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Estudo mostra benefício de exercícios físicos em idosos com câncer Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Um estudo brasileiro envolvendo pacientes idosos mostrou os benefícios de exercícios físicos regulares durante tratamentos de câncer em estágio avançado. As informações são da Agência Brasil. A pesquisa, apresentada no Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ACSO), que termina nesta terça-feira (4), nos Estados Unidos, contou com a participação de 41 pacientes com idade média de 70 anos. Durante 12 semanas, os pacientes, com câncer de mama, genitourinário e de pulmão, seguiram um programa de atividades que incluiu exercícios de resistência e aeróbicos por 3 a 5 horas semanais, divididas em 4 a 6 dias por semana. Após a conclusão do programa de exercícios, os pacientes apresentaram diminuição significativa nos níveis de depressão e ansiedade. Também foram constatadas melhoras no estado físico, com redução das dores, da fadiga e da náusea. Além disso, os exercícios podem reduzir os efeitos adversos do tratamento do câncer. “Podemos concluir que, alinhado com a recente literatura médica sobre o assunto, devemos estimular os pacientes a manterem-se fisicamente ativos e de preferência em prática de exercícios, independentemente de idade ou estágio de doença. Naturalmente, essa recomendação deve ser corroborada e monitorada pelo médico que conduz o caso”, diz o coordenador do estudo, Paulo Bergerot, oncologista do grupo Oncoclínicas&Co. Segundo Bergerot, o estudo reforça a recomendação da prática de atividades físicas para pacientes com câncer e destaca a importância de desenvolver programas que sejam acessíveis e personalizados, especialmente para a população idosa. “Até poucos anos atrás havia um paradigma de que o paciente em tratamento de câncer deveria ficar descansando e resguardado. Sem dúvida as principais mensagens dos estudos dessa natureza são as de quebrar este paradigma”, ressalta Bergerot.

Fazer exercícios 2 a 3 vezes na semana reduz risco de insônia, diz estudo Foto: Divulgação

Não é nenhuma novidade que a prática regular de exercícios físicos traz uma enorme variedade de benefícios para a saúde. Além de contribuir para a manutenção do peso, melhorar a saúde mental e evitar doenças cardiovasculares, a atividade física também pode ajudar a prevenir e reduzir os sintomas de insônia, segundo um novo estudo. A pesquisa, publicada na revista científica BMJ Open nesta terça-feira (26), mostra que se exercitar de duas a três vezes na semana está relacionado a um menor risco de insônia à longo prazo. Além disso, a prática regular de exercícios ajuda a atingir a necessidade de 6 a 9 horas recomendadas de sono todas as noites. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores avaliaram a frequência, a duração e a intensidade da atividade física semanal e os sintomas de insônia, sono noturno aumentado e a sonolência diurna entre adultos de meia-idade em nove países da Europa. No total, foram 4.399 participantes no estudo, cujos dados foram colhidos da Pesquisa de Saúde Respiratória da Comunidade Europeia. Os participantes responderam perguntas sobre frequência e duração da atividade física no início do estudo. Dez anos depois, voltaram a responder questões sobre atividade física, duração do sono e sonolência diurna. Os participantes que praticavam exercícios físicos pelo menos duas vezes na semana, durante 1 hora por semana ou mais, foram classificados como fisicamente ativos. Durante o período de 10 anos, 37% dos participantes permaneceram inativos; 18% deles se tornaram fisicamente ativos; 20% ficaram inativos; e 25% eram ativos durante todo o tempo do estudo. Depois de ajustarem os dados para idade, sexo, peso (IMC), histórico de tabagismo e região onde os participantes moravam, o estudo descobriu que aqueles que sempre foram ativos tinham 42% menos chance de ter dificuldade para dormir, 22% menos probabilidade de ter qualquer sintoma de insônia e 40% menos chances de ter dois ou três sintomas associados ao distúrbio. Em relação ao total de horas noturnas de sono e à sonolência diurna, os participantes que sempre foram ativos tinham 55% maior probabilidade de dormir normalmente, 29% menos chance de ter sono curto, com seis horas ou menos de duração, e 52% menos chance de ter sono longo, com mais de 9 horas de duração. Entre aqueles que se tornaram ativos ao longo dos 10 anos de estudo, as chances eram 21% maiores de terem sono normal do que aqueles que permaneceram inativos durante todo esse período.

Atividade física ajuda a aumentar a autoestima e a felicidade Foto: Marcelo Gandra/Divulgação

A prática de uma atividade física traz efeitos positivos não somente para a saúde, mas também para o bem-estar e a qualidade de vida. Se mexer rotineiramente pode se tornar um passo diário para uma vida mais saudável. Se exercitar no dia a dia é um dos hábitos mais lembrados para a manutenção da saúde do corpo humano. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os adultos devem fazer entre 150 e 300 minutos de atividade física moderada ou entre 75 e 150 minutos de atividade física intensa por semana. Além de estimularem os hormônios que elevam a autoestima e a felicidade, os exercícios físicos são importantes para a regulação de diversos processos metabólicos do corpo.  Apesar dos efeitos positivos da atividade na saúde física e mental, ainda há um longo caminho a ser percorrido. Embora exista uma gama de possibilidades, muitas pessoas não conseguem sair do sedentarismo, por diversos fatores. Por isso, algumas atividades simples podem ser praticadas em casa, especialmente depois de um dia longo de trabalho, quando o cansaço bate mais forte. A atividade física pode ser uma importante fonte de autoestima, pois superar a preguiça e se exercitar sozinho, já é uma conquista. Além disso, os resultados positivos em termos de bem-estar físico, a evolução na prática de esportes e a melhoria da saúde mental - graças aos hormônios da felicidade - contribuem para o fortalecimento da autoestima. Desde uma simples caminhada até um esporte mais intenso, como a corrida, é possível aproveitar a relação direta entre a atividade física e a saúde mental. O importante é descobrir o esporte que mais combina com você, seu estilo de vida, rotina e que te dê prazer. Quando o assunto é se manter em atividade, o que importa mesmo é ter constância e se divertir. Tanto as atividades aeróbicas (as que estão mais relacionadas com o treino de resistência cardíaca), quanto os exercícios mais focados em resistência, como o treino de musculação, são capazes de liberar os hormônios da felicidade e entregar bons resultados para a saúde mental.

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