A média móvel semanal de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) cresceu 39,5% entre a primeira e a última semana de maio, segundo o boletim InfoGripe divulgado nesta quinta-feira (9) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Entre os dias 29 de maio e 4 de junho, foram registrados no país 7,7 mil casos da síndrome. De acordo com a Agência Brasil, a Fiocruz informa ainda que, se for considerada apenas a população adulta, com 18 anos ou mais, a estimativa é que esse crescimento tenha sido de 88,7%. Entre as crianças, os casos se mantêm estáveis em patamar considerado alto e continuam mais associados ao vírus sincicial respiratório (VSR). O estudo mostra que o SARS-CoV-2 está retomando espaço entre os casos de síndrome respiratória na população em geral. Na última semana de abril, a covid-19 respondia por 41,2% das síndromes respiratórias graves com teste positivo para algum vírus. Já na última semana de maio, o percentual chegou a 69%. Se forem considerados apenas os óbitos por SRAG viral, 92,22% foram causados pelo SARS-CoV-2 na última semana pesquisada. O boletim aponta que, nas últimas seis semanas, há tendência de crescimento da síndrome em 24 das 27 unidades da federação. As exceções são Tocantins, Ceará e Pernambuco. Os pesquisadores acrescentam que, no Rio Grande do Sul, tem se observado aumento também nos casos positivos para Influenza (gripe) em diversas faixas etárias.
Embora o município de Brumado tenha apresentado uma evolução no atendimento à saúde nos últimos anos, o médico infectologista Augusto Anibal Nunes avaliou que muitas cidades desse porte acabam tendo dificuldades no processo de gestão dos recursos para a área. Ele disse que é muito importante que a população participe dos debates envolvendo a saúde pública junto ao Município, à Câmara de Vereadores e ao Conselho Municipal de Saúde para que a assistência à saúde melhore efetivamente. “O percentual financeiro que se gasta para a saúde deve atender as demandas da população. Temos que fazer a reorganização do serviço para que o problema não seja transferido para outras cidades”, pontuou ao site Achei Sudoeste.
Assim como em todo estado da Bahia, o município de Brumado tem registrado alta no número de casos ativos da Covid-19. Há cerca de vinte dias, os casos começaram a surgir após quase dois meses com o boletim epidemiológico zerado. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o secretário municipal de saúde, Cláudio Soares Feres, informou que, até a última terça-feira (07), haviam 50 pessoas com o vírus ativo na cidade. “Esses pacientes estão sendo diagnosticados através de teste rápido no Lacen, bem como em laboratórios particulares”, detalhou. Apesar da alta, o secretário disse que os pacientes apresentam sintomas leves e seguem o isolamento domiciliar. Em caso de suspeita da doença, os pacientes devem procurar qualquer Unidade Básica de Saúde (UBS) para assistência e orientações sobre testagem. O secretário ainda orientou que as pessoas com sintomas gripais devem usar máscara por precaução.
Com o avanço do plano nacional de imunização e a redução no número de casos da Covid-19, as pessoas relaxaram as medidas de prevenção contra a doença. No entanto, o médico infectologista Augusto Anibal Nunes alertou que a pandemia ainda não acabou e os cuidados precisam ser mantidos. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, ele destacou que o SAR-COV 2 tem muita capacidade de adaptar-se aos momentos epidemiológicos diversos. “É muito importante continuarmos vigilantes. Se você vai a algum lugar fechado com algumas pessoas é interessante usar máscara. Lavar as mãos com frequência também. Temos a perspectiva de uma quarta onda no final do ano, mas deve ser algo mais arrefecido”, salientou. Nunes colocou ainda que o Brasil tem conseguido produzir uma carga imunológica muito significativa e, por isso, a redução no número de casos ativos, internações e óbitos em decorrência da doença. “Vacinar é o mais importante”, pontuou.
