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06/Fev/2025 - 19h30

Quadrilha usou 'idosos de aluguel' para fraudar benefício e sacar R$ 23 milhões, diz PF

Quadrilha usou 'idosos de aluguel' para fraudar benefício e sacar R$ 23 milhões, diz PF Foto: Divulgação/PF

Uma operação da Polícia Federal nesta quinta-feira (6) investiga um grupo suspeito de causar prejuízo de R$ 23 milhões aos cofres públicos fraudando o Benefício de Prestação Continuada (BPC), “alugando” idosos para dar o golpe. Esta é a segunda fase da Operação Melhor Idade.   Segundo o Metrópoles, a organização criminosa, estruturada e com atuação em diferentes estados, se dedicava à falsificação de documentos como Certidões de Nascimento, Carteiras de Identidade (RG), CPFs e Títulos Eleitorais. O objetivo era criar identidades fictícias de idosos, com mais de 65 anos, para obter indevidamente o benefício assistencial. Para dar veracidade aos documentos falsificados, o grupo usava os chamados "idosos de aluguel", pessoas que emprestavam suas características biométricas, como impressões digitais e fotografias. Em alguns casos, um único indivíduo chegou a ser responsável por até 30 identidades falsas. A Justiça Federal determinou diversas medidas cautelares, incluindo mandados de busca e apreensão, bloqueio de contas bancárias, sequestro de bens, suspensão de benefícios irregulares e cancelamento de CPFs fraudulentos. Durante a primeira fase da operação, no ano passado, três pessoas foram presas. Nesta segunda fase, a PF cumpriu novos mandados contra 16 investigados em quatro estados: Piauí, São Paulo, Goiás e no Distrito Federal. Até o momento, foram identificados 21 “idosos de aluguel”, que ajudaram a criar aproximadamente 285 documentos falsificados, incluindo CPFs e Títulos Eleitorais. Esses documentos possibilitaram a obtenção de cerca de 259 benefícios do BPC, que garante um salário mínimo mensal aos beneficiários. Além de fraudar o BPC, o grupo também contratou empréstimos utilizando a margem consignável dos benefícios, ampliando ainda mais o prejuízo aos cofres públicos. Graças à ação da PF, foi possível evitar um prejuízo adicional estimado em R$ 35 milhões.

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