A cidade de Malhada de Pedras vive um momento grave de calamidade hídrica. Ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, Lucas Ataíde, secretário de Agricultura, Meio Ambiente e Recursos Hídricos e coordenador da Defesa Civil municipal, disse que a situação é ainda mais preocupante, visto que não há locais de captação de água na cidade. “Antigamente, tínhamos diversas fontes de água, mananciais que poderíamos fazer a captação para distribuição à comunidade, mas hoje não temos”, afirmou. Sem fontes hídricas, o local mais próximo para captação de água na região é Brumado. No período de chuvas de 2024/2025, Ataíde explicou que o município passou por uma seca severa e não foi feita a pluviosidade adequada, o que reflete no momento atual e complica a questão da estiagem na região. Com uma média de chuvas que varia de 700 a 900 mm anualmente, o coordenador informou que, no ano passado, o Município não supriu a sua necessidade hídrica, registrando apenas 200 mm de precipitações. Aliado ao fato de novembro de 2024 ter sido o mês mais quente da história, Malhada de Pedras tem o prognóstico de viver uma seca mais alongada neste ano. “As previsões não são animadoras. Infelizmente, as perspectivas a longo prazo não são favoráveis, mas pra Deus nada é impossível”, finalizou.
O prefeito de Malhada de Pedras, Beto de Preto Neto (PSD), se reuniu com a comunidade neste sábado (12) para discutir ações de convivência com a seca, tendo em vista o agravamento da estiagem na cidade. Em entrevista ao site Achei Sudoeste e ao Programa Achei Sudoeste no Ar, o gestor destacou que a situação é séria e exige total atenção do poder público. “Acreditamos que esta será a maior seca dos últimos tempos. Por isso, estamos aqui hoje reunidos com vereadores, lideranças comunitárias e presidentes de sindicatos e associações para traçarmos um plano de ação para o combate à seca porque o caso é muito sério”, afirmou. Apesar de todo empenho da gestão, o prefeito explicou que a demanda é grande e a ideia é buscar ajuda do Governo do Estado. “Vamos formalizar um documento e mostrar para o governador a real situação e um retrato do que vivemos aqui hoje”, apontou.
Atualmente, mais de 60 poços artesianos encontram-se funcionando na zona rural. Segundo Beto de Preto Neto, o governador já prometeu que irá mandar o mais breve possível uma equipe para o município a fim de fazer funcionar os poços de propriedade do Estado na região. Do governo, a administração também solicitou recursos financeiros para contratação de carros pipa, limpezas de aguadas, cestas básicas, extensão de redes de água e melhorias dos sistemas que já existem na cidade. Com poços diminuindo a vazão e secando devido à falta de chuvas, o prefeito disse que a solução pode ser temporária. “É preocupante. A cada momento, vemos a situação se agravando, mas nós temos que ir cuidando da melhor maneira que pudermos”, completou.