O pronunciamento da enfermeira Érica Luz na Câmara de Vereadores de Brumado acerca do atendimento no Hospital Municipal Professor Magalhães Neto (veja aqui) causou grande repercussão na cidade. Na Tribuna Livre, a enfermeira fez graves denúncias de negligência, insatisfação dos profissionais e falta de médico pediatra plantonista. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o secretário municipal de saúde, Cláudio Soares Feres, rebateu as declarações dizendo que o hospital é referência na prestação de um serviço de saúde de qualidade, tanto em termos estruturais, de equipamentos e material humano. “O hospital não para de ser ampliado, reformado e de receber novas tecnologias. Basta olhar para o que o hospital era há 20 anos atrás e o que é hoje”, respondeu. Quanto à conduta do pediatra no atendimento em questão, o secretário justificou que cada médico adota uma conduta profissional conforme acredita ser o melhor para cada paciente. “Ele apenas não fez o que a mãe queria. Nós defendemos e acreditamos em cada profissional que trabalha no Hospital Professor Magalhães Neto. É por essas e outras que somos referência na região”, reiterou.
Durante pronunciamento na Tribuna Livre da Câmara de Vereadores de Brumado, a enfermeira Érica Luz fez graves denúncias de negligência no atendimento do Hospital Municipal Professor Magalhães Neto. A profissional esteve com o seu filho no hospital em busca de atendimento. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, ela disse que a emergência da unidade de saúde está hoje, unicamente, assistida por estudantes de Medicina. “O médico plantonista só surgiu após eu acionar a polícia. Até então, não tinha preceptor de estágio supervisionando os estudantes e eles estavam ali fazendo as avaliações no pronto-socorro. Meu filho teve negligência desde o primeiro atendimento”, denunciou. Mesmo estando de sobreaviso, segundo Luz, o médico pediatra demorou cerca de 3 horas para comparecer à unidade e prestar o atendimento devido ao seu filho. No local, teria agido com deboche e má vontade. “Não avaliou o nível de assadura ou desidratação. Meu bebê, que tem 9 meses, tinha feito 25 evacuações. Só na presença dele foram 4. Não avaliou nenhuma lesão ou consistência das fezes. Simplesmente ignorou. Fui desassistida. Por isso, me retirei e procurei atendimento em outro município”, relatou.
No consultório, Luz contou que o médico chegou a falar sobre a sua insatisfação trabalhista diante do salário pago no hospital. “Disse que ali é uma bomba relógio e que ninguém quer ficar ali. Não tenho nada a ver com isso. Se o plantão é dele e ele não atende está negligenciando. As suas insatisfações trabalhistas devem ser tratadas com o seu empregador”, completou. Questionada sobre a qualidade do serviço de saúde no município, a enfermeira definiu uma nota de -10 para o atendimento no Hospital Municipal. Para ela, a estrutura e equipamentos podem ser de última geração, porém o atendimento humano deixa a desejar. “Não existe um pediatra plantonista. Uma emergência pediátrica pode acontecer em qualquer milésimo de segundo. Um hospital daquele porte ter um pediatra apenas na terça, quarta e quinta é desumano. Estou aqui na Câmara como mãe para denunciar a realidade do hospital, que é muito diferente do que é transmitido nas redes sociais”, criticou.
O decreto nº 902, publicado na edição extra do Diário Oficial do Município na noite desta segunda-feira (30), considerando o atual cenário epidemiológico, com o retorno de casos ativos na cidade, com 20 casos ativos em apenas uma semana, voltou a exigir o uso de máscaras de proteção em locais fechados e em eventos com controle de público ou com venda de ingressos, sejam eles shows musicais ou eventos esportivos, religiosos, escolas e faculdades. Segue facultativo o uso de máscaras de proteção em lugares ao ar livre. Em caso de descumprimento do disposto no decreto, serão adotadas as medidas de polícia administrativa com suas respectivas sanções, desde advertência, suspensão temporária, interdição de estabelecimento ou mesmo cassação de Alvará, independentemente de acionamento de força policial. A utilização dos serviços de transporte coletivo de passageiros, público e privado, nas modalidades regular, fretamento, complementar, alternativo e de vans, o acesso a quaisquer prédios públicos, nos quais se situem órgãos, entidades e unidades administrativas, a visitação social às unidades de saúde, às unidades prisionais e às unidades policiais fica condicionada à comprovação da vacinação contra a Covid-19, e respeitados os protocolos sanitários estabelecidos e uso de máscara.
