Devido a um impasse com a empresa, os trabalhadores dos Correios podem deflagrar greve geral na Bahia a partir da próxima semana. A situação remonta ao ano de 2020 quando, de acordo com Fábio Júnior, diretor institucional do Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos no Estado da Bahia (Sincotelba), o poder de compra dos trabalhadores foi reduzido em mais de 40%. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o diretor disse que, desde então, a categoria não conseguiu reaver os seus dividendos e o impacto financeiro tem sido muito alto. Na próxima segunda-feira (28), a classe irá discutir em assembleia a proposta apresentada pelos Correios para dirimir esse impasse. Na oportunidade, segundo Júnior, os trabalhadores irão decidir se entrarão em greve ou não. Essa é a 15ª rodada de negociações. “O objetivo nunca é fazer greve, a greve é o último recurso que nós temos. Estamos em estado de greve e solicitamos outra assembleia para averiguar a proposta da empresa. Queremos que nossos direitos sejam garantidos porque está sendo muito onerante para categoria”, afirmou o diretor.

O Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos no Estado da Bahia (Sincotelba) aceitou a proposta feita pelos Correios em atendimento às reivindicações da categoria. Segundo o diretor de comunicações do órgão, André Aguiar, em reunião realizada nesta terça-feira (19), as negociações avançaram, chegando-se a um acordo entre as partes. Ao site Achei Sudoeste, Aguiar apontou que a empresa apresentou uma proposta com reajuste salarial a partir de janeiro, melhorias no plano de saúde da categoria, além da possibilidade de realização de concurso público. Com o acordo, o estado de greve chegou ao fim. Aguiar avaliou que o saldo para os trabalhadores dos Correios foi positivo. “Hoje, os trabalhadores dos Correios tiveram êxito na busca dos seus direitos. Vários direitos que haviam sido retirados em 2020 pelo Governo Bolsonaro voltaram para o acordo coletivo. Como estamos lutando por um Correio forte e um serviço de qualidade à população, demos esse voto de confiança à empresa”, salientou o diretor.    

Após reunião com os Correios, o Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos no Estado da Bahia (Sincotelba) vai avaliar a proposta apresentada pela empresa em atendimento às reivindicações da categoria. Ao site Achei Sudoeste, o presidente do sindicato, Josué Canto, informou que uma nova assembleia será realizada na próxima terça-feira (19), visto que o jurídico do órgão ainda vai avaliar se houve avanço para a categoria nas negociações. “Estamos aguardando uma avaliação técnica e jurídica para que a gente possa levar em assembleia e, assim, o trabalhador avaliar se haverá ou não algum tipo de greve. A princípio, a proposta foi lançada, mas não foi avaliada”, destacou. Para Canto, a empresa foi habilidosa no sentido de desmontar a greve que estava prevista para a última terça-feira (12). “Eles conseguiram de fato retardar o movimento e nós esperamos agora que essa proposta contemple. Foi uma jogada perigosa, uma faca de dois gumes e eles podem se cortar se essa proposta não contemplar a categoria. Não deixa de ser uma estratégia da empresa para desmontar e desmobilizar a categoria”, ponderou. Além da campanha salarial, os trabalhadores têm buscado o fortalecimento dos Correios através de mais contratações. Por ora, os servidores dos Correios continuam em estado de greve, ou seja, em alerta para deflagração de uma greve a qualquer momento a depender do rumo das negociações.  

Nesta terça-feira (12), acontece uma assembleia geral do Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos no Estado da Bahia (Sincotelba) para decidir se a categoria entrará em greve. Diretor de comunicações do órgão, André Aguiar, informou ao site Achei Sudoeste que, além da campanha salarial, os trabalhadores têm buscado o fortalecimento dos Correios. “Estamos lutando por novas contratações, aumento com ganho real devido às perdas salariais que tivemos e expansão do serviço de entrega em todas as localidades do Brasil”, afirmou. Segundo Aguiar, os rumos do movimento vão depender das negociações com os Correios, visto que a empresa ficou de apresentar uma nova proposta salarial. “Dependendo dessa nova proposta, pode ser aprovada a greve ou não. Se a empresa mantiver a proposta de 10.8% a partir de janeiro, provavelmente, na quarta-feira (13), o Correios amanhecerá em greve por tempo indeterminado”, concluiu. Hoje, só na Bahia, o déficit é de mais de 5 mil funcionários nos Correios.

Uma assembleia nacional entre o Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos no Estado da Bahia (Sincotelba) e os Correios foi realizada nesta terça-feira (22). Na pauta, os trabalhadores cobram reposições de perdas salariais nos últimos anos e realização de concurso público, tendo em vista a sobrecarga de trabalho dos profissionais que atuam nas agências em todo país. Ao site Achei Sudoeste, André Aguiar, coordenador de comunicações do sindicato, informou que, após a assembleia, os servidores aprovaram estado de greve, ou seja, a qualquer momento podem deflagrar uma greve por tempo indeterminado caso a empresa não atenda as reivindicações da classe. Segundo Aguiar, com o indicativo, uma assembleia acontecerá no dia 12 de setembro para avaliação da proposta apresentada pelos Correios e, na hipótese de não atendimento da pauta da categoria, uma greve geral será iniciada a partir do dia 13 de setembro.

Uma das primeiras medidas do presidente Lula com a sua posse foi revogar o projeto de privatização dos Correios. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, André Aguiar, diretor de comunicação do Sincotelba, sindicato que representa os servidores dos Correios na Bahia, disse que a decisão é uma vitória para a categoria, visto que, desde 2016, o órgão vem lutando para provar que os Correios é uma entidade rentável e lucrativa. “Com a privatização quem ia pagar essa conta era o povo brasileiro, principalmente os mais afastados dos grandes centros. Os Correios é uma empresa eficiente e que contribui para a economia do país, só precisa de investimento”, afirmou. Segundo Aguiar, o novo governo já está sinalizando para a realização de novos investimentos nos Correios, que, assim, voltará a ser uma empresa pública de qualidade. O sindicato irá buscar abrir diálogo com o governo para aumento do efetivo e reabertura de unidades que haviam sido fechadas.