Acidentes domésticos estão entre as principais causas de morte entre crianças e adolescentes. É fundamental ter atenção redobrada, especialmente com os pequenos, que têm uma curiosidade natural e tendem a explorar tudo ao seu redor. Essa curiosidade pode, em alguns casos, levar a situações perigosas e até fatais. Segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, em 2024, foram registrados 105 óbitos por acidentes domésticos entre crianças. Desses, 57 eram meninos e 48, meninas. As principais causas incluem afogamentos e submersões, com 9 casos masculinos e 6 femininos. Também foram registradas obstruções respiratórias por ingestão de alimentos, com 3 meninos e 5 meninas, além de 1 menino por exposição a fumaça e fogo. Outras causas envolvem choques elétricos e afogamentos devido a quedas em piscinas. As informações são do Tribuna da Bahia.
O bombeiro civil e socorrista do Samu 192, George Dias, falou ao site Achei Sudoeste sobre o crescimento do número de acidentes domésticos no país e na região de Brumado. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, acidente doméstico é todo acontecimento que, independentemente da vontade do indivíduo, se dá em casa ou nas imediações da residência, incluindo quedas, choques, afogamentos, intoxicações, objetos engolidos e cortes. Na região, Dias alertou que as quedas da própria altura envolvendo idosos lideram o número de notificações e atendimentos. “O idoso, pela idade avançada, carrega alguns comprometimentos, como ossos frágeis, doenças de base, diabetes, hipertensão, redução da mobilidade, reflexo diminuído, o que acarreta em maior dificuldade”, relatou. O bombeiro alertou que, em muitos casos, as sequelas podem ser permanentes para o idoso, tendo em vistas as fraturas ósseas. “Fraturas de fêmur, de bacia e pélvica são muito comuns e a recuperação desses pacientes é muito difícil. É um alerta para que os idosos e as pessoas que os acompanham fiquem mais atentos”, afirmou. Segundo George, 70% desses acidentes com idosos acontecem em ambientes domésticos, 40% causam lesões graves e 30% resultam em morte, seja imediata ou posterior em virtude das sequelas. “O idoso precisa ser assistido, acompanhado, principalmente se tiver mobilidade reduzida”, reiterou.