A Secretaria Estadual da Saúde (Sesab) emitiu um alerta para os municípios baianos sobre os sintomas da varíola dos macacos. Até a manhã desta segunda-feira (30), nenhum caso da doença havia sido registrado no estado. Apesar de ser transmitida pelos primatas, a varíola dos macacos também pode ser propagada por outros tipos de animais como, por exemplo, esquilos e roedores. Ela causa um quadro semelhante a varíola humana, conforme explica o infectologista Antônio Bandeira, que atua como técnico de vigilância epidemiológica da Sesab. “Basicamente o que vai chamar atenção é o indivíduo que viajou – ou vem de fora – e apresenta o que a gente chama de lesões vesiculares pustulosas. Ela começa na cabeça, passa para o tronco e depois tem uma distribuição centrífuga para os membros. É associada sempre a febre, dor de cabeça, dor nas costas e no corpo. Mas o que vai realmente chamar a atenção são essas feridas no corpo”. Para evitar o contágio, é preciso fazer uso de máscara e higienizar as mãos. Antônio Bandeira ainda destacou que a varíola dos macacos é altamente transmissível e pode levar ao óbito. Segundo o infectologista, há uma preocupação muito grande do órgão estadual em relação à doença. “A qualquer momento pode acontecer um caso de varíola dos macacos [aqui no estado], até porque no mundo tem crescido muito e a Bahia é um destino turístico muito forte. Pessoas de fora chegam aqui o tempo todo e temos com os países europeus uma grande comunicação. Temos voos diretos, inclusive, para Portugal e Espanha, e isso facilita muito [a entrada da doença]”, disse ao G1. Além da Bahia, os estados do Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina também emitiram estado de alerta para a doença, principalmente nos aeroportos.
A mãe da adolescente Hemille Graziele Lima Dias, de apenas 13 anos, que faleceu com um tumor cerebral há pouco mais de três meses em Brumado (veja aqui), Elza dos Santos Lima, também marcou presença na manifestação em prol da vida da jovem Silene Rocha de Almeida, de 24 anos (veja aqui). Esta sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e um aneurisma e estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Professor Magalhães Neto, em Brumado. Ela foi transferida para o Hospital Roberto Santos, em Salvador (veja aqui). Em entrevista ao site Achei Sudoeste, Elza contou que, mesmo tendo se passado 4 meses desde a morte de sua filha, a situação não mudou no Hospital Municipal de Brumado. “Estamos vendo o filme se repetindo novamente porque, há quatro meses, passei por esse mesmo problema: buscando um hospital com UTI e uma equipe de neurocirurgião pra atender Hemille”, relatou. Segundo Elza, foram nove dias de mobilização e muita luta até a vaga ser viabilizada para sua filha. “Por que essa demora? Por que as autoridades não tomam providências? Deixam uma vida à espera e a família angustiada, com um sentimento de impotência. Não temos tempo nesses casos, precisamos correr contra o tempo”, resumiu. A dona de casa cobrou do Município a contratação de uma equipe de neurocirurgiões para atuar na UTI do hospital, visto que a estrutura física já existe.
A jovem brumadense Silene Rocha de Almeida, de 24 anos, será transferida na manhã deste sábado (28) para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), no Hospital Roberto Santos, em Salvador, com especialidade em neurologia. A informação foi confirmada no final da tarde desta sexta-feira (27) pelo site Achei Sudoeste. De acordo com a família, Silene será encaminhada para a capital baiana em uma UTI aérea. O voo sairá do Aeroporto Sócrates Mariani Bittencourt em Brumado. Almeida sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e um aneurisma. Ela encontra-se internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal Professor Magalhães Neto (HMPMN). Nesta sexta-feira, uma manifestação foi realizada ´por familiares e amigos de Rocha (veja aqui).
