Achei Sudoeste
Achei Sudoeste
saúdemental
fechar

Saúde mental e afastamento do trabalho: quem paga essa conta? Foto: Arquivo Pessoal

A saúde mental tem ganhado cada vez mais destaque no debate público, especialmente no contexto laboral, onde problemas como ansiedade, depressão e burnout têm levado muitos profissionais ao afastamento de suas atividades. Segundo o especialista em direito do trabalho Emílio Fraga, “o adoecimento mental no ambiente de trabalho é uma realidade que precisa ser encarada com seriedade, tanto pelas empresas quanto pela legislação. O trabalhador que precisa se afastar por questões de saúde mental tem direitos garantidos, como auxílio-doença e estabilidade provisória após o retorno”.

No entanto, a pergunta que fica é: quem realmente arca com os custos desse afastamento? A resposta não é simples, mas envolve uma reflexão sobre as responsabilidades compartilhadas entre empregadores, Estado e sociedade. A ansiedade e outros transtornos mentais são hoje uma das principais causas de afastamento do trabalho no Brasil. Dados do Ministério da Saúde revelam que, entre 2017 e 2021, houve um aumento de 30% nos afastamentos por motivos psiquiátricos. Esse cenário evidencia a necessidade de políticas preventivas e de suporte aos trabalhadores. No entanto, a precarização das relações de trabalho, como a pejotização, agrava o problema. Profissionais que atuam como Pessoa Jurídica (PJ) muitas vezes não têm acesso a benefícios como licença médica ou auxílio-doença, o que os deixa desamparados em momentos de crise. A pergunta que surge é: cabe indenização para quem é PJ e se vê incapacitado de trabalhar por questões de saúde mental? A legislação atual ainda não oferece uma resposta clara, mas especialistas defendem que a responsabilidade não pode recair apenas sobre o indivíduo. A pejotização, embora vista por muitos como uma forma de flexibilização do mercado, traz consigo uma série de desafios, especialmente quando se trata de saúde mental. Profissionais PJ não têm a mesma proteção legal que os celetistas, o que os coloca em uma situação de vulnerabilidade. Em casos de afastamento por transtornos mentais, muitos se veem obrigados a arcar sozinhos com os custos do tratamento e da sobrevivência durante o período de incapacidade. Isso levanta uma questão polêmica: até que ponto as empresas que contratam PJs devem ser responsabilizadas pelo bem-estar desses trabalhadores? Para Emílio Fraga, “a pejotização não pode ser uma forma de transferir todos os riscos para o trabalhador. É preciso repensar esse modelo para garantir que ninguém fique desprotegido em momentos de fragilidade”. Diante desse cenário, é urgente que empresas, governo e sociedade discutam formas de proteger a saúde mental dos trabalhadores, independentemente do tipo de contratação. A criação de políticas públicas que incluam os PJs em programas de auxílio-doença e a implementação de medidas preventivas no ambiente de trabalho são passos essenciais. Afinal, a conta do adoecimento mental não pode ser paga apenas pelo indivíduo. Como afirma Fraga, “a saúde mental é um direito de todos, e garantir esse direito é um dever coletivo”. Enquanto não houver uma mudança estrutural, continuaremos a ver profissionais sendo afastados sem o devido suporte, e a pergunta inicial seguirá sem uma resposta satisfatória: quem paga essa conta?

CONTINUE LENDO
'Ansiedade' é a eleita a palavra do ano no Brasil em 2024 Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Uma pesquisa realizada pela CAUSE, em parceria com o Instituto de Pesquisa IDEIA e PiniOn aponta que a palavra do ano de 2024, segundo a maioria dos brasileiros, é “ansiedade”. O termo desbancou outras palavras como “resiliência” e “inteligência artificial”. A escolha da palavra do ano passou por um processo de duas etapas. Primeiro, um grupo de especialistas em comunicação e ciências sociais definiu cinco palavras que capturam as dinâmicas e preocupações do ano. Em seguida, as palavras foram submetidas a uma pesquisa quantitativa com amostra representativa da população, a partir de dados do Censo 2022 do IBGE, que consultou 1.538 brasileiros de todas as regiões do país. O termo liderou o levantamento com 22% das menções, seguido por “resiliência” (21%), “inteligência artificial” (20%), “incerteza” (20%) e “extremismo (4%). As informações são do Bahia Notícias, parceiro do Achei Sudoeste.

