Achei Sudoeste
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OMS mantém poliomielite como emergência global Foto: Divulgação/MS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou nesta terça-feira (13) que decidiu manter a poliomielite como emergência em saúde pública de interesse internacional. Em nota, a entidade destacou que um comitê de emergência analisou os dados disponíveis sobre a circulação do vírus, sobretudo nos seguintes países: Afeganistão, Etiópia, Guiné Equatorial, Quênia, Mali, Níger, Paquistão, Senegal e Somália. “O comitê concordou, por unanimidade, que o risco de propagação internacional do poliovírus continua a configurar uma emergência em saúde pública de importância internacional e recomendou a prorrogação de orientações temporárias por mais três meses”, destacou a OMS no documento. Dentre os fatores levados em consideração estão: Vacinação de rotina fraca: muitos países possuem sistemas de imunização fracos e que podem ser ainda mais afetados por emergências humanitárias, incluindo conflitos. O cenário, segundo a OMS, representa risco crescente, já que as populações dessas localidades ficam vulneráveis a surtos de poliomielite; Falta de acesso: a inacessibilidade continua a representar um grande risco para o combate à pólio, especialmente no norte do Iêmen e na Somália, onde existem populações consideráveis que não foram alcançadas pela imunização contra a poliomielite durante longos períodos (mais de um ano).

Guanambi no combate à poliomielite; dia D de vacinação acontece neste sábado (08) Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Neste sábado (08), acontece o Dia D de vacinação contra a poliomielite na cidade de Guanambi. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o secretário municipal de saúde, Edmilson Júnior, ressaltou que as salas de vacinação dos postos de saúde na sede e zona rural estarão abertas de 8h às 16h para imunização de crianças de 1 ano a menores de 5 anos. O secretário destacou a importância da imunização para manter as crianças protegidas e o país livre desse tipo de enfermidade. “A poliomielite causa paralisia infantil. O Brasil está livre da doença desde a década de 90. Estamos livres graças à vacinação, porém, de 2015 pra cá, temos apresentado queda nas coberturas vacinais em nível de Brasil, principalmente em crianças. Não queremos correr riscos. Peço aos pais que acreditem na ciência e levem seus filhos para vacinar”, pediu.

Ministério da Saúde lança Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite Foto: Divulgação/MS

O Ministério da Saúde lançou a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, que vai acontecer até o dia 14 de junho. A meta é vacinar, no mínimo, 95% do público-alvo, que abrange cerca de 13 milhões de crianças menores de cinco anos. A expectativa da campanha é reduzir o número de crianças não vacinadas e o risco de reintrodução do poliovírus no Brasil, além de reforçar medidas para a erradicação da doença. A campanha deste ano é muito importante para o enfrentamento à poliomielite, pois o país está em fase de transição para substituir as duas doses da vacina oral poliomielite (VOP) para apenas um reforço com a vacina inativada poliomielite (VIP). Ou seja, o esquema vacinal e a dose de reforço serão feitos exclusivamente com a VIP, a partir do segundo semestre de 2024. Todos os estados e municípios receberão as normas e diretrizes dessa alteração.  O Brasil não registra casos de poliomielite desde 1989 e, cinco anos depois, em 1994, recebeu a certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem. No entanto, no ano passado, o país foi classificado como de alto risco para a reintrodução do poliovírus pela Comissão Regional para a Certificação da Erradicação da Poliomielite na Região das Américas (RCC). Essa categorização se deu a partir do desempenho das coberturas vacinais, dos indicadores de vigilância epidemiológica das paralisias flácidas agudas (PFA) e do status de contenção laboratorial dos poliovírus, por exemplo. No dia 8 de junho, o Ministério da Saúde propõe que seja realizado o dia “D” de divulgação e mobilização da campanha em todo o país. Os estados e municípios têm autonomia para definir a realização em outras datas, de acordo com as especificidades locais.

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