Durante a manifestação em prol da vida da jovem brumadense Silene Rocha de Almeida, de 24 anos, que sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e um aneurisma e está internada no Hospital Municipal Professor Magalhães Neto, em Brumado (veja aqui), amigos e familiares estavam indignados com o prefeito Eduardo Lima Vasconcelos (Sem Partido). Isso porque o mesmo teria sido insensível ao apelo em busca da viabilização de uma vaga de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com neurocirurgia para a jovem. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, Geniane de Aguiar Oliveira, prima de Silene, contou que o prefeito fez pouco caso da situação. “Ontem eu tive aqui, abordei o prefeito na porta da prefeitura. Falei com ele sobre o caso de Silene e ele me ignorou. Simplesmente falou pra mim que era engenheiro e não médico. Eduardo não está nenhum pouco sensibilizado com essa situação. Fez pouco caso”, criticou. Para Geniane, como prefeito da cidade, Eduardo poderia viabilizar uma UTI com neurocirurgião caso se empenhasse para tal. “Ele foi bruto, um insensível. Ele virou as costas e nos deixou falando sozinhas”, disparou.
Nesta sexta-feira (27), familiares e amigos da jovem brumadense Silene Rocha de Almeida, de 24 anos, realizaram uma manifestação em frente ao Hospital Professor Magalhães Neto e à Prefeitura Municipal de Brumado. A jovem sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e um aneurisma (veja aqui). Ela encontra-se internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital, mas necessita ser transferida, com urgência, para um centro de saúde com especialidade em neurologia.
Em entrevista ao site Achei Sudoeste, Vitória de Lima Silva, amiga da jovem, lamentou que seja necessário realizar uma mobilização para salvar uma vida. “Decepcionante ver o que a gente tem que fazer pra que uma pessoa possar sobreviver e ter uma chance”, lamentou. Há três dias, a brumadense luta pela vida há espera da vaga. O seu estado de saúde, segundo os médicos, é gravíssimo. Vitória disse que não há qualquer resposta ou esperança de que a vaga seja disponibilizada. “Muitos vereadores e pessoas estão tentando arranjar uma vaga por conta própria. Aqui não temos resultado, mesmo com uma Bahia tão grande e cheia de hospitais. Por isso, temos que fazer isso aqui para sermos ouvidos”, completou.
A jovem brumadense Silene Rocha de Almeida, de 24 anos, sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e um aneurisma. Ela encontra-se internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Professor Magalhães Neto, mas necessita ser transferida, com urgência, para um centro de saúde com especialidade em neurologia. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, Vitória de Lima Silva, amiga da jovem, relatou que, desde a última terça-feira (24), a família tem se mobilizado para conseguir a vaga, visto que o estado de Silene é grave. “Os responsáveis informam que não tem vaga ainda, que estão aguardando uma resposta. Em toda Bahia, eles falam que não acharam uma vaga pra atender o caso dela, pois é necessário um neurocirurgião. Até o momento, não temos nenhuma resposta”, disse. Silene trabalha como assessora parlamentar na Câmara de Vereadores de Brumado, porém, mesmo com a mobilização dos políticos em prol da regulação da jovem, segundo Vitória, a mesma ainda não foi disponibilizada. “O caso dela é gravíssimo. Já tem 72 horas que ela está nessa situação. A cirurgia tem um custo grande, de mais de R$ 100 mil. A família e os amigos não têm condições de arcar. Ela precisa ser transferida com urgência, pois não sabemos das sequelas”, informou.
Em Brumado, aumentou o número de doenças respiratórias em crianças neste período do ano (veja aqui). Ao site Achei Sudoeste, o secretário municipal de saúde, Cláudio Soares Feres, disse que o aumento é natural devido à época do ano. Segundo ele, por isso mesmo, o Governo Federal antecipa a vacina da gripe para os meses de maio e abril a fim de diminuir o problema. “Quero aproveitar o espaço e convocar os pais para levarem seus filhos às unidades básicas. Quem não se vacinou está em tempo ainda. Procure a unidade”, pediu. O secretário alertou que o vírus da Influenza também mata. “Existe uma vacina disponibilizada pelo SUS. Todas as pessoas que fazem parte do público alvo devem procurar uma unidade básica de saúde”, reiterou.