Psicanalista fala sobre transtornos de ansiedade e seus desafios e defesas Foto: WhatsApp/Achei Sudoeste

Teólogo, Gestor em Teologia, Psicanalista Clínico, Pós-graduado em Psicologia Clínica, Graduado em Administração e Pós-graduado em Ciências Políticas, Robérico Silva de Oliveira falou ao site Achei Sudoeste sobre a ansiedade e seus desafios nos tempos atuais. Segundo Oliveira, a ansiedade é a agitação do sistema nervoso central, provocando uma sensação desprazerosa semelhante ao medo. Os sintomas são físicos, emocionais e comportamentais, incluindo ausência de autocontrole e surtos psicóticos leves. “A ansiedade torna a pessoa pequena diante de algumas situações. A pessoa acometida por essa doença emocional perde o interesse por coisas que antes lhe davam prazer e alegria”, explicou. O psicanalista salientou que a ansiedade maléfica, ou Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), se trata de uma preocupação excessiva/medo exagerado que impedir a pessoa de agir, deixando-a paralisada. Mesmo sem causa provável, Robérico afirmou que a doença precisa de tratamento, assim como qualquer outra patologia, visto que existem medicações e tratamentos para amenizar e controlar os sintomas. “O transtorno é real e não deve ser visto como frescura. É coisa séria. Procure um profissional de saúde mental imediatamente. As doenças mentais, se não tratadas, podem atrapalhar severamente a vida das pessoas”, alertou.

PUBLICIDADE
Revitalle também conta com atendimento terapêutico

A terapia é como um amigo que te ajuda a lidar com as dificuldades da vida e te guia no caminho do autoconhecimento. A Revitalle também conta com atendimento terapêutico. De acordo com a clínica, a terapia te ajuda a lidar com emoções intensas, como tristeza, ansiedade, raiva ou medo que atrapalham seu dia a dia; com conflitos com familiares, amigos ou no trabalho; baixa autoestima; estresse excessivo; experiências negativas que continuam te afetando no presente; dificuldades em tomar decisões; vício em drogas ou álcool e problemas de saúde mental, como depressão, ansiedade generalizada, transtorno bipolar, entre outros. A terapia é individualizada e o profissional te ajudará a encontrar as melhores ferramentas para lidar com seus desafios. Não existe momento certo ou errado para iniciar a terapia. O importante é dar o primeiro passo. Em Brumado, a clínica fica localizada na Rua Cassemiro Pinheiro de Azevedo, 620, Centro, onde um espaço confortável e aconchegante foi montado para oferecer o melhor aos pacientes. Agende sua consulta através do telefone (77) 99963-5729.   

PUBLICIDADE
Revitalle dispõe de uma equipe multidisciplinar para um atendimento completo e integrado

Na Revitalle, odontologia e saúde, há uma equipe multidisciplinar comprometida em oferecer um atendimento completo e integrado aos pacientes. Na clínica, estão disponíveis dentistas, psicóloga, ginecologista e obstetra, todos unidos em um mesmo propósito: cuidar da saúde e do bem-estar dos pacientes. A Revitalle está sempre em busca de novas formas de aprimorar seu atendimento e oferecer o melhor cuidado possível. Em Brumado, fica localizada na Rua Cassemiro Pinheiro de Azevedo, 620, Centro. Agende sua consulta através do telefone (77) 99963-5729.