Passado o período mais crítico da pandemia, Brumado lida agora com o alto número de casos de Chikungunya e possíveis complicações relacionadas à doença (veja aqui). Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o médico infectologista Augusto Anibal Nunes disse que, em pacientes com comorbidades, a arbovirose pode apresentar complicações. No entanto, ele relatou que se surpreendeu com a forma clínica como a Chikungunya se manifestou em alguns pacientes idosos que adquiriram a doença em áreas centrais do município. “Foram formas muito graves e complexas. Dentre esses casos, dois pacientes apresentaram encefalite, com testes negativos para outras doenças que poderiam produzir a encefalite. Fechamos a suspeita diagnóstica em encefalite por Chikungunya em, pelo menos, dois casos em Brumado”, informou. Embora sejam casos raros, Nunes destacou que há um aumento da incidência desses episódios em ambientes com taxas de transmissão muito elevadas, como é o caso de Brumado. Esse tipo de complicação pode levar a óbito.
Assim como em outros lugares do país, o infectologista Augusto Anibal Nunes disse que vidas poderiam ter sido poupadas em Brumado se o Município tivesse se organizado melhor no combate à pandemia, principalmente em si tratando das orientações à população e das metodologias de tratamento dos pacientes. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, ele avaliou que muitas vidas foram perdidas em virtude de ingerências nos entes federativos - União, Estados e Municípios - diante do controle da pandemia. Nesse sentido, o médico infectologista destacou que faltou, em muitos casos, suporte técnico, métodos terapêuticos adequados, boa informação científica e orientações corretas sobre medidas preventivas. “A população sofreu com a falta de orientação acerca do uso de máscara, distanciamento social e lavagem das mãos como elementos educacionais. Isso foi muito confundido e gerou muitos conflitos. Estes acabaram causando perda de tempo”, completou.
Em si tratando do processo de gestão da saúde pública, o infectologista Augusto Nunes avaliou que o Município de Brumado teve dificuldades em lidar com a pandemia da Covid-19. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, ele disse que Brumado caminhou no sentido inverso do que poderia ter sido organizado frente ao combate à pandemia, principalmente em termos de metodologias de tratamento dos pacientes e orientações preventivas. “A gente percebe até hoje uma ansiedade em atender pleitos nacionais do ponto de vista de inversão com relação às informações científicas”, pontuou. Apenas com o avanço do plano de imunização em todo país, Nunes ponderou que a situação pode ser controlada apesar do que considerou uma fragilidade na atenção à saúde no município.
A Bahia teve um aumento de 166% em casos conhecidos de Covid-19 no mês de junho, em comparação com o mês de maio. Como consequência disso, a procura por testes disparou no estado. O G1 analisou dados referentes aos dias 2 de maio e junho, porque desde a última sexta-feira (3) o Ministério da Saúde não divulga os dados relacionados aos registros da Covid-19. Não há previsão de quando esse sistema será regularizado. No último mês, foram 358 casos contabilizados só no dia 2, enquanto neste mês foram 953 registros na mesma data: um aumento de 595 casos.
A Prefeitura de Guanambi, a 141 km de Brumado, publicou o decreto 907, em edição extra do Diário Oficial neste domingo (5), que deixa de ser obrigatório o uso de máscara em eventos e locais fechados. A obrigatoriedade foi estabelecida no último dia 30 de maio (veja aqui). A nova medida mantém a obrigatoriedade do uso das máscaras em locais fechados, como unidades de saúde, clínicas, UPA, farmácias e hospitais. Também continua obrigatório o uso de máscaras nos terminais do aeroporto e rodoviária, em instituições de ensino público e privado e para pessoas que estão com sintomas gripais ou respiratórios ou que tiveram contato com pacientes que contraíram a Covid-19 recentemente. Já a obrigatoriedade de apresentação da comprovação de vacinação contra a Covid-19 continua obrigatória no município para ter acesso a locais fechados ou para utilizar serviços de transporte e acessar unidades prisionais ou policiais. A comprovação deverá ocorrer por meio do documento fornecido no momento da imunização ou do Certificado Covid, obtido por meio do aplicativo “Conect SUS” do Ministério da Saúde. Serão exigidas as doses de reforço da vacina para o público alcançado por esta etapa da campanha de imunização.
