A Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) foi condenada pela 1ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-BA), em Vitória da Conquista, por prática de assédio moral na Assessoria de Comunicação e na TV e Rádio UESB. A denúncia foi feita pelo Sindicato dos Jornalistas (Sinjorba). A decisão foi proferida nesta segunda-feira (17) pelo juiz Marcos Neves Fava, ao julgar ação civil pública interposta pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), que teve o Sinjorba como assistente, pedindo a condenação por dano moral coletivo pelos delitos trabalhistas listados. O TRT-BA condenou a UESB a pagar indenização de R$ 30 mil, além de determinar “a adoção de medidas eficazes para higienização do ambiente de trabalho no setor”, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00. Também manteve afastado dos cargos o principal acusado da prática de assédio moral, Rubens Sampaio. A sentença ainda apontou a conduta da atual reitoria da Uesb, que teria dificultado a investigação. Segundo o Sinjorba, a reitoria fez de tudo para proteger acusados de assédio. Para o presidente do Sinjorba, Moacy Neves, há outros fatos graves que virão à tona nos próximos dias.
O Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba) se solidarizou com a jornalista Marlúcia Barbosa de Araújo, vítima de cerceamento da atividade profissional praticado por prepostos da Prefeitura de Rio de Contas, na Chapada Diamantina. O fato ocorreu no dia 26 de novembro quando a profissional cobria as comemorações dos 300 anos da cidade. Marlúcia aguardava o cantor Léo Santana para uma entrevista previamente marcada com a assessoria do artista. De acordo com a jornalista, ela foi retirada do local pelo braço por um segurança. A profissional procurou o produtor do cantor para tentar manter a entrevista, mas foi informada que a produção não poderia intervir, já que houve um pedido da prefeitura para que ela deixasse o local. Responsável pelo Instagram de notícias @empautanews e ativista da causa animal no município, ela disse que essa não é a primeira vez que sofre ataques do prefeito e de alguns dos seus funcionários. Segundo Marlúcia, em junho deste ano, ela sofreu diversas ameaças após denunciar o envenenamento de cães de rua. Até um boletim de ocorrência foi registrado, já que passou a sofrer intimidações por parte de prepostos da prefeitura. Desde então, para garantir a segurança da jornalista, o Sinjorba incluiu seu nome nos casos que a Rede de Combate à Violência Contra Profissionais de Imprensa vem relatando. O Sinjorba também encaminhou um ofício à Prefeitura de Rio Contas solicitando a apuração da denúncia e esclarecimentos em relação ao 26 de novembro. Até esta segunda-feira (11) a entidade não havia recebido resposta.
Uma jornalista, mulher trans, denunciou ter tido o carro apedrejado na tarde de quinta-feira (13), na cidade de Riachão do Jacuípe, no interior da Bahia. Segundo Alana Rocha, que trabalha como apresentadora em uma emissora de rádio do munícipio, o caso aconteceu enquanto ela apresentava o programa em que atua diariamente. Quando saiu, viu que o veículo estava com o para-brisa e vidros das janelas quebrados e uma pedra no lugar. Alana Rocha acredita que o ataque ao veículo tem relação com pautas que ela aborda no programa que apresenta. Um vídeo feito pela jornalista mostra o carro danificado. Nas imagens, é possível ver o desespero da dona do carro. O caso é investigado pela Delegacia Territorial (DT) de Riachão do Jacuípe. A ocorrência foi registrada no fim da tarde de quinta. Em nota, o Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba) afirmou que o caso é acompanhado pela Comissão da Mulher da categoria. Conforme o presidente do sindicato, o jornalista Moacy Neves, este não é o primeiro ataque sofrido por Alana Rocha. “Desde 2021, que ela é alvo de agressões verbais, atos difamatórios e de transfobia”, afirmou ao G1. “Colocamos a estrutura do sindicato à disposição, prestamos solidariedade, mas entendemos que é preciso ir além. Com a rede, teremos o suporte necessário para criminalizar e punir esses e quaisquer outros autores de agressões à categoria”.