Diante do aumento do número de casos ativos de Covid-19 em Brumado, os boletins epidemiológicos voltaram a ser divulgados pela Secretaria de Saúde no município. De acordo com o último boletim, há 128 casos ativos na cidade. Em entrevista site Achei Sudoeste, o secretário municipal de saúde, Cláudio Soares Feres, disse que tanto no Hospital Professor Magalhães Neto, quanto nas unidades básicas, cresceu bastante o número de atendimentos de síndromes gripais causadas por diversos vírus. No que se refere ao coronavírus, o secretário frisou que os pacientes estão em isolamento domiciliar, com sintomas leves. “Está tudo tranquilo”, pontuou. Aproveitando a oportunidade, Feres reforçou à população os apelos para que procurem os postos de saúde para vacinação contra a doença, visto que a imunização é a grande responsável pela queda nos índices de mortalidade e de internações. “Fiquem atentos às redes sociais da prefeitura porque voltamos a agendar a vacina de forma eletrônica. As pessoas devem se vacinar. Tá mais do que provado que, depois da vacinação, o número de casos, principalmente para internação, reduziram drasticamente. O nosso pedido, enquanto secretário municipal, é para que as pessoas atualizem o seu cartão de vacinação contra a Covid-19”, afirmou.
Cerca de 1 milhão de preservativos devem ser distribuídos pelo Governo da Bahia nos municípios de Salvador, Amargosa, Ibicuí, Ipiaú, Ilhéus e Itabuna, de 23 de junho a 2 de julho, locais onde as festas juninas têm mais concentração de pessoas nessa época. A iniciativa do Estado considera um cenário nacional onde apenas 50% das pessoas usam camisinha nas relações ocasionais. Além disso, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) também recomenda se vacinar contra a Covid-19 antes dos festejos. As infecções sexualmente transmissíveis são doenças causadas por vírus, bactérias ou parasitas. As ISTs aparecem, principalmente, no órgão genital, mas pode surgir também em outras partes do corpo (palma das mãos, olhos, língua). “Realizamos ações em municípios com um grande fluxo de pessoas, possibilitando intensificar a ação educativa no que tange a prevenção das ISTs, bem como estamos estimulando a vacinação contra a Covid-19, pois temos mais de 4,5 milhões de baianos acima de 12 anos que já poderiam ter se vacinado com a 3ª e 4ª doses, mas ainda não foram”, disse a diretora da Vigilância Epidemiológica da Sesab, Márcia São Pedro ao jornal A Tarde. A secretária da Saúde do Estado, Adélia Pinheiro, explicou que, mesmo com o avanço no tratamento do HIV, é necessário que todos fiquem atentos para a prevenção e façam exames regularmente para evitar a transmissão aos seus parceiros. “Acreditamos que essa é uma ação fundamental durante o São João para chamar a atenção de todos para que tenham relações sexuais de forma segura”, afirma Pinheiro.
Um bebê nasceu dentro de uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), na BR-030, na cidade de Guanambi, a 141 km de Brumado. Segundo informou ao site Achei Sudoeste, o diretor operacional do Samu 192, Nilvan Patez, o fato foi registrado na última sexta-feira (17), quando uma equipe da unidade foi solicitada para anteder uma ocorrência no Distrito de Mutans, em Guanambi. De acordo com Patez, não deu tempo de a ambulância chegar com a gestante no Hospital Regional de Guanambi (HGG) e o parto foi realizado na BR-030 a caminho da unidade.
Segundo Nilvan, a criança foi batizada de Gael. “É extremamente gratificante saber que uma vida veio ao mundo pelas nossas mãos. Diante de tantas notícias ruins que acompanhamos em todo o mundo, essa foi um acalento para o nosso coração. Desejamos muita saúde à mamãe e o pequeno Gael”, disse. A equipe que atendeu a ocorrência se emocionou com fato. “A nossa equipe fez toda parte operacional do parto”, disse. A equipe era composta por: médico, enfermeiro, condutor socorrista e uma estudante de medicina. Mãe e filho passam bem.
