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Vigilância Epidemiológica encontra larva do Aedes Albopictus em Carinhanha Foto: WhatsApp/Achei Sudoeste

A Vigilância Epidemiológica da cidade de Carinhanha emitiu um alerta à população na última segunda-feira (10). Nele, o órgão informa que a equipe de agente de endemias localizou a larva do mosquito Aedes Albopictus, transmissor da Febre Amarela, na sede do município, na região do Bairro Sudene. Segundo a coordenadora da Vigep, Adriana Mendes, a descoberta demonstra a necessidade de a própria população auxiliar o poder público no combate aos mosquitos Aedes Albopictus e Aedes Aegypt. Conforme destacou, sem o apoio dos munícipes para fiscalizar os seus quintais e impedir a formação dos criadouros dos mosquitos, essa luta será muito difícil. O Aedes Albopictus, conhecido também como mosquito-tigre-asiático, costuma ser encontrado em ambientes silvestres, onde há pouca concentração humana e muita cobertura vegetal. No entanto, está começando a se adaptar em ambientes urbanos.

São Paulo confirma primeiro caso de febre amarela em humano em 2025 Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo confirmou o registro do primeiro caso de febre amarela em humano este ano. Trata-se de um homem de 27 anos, que vive em situação de rua na capital paulista. Ele esteve em Socorro, na região de Campinas, onde também houve notificação recente de um caso de febre amarela em macaco. O estado registrou dois casos da doença em humanos em 2024 - sendo um autóctone (com origem dentro do estado) e outro de um homem contaminado em Minas Gerais, que morreu. O Instituto Adolfo Lutz já confirmou nove casos da doença em macacos, sendo sete na região de Ribeirão Preto, um em Pinhalzinho e o outro em Socorro. As ações de vigilância em saúde e vacinação foram intensificadas nessas regiões, além da recomendação de cuidados para quem irá viajar para áreas de mata. A vacina contra a doença está disponível em postos de saúde e deve ser aplicada ao menos 10 dias antes do deslocamento para regiões com casos.

Ministério da Saúde alerta para vigilância e imunização contra febre amarela Foto: Flávia Villela/Agência Brasil

Após o registro de dois novos casos de febre amarela na região de divisa entre São Paulo e Minas Gerais, o Ministério da Saúde emitiu um alerta pedindo que estados e municípios comuniquem casos suspeitos da doença com a maior agilidade possível – sobretudo em áreas onde há transmissão ativa do vírus. As informações são da Agência Brasil. Em nota, a pasta destacou que a agilidade é importante para que futuros surtos de febre amarela no país sejam evitados e para que ações de resposta sejam prontamente executadas caso haja necessidade. O comunicado ressalta que a doença é facilmente evitável por meio de vacina, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para todas as idades. A cobertura vacinal contra a febre amarela no Brasil, entretanto, está abaixo do recomendado.

Quase 4 bilhões de pessoas correm risco de infecção pelo Aedes no mundo Foto: Reprodução

Quase quatro bilhões de pessoas em todo o mundo estão sob risco de infecções transmitidas por infecções do tipo Aedes - seja o Aedes aegypit ou o Aedes albopictus que, juntos, respondem por doenças como dengue, zika, chikungunya e febre amarela. As informações são da Agência Brasil. O alerta é da líder da equipe sobre arbovírus da Organização Mundial da Saúde (OMS), Diana Rojas Alvarez. Ao participar - por videoconferência - de encontro na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) em Brasília, Diana destacou que a estimativa é que esse número – quatro bilhões - aumente em mais um bilhão ao longo das próximas décadas, sobretudo, por conta de fatores como o aquecimento global e a adaptação do Aedes a grandes altitudes. O mosquito, segundo ela, já pode ser encontrado, por exemplo, em montanhas do Nepal e da Colômbia, além de países da região andina. A OMS monitora ativamente surtos e epidemias de dengue em pelo menos 23 países, sendo 17 nas Américas - incluindo o Brasil. Segundo Diana, os casos da doença aumentaram consistentemente ao longo das últimas quatro décadas. Em 2023, entretanto, houve o que ela chamou de aumento muito significativo tanto de casos como de mortes pela doença. “Um novo recorde”, disse, ao citar mais de seis milhões de casos reportados e mais de sete mil mortes por dengue em 80 países. Para Diana, a expansão de casos se deve a fatores ambientais como o aumento das chuvas e, consequentemente, da umidade, o que favorece a proliferação do mosquito, além da alta das temperaturas globais, ambos fenômenos provocados pelas chamadas mudanças climáticas. Ela disse, ainda, que é imprescindível melhorar a comunicação de casos e os sistemas de vigilância dos países em relação a arboviroses para ampliar ações de prevenção e combate em saúde pública.

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