PUBLICIDADE
Revitalle dispõe de uma equipe multidisciplinar para um atendimento completo e integrado

Na Revitalle, odontologia e saúde, há uma equipe multidisciplinar comprometida em oferecer um atendimento completo e integrado aos pacientes. Na clínica, estão disponíveis dentistas, psicóloga, ginecologista e obstetra, todos unidos em um mesmo propósito: cuidar da saúde e do bem-estar dos pacientes. A Revitalle está sempre em busca de novas formas de aprimorar seu atendimento e oferecer o melhor cuidado possível. Em Brumado, fica localizada na Rua Cassemiro Pinheiro de Azevedo, 620, Centro. Agende sua consulta através do telefone (77) 99963-5729.

Colégio Getúlio Vargas promove passeata em alusão ao Setembro Amarelo em Brumado Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Nesta quarta-feira (27), o Colégio Estadual Getúlio Vargas promoveu uma passeata pelas ruas da cidade de Brumado em alusão ao Setembro Amarelo, mês de conscientização e prevenção ao suicídio. A professora Cássia Vanessa ressaltou que a principal importância de envolver os alunos em uma iniciativa dessa natureza é combater os altos índices de jovens que cometem suicídio, principalmente aqueles em idade escolar. “Temos tido o trabalho aqui no Colégio Getúlio Vargas de conscientizar os meninos no sentido de buscar ajudar, pensar em medidas de autocuidado, compreender que a escola e a família precisam ser locais de apoio e que buscar ajuda profissional, quando necessário, é importante”, salientou. A iniciativa, conforme explicou, também busca desmitificar a ideia de que a ajuda médica é só para quem chega em um estágio muito ruim. “A gente precisa ter um acompanhamento psicológico justamente pra prevenir porque temos percebido alto índice de ansiedade e até indicativos de transtornos depressivos entre os estudantes. Os jovens são uma população vulnerável nesse sentido. Então, em função disso, temos trabalhado nessa direção de conscientizá-los”, afirmou. Na passeata, foram distribuídas sementes de girassol aos participantes. Como se trata de uma flor que está sempre voltada para o sol, a mensagem traz em seu bojo a busca por luminosidade e ajuda para tratamento das questões mentais.

PUBLICIDADE
Clínica Santa Clara destaca Setembro Amarelo e necessidade de cuidar da saúde mental

O mês de prevenção e conscientização do suicídio, também chamado Setembro Amarelo, é mais uma forma de chamar atenção e auxiliar quem precisa de orientação em algum momento difícil. A saúde mental é um assunto que vem sendo muito pautado ultimamente e de extrema importância para a população. Por esse motivo, a Clínica Santa Clara destaca algumas dicas de autocuidado mental, que vão ajudar muito a quem precisa: ler livros, fazer aquilo que se ama, praticar esportes, controlar o tempo nas redes sociais e respeitar seu tempo e seus limites. Além disso, a Santa Clara defende a importância de fazer um acompanhamento psicológico regularmente. Sabe de algum amigo ou amiga que esteja precisando de ajuda? Converse e ligue 188. Em Brumado, a unidade fica localizada na Avenida João Paulo I, 590, Bairro Nobre. Entre em contato agora mesmo pelo número (77) 3441-5206.  

Setembro Amarelo: Terapeuta fala sobre campanha contra o suicídio em Brumado Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Ao site Achei Sudoeste, o terapeuta neurolinguístico Osmagno Márcio falou sobre a campanha Setembro Amarelo, dedicada à prevenção do suicídio. Segundo Márcio, no Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV), o Conselho de Medicina e o Conselho de Psiquiatria debatem ao longo de todo mês de setembro a importância de falar acerca de saúde mental. “Temos que desmistificar a mente humana. A gente tem que mostrar que a mente humana não é tão difícil de se entender e compreender. Por muitas vezes, o ato do suicídio é por não compreender os pensamentos. Esse mês é bastante assertivo para trazer esse assunto à tona”, afirmou. Para o terapeuta, o suicídio vai muito além de “falta de fé” ou fraqueza” e os estudos apontam a relação com fatores como depressão, ansiedade, ausência de afeição e isolamento. “São diversos motivos”, garantiu. Nesse sentido, Osmagno relatou que falta empatia da sociedade com as pessoas que sofrem com questões relacionadas à saúde mental e, consequentemente, mais escuta ativa para ajudar o próximo. “Às vezes, eles só querem ser escutados. No mundo corrido, as pessoas não escutam o outro. Falta resiliência e empatia pra entender que a depressão, a ansiedade e o isolamento são doenças. Quem tá depressivo não precisa só de remédio não, precisa de apoio, de um abraço e de oração, se houver fé”, alertou.