Nesta sexta-feira, 17 de junho, o município de Brumado registra 11606 casos confirmados da Covid-19, o novo coronavírus. Entre os diagnósticos: 0 internação, 204 óbitos, 128 pacientes em tratamento e 11274 recuperados. As notificações suspeitas abrangem pacientes com quadros de síndromes gripais diversas, dentre os quais alguns se encaixam nos critérios para realização do exame RT-PCR ou via teste rápido. Estes últimos estão sendo usados de forma criteriosa, em casos excepcionais, como estratégia para ampliar e tornar mais eficaz o enfrentamento à pandemia no município.
A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) descartou, nesta quinta-feira (16), o caso suspeito de varíola dos macacos que estava sendo investigado em um paciente de Salvador. O caso foi investigado pelos centros de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) da capital baiana e do estado. O resultado foi divulgado pelo laboratório de referência nacional. De acordo com a Sesab, a suspeita começou após um morador de Salvador apresentar três sintomas da doença causada pelo vírus Monkeypox: febre alta de início súbito, adenomegalia e erupção cutânea. Ele segue internado em um hospital da rede privada da capital baiana. Monkeypox é uma zoonose viral, do gênero Orthopoxvirus, da família Poxviridae, que se assemelha à varíola humana, erradicada em 1980. A doença cursa com febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, adenomegalia, calafrios e exaustão. A infecção é autolimitada com sintomas que duram de duas a quatro semanas, podendo ser dividida em dois períodos: invasão, que dura entre zero e cinco dias, com febre, cefaleia, mialgia, dor das costas e astenia intensa. A erupção cutânea começa entre um e três dias após o aparecimento da febre. A erupção tem características clínicas semelhantes com varicela ou sífilis, com diferença na evolução uniforme das lesões.
O Laboratório Central da Bahia (Lacen-BA) identificou quatro subvariantes da ômicron no estado. A informação deixou as autoridades em saúde em estado de alerta. De acordo com a Sesab, 873 amostras coletadas durante o primeiro trimestre desse ano foram analisadas pelo Lacen e 799 sequências foram divulgadas. A análise detectou 730 infecções por subvariantes da ômicron, ou seja, mais de 90% dos sequenciamentos realizados. Do total, o maior número de casos é do subtipo BA.1, com 660 infectados. A variação BA.1.1 registra 57 ocorrências, seguida pela BA.2, com 11. A mais recente, identificada em abril, é a XF, que tem duas confirmações. As subvariantes foram registradas em pacientes de 193 dos 417 municípios baianos. O maior número de contaminações foi em Eunápolis, no extremo sul do estado, com 176 registros da sub-variante BA.1, seguido de Salvador, com 99.
A Prefeitura de Brumado abriu nesta quarta-feira (15) as inscrições para o Processo Seletivo para contratação de agentes comunitários de saúde (clique aqui e veja o edital). As inscrições serão encerradas no dia 28 de junho. O valor da taxa de inscrição é de R$ 100. No total, são 23 vagas efetivas e formação de cadastro reserva. O agente comunitário de saúde tem entre as suas atribuições: a prevenção de doenças e promoção de saúde, em comunidades e domicílios, de maneiras individuais ou coletivas. A carga horaria é de 40 horas semanais. O valor da remuneração será de R$ 1.550,00.
