Durante as celebrações do Bom Jesus, na cidade de Bom Jesus da Lapa, na região oeste da Bahia, a Igreja Católica fez um apelo com relação à preservação do Rio São Francisco. Ao site Achei Sudoeste, o Padre Roque Silva, Reitor do Santuário do Bom Jesus, informou que o Ministério Público notificou a Igreja para realização do controle de acesso das pessoas ao rio e às grutas. “Tivemos que fazer um acordo no sentido de número. Ficou acordado que, para subir ao morro, seriam grupos de 20 pessoas a cada 20 minutos, acompanhados por um guia de turismo”, explicou. Segundo o pároco, o objetivo não era controlar o acesso dos romeiros e visitantes ao santuário, mas sim preservar o Rio São Francisco, o morro e, sobretudo, a vida das pessoas. “Toda defesa ecológica termina na defesa da vida integral da pessoa, do romeiro, do visitante, de todos. Esses que devem ser defendidos em primeira mão”, destacou.
Mais de 150 mil fiéis acompanharam o último dia de celebração do Bom Jesus na cidade de Bom Jesus da Lapa, na região oeste da Bahia. Ao site Achei Sudoeste, o Padre Roque Silva, Reitor do Santuário do Bom Jesus, disse que, durante dez dias, milhares de pessoas celebraram os 333 anos de romaria no santuário da cidade. “Podemos dizer que, ao longo desses dias todos, passaram por aqui milhares e milhares de pessoas. De modo muito particular, neste final de semana, multidões lotaram as ruas de Bom Jesus da Lapa. Foi um espetáculo de manifestação de fé popular”, frisou. A romaria é a terceira maior do país, sendo também uma das mais antigas. Segundo o pároco, além das celebrações religiosas oficiais, os romeiros manifestam a sua fé durante o evento através do canto, da dança e da folia. “Eles se sentem em casa. É diferente de uma igreja paroquial, onde as pessoas respondem de modo tímido. No santuário, parece que o pessoal se solta, é uma fé mais expressiva e viva”, ressaltou.
A Romaria do Bom Jesus, realizada tradicionalmente na cidade de Bom Jesus da Lapa, na região oeste da Bahia, foi tombada pelo Governo do Estado como patrimônio cultural e imaterial da Bahia. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o Monsenhor João Batista disse que a romaria é uma das maiores expressões da religiosidade popular do país e a certificação é um reconhecimento da grandeza da festividade. “A gente fica muito feliz com tudo isso porque é o reconhecimento oficial da instituição maior que temos na Bahia, que é o Governo do Estado. A romaria é um patrimônio do povo baiano e, consequentemente, do Brasil”, destacou. A cidade de Bom Jesus da Lapa completa neste ano 100 anos de emancipação política, porém a romaria é realizada há mais de três séculos. Para o Monsenhor, o Governo do Estado tardou em reconhecer e proporcionar o devido apoio e aporte à grande festa da romaria. “Bom Jesus da Lapa entrega para o Estado da Bahia, em termos de visibilidade, de turismo religioso, positividade, algo que nenhuma cidade da Bahia entrega. Não existe no estado nenhuma festa religiosa que tem tanta mídia, tanta visibilidade, quanto Bom Jesus da Lapa. Outro ponto é o que o santuário entrega para o Estado da Bahia em termos de emprego e renda. É algo sem medida”, argumentou. Com o título, o Monsenhor espera que o Estado invista em uma infraestrutura ainda maior para que os romeiros possam ser melhor recebidos e acolhidos na cidade. “O poder público precisa criar condições pra isso”, cobrou.
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), oficializou o reconhecimento do registro especial da Romaria de Bom Jesus da Lapa, no oeste da Bahia, como Patrimônio Cultural Imaterial do estado. A medida foi tomada na missa festiva que celebrou os 332 anos do evento religioso, neste domingo (6). As celebrações começaram na sexta-feira (4) e estimativa é de que reúna 600 mil pessoas e movimente cerca de R$ 1 milhão na economia local até terça-feira (8). Além de Jerônimo Rodrigues, estiveram presentes o secretário de Cultura, Bruno Monteiro, a diretora do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), Luciana Mandelli, além do prefeito da cidade, Fábio Nunes (PSD). Desde 2017, o IPAC realizava estudos e a composição de um dossiê sobre a importância e a salvaguarda da Romaria de Bom Jesus da Lapa. O documento defende a relevância da Romaria de Bom Jesus da Lapa como uma manifestação de cunho religioso católico, com marcas do catolicismo popular, refletindo a fé e religiosidade preservada e salvaguardada com traços culturais singulares.
Fiéis católicos lotam na noite deste sábado (5) a Esplanada do Bom Jesus na tradicional romaria de Bom Jesus da Lapa, na região do Velho Chico, Oeste baiano. Neste sábado, ocorre o último dia do novenário na considerada principal romaria do município. Há outras romarias ao longo do ano. Segundo a TV Oeste, a multidão se concentra em frente ao Santuário do Bom Jesus. Neste domingo (6), ocorre o último dia da romaria que completa neste ano 332 anos. A primeira missa ocorre às 7h na Esplanada do Bom Jesus. Outras missas acontecem às 11h e às 15h. Depois a imagem do Bom Jesus será levada para a Catedral Nossa Senhora do Carmo, no bairro Amaralina. Por volta das 16h, a imagem é levada pelas ruas da cidade até o Santuário do Bom Jesus. A última celebração deve ocorrer por volta das 22h.