Secretária da Saúde da Bahia, Roberta Santana inspecionou, na sexta-feira (13), os serviços ofertados pela Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) instalada no complexo hospitalar de Caetité, no sudoeste baiano. Inaugurada em 2020, a Unacon de Caetité é fruto de parceria entre Governo do Estado e a administração municipal. A gestão estadual investiu mais de R$ 2,8 milhões, valor que corresponde a mais de 90% dos recursos aplicados, além de R$ 10 milhões em equipamentos para implantação do serviço, que atende 48 municípios da região via Central Estadual de Regulação (CER), evitando o encaminhamento de pacientes para a capital baiana ou grandes centros distantes da cidade de origem do usuário. “É a assistência de alta complexidade funcionando com qualidade no interior do nosso estado, isso é a regionalização da saúde na prática. É nisso que a gente acredita, esse é o compromisso do governador Jerônimo Rodrigues com a saúde da Bahia. Na Unacon de Caetité, a população encontra toda assistência em oncologia, bem como cirurgias ortopédicas e eletivas. A população da região pode contar com um hospital em pleno funcionamento e garantindo a assistência de excelência”, afirma Santana. Também chamada de Hospital do Câncer de Caetité, a estrutura funciona com 80 leitos distribuídos entre 10 de UTI adulto, 13 de Clínica Geral, 19 de Cirurgia Geral, 18 de Ortopedia e 20 de Oncologia Clínica e Cirúrgica, e oferece consultas e exames para acompanhamento, diagnóstico e tratamento, além de centro cirúrgico e serviço de quimioterapia. Também fazem parte da estrutura do hospital salas de raio-x, tomógrafo, endoscopia, eletrocardiograma, entre outras especialidades.
O Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen/Ba) identificou 29 diagnósticos positivos de varíola dos macacos (monkeypox) a partir de 9 de setembro, quando a unidade estadual iniciou a análise de amostras da doença. Ao todo, o laboratório já recebeu 881 amostras. Antes, as avaliações eram feitas pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, com intermediação do Lacen. Segundo a diretora do Lacen, Arabela Leal, com diagnóstico feito no próprio estado há maior celeridade na entrega do resultado. Em meses anteriores a setembro, os testes chegaram a demorar um mês para análise final. O Lacen trabalha hoje com diagnóstico das amostras em até cinco dias. Além do tempo, a proximidade regional dá mais segurança ao processo, diminuindo risco de acondicionamento ou extravio da amostra. “O envio de amostra de um lugar para outro era de 48h a 72h, isso quando não tinha nenhum feriado, [depois disso, ao chegar no laboratório de outro estado] houve amostras que levaram mais de 30 dias [para liberar o resultado]. Conosco, começou com prazo de seis dias por causa do volume, mas agora estamos em torno de 5 dias”, afirma. Neste mês, o Lacen recebeu 237 amostras. Destas, apenas sete positivaram. Agosto e setembro tiveram o maior número de amostras: 952 e 1069, respectivamente, com e 54 e 70 positivos. A média de positividade gira em torno de 5,7% a 6,5%. A diretora alerta que, além dos números do Lacen, laboratórios particulares e fora do estado continuam fazendo diagnóstico das amostras para a varíola dos macacos, portanto, o número total é maior do que o divulgado pela unidade. Além disso, o Lacen não coleta o material - isto é de responsabilidade de unidades básicas de toda a Bahia -, o laboratório recebe a amostra e analisa por biologia molecular conforme protocolo indicado pelo Ministério da Saúde (MS). Na Bahia, 116 casos da monkeypox foram confirmados pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). 1.650 foram descartados, enquanto há 39 suspeitos e 24 prováveis. Dos casos confirmados, 78 (67,24%) são de Salvador, seis (5,17%) de Feira de Santana e quatro (3,45%) de Conceição de Feira. Mais 19 municípios completam a lista com menos de três casos. O estado não registrou mortes pela doença.