No último sábado (21), a Polícia Militar publicou uma nota divulgando o apoio prestado por policiais militares da 34ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) a uma gestante no Hospital Municipal Professor Magalhães Neto, em Brumado. A nota causou polêmica com a Secretaria Municipal de Saúde, que emitiu uma nota rebatendo a situação e confirmando a agilidade no atendimento à gestante no hospital. O secretário de saúde, Cláudio Feres, endossou atendimento rápido na unidade de saúde (veja aqui). Em entrevista ao site Achei Sudoeste, a Major Leila Silva, comandante da 34ª CIPM, relatou que os policiais estavam na unidade quando a parturiente chegou acompanhada da mãe, que estava muito aflita pedindo socorro. “De pronto, o policial militar foi ao veículo e deu assistência. Foi questão de pouco tempo, foi muito rápido o que aconteceu. Estávamos na porta do hospital. Como deixar de atender uma pessoa que estava em situação de aflição? A criança estava nascendo”, disse. Segundo a Major, o policial fez a manutenção da placenta e do cordão umbilical até o atendimento dentro do hospital. A comandante ainda fez questão de desfazer qualquer mal-entendido. “Em momento nenhum quando a PM, de forma muito orgulhosa, divulgou a ocorrência da qual fizemos parte teve o propósito de desmerecer os profissionais do hospital, nem mesmo de falar em negligência. Cumprimos apenas uma missão”, enfatizou.
Neste final de semana, policiais militares teriam auxiliado em um parto realizado no Hospital Municipal Professor Magalhães Neto (HMPMN), em Brumado, causando polêmica ao dar a entender suposta falta da assistência devida (veja aqui). Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o secretário municipal de saúde, Cláudio Soares Feres, disse que, da forma como a PM divulgou em nota ficou parecendo que o hospital negligenciou o atendimento (veja aqui). No entanto, o secretário refutou a versão de forma veemente. “Existe a versão de um, a versão do outro e a verdade. A paciente ganhou o neném em casa de parto natural. Os familiares levaram ela para o hospital. A mãe entrou para pegar uma cadeira de rodas, o policial escutou o pedido da mãe e foi ajudar. De imediato, a puérpera entra no hospital e é atendida pelo corpo de enfermeiras obstetras”, esclareceu. Conforme frisou, os policiais auxiliaram apenas a retirar a paciente do carro e conduzi-la à unidade de saúde. “Não houve demora. O atendimento foi rápido”, acrescentou. Para o secretário de saúde, a nota da PM foi mal redigida ou mal explicada.
O número de casos de Chikungunya estabilizou na cidade de Brumado. No entanto, ao site Achei Sudoeste, o secretário municipal de saúde, Cláudio Soares Feres demonstrou preocupação com o crescimento da doença na zona rural. Juntamente com a coordenação de endemias, a secretaria realizará mutirões de combate ao mosquito aedes-aegpty nos locais de maior índice de infestação. “Estamos com alguns casos em Ubiraçaba, Itaquaraí, Umburanas, por isso, estaremos, nos finais de semana, realizando mutirões para fazer bloqueios nessas regiões”, adiantou. Feres voltou a alertar que, apesar do trabalho de combate realizado pela Sesau, o papel de evitar a disseminação do mosquito é de cada cidadão. “Não adianta ficar só cobrando do poder público, temos que fazer a nossa parte. Quem tem que tomar conta de sua casa e do seu quintal é você”, acrescentou.
A secretaria de saúde (Sesau) negou, em nota enviada ao site Achei Sudoeste, neste domingo (22), as informações da Polícia Militar sobre o ocorrido com uma gestante que estava em trabalho de parto no estacionamento do Hospital Municipal Professor Magalhães Neto (MNPMN), em Brumado, na madrugada deste sábado (21) (veja aqui). De acordo com a pasta, a gestante chegou na unidade de saúde às 00h59 e foi atendida às 01h10, 11 minutos após a admissão no pronto socorro, o que comprova um atendimento célere. Ainda de acordo com a Sesau, a paciente que, segundo relato da mesma, bem como do seu acompanhante, havia cursado com parto vaginal, ocorrido em domicílio por volta das 23h30 do dia 20/05/22. Na nota, a secretaria de saúde, disse que a gestante, contou com a ajuda dos policiais militares no deslocamento de seu veículo particular que estava no estacionamento do hospital até a ala da obstetrícia da unidade, o que ocorreu em poucos minutos. “Tão logo chegaram ao setor obstétrico, foram prontamente recebidos pela equipe de enfermagem obstétrica e então submetidas aos procedimentos de rotina pós-parto”, garantiu. Segundo a secretaria, a mãe e a recém-nascida, foram avaliadas e encontravam-se bem, sem sinais de comorbidades ou complicações decorrentes ao parto em domicílio. “As informações fornecidas para a imprensa foram completamente distorcidas, denegrindo o HMPMN bem como os profissionais de saúde envolvidos na ocorrência. A secretaria de saúde e os brumadenses reconhecem a competência e o compromisso dos colaboradores do HMPMN”. De acordo com a secretaria, de janeiro a abril de 2022 já foram registrados 284 partos na unidade, desses, 65,85% de partos normais e 34,15% de partos cesarianos. “Nosso compromisso é garantir uma saúde pública de qualidade aos brumadenses”, finalizou a nota.