Os centros de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) de Salvador e o da Bahia acompanham o primeiro caso suspeito da doença causada pelo vírus Monkeypox (conhecida como varíola do macaco). O indivíduo residente na capital baiana foi internado com a tríade de sintomas da doença: febre alta de início súbito, adenomegalia e erupção cutânea. As informações são da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab). O indivíduo encontra-se internado em unidade hospitalar da rede privada, em Salvador. A amostra foi enviada ao Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA), que encaminhou para a referência nacional. Ainda não há previsão de resultado laboratorial. Monkeypox é uma zoonose viral, do gênero Orthopoxvirus, da família Poxviridae, que se assemelha à varíola humana, erradicada em 1980. A doença cursa com febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, adenomegalia, calafrios e exaustão. A infecção é autolimitada com sintomas que duram de 2 a 4 semanas, podendo ser dividida em dois períodos: invasão, que dura entre 0 e 5 dias, com febre, cefaleia, mialgia, dor das costas e astenia intensa. A erupção cutânea começa entre 1 e 3 dias após o aparecimento da febre. A erupção tem características clínicas semelhantes com varicela ou sífilis, com diferença na evolução uniforme das lesões.
O governador da Bahia, Rui Costa, pediu, nesta segunda-feira (13), que as pessoas mantenham a vacinação contra Covid-19 em dia, antes dos festejos juninos. Atualmente no estado, mais de 8 milhões de pessoas estão com o esquema vacinal contra a doença incompleto ou sem as doses de reforço. “Graças a vacina a gente percebe que subiu o número de contaminados, mas não subiu o número de internados, não subiu o número de UTIs ocupadas e o número de mortos. Então nesse momento, a gente reforça para que você, que está em casa, que ainda não tomou vacina ou não tomou o reforço ou a quarta dose, está na hora, antes do São João, antes de dançar um forró, tomar seu licor, vai essa semana tomar a vacina”, disse o governador.
A prefeitura de Serra Dourada, no oeste da Bahia, publicou decreto neste sábado (11) proibindo a realização de festejos juninos no município, sejam públicos ou particulares. A medida, que já está em vigor e é válida por 30 dias, tem como objetivo evitar o aumento dos casos de Covid-19. De acordo com o G1, a gestão também estabeleceu toque de recolher de 0h às 5h, em todo o município. A exceção é para quem trabalha nas áreas de segurança e saúde, em horário de trabalho, para compra de medicamentos ou deslocamentos a unidades de saúde. Conforme a publicação, bares, quiosques, e outros estabelecimentos do tipo, só poderão funcionar até as 23h59, sem uso de equipamento sonoro que possa gerar aglomerações. A administração municipal proibiu a emissão de alvarás contrários a estas decisões e suspendeu outros já emitidos, até que os casos de Covid-19 comecem a baixar. O decreto recomenda uso de máscaras no município, sobretudo em ambientes fechados, mas não determina obrigatoriedade do equipamento de proteção. Além disso, orienta que os moradores evitem sair de casa sem necessidades essenciais, a fim de reduzir a possibilidade de contágio. Conforme boletim da prefeitura, atualmente a cidade tem 57 casos ativos da doença. Uma pessoa precisou ser levada para o Hospital do Oeste, em Barreiras, na mesma região, devido a gravidade do quadro de saúde. Até o último dia 3, Serra Dourada tinha apenas 3 casos ativos. O município, que tem população estimada em pouco mais de 18 mil habitantes, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou 23 óbitos pela doença, desde o início da pandemia.
