Uma pesquisa apoiada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e publicada nesta terça-feira (3) na Environment International derrubou o mito de que o uso de celulares pode aumentar o risco de câncer. O estudo aponta que mesmo os aparelhos de longo alcance, que emitem ondas altas de radiofrequência, são inofensivos. A conclusão é fruto de uma revisão de estudos feita na Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, analisou 63 estudos feitos em 22 países e publicados de 1994 a 2020. Ao todo, foram avaliadas 119 combinações de radiofrequência e seus impactos em células tumorais de cânceres de cérebro, meninges, nervo acústico, leucemias e glândulas pituitária e salivar. “É natural que uma tecnologia que se difundiu tão rapidamente tenha levantado suspeitas no início, mas descobrimos que o risco não é real. Não encontramos riscos aumentados de câncer mesmo em relação a transmissores de rádio ou TV ou estações base de sinal de celular”, explica o epidemiologista Mark Elwood, coautor do estudo, em comunicado à imprensa.