Aumentou para seis o número de casos suspeitos de varíola dos macacos no Brasil, informou neste sábado (4) o Ministério da Saúde. Até agora, não há casos confirmados no país. Existem dois casos em investigação em Rondônia, um no Mato Grosso do Sul, um no Rio Grande do Sul, um no Ceará e um em Santa Catarina. Todos os pacientes estão isolados e sendo monitorados. “O governo federal segue reforçando a política de testagem para que possamos otimizar a confirmação diagnóstica da doença. Gostaria de trazer tranquilidade para a população brasileira, porque o governo está vigilante e atento. O Brasil está preparado para atender nossa gente”, disse o ministro Marcelo Queiroga em uma rede social. Com medo de que a população ataque os macacos caso a doença chegue de fato ao Brasil, o Ministério da Saúde tem usado o nome em inglês, “monkeypox”. Até agora, 813 casos de varíola dos macacos foram confirmados em 30 países. Há 30 casos sob investigação em todo mundo. Os principais sintomas da doença são febre, erupções na pele e aumento dos gânglios linfáticos. Para se precaver, a sugestão é usar máscaras e lavar as mãos. O ministro Queiroga disse em entrevista à Folha de S. Paulo que estuda comprar vacinas contra a varíola para alguns grupos específicos, como profissionais que lidam diretamente com os casos e pessoas que moram em áreas de fronteira.
A pandemia não apenas não acabou, como os casos de covid-19 estão voltando de forma expressiva. Um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), mostra que em maio deste ano, os testes positivos detectados em farmácias subiram 326%. Os dados são nacionais, e não houve divulgação por estados ou cidades. As informações foram obtidas com exclusividade pelo O Globo. No total, segundo a Abrafarma, foram registrados 136.117 mil novos casos de covid-19 em maio. O número é muito maior que o registrado em abril, quando 31.981 pessoas foram diagnosticadas com coronavírus pelos testes feitos em farmácia. Dados dão alarmantes não eram vistos desde fevereiro, quando ocorreram 349.287 diagnósticos com o resultado positivo para a doença nas drogarias de todo o país. O crescimento acende o alerta para o retorno da doença, que pode vir com ainda mais força após a realizadas das festas juninas. O levantamento da Abrafarma aponta ainda que os brasileiros voltaram a procurar com maior frequência os testes de Covid-19 nas farmácias. Desde janeiro até o fim de abril, a associação havia registrado queda consistente que chegou a 89,4%, mas, no último mês de maio, o índice aumentou 109% em relação ao mês anterior. O percentual de testes positivos também cresceu. Dos 262.737 teste realizados em abril, 12,17% deram positivo, enquanto dos 549.225 feitos em maio, 24,78% também positivaram. O crescimento é de 104%. Maio registra, ainda, o maior índice desde fevereiro, quando 30,51% dos diagnósticos nas farmácias eram positivos para a Covid-19. O maior percentual registrado segue sendo em janeiro, 39,87%. O levantamento da Abrafarma foi realizado até o dia 29 de maio, tendo como base os testes rápidos realizados em 4.504 unidades das 26 maiores redes de farmácias do país, reunidos pela associação.
Moradora no Bairro Dr. Juracy, em Brumado, Joana de Fátima fez um apelo emocionado às autoridades do município em virtude do estado de saúde do seu filho Patrick Mateus. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, ela contou que o filho sofreu um acidente de moto e está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal Professor Magalhães Neto em estado grave à espera de uma UTI com especialidade em neurocirurgia. “Ele necessita de uma avaliação neurológica. O caso é grave e ele precisa urgente de uma transferência para um hospital com UTI e atendimento com neurocirurgião”, afirmou. O acidente aconteceu na última terça-feira (31) e o paciente corre risco de morrer ou ter o quadro agravado. Segundo Fátima, o filho apresenta hemorragia cerebral e a demora pode ser fatal. “Isso é omissão de socorro. É crime. Sempre acontece esse tipo de caso no nosso município e, hoje, estou sentindo na pele. Estamos pedindo ajuda à sociedade”, implorou. Para Joana, a presença de um neurocirurgião no Hospital Municipal e em um município do porte de Brumado é de extrema importância para preservar vidas. “Não sabemos quanto tempo temos ou se haverá uma piora. Nós, brumadenses, necessitamos urgente desse recurso”, completou.
