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), o transplante foi realizado no Hospital Ana Nery, em Salvador, e foi viabilizado graças a doação realizada por familiares de um paciente de 29 anos, vítima de Traumatismo Crânio Encefálico (TCE), que estava internado no Hospital Clériston Andrade, em Feira de Santana. Para o transporte do órgão doado, a equipe do Hospital Clériston Andrade contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que realizou a escolta da ambulância que levava o coração até o Hospital Ana Nery, onde o transplante pode ser realizado em tempo hábil. A Sesab informou que todo o procedimento precisa acontecer em quatro horas, tempo máximo que o coração pode ficar armazenado. “A cirurgia durou cerca de cinco horas e foi um sucesso. A paciente passa muito bem”, explicou o médico Filinto Marques, membro da equipe do Ana Nery. A paciente transplantada foi acompanhada pelo Ambulatório de Insuficiência Cardíaca do Ana Nery, onde realizou uma série de exames para, assim, se tornar apta para a cirurgia. De acordo com a Sesab, nos últimos anos, o Governo da Bahia investiu mais de R$ 9,2 milhões em incentivo financeiro para instituições filantrópicas e privadas que realizam transplantes, além de campanhas de sensibilização da sociedade e treinamentos para a preparação de profissionais de saúde.

Após quase dois anos, transplante de coração voltará a ser realizado na Bahia Foto: Divulgação/Sesab

Após quase dois anos suspenso na Bahia, o transplante de coração vai voltar a acontecer no estado, mais precisamente no Hospital Ana Nery, em Salvador, neste mês de setembro. A informação foi divulgada nesta terça-feira (26), pela Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), que atualmente acompanha três pacientes que podem passar pelo procedimento. O serviço parou de ser oferecido no estado em janeiro de 2022 e, depois disso, os pacientes que precisaram de um novo coração foram transferidos para fazerem as cirurgias em outros estados. De acordo com o subsecretário da Saúde da Bahia, Paulo Barbosa, o serviço foi interrompido pela necessidade de uma reestruturação do sistema. Além disso, as cirurgias foram impactadas pela pandemia da Covid-19. Apesar do transplante ter sido interrompido no estado, o acompanhamento dos pacientes que passaram ou que iam ser submetidos a cirurgia, seguiu normalmente. Antes de fazerem o transplante, os pacientes realizam uma série de exames. Só depois eles entram na lista de espera do órgão e aguardam até que um doador compatível apareça. Segundo a Sesab, entre julho e agosto deste o ano o número de doadores de coração cresceu na Bahia, saindo de 12 para 19. Cerca de 2.900 pessoas aguardam por transplantes no Estado.

Brasil fez 206 transplantes de coração no primeiro semestre deste ano Foto: Nathan Victor/MS

Com o caso do apresentador de televisão Fausto Silva, mais conhecido como Faustão, surgiu a dúvida sobre como funciona o sistema de transplantes de coração no Brasil e que ritmo assume. As informações são da Agência Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, entre 19 e 26 de agosto, 13 transplantes desse tipo foram realizados em todo o país, dos quais sete ocorreram no estado de São Paulo. Segundo informações do governo federal, no primeiro semestre deste ano, foram realizados 206 transplantes de coração no país. O total representa um aumento de 16% na comparação com a primeira metade de 2022. Neste domingo (27), quando Faustão realizou o procedimento, no Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista, outro paciente que aguardava na fila também recebeu um coração. Ambos tiveram prioridade na lista de espera, tendo em vista o quadro de saúde que apresentavam. A fila é a mesma para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e pacientes que fazem atendimento pela rede privada. Como critérios, leva-se em consideração, além da avaliação do estado de saúde do paciente, o tipo sanguíneo, a compatibilidade de peso e altura, a compatibilidade genética e outros mais específicos, como o de nível de gravidade, que varia conforme o órgão do corpo. Quando dois ou mais pacientes apresentam condições parecidas, o que serve de critério de desempate é a ordem de chegada. Conforme destaca o Ministério da Saúde, o Brasil tem o maior sistema público de transplantes de órgãos no mundo. "A estrutura é gerenciada pelo Ministério da Saúde, que assegura que cirurgias de alta complexidade sejam realizadas para pacientes da rede pública e privada, em situação de igualdade. Os pacientes, por meio do SUS, recebem assistência integral, equânime, universal e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante", acrescenta a pasta.

Hospital recebe coração para transplante e Faustão é operado neste domingo, diz jornal Foto: Reprodução/Band TV

O novo coração para o transplante do apresentador Fausto Silva, o Faustão, chegou neste domingo (27) ao Hospital Albert Einstein, em São Paulo, de acordo com publicação da Folha de S.Paulo. O procedimento foi realizado com sucesso. Faustão estava internado na UTI do hospital desde o dia 5 de agosto para tratar de uma insuficiência cardíaca e realização de diálise. Por isso, o apresentador entrou na fila do transplante para receber um novo coração. O quadro de saúde de Faustão o colocava como prioridade na fila de transplantes.

Arquivo