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Sindferro: 'FCA abandonou e sucateou malha ferroviária entre Bahia e Sergipe' Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Na década de 80, a Ferrovia Centro Atlântica (FCA), que liga o estado da Bahia a Minas Gerais, possuía cerca de 45 mil funcionários. Hoje, segundo Guilhermano Silva Filho, diretor de comunicação do Sindicato dos Ferroviários do Estado da Bahia (Sindferro), o trecho baiano da ferrovia conta apenas com 1 mil funcionários, entre diretos e indiretos. Todos podem ser demitidos devido à ameaça de desativação da FCA no trecho Bahia/Minas. Ao site Achei Sudoeste, Guilhermano denunciou que os prejuízos são incalculáveis para toda região por onde a ferrovia passa. Além disso, o diretor apontou que há um abandono explícito da malha ferroviária pela falta de interesse em operar no trecho após destruí-lo. “A empresa roeu a carne toda e deixou só o osso”, afirmou. Para quem quiser investir na ferrovia serão necessários, segundo o sindicalista, bilhões de reais para recuperar toda malha, visto que os trilhos estão totalmente desgastados depois de anos sem manutenção. “Vai ser preciso praticamente trocar tudo. A ferrovia toda está degradada e sucateada nessa região”, finalizou.

Encerramento de ferrovia pode interromper uma história de 60 anos em Brumado Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

A Ferrovia Centro Atlântica (FCA), que liga o estado da Bahia a Minas Gerais, pode ser desativada após mais de 60 anos de história no trecho da cidade de Brumado. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, Guilhermano Silva Filho, diretor de comunicação do Sindicato dos Ferroviários do Estado da Bahia (Sindferro), disse que, ao longo de 27 anos, a empresa usou e abusou da ferrovia e não investiu da forma devida. Cumprindo seu papel, o sindicato tem denunciado as condições de abandono em que se encontram os trabalhadores da FCA e os trechos ferroviários que a empresa representa. “Estamos entrando com ações contrárias porque ou ela entrega o trecho todo para outra empresa ou então continua com os funcionários e a malha entre Bahia e Minas funcionando”, afirmou. Guilhermano destacou que a situação é caótica na malha ferroviária, visto que a vida útil de trilhos e dormentes já se esgotou há bastante tempo e o mato tem tomado conta da linha férrea. Os descarrilamentos são constantes e, no trecho de Brumado, um trabalhador perdeu a vida por conta do problema. “Queremos investimentos. A malha aqui já está bastante sucateada”, apontou.

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