Em contato com o site Achei Sudoeste, uma mãe que preferiu não se identificar denunciou que seus filhos foram maus tratados em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) Dr. Arlindo Magno Stanchi, do município de Brumado. No local, segundo relatou, ela explicou para uma enfermeira da recepção que os filhos estavam com sintomas gripais e pediu que, se possível, fosse feito o teste da Covid-19. Ríspida, a enfermeira disse que ela e os filhos deveriam estar isolados dentro de casa. “Não existe mais central de notificação, por isso busquei atendimento na unidade. Ela falou que o médico não poderia me atender pela manhã, talvez à tarde, mas não me deu resposta, não demonstrou interesse, não marcou horário. Não prestaram nenhum atendimento”, contou. Segundo a mãe, após o ocorrido, a recepcionista do local expulsou os seus filhos pequenos, de 5 e 7 anos, da sala onde estavam aguardando. “Pegou eles pela blusa como se tivesse com nojo e colocou pra fora do posto. Os meninos ficaram sentados no passeio com os olhos arregalados, sem saber o que estava acontecendo. Não sabia o que falar, fiquei em choque. Dói demais a gente ser destratado em um ambiente público”, completou. Indignada, a mãe pede providências da Secretaria Municipal de Saúde. O caso teria acontecido na última terça-feira (31).
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou nesta quinta-feira (2) que a pasta vai autorizar a oferta da 4ª dose de vacina contra a Covid-19 para pessoas com 50 anos ou mais. Até agora, a pasta só havia dado autorização para que a quarta dose fosse aplicada em pessoas com 60 anos ou mais, além de imunossuprimidos. Mesmo antes do anúncio do ministro, algumas cidades e estados já vinham anunciando que começariam a vacinar pessoas a partir dos 50 anos com a quarta dose: Macapá e Maceió, por exemplo, começaram na quarta-feira (1º). No Distrito Federal, a previsão é de que a imunização desse público com a segunda dose de reforço comece na sexta-feira (3). Em Manaus, a quarta dose para quem tem 50 anos ou mais está liberada desde o início de maio, e, no Piauí, foi liberada na mesma data para toda a população a partir dos 18 anos. O Paraná também havia pedido autorização na semana passada para aplicar a 4ª dose em pessoas com menos de 60 anos.
O ajudante de pedreiro Joilson Oliveira está há quase um ano a espera por uma cirurgia na coluna por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), em Vitória da Conquista, a 132 km de Brumado. A situação o preocupa já que está desempregado porque sente fortes dores, que o impedem de trabalhar. Joilson Oliveira tem artrodese lombar, um problema na coluna que causa compressão perto da lombar. O ajudante de pedreiro reclama que andar do quarto até a cozinha da casa dele para beber água é uma tarefa penosa. “Eu estou com dificuldade de me locomover. Só fico mais deitado, sentindo muitas dores na articulação e na lombar. Dói demais, então fico mais deitado, só sofrendo nessa cama”, contou ao G1. Ajoelhar, descer ou subir escadas, carregar peso e até ficar parado em pé por alguns minutos são ações que há mais de um ano não consegue fazer. O ajudante de pedreiro começou a sentir fortes dores na coluna em março do ano passado enquanto trabalhava. Ele chegou a fazer uma cirurgia de hérnia. No entanto, as dores continuaram e se agravaram ainda mais. Há mais de um ano Joilson não consegue sair da cama. O pedido para a cirurgia foi feito em 27 de julho de 2021. De lá pra cá, exames precisaram ser refeitos e até agora a família não tem ideia de quando a cirurgia vai acontecer. Desempregado e sem receber o auxílio doença por causa dos atrasos com a greve do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a família não tem condições de pagar a cirurgia. Os familiares dependem do SUS fazer o procedimento. Uma espera, segundo Gilson, que tem trazido muitas dificuldades para família. Por isso, como último recurso a família vai acionar a Defensoria Pública da Bahia (DPE-BA) por meio da Câmara de Conciliação de Saúde. Um serviço oferecido com o objetivo de cobrar do município e do estado, uma reposta e agilidade.