Do total de 11,6 milhões de baianos vacinados com as 1ª e 2ª doses de vacina contra a Covid-19, cerca de 6,1 milhões de pessoas simplesmente não voltaram aos postos para reforçar a imunização com as 3ª e 4ª doses. Ou seja, 60% das pessoas estão negligenciando a proteção adicional garantida pelo SUS. “A imunidade cai após 5 meses da vacinação. Por isso é tão importante, neste momento pré-festejos juninos em que grande parte da população se aglomera para dançar, beber e comer, que a população reforce sua proteção a fim de evitar um novo boom de casos após o São João”, esclarece a secretária da Saúde do Estado da Bahia, Adélia Pinheiro. A despeito do aumento do número de casos verificado nas duas últimas semanas, a titular da Sesab esclarece que, no momento, os indicadores avaliados não justificam uma suspensão de eventos ou adoção de alguma medida restritiva. “Ainda que o número de casos ativos tenha crescido, os números de internações e de óbitos não sofreram alterações, o que permite que os eventos sejam mantidos ressaltando a importância da vacinação”, pontua Adélia. A Sesab realiza a distribuição das vacinas para os 417 municípios do estado e os orienta a realizarem ações, junto às lideranças locais, destacando a importância da vacinação, envolvendo a atenção básica e os agentes de saúde da família para a busca ativa das pessoas com esquema vacinal incompleto. A Secretaria Estadual da Saúde também elabora e divulga notas técnicas e alertas epidemiológicos; material educativo com reforço às orientações de prevenção e controle da doença, além de reuniões periódicas com as equipes técnicas regionais de saúde. Segundo a diretora da Vigilância Epidemiológica Estadual Márcia São Pedro, a adoção da dose de reforço das vacinas contra covid-19 é um importante avanço no enfrentamento do vírus. “Ela garante proteção ao indivíduo e bloqueia a transmissão coletiva do vírus. Depois disso, a orientação para quem vai celebrar os festejos juninos é dar preferência a espaços abertos”, reforça a sanitarista.
Desde a última segunda-feira (06), o Município de Brumado passou a disponibilizar a vacina contra Covid-19 na rotina das unidades básicas de saúde dos bairros São José, São Félix, Dr. Juracy, Bairro das Flores, Vila Presidente Vargas e Baraúnas. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o secretário municipal de saúde, Cláudio Soares Feres, explicou que, agora, a vacina está disponível para todos os públicos conforme as datas de aplicação das doses anteriores. Apesar da alta no número de casos ativos da doença no município, o secretário frisou que a vacina tem sido primordial para manter os pacientes com sintomas leves, sem necessidade de internação. “As pessoas se preocupam muito com a Covid-19, mas tem outros vírus respiratórios circulando. Só na semana passada tinham 9 crianças internadas no hospital com síndrome respiratória. Todas testaram negativo para a Covid”, alertou.
Embora o município de Brumado tenha apresentado uma evolução no atendimento à saúde nos últimos anos, o médico infectologista Augusto Anibal Nunes avaliou que muitas cidades desse porte acabam tendo dificuldades no processo de gestão dos recursos para a área. Ele disse que é muito importante que a população participe dos debates envolvendo a saúde pública junto ao Município, à Câmara de Vereadores e ao Conselho Municipal de Saúde para que a assistência à saúde melhore efetivamente. “O percentual financeiro que se gasta para a saúde deve atender as demandas da população. Temos que fazer a reorganização do serviço para que o problema não seja transferido para outras cidades”, pontuou ao site Achei Sudoeste.
Assim como em todo estado da Bahia, o município de Brumado tem registrado alta no número de casos ativos da Covid-19. Há cerca de vinte dias, os casos começaram a surgir após quase dois meses com o boletim epidemiológico zerado. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o secretário municipal de saúde, Cláudio Soares Feres, informou que, até a última terça-feira (07), haviam 50 pessoas com o vírus ativo na cidade. “Esses pacientes estão sendo diagnosticados através de teste rápido no Lacen, bem como em laboratórios particulares”, detalhou. Apesar da alta, o secretário disse que os pacientes apresentam sintomas leves e seguem o isolamento domiciliar. Em caso de suspeita da doença, os pacientes devem procurar qualquer Unidade Básica de Saúde (UBS) para assistência e orientações sobre testagem. O secretário ainda orientou que as pessoas com sintomas gripais devem usar máscara por precaução.
