O professor aposentado Genival Moura também aderiu à paralisação dos servidores da educação da rede estadual em Brumado. Ao site Achei Sudoeste, Moura destacou que o movimento é de toda sociedade. “A sociedade precisa entender a importância da educação. Pra você ter uma educação de qualidade, é preciso ter um professor com qualidade e, principalmente, bem remunerado”, defendeu. Genival convocou todos os professores, ativos e aposentados, todo alunado, pais de alunos e a comunidade em geral para engrossarem as fileiras da paralisação. “Esse movimento é do futuro. Vamos fortalecer esse movimento”, reiterou. Diretora da APLB/Sindicato no município, Kátia Teles lamentou que o governador, que é professor e ex-secretário de educação, esteja contra os professores. “O sentimento é de tristeza e vergonha. Não posso me dizer professor e ir contra a classe. A gente acreditava que por ser professor o governador fosse pensar mais em nós. Decepção”, afirmou.
Na Praça Armindo Azevedo, em frente ao prédio onde antes funcionava o Colégio Getúlio Vargas, Brumado, professores da rede estadual de ensino fizeram uma manifestação. A categoria, que segue paralisada em todo estado, cobra o pagamento do reajuste salarial. Ao site Achei Sudoeste, diretora da APLB/Sindicato no município, Kátia Teles, disse que o Governo do Estado está propondo um reajuste ínfimo que não atende aos anseios da classe. O valor, segundo apontou, é muito abaixo do percentual da inflação do ano passado. “Estamos com uma perda salarial de muitos anos. Há 5, 6 anos que não temos um reajuste salarial adequado para categoria”, afirmou. A categoria quer que o governador reveja o projeto de lei, enviado para a AL-BA, em regime de urgência, dispondo 5,6% de reajuste e conceda no mínimo 10% para os servidores. A professora Joelma Machado, que também faz parte da APLB/Brumado, explicou que essa terceira paralisação promovida pela classe já tem indicativo de greve diante do impasse com o governo. “Dependendo do que acontecer na assembleia, poderemos sair em greve a partir de amanhã”, adiantou. A defasagem salarial da categoria chega a 50%.