Em pronunciamento na Tribuna Livre da Câmara de Vereadores de Brumado, a enfermeira Érica Luz fez críticas ao atendimento do Hospital Professor Magalhães Neto, especialmente no que se refere à emergência pediátrica (veja aqui). Segundo ela, o pediatra que atendeu o seu filho, um bebê de 9 meses, foi negligente em sua conduta médica e ainda teria dito que estava insatisfeito com as condições de trabalho na unidade. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o secretário municipal de saúde, Cláudio Soares Feres, defendeu os profissionais que atuam na unidade de saúde, porém disse que, nesse caso, não há como saber se o médico, efetivamente, demonstrou tal insatisfação. “Não presenciei. Não tenho como provar. Existe a versão dela, a versão dele e a verdade. Infelizmente, não temos como chegar à verdade. Só os dois sabem o que, de fato, aconteceu”, afirmou. Segundo Feres, se a insatisfação foi expressada pelo profissional à paciente, houve uma falha e o mesmo não deveria ter agido dessa forma. “Não tenho como opinar em algo que não posso provar. Se ele estivesse insatisfeito, não estaria trabalhando aqui. Tem “n” locais pra ele trabalhar. Se estiver insatisfeito peça pra sair. Não se justifica essa atitude”, completou.
Em meio a críticas ao atendimento no Hospital Municipal Professor Magalhães Neto e à falta de uma equipe de neurocirurgia na unidade, o vereador Amarildo Bomfim (PSB) se posicionou sobre o assunto. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, ele colocou que uma cidade do porte de Brumado necessita de atendimento em neurocirurgia. Bomfim ainda fez questão de lembrar de casos emblemáticos de brumadenses que precisaram de atendimento específico na área. “Há 4 meses atrás, perdemos a Hemille por falta de atendimento de um neurocirurgião em nosso município. Ficou na fila de espera por 9 dias. Também passamos agora pela mesma situação com a Silene, uma colega nossa de trabalho, que ficou, durante 72 horas, esperando uma vaga. Imagina o desespero da família”, ressaltou. Com mais de R$ 300 milhões no orçamento, Amarildo espera que o Município possa contratar um neurocirurgião para atender o povo ou então forme um consórcio regional de saúde com tal finalidade. “Por que o Município não faz uma pactuação com Caetité, Guanambi, Livramento de Nossa Senhora e contrata um neurocirurgião? O profissional não precisa ficar, exclusivamente, pra Brumado. Vai ser útil pra todos da microrregião. O consórcio existe pra isso. Basta apenas interesse e força de vontade. Temos equipamentos pra isso, só precisamos do profissional”, arrematou.
O Ministério da Saúde informou nesta terça-feira (31) que monitora três casos suspeitos de varíola dos macacos no Brasil. As notificações ocorreram em Santa Catarina, no Ceará e Rio Grande do Sul. As informações são da Agência Brasil. O ministério destacou que, até o momento, não há casos confirmados da doença no país. No Ceará, segundo a Secretaria de Saúde estadual, o caso suspeito é de um residente de Fortaleza. De acordo com o órgão, estão em andamento medidas de isolamento domiciliar e coleta de material para exames. No Rio Grande do Sul, a Secretaria de Saúde passou, desde ontem (30), a considerar como suspeito um caso que estava em monitoramento desde sexta-feira (27). Trata-se de um homem, de Portugal, que está em viagem a Porto Alegre. Ele procurou atendimento médico no último dia 19 e, novamente, no dia 23. O paciente disse desconhecer contato com pessoas contaminadas em Portugal. Em Santa Catarina, o caso suspeito é de uma mulher, de 27 anos, moradora da cidade de Dionísio Cerqueira, no Oeste do estado. A paciente, que apresentou sintomas no último dia 24, aguarda o resultado dos exames laboratoriais. A varíola dos macacos se assemelha à varíola humana – erradicada em 1980. A doença ocorre principalmente na África Central e Ocidental. Os casos costumam aparecer nas proximidades de florestas tropicais onde há animais que carregam o vírus. Entre 2018 e 2021, sete casos de varíola dos macacos foram relatados no Reino Unido, principalmente em pessoas com histórico de viagens para países endêmicos. Mas em 2022, nove casos já foram confirmados, seis deles sem relação com viagens, até o último dia 18, segundo a Agência de Segurança em Saúde do Reino Unido (UKHSA, na sigla em inglês). Outros países, como Portugal e Espanha, já confirmaram casos da doença.
