O Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora (Serafa) está sendo reativado na cidade de Brumado. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o coordenador do órgão, Rodrigo Caires, destacou que o programa é extremamente necessário para o município. Com uma população de 70 mil habitantes, o Serafa acolhe no momento 3 crianças e possui 3 famílias cadastradas. Caires explicou que diversas crianças em situação de vulnerabilidade precisam de um lar temporário e o serviço visa justamente cadastrar famílias para realizar esse acolhimento. “É comprovado que é melhor a criança estar em um ambiente familiar do que em um abrigo institucional. Nossa principal função é colocar essas crianças em um lar temporário, como previsto em lei, para que a sua família possa ser restituída. Nesse lar, ela terá todo suporte familiar, como saúde e educação”, afirmou. Muitas vezes, as crianças são retiradas de suas famílias por questões envolvendo negligência, drogas e alcoolismo. As famílias de origem também passam por um processo de restauração. Segundo o coordenador, as famílias acolhedoras recebem uma ajuda de custo de um salário mínimo por criança, bem como auxílio psicológico e assistencial. “Todos serão acolhidos, as crianças e as pessoas que as acolhem”, frisou. Em Brumado, a demanda é inversamente proporcional à quantidade de famílias que se cadastram para acolher as crianças e adolescentes em risco. A psicóloga Letícia Souza ressaltou que a ideia da família acolhedora é fundamental para que essas crianças possam se desenvolver de forma saudável e com todos os seus direitos garantidos. “Precisamos que a população nos ajude naquilo que o poder público não pode alcançar, que é abrir a porta dos seus lares para acolher essas crianças”, pediu. Os pais acolhedores devem ser maiores de 18 anos, terem residência fixa na cidade, terem disponibilidade de tempo e doação e não possuírem antecedentes criminais. Os interessados devem procurar o Serafa, que fica localizado no antigo Derba.
Em Brumado, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Cidadania (Sesoc) tem reforçado a campanha de adesão ao projeto Família Acolhedora. Ao site Achei Sudoeste, Letícia Brida, psicóloga e coordenadora do Serviço de Acolhimento e Família Acolhedora (Serafa), explicou que o projeto trabalha com crianças e adolescentes que estão sob medida protetiva, conforme descrito no Estatuto da Crianças e do Adolescente (ECA), e, portanto, afastados do convívio familiar. “A família acolhe essa criança, que pode ser de 0 a 18 anos, e vai recebê-la por um período temporário (até 18 meses). É diferente da adoção. O Serafa tem início, meio e fim”, afirmou. Segundo Brida, o objetivo do serviço é reintegrar a criança ou adolescente à família de origem. O Serafa funciona no município desde 2016. Hoje, quatro famílias estão cadastradas no programa. O número, de acordo com a coordenadora, representa um déficit e, por isso, a campanha para estimular que mais famílias possam aderir ao Serafa e ajudar a acolher essas crianças e adolescentes vulneráveis. Para participar do programa, a família deve procurar o Serviço de Acolhimento na Rua Dr. Gutemberg Leal.