O Hospital Regional de Brumado, registrou um aumento de mais de 100% nos casos de crianças com síndromes respiratórias, nos primeiros cinco meses deste ano, em relação ao mesmo período de 2021. “Eu não tenho um número exato, mas com certeza é muito mais que 100% comparado ao ano de 2021. Os sintomas gripais, que chamamos de vias aéreas superiores, que são tosse, coriza, febre e cansaço”, disse o pediatra Tomaz Caíres. O que chama atenção do número de crianças atendidas com quadro de síndrome gripal, é a gravidade desses casos. “As crianças estão chegando com muita gravidade, com muita falta de ar, cansaço, algumas com insuficiência respiratória muito intensa e necessidade de leitos de UTI”, explicou o pediatra. Em outras cidades da região a situação não é diferente. Em Caetité, comparando maio de 2022 com o mesmo período de 2021, o aumento de síndrome respiratória, em crianças de até 12 anos, é de 350%.
A família de um bebê de dois meses faz um apelo para conseguir um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em Itabuna, no sul da Bahia. Theodoro Lima estava com suspeita de gripe e foi diagnosticado com bronquiolite, doença que dificulta a respiração. Theodoro Lima foi atendido no Hospital Manoel Novaes, na sexta-feira (14). Segundo a família, o diagnóstico ocorreu depois de algumas idas e vindas do bebê à unidade. “Theodoro precisa de uma UTI, ele está com desconforto respiratório, está com capacete de oxigênio e eu não sei mais o que fazer para conseguir o leito”, disse a mãe do bebê, Mariana Lima Andrade, ao G1. Segundo a assessoria do Hospital Manoel Novaes, o bebê vem sendo assistido pela equipe multiprofissional da unidade - no pronto atendimento - e tem recebido todos os cuidados necessários para o quadro de saúde dele. A unidade não tem leitos de UTI e nem enfermaria disponíveis. A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) informou que o bebê foi para a lista de regulação do plano de saúde, e não do estado. A mãe de Theodoro disse que uma assistente social entrou em contato e afirmou que foi encontrada uma vaga num hospital em Vitória da Conquista, na região sudoeste. No entanto, não informou quando a transferência vai acontecer. O plano de saúde Planserv já tinha informado que a rede prestadora havia sido acionada, e que estava em busca de uma vaga de UTI pediátrica para o bebê.
O Laboratório Central de Saúde Pública do estado da Bahia (Lacen/BA) está com desabastecimento de insumos para realizar a sorologia da dengue e da chikungunya, além da falta dos reagentes para os exames de RT-PCR que detectam simultâneamente a zika, dengue e chikungunya (ZDC). Segundo a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), o Comitê Gestor de Recursos Laboratoriais (CGLab) atribuiu essa falta à guerra na Ucrânia, além do lockdown na Ásia por causa da pandemia da Covid-19. A matéria-prima dos insumos é produzida na Ásia. Não há previsão de fornecimento de alguns tipos de insumos necessários para a realização dos testes. Os testes para as arboviroses causadas pelo mosquito aedes aegypti podem ser feitos por meio de exames de sorologia ou teste PCR. A Sesab afirma que, apesar do desabastecimento, o estado ainda registrava, nesta segunda-feira (16), alguns kits de testes no estoque como por exemplo, os sorológicos, anticorpos IgM do vírus da dengue, com seis kits (96 cada totalizando 576 testes). Ainda segundo a Sesab, o estado contabilizou no estoque seis kits de insumo enviados pelo Ministério da Saúde e sem previsão de nova remessa de anticorpos IgM do vírus chikungunya, mas não há detalhes do número total de testes. Não há restrição de insumos, apenas, para os anticorpos IgM do vírus zika e antígeno NS1 da dengue. Nesta segunda, a Bahia também contava com testes moleculares, testes multiplex para detecção de dengue, zika e chikungunya (cerca de 400 testes no laboratório), além de protocolos in house para RT-PCR single de dengue, zika e chikungunya. Desses, são cerca de 500 reações para detecção de cada vírus, porém não há enzima master mix em estoque e a falta dessa enzima inviabiliza a realização do RT-PCR.