O pronunciamento da enfermeira Érica Luz na Câmara de Vereadores de Brumado acerca do atendimento no Hospital Municipal Professor Magalhães Neto (veja aqui) causou grande repercussão na cidade. Na Tribuna Livre, a enfermeira fez graves denúncias de negligência, insatisfação dos profissionais e falta de médico pediatra plantonista. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o secretário municipal de saúde, Cláudio Soares Feres, rebateu as declarações dizendo que o hospital é referência na prestação de um serviço de saúde de qualidade, tanto em termos estruturais, de equipamentos e material humano. “O hospital não para de ser ampliado, reformado e de receber novas tecnologias. Basta olhar para o que o hospital era há 20 anos atrás e o que é hoje”, respondeu. Quanto à conduta do pediatra no atendimento em questão, o secretário justificou que cada médico adota uma conduta profissional conforme acredita ser o melhor para cada paciente. “Ele apenas não fez o que a mãe queria. Nós defendemos e acreditamos em cada profissional que trabalha no Hospital Professor Magalhães Neto. É por essas e outras que somos referência na região”, reiterou.
Durante pronunciamento na Tribuna Livre da Câmara de Vereadores de Brumado, a enfermeira Érica Luz fez graves denúncias de negligência no atendimento do Hospital Municipal Professor Magalhães Neto. A profissional esteve com o seu filho no hospital em busca de atendimento. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, ela disse que a emergência da unidade de saúde está hoje, unicamente, assistida por estudantes de Medicina. “O médico plantonista só surgiu após eu acionar a polícia. Até então, não tinha preceptor de estágio supervisionando os estudantes e eles estavam ali fazendo as avaliações no pronto-socorro. Meu filho teve negligência desde o primeiro atendimento”, denunciou. Mesmo estando de sobreaviso, segundo Luz, o médico pediatra demorou cerca de 3 horas para comparecer à unidade e prestar o atendimento devido ao seu filho. No local, teria agido com deboche e má vontade. “Não avaliou o nível de assadura ou desidratação. Meu bebê, que tem 9 meses, tinha feito 25 evacuações. Só na presença dele foram 4. Não avaliou nenhuma lesão ou consistência das fezes. Simplesmente ignorou. Fui desassistida. Por isso, me retirei e procurei atendimento em outro município”, relatou.
No consultório, Luz contou que o médico chegou a falar sobre a sua insatisfação trabalhista diante do salário pago no hospital. “Disse que ali é uma bomba relógio e que ninguém quer ficar ali. Não tenho nada a ver com isso. Se o plantão é dele e ele não atende está negligenciando. As suas insatisfações trabalhistas devem ser tratadas com o seu empregador”, completou. Questionada sobre a qualidade do serviço de saúde no município, a enfermeira definiu uma nota de -10 para o atendimento no Hospital Municipal. Para ela, a estrutura e equipamentos podem ser de última geração, porém o atendimento humano deixa a desejar. “Não existe um pediatra plantonista. Uma emergência pediátrica pode acontecer em qualquer milésimo de segundo. Um hospital daquele porte ter um pediatra apenas na terça, quarta e quinta é desumano. Estou aqui na Câmara como mãe para denunciar a realidade do hospital, que é muito diferente do que é transmitido nas redes sociais”, criticou.
O decreto nº 902, publicado na edição extra do Diário Oficial do Município na noite desta segunda-feira (30), considerando o atual cenário epidemiológico, com o retorno de casos ativos na cidade, com 20 casos ativos em apenas uma semana, voltou a exigir o uso de máscaras de proteção em locais fechados e em eventos com controle de público ou com venda de ingressos, sejam eles shows musicais ou eventos esportivos, religiosos, escolas e faculdades. Segue facultativo o uso de máscaras de proteção em lugares ao ar livre. Em caso de descumprimento do disposto no decreto, serão adotadas as medidas de polícia administrativa com suas respectivas sanções, desde advertência, suspensão temporária, interdição de estabelecimento ou mesmo cassação de Alvará, independentemente de acionamento de força policial. A utilização dos serviços de transporte coletivo de passageiros, público e privado, nas modalidades regular, fretamento, complementar, alternativo e de vans, o acesso a quaisquer prédios públicos, nos quais se situem órgãos, entidades e unidades administrativas, a visitação social às unidades de saúde, às unidades prisionais e às unidades policiais fica condicionada à comprovação da vacinação contra a Covid-19, e respeitados os protocolos sanitários estabelecidos e uso de máscara.