Com o avanço do plano nacional de imunização e a redução no número de casos da Covid-19, as pessoas relaxaram as medidas de prevenção contra a doença. No entanto, o médico infectologista Augusto Anibal Nunes alertou que a pandemia ainda não acabou e os cuidados precisam ser mantidos. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, ele destacou que o SAR-COV 2 tem muita capacidade de adaptar-se aos momentos epidemiológicos diversos. “É muito importante continuarmos vigilantes. Se você vai a algum lugar fechado com algumas pessoas é interessante usar máscara. Lavar as mãos com frequência também. Temos a perspectiva de uma quarta onda no final do ano, mas deve ser algo mais arrefecido”, salientou. Nunes colocou ainda que o Brasil tem conseguido produzir uma carga imunológica muito significativa e, por isso, a redução no número de casos ativos, internações e óbitos em decorrência da doença. “Vacinar é o mais importante”, pontuou.
Passado o período mais crítico da pandemia, Brumado lida agora com o alto número de casos de Chikungunya e possíveis complicações relacionadas à doença (veja aqui). Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o médico infectologista Augusto Anibal Nunes disse que, em pacientes com comorbidades, a arbovirose pode apresentar complicações. No entanto, ele relatou que se surpreendeu com a forma clínica como a Chikungunya se manifestou em alguns pacientes idosos que adquiriram a doença em áreas centrais do município. “Foram formas muito graves e complexas. Dentre esses casos, dois pacientes apresentaram encefalite, com testes negativos para outras doenças que poderiam produzir a encefalite. Fechamos a suspeita diagnóstica em encefalite por Chikungunya em, pelo menos, dois casos em Brumado”, informou. Embora sejam casos raros, Nunes destacou que há um aumento da incidência desses episódios em ambientes com taxas de transmissão muito elevadas, como é o caso de Brumado. Esse tipo de complicação pode levar a óbito.
Assim como em outros lugares do país, o infectologista Augusto Anibal Nunes disse que vidas poderiam ter sido poupadas em Brumado se o Município tivesse se organizado melhor no combate à pandemia, principalmente em si tratando das orientações à população e das metodologias de tratamento dos pacientes. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, ele avaliou que muitas vidas foram perdidas em virtude de ingerências nos entes federativos - União, Estados e Municípios - diante do controle da pandemia. Nesse sentido, o médico infectologista destacou que faltou, em muitos casos, suporte técnico, métodos terapêuticos adequados, boa informação científica e orientações corretas sobre medidas preventivas. “A população sofreu com a falta de orientação acerca do uso de máscara, distanciamento social e lavagem das mãos como elementos educacionais. Isso foi muito confundido e gerou muitos conflitos. Estes acabaram causando perda de tempo”, completou.
Em si tratando do processo de gestão da saúde pública, o infectologista Augusto Nunes avaliou que o Município de Brumado teve dificuldades em lidar com a pandemia da Covid-19. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, ele disse que Brumado caminhou no sentido inverso do que poderia ter sido organizado frente ao combate à pandemia, principalmente em termos de metodologias de tratamento dos pacientes e orientações preventivas. “A gente percebe até hoje uma ansiedade em atender pleitos nacionais do ponto de vista de inversão com relação às informações científicas”, pontuou. Apenas com o avanço do plano de imunização em todo país, Nunes ponderou que a situação pode ser controlada apesar do que considerou uma fragilidade na atenção à saúde no município.
A Bahia teve um aumento de 166% em casos conhecidos de Covid-19 no mês de junho, em comparação com o mês de maio. Como consequência disso, a procura por testes disparou no estado. O G1 analisou dados referentes aos dias 2 de maio e junho, porque desde a última sexta-feira (3) o Ministério da Saúde não divulga os dados relacionados aos registros da Covid-19. Não há previsão de quando esse sistema será regularizado. No último mês, foram 358 casos contabilizados só no dia 2, enquanto neste mês foram 953 registros na mesma data: um aumento de 595 casos.