O coordenador de endemias na Vigilância Epidemiológica Municipal de Brumado (Vigep), Fábio Azevedo, disse que o carro fumacê liberado pelo Governo do Estado para combate ao mosquito aedes aegypt é apenas um paliativo. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, ele explicou que o inseticida dispensado pelo carro mata apenas os alados, mas as larvas do mosquito continuam nos reservatórios. “Todo dia tem novos ovos eclodindo, tem pulpa no criadouro, então a eficácia do combate às arboviroses é o tratamento focal nas casas”, destacou. Por isso, Azevedo alertou a comunidade para a importância de receber os agentes em suas residências e de realizar os cuidados necessários para impedir a proliferação do mosquito. “O cidadão tem que estar ciente disso: só UVB não resolve, o agente tem que entrar na casa e eliminar possíveis criadouros. Precisamos do grande apoio da população porque o agente só fica 15 minutos dentro de sua casa”, reiterou.
Uma moradora de Itanhanhém, em São Paulo, descobriu que estava grávida de uma maneira diferente. Ela procurou atendimento médico porque reclamava de muitas dores nas costas e constatou que gestava um bebê há pelo menos 8 meses. O caso aconteceu com a dona de casa Eliane Santana, de 39 anos, foi até o hospital municipal da cidade para passar por consulta com o clínico geral e saiu de lá com um encaminhamento para a maternidade. “Como eu estava com muita dor do lado esquerdo [nas costas], fui ao clínico geral. [Na unidade de saúde] eles pediram um raio-x e, pelo exame, descobriram que eu estava grávida. Me encaminharam para a maternidade para ver se estava tudo bem, até porque grávida não pode fazer raio-x”, afirmou a mulher ao G1. De acordo com Eliane, os profissionais que a atenderam disseram que nem todas as gestações apresentam sintomas. “Me falaram que cada mulher e gravidez é de um jeito. Umas têm enjoos e outras não. Eu não tive sintoma. O bebê está na parte de trás, perto da costela. Por isso não tive barriga e sinto dor nas costas”. Apesar do ocorrido, ela não é mãe de "primeira viagem". Nas outras gestações, lembrou a dona de casa, os sintomas de gravidez foram comuns. . “Não tive barriga nenhuma. Tudo diferente das outras gravidezes. Minha filha mais velha tem 24 anos”. Quando nascer o menino vai receber o nome de Mikael Ravi, definiu.
Coordenador de endemias na Vigilância Epidemiológica Municipal (Vigep), Fábio Azevedo disse que a pandemia contribuiu para o atual surto de arboviroses registrado em Brumado. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, ele explicou que as pessoas tinham medo de receber os agentes de endemias em suas residências e isso afrouxou os cuidados necessários para prevenir o aparecimento de focos do mosquito aedes aegypt. Hoje, a cidade possui 1693 casos confirmados de chikungunya - no ano passado, foram apenas 3 casos da doença -, e 247 de dengue. A situação é tão delicada que Brumado é o quinto município do país com mais casos de chikungunya. “Tudo isso em decorrência do aumento do mosquito. O mosquito ficou esquecido por dois anos pelo pavor que o cidadão estava da Covid-19”, afirmou. O coordenador também destacou que a Vigep irá intensificar o trabalho de combate ao aedes aegypt com a aplicação de um novo produto, muito mais eficaz, nas residências.
