A equipe de Fiscalização do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) realizou, em conjunto com a Companhia Independente de Polícia de Proteção Ambiental (CIPPA), uma operação para combater o desmatamento de vegetação nativa, utilizando o sensoriamento remoto do Programa Harpia de monitoramento da cobertura vegetal da Bahia e os alertas emitido pela Plataforma MapBiomas. A fiscalização ocorreu entre os dias 18 e 27 de julho, na Chapada Diamantina, resultando na emissão de autos de infração em campo e na apreensão de lenha nativa, bem como de uma motosserra. Eduardo Topázio, Diretor de Fiscalização, reafirmou o compromisso contínuo do órgão com a preservação ambiental. Ele ressaltou a importância de conscientizar a população a denunciar atividades suspeitas relacionadas ao desmatamento, enfatizando que somente com a participação ativa de todos será possível alcançar os objetivos de proteção do meio ambiente. O Inema realiza o monitoramento florestal por meio do programa Harpia, um sistema que utiliza metodologia que inclui a coleta de imagens de satélite com resolução adequada para monitorar os biomas baianos. Além disso, conta com o