A Prefeitura de Guanambi, a 141 km de Brumado, publicou o decreto 907, em edição extra do Diário Oficial neste domingo (5), que deixa de ser obrigatório o uso de máscara em eventos e locais fechados. A obrigatoriedade foi estabelecida no último dia 30 de maio (veja aqui). A nova medida mantém a obrigatoriedade do uso das máscaras em locais fechados, como unidades de saúde, clínicas, UPA, farmácias e hospitais. Também continua obrigatório o uso de máscaras nos terminais do aeroporto e rodoviária, em instituições de ensino público e privado e para pessoas que estão com sintomas gripais ou respiratórios ou que tiveram contato com pacientes que contraíram a Covid-19 recentemente. Já a obrigatoriedade de apresentação da comprovação de vacinação contra a Covid-19 continua obrigatória no município para ter acesso a locais fechados ou para utilizar serviços de transporte e acessar unidades prisionais ou policiais. A comprovação deverá ocorrer por meio do documento fornecido no momento da imunização ou do Certificado Covid, obtido por meio do aplicativo “Conect SUS” do Ministério da Saúde. Serão exigidas as doses de reforço da vacina para o público alcançado por esta etapa da campanha de imunização.
Moradora no Bairro Dr. Juracy, em Brumado, Joana de Fátima fez um apelo emocionado às autoridades do município em virtude do estado de saúde do seu filho Patrick Mateus. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, ela contou que o filho sofreu um acidente de moto e está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal Professor Magalhães Neto em estado grave à espera de uma UTI com especialidade em neurocirurgia. “Ele necessita de uma avaliação neurológica. O caso é grave e ele precisa urgente de uma transferência para um hospital com UTI e atendimento com neurocirurgião”, afirmou. O acidente aconteceu na última terça-feira (31) e o paciente corre risco de morrer ou ter o quadro agravado. Segundo Fátima, o filho apresenta hemorragia cerebral e a demora pode ser fatal. “Isso é omissão de socorro. É crime. Sempre acontece esse tipo de caso no nosso município e, hoje, estou sentindo na pele. Estamos pedindo ajuda à sociedade”, implorou. Para Joana, a presença de um neurocirurgião no Hospital Municipal e em um município do porte de Brumado é de extrema importância para preservar vidas. “Não sabemos quanto tempo temos ou se haverá uma piora. Nós, brumadenses, necessitamos urgente desse recurso”, completou.
Em contato com o site Achei Sudoeste, uma mãe que preferiu não se identificar denunciou que seus filhos foram maus tratados em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) Dr. Arlindo Magno Stanchi, do município de Brumado. No local, segundo relatou, ela explicou para uma enfermeira da recepção que os filhos estavam com sintomas gripais e pediu que, se possível, fosse feito o teste da Covid-19. Ríspida, a enfermeira disse que ela e os filhos deveriam estar isolados dentro de casa. “Não existe mais central de notificação, por isso busquei atendimento na unidade. Ela falou que o médico não poderia me atender pela manhã, talvez à tarde, mas não me deu resposta, não demonstrou interesse, não marcou horário. Não prestaram nenhum atendimento”, contou. Segundo a mãe, após o ocorrido, a recepcionista do local expulsou os seus filhos pequenos, de 5 e 7 anos, da sala onde estavam aguardando. “Pegou eles pela blusa como se tivesse com nojo e colocou pra fora do posto. Os meninos ficaram sentados no passeio com os olhos arregalados, sem saber o que estava acontecendo. Não sabia o que falar, fiquei em choque. Dói demais a gente ser destratado em um ambiente público”, completou. Indignada, a mãe pede providências da Secretaria Municipal de Saúde. O caso teria acontecido na última terça-feira (31).
