Há 30 dias, os servidores do INSS na Bahia paralisaram as suas atividades em virtude de um impasse com o Governo do Estado. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, Edvaldo Santa Rita, coordenador geral do Sindprev/Ba (Sindicato dos Servidores do INSS na Bahia), explicou que o governo se recusa a atender a pauta de reivindicações da categoria. “Temos 23 estados paralisados com 70% dos trabalhadores de braços cruzados mobilizados pela greve. A resposta do governo foi cortar o ponto. Esperávamos uma resposta diferente, mas em toda greve é isso”, disse. Santa Rita salientou que, em duas rodadas de negociações, não houve qualquer avanço na greve, que, conforme pontuou, não é só do INSS, mas de todos os servidores públicos federais do país. Além da defasagem salarial de mais de 4 anos, os servidores reivindicam a estruturação da máquina pública e a melhoria do serviço. “A instituição pública vai à falência porque os gestores públicos não estão ligando para esse atendimento tão elementar, que é prestado a todo povo brasileiro. Uma instituição sem ar-condicionado, com uma informatização lenta e deficiência de servidores”, criticou. Com a paralisação, mais de 900 atendimentos estão deixando de ser feitos, diariamente, na unidade do INSS na capital baiana.
A Bahia também aderiu à greve decretada pelo Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS) em todo país. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, a diretora do Sindicato dos Servidores Federais do INSS (SindPrev) no Estado da Bahia, Luci Valdina Brito, explicou que o objetivo do movimento grevista é chamar a atenção da população para a situação que se encontra hoje a seguridade social no Brasil. Valdina apontou o desmonte da previdência social promovido pelo Governo Federal, bem como a falta de assistência à população. Entre as pautas reivindicadas pelo movimento também está a realização de concurso público e a reposição salarial. Segundo a diretora, o concurso possibilitará a retomada dos atendimentos presenciais com qualidade e dignidade. “Essa é uma luta de toda sociedade. Hoje, o INSS não tem pessoal pra atender e nem condições de funcionar. O serviço está desmontado e nós não podemos aceitar essa situação”, defendeu. Brito adiantou que a agência de Brumado deve aderir à greve ainda nesta semana.