PUBLICIDADE
Clínica Revitalle detalha sinais e sintomas dos transtornos mentais

De acordo com a Clínica Revitalle, os transtornos mentais são condições gerais de saúde, que para ser conceituado como tal precisa ter presença de: sofrimento, prejuízo, disfuncionalidade no quadro geral e não pode ser algo normal naquela cultura. Eles sempre têm causa multifatorial, depende de muitos fatores externos e internos, como a predisposição genética. O diagnóstico se baseia nos sintomas e sinais já descritos na literatura. Segundo a Revitalle, o diagnóstico não é um rótulo, apenas uma conceituação que deve servir como norteador para o tratamento. Então, para definir transtorno mental, é preciso estar presente a disfunção psicológica, sofrimento clinicamente significativo, desadaptação, não ser validado e normal na cultura daquele indivíduo e precisa ter prejuízos significativos. Em Brumado, a clínica fica localizada na Rua Cassemiro Pinheiro de Azevedo, 620, Centro. Agende sua consulta através do telefone (77) 99963-5729.     

Brumado: Conferência debate sequelas da pandemia e maior atenção à saúde mental Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Realizada nesta quinta-feira (23), na Câmara de Vereadores, a 10ª Conferência de Saúde de Brumado debateu, entre outros assuntos, a saúde mental no pós-pandemia (veja aqui). Ao site Achei Sudoeste, o articulador social do Núcleo Regional de Saúde de Vitória da Conquista, Dorival Santos, destacou que no evento foram discutidas as consequências da pandemia da Covid-19, as fragilidades identificadas dentro do Sistema Único de Saúde (SUS) no período, a universalidade do sistema diante das necessidades da população, bem como o que é possível melhorar levando em conta todo esse contexto. Segundo Santos, tudo que acontece na sociedade repercute na saúde mental e é preciso fazer com que a população possa acessar o sistema de forma igualitária e com maior equilíbrio. “Temos que derrubar o tabu de que saúde mental está associada a transtornos. Muitos trabalhadores da área de saúde, durante a pandemia, acabaram por sofrer uma série de agravos em decorrência das condições às quais foram expostas. Precisamos pensar a saúde mental como um todo”, defendeu.

Brumado: 'As famílias precisam voltar a ser famílias', diz terapeuta para combater suicídio Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Representante do Instituto Catingueiro, o terapeuta Osmagno Meira marcou presença no encontro promovido pelo Ifba/Brumado para discutir a saúde mental. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, Meira defendeu que a família precisa se fortalecer para o combate ao suicídio. No pós-pandemia, ele colocou que os pais estão, muitas vezes, com medo de se aproximar, conversar e, até mesmo, repreender os filhos. “Os pais precisam olhar os filhos como família e não como um bem. Falta diálogo. Precisamos voltar a ser família”, afirmou. O terapeuta também destacou a importância de agir em conjunto para ajudar a juventude no que diz respeito à saúde mental. “Temos que pensar em ações conjuntas entre família, sociedade e igreja. Precisamos de uma convocação para começarmos a ver a família como família de fato. Sou muito amigo do meu filho, mas sou pai dele. Eu tenho que orientá-lo da melhor maneira possível”, ponderou.

Arquivo