O ajudante de pedreiro Joilson Oliveira está há quase um ano a espera por uma cirurgia na coluna por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), em Vitória da Conquista, a 132 km de Brumado. A situação o preocupa já que está desempregado porque sente fortes dores, que o impedem de trabalhar. Joilson Oliveira tem artrodese lombar, um problema na coluna que causa compressão perto da lombar. O ajudante de pedreiro reclama que andar do quarto até a cozinha da casa dele para beber água é uma tarefa penosa. “Eu estou com dificuldade de me locomover. Só fico mais deitado, sentindo muitas dores na articulação e na lombar. Dói demais, então fico mais deitado, só sofrendo nessa cama”, contou ao G1. Ajoelhar, descer ou subir escadas, carregar peso e até ficar parado em pé por alguns minutos são ações que há mais de um ano não consegue fazer. O ajudante de pedreiro começou a sentir fortes dores na coluna em março do ano passado enquanto trabalhava. Ele chegou a fazer uma cirurgia de hérnia. No entanto, as dores continuaram e se agravaram ainda mais. Há mais de um ano Joilson não consegue sair da cama. O pedido para a cirurgia foi feito em 27 de julho de 2021. De lá pra cá, exames precisaram ser refeitos e até agora a família não tem ideia de quando a cirurgia vai acontecer. Desempregado e sem receber o auxílio doença por causa dos atrasos com a greve do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a família não tem condições de pagar a cirurgia. Os familiares dependem do SUS fazer o procedimento. Uma espera, segundo Gilson, que tem trazido muitas dificuldades para família. Por isso, como último recurso a família vai acionar a Defensoria Pública da Bahia (DPE-BA) por meio da Câmara de Conciliação de Saúde. Um serviço oferecido com o objetivo de cobrar do município e do estado, uma reposta e agilidade.
Em pronunciamento na Tribuna Livre da Câmara de Vereadores de Brumado, a enfermeira Érica Luz fez críticas ao atendimento do Hospital Professor Magalhães Neto, especialmente no que se refere à emergência pediátrica (veja aqui). Segundo ela, o pediatra que atendeu o seu filho, um bebê de 9 meses, foi negligente em sua conduta médica e ainda teria dito que estava insatisfeito com as condições de trabalho na unidade. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o secretário municipal de saúde, Cláudio Soares Feres, defendeu os profissionais que atuam na unidade de saúde, porém disse que, nesse caso, não há como saber se o médico, efetivamente, demonstrou tal insatisfação. “Não presenciei. Não tenho como provar. Existe a versão dela, a versão dele e a verdade. Infelizmente, não temos como chegar à verdade. Só os dois sabem o que, de fato, aconteceu”, afirmou. Segundo Feres, se a insatisfação foi expressada pelo profissional à paciente, houve uma falha e o mesmo não deveria ter agido dessa forma. “Não tenho como opinar em algo que não posso provar. Se ele estivesse insatisfeito, não estaria trabalhando aqui. Tem “n” locais pra ele trabalhar. Se estiver insatisfeito peça pra sair. Não se justifica essa atitude”, completou.
Em meio a críticas ao atendimento no Hospital Municipal Professor Magalhães Neto e à falta de uma equipe de neurocirurgia na unidade, o vereador Amarildo Bomfim (PSB) se posicionou sobre o assunto. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, ele colocou que uma cidade do porte de Brumado necessita de atendimento em neurocirurgia. Bomfim ainda fez questão de lembrar de casos emblemáticos de brumadenses que precisaram de atendimento específico na área. “Há 4 meses atrás, perdemos a Hemille por falta de atendimento de um neurocirurgião em nosso município. Ficou na fila de espera por 9 dias. Também passamos agora pela mesma situação com a Silene, uma colega nossa de trabalho, que ficou, durante 72 horas, esperando uma vaga. Imagina o desespero da família”, ressaltou. Com mais de R$ 300 milhões no orçamento, Amarildo espera que o Município possa contratar um neurocirurgião para atender o povo ou então forme um consórcio regional de saúde com tal finalidade. “Por que o Município não faz uma pactuação com Caetité, Guanambi, Livramento de Nossa Senhora e contrata um neurocirurgião? O profissional não precisa ficar, exclusivamente, pra Brumado. Vai ser útil pra todos da microrregião. O consórcio existe pra isso. Basta apenas interesse e força de vontade. Temos equipamentos pra isso, só precisamos do profissional”, arrematou.