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A Secretaria Estadual da Saúde (Sesab) emitiu um alerta para os municípios baianos sobre os sintomas da varíola dos macacos. Até a manhã desta segunda-feira (30), nenhum caso da doença havia sido registrado no estado. Apesar de ser transmitida pelos primatas, a varíola dos macacos também pode ser propagada por outros tipos de animais como, por exemplo, esquilos e roedores. Ela causa um quadro semelhante a varíola humana, conforme explica o infectologista Antônio Bandeira, que atua como técnico de vigilância epidemiológica da Sesab. “Basicamente o que vai chamar atenção é o indivíduo que viajou – ou vem de fora – e apresenta o que a gente chama de lesões vesiculares pustulosas. Ela começa na cabeça, passa para o tronco e depois tem uma distribuição centrífuga para os membros. É associada sempre a febre, dor de cabeça, dor nas costas e no corpo. Mas o que vai realmente chamar a atenção são essas feridas no corpo”. Para evitar o contágio, é preciso fazer uso de máscara e higienizar as mãos. Antônio Bandeira ainda destacou que a varíola dos macacos é altamente transmissível e pode levar ao óbito. Segundo o infectologista, há uma preocupação muito grande do órgão estadual em relação à doença. “A qualquer momento pode acontecer um caso de varíola dos macacos [aqui no estado], até porque no mundo tem crescido muito e a Bahia é um destino turístico muito forte. Pessoas de fora chegam aqui o tempo todo e temos com os países europeus uma grande comunicação. Temos voos diretos, inclusive, para Portugal e Espanha, e isso facilita muito [a entrada da doença]”, disse ao G1. Além da Bahia, os estados do Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina também emitiram estado de alerta para a doença, principalmente nos aeroportos.
A mãe da adolescente Hemille Graziele Lima Dias, de apenas 13 anos, que faleceu com um tumor cerebral há pouco mais de três meses em Brumado (veja aqui), Elza dos Santos Lima, também marcou presença na manifestação em prol da vida da jovem Silene Rocha de Almeida, de 24 anos (veja aqui). Esta sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e um aneurisma e estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Professor Magalhães Neto, em Brumado. Ela foi transferida para o Hospital Roberto Santos, em Salvador (veja aqui). Em entrevista ao site Achei Sudoeste, Elza contou que, mesmo tendo se passado 4 meses desde a morte de sua filha, a situação não mudou no Hospital Municipal de Brumado. “Estamos vendo o filme se repetindo novamente porque, há quatro meses, passei por esse mesmo problema: buscando um hospital com UTI e uma equipe de neurocirurgião pra atender Hemille”, relatou. Segundo Elza, foram nove dias de mobilização e muita luta até a vaga ser viabilizada para sua filha. “Por que essa demora? Por que as autoridades não tomam providências? Deixam uma vida à espera e a família angustiada, com um sentimento de impotência. Não temos tempo nesses casos, precisamos correr contra o tempo”, resumiu. A dona de casa cobrou do Município a contratação de uma equipe de neurocirurgiões para atuar na UTI do hospital, visto que a estrutura física já existe.
O Ministério da Saúde ampliou a recomendação da dose de reforço contra a Covid-19 para adolescentes, entre 12 e 17 anos. A nova orientação foi publicada em nota técnica da sexta-feira (27). A dose de reforço deve ser aplicada quatro meses após a segunda dose, preferencialmente com a vacina da Pfizer, independentemente da dose aplicada anteriormente. Se houver indisponibilidade da vacina, a Coronavac pode ser usada. Os dois imunizantes são autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para essa faixa etária. A recomendação também vale para adolescentes gestantes e puérperas. No caso dos adolescentes imunocomprometidos, apenas a vacina da Pfizer deve ser utilizada.