Das 5.570 cidades no Brasil, Brumado é a quinta colocada com mais registros de casos prováveis de chikungunya em 2022, segundo dados do Ministério da Saúde (MS). Até a semana epidemiológica 17, encerrada em 30 de abril, Brumado registrou, de acordo com o MS, 1789 casos da arbovirose, ocupando, portanto, a quinta colocação nacional. Os dados do MS são divergentes da Secretaria de Saúde (Sesau) e da Vigilância Epidemiológica (Vigep), que confirmaram 1.693 casos (veja aqui). O Hospital Municipal Professor Magalhães Neto (HMPMN) realiza mais de 100 atendimentos diários de casos suspeitos de arboviroses, os quais não estão sendo informados para notificação da Vigep. Isso, certamente, elevaria o número de confirmados com as doenças transmitidas pelo mosquito aedes-aegypti. De acordo com o jornal Folha de Pernambuco, as três primeiras colocadas no ranking nacional de casos são do Ceará: Juazeiro do Norte (3.926 casos), Fortaleza (2.362 casos) e Crato (2.243 casos). Das 10 primeiras, oito são do Nordeste. As 10 cidades do Brasil com mais casos de chikungunya até 30 de abril de 2022: 1. Juazeiro do Norte (CE) - 3.926; 2. Fortaleza (CE) - 2.362; 3. Crato (CE) - 2.243; 4. Salgueiro (PE) - 2.164; 5. Brumado (BA) - 1.789; 6. Barbalha (CE) - 1.678; 7. Petrolina (PE) - 1.555; 8. Macarani (BA) - 1.065; 9. Montes Claros (MG) - 1.063; 10. Luziânia (GO) - 1.045. A arbovirose é transmitida pela picada de fêmeas infectadas do mosquito do gênero Aedes - a chikungunya costuma evoluir em três fases. Na primeira, chamada de febril ou aguda, o quadro costuma durar de cinco a 14 dias. A fase pós-aguda pode decorrer ao longo de três meses. Já a crônica é considerada quando os sintomas persistem por mais de três meses após o início da doença. Em mais da metade dos casos, segundo o Ministério da Saúde, as dores nas articulações tornam-se crônicas, podendo persistir por anos. Os sintomas clínicos da doença são febre, dores intensas nas articulações, dor nas costas, dores pelo corpo, erupção avermelhada na pele, dor de cabeça, náuseas e vômitos, dor retro-ocular, dor de garganta e calafrios. Há também o registro de diarreia e/ou dores abdominais - as manifestações do trato gastrointestinal são mais presentes em crianças. O tratamento da chikungunya é feito de acordo com os sintomas. Até o momento, não há tratamento antiviral específico. A terapia utilizada é analgesia e suporte.
O boletim epidemiológico de arboviroses aponta 2.335 notificações em Brumado, sendo 05 do zika vírus, sem nenhuma confirmação, 308 notificações para dengue, com 245 confirmações. A chikungunya registra um quadro elevado com 2.022 notificações, das quais 1.693 foram confirmadas. 131 amostras suspeitas das patologias ainda estão em investigação. Segundo apurou o site Achei Sudoeste, a passagem dos carros fumacê freou o avanço do contágio no município, porém a Secretaria de Saúde (Sesau) e a Vigilância Epidemiológica (Vigep) acreditam que os números relatados não retratam a realidade, uma vez que há centenas de casos subnotificados, que é quando a pessoa infectada não comparece ao laboratório para testes de sorologia. Desde a segunda quinzena de abril, a Sesau observa uma queda acentuada nas notificações, o que reflete a eficácia do bloqueio geral através das operações de combate ao aedes-aegypti. No entanto, a Vigep mantém a comunidade em alerta para continuarem na vigilância dos reservatórios de água e qualquer objeto nos quintais que possam acumular água. Em 2020, Brumado registrou quase 1000 confirmações de dengue. Naquela ocasião, o avanço do contágio também só foi contido após a passagem do carro fumacê pelo município. Esse ano está sendo registrado o maior e pior período de contágio de chikungunya na história da cidade. Obedecendo o ciclo de intervalo de dois anos, a Vigep prevê uma nova elevação de contágio em 2024.
A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) economiza até 60% em recursos de medicamentos, em relação aos preços do mercado, conforme um estudo realizado pelo farmacêutico estadual Neemias Santana de Oliveira, sobre o mercado regulador de medicamentos. A pesquisa resultou na tese de mestrado defendida na Universidade Estadual da Bahia (Uneb): “Regulação econômica de medicamentos: análise comparativa entre preços teto e preços praticados nas compras de medicamentos do Governo do Estado da Bahia”. Por ano, a Sesab movimenta mais de R$ 356 milhões em compras de medicamentos. A Superintendência de Assistência Farmacêutica, Ciência e Tecnologia em Saúde (Saftec) que operacionaliza as aquisições realizou uma economia de até 60% no comparativo com os preços da Câmara de Regulação de Medicamentos (CMED), que é um órgão vinculado à Anvisa e tem em seu conselho membros dos ministérios da Saúde e da Economia. “A metodologia para a formação de preços da CMED precisa ser reformulada urgentemente. Ela foi criada por Lei em 2003, para assistência farmacêutica. Mas o que se percebe é que, atualmente, ela atende muito mais aos interesses da indústria farmacêutica que dos gestores do SUS. A fórmula que ajusta os preços precisa ser revista”, enfatiza o Neemias Oliveira. Caso a Sesab tivesse adquirido os 56 medicamentos do componente especializado pelo valor máximo da CMED, haveria um acréscimo de 606%, saindo de R$ 55. 2 milhões para R$ 389,9 milhões. A CMED atua Regulação do mercado farmacêutico, estabelecendo preços máximos de comercialização para o consumidor e para os governos nas licitações públicas e nas aquisições via ações judiciais. Já as aquisições da Sesab em relação ao Banco de Preços em Saúde (BPS), que é um sistema do Ministério da Saúde no qual disponibiliza uma média dos valores praticados em licitações públicas de diferentes estados, o desconto médio para o estado da Bahia foi de 5,9%. “A Bahia trata os recursos públicos com austeridade, otimizando-os ao máximo. E assim conseguimos fazer mais com menos, adquirindo mais medicamentos e atender mais baianos”, afirma o superintendente da Saftec, Luiz Henrique d’Utra.
Na Bahia, 11 municípios são considerados prioritários no acompanhamento da leishmaniose tegumentar, com classificações de risco de muito intenso, intenso e alto. Na lista estão Taperoá, Wenceslau Guimarães, Valença, Teolândia, Nilo Peçanha, Mutuípe, Tranquedo Neves, Camamu, Ibicoara, Maraú e Grapiúna. As informações são do Boletim Epidemiológico de Leishmaniose Tegumentar da Bahia de abril. Segundo a coordenadora de doenças de transmissão vetorial da Sesab, Sandra Maria de Oliveira da Purificação, os casos podem ser relacionados à situação socioeconômica. O boletim mostra que em 2021 houve predominância em indivíduos do sexo masculino, da raça parda, na faixa etária economicamente ativa de 20 a 49 anos em residentes da zona rural. “Esse agravo é uma zoonose e está ligado a condições socioeconômicas também, já que o vetor tem a condição de uma doença infecciosa que é causada por algumas diferentes espécies do protozoário e ele tem um reservatório que pode ser tanto silvestre como de condição urbana. E a partir desse vetor, que é um inseto [...], acabamos favorecendo a presença dele no ambiente. Pressupomos que essa faixa etária [de 20 a 49 anos] está mais exposta por questões de trabalho, uma faixa etária que está mais fora de casa, digamos assim, e tem uma propensão maior a ser acometida. Ainda assim é um agravo que está ligado a situações socioeconômicas”, explicou a especialista ao Bahia Notícias. De acordo com o Ministério da Saúde, a leishmaniose tegumentar se caracteriza por feridas na pele que se localizam com maior frequência nas partes descobertas do corpo, podendo tardiamente surgir feridas nas mucosas do nariz, da boca e da garganta.
Em Guanambi, a 141 km de Brumado, pacientes têm relatado dificuldades para conseguir medicamentos na Farmácia Básica, bem como marcar exames laboratoriais pelo Sistema Único de Saúde (SUS) por meio da Secretaria Municipal de Saúde. Um dos pacientes denunciou que demorou um ano para conseguir marcar uma consulta com o neurologista para o filho, que é doente. De acordo com o radialista Mário Filho, do Programa Radar Guanambi, os usuários também denunciaram a falta de remédios para diabéticos e hipertensos na Farmácia Básica local. A secretária de saúde ainda não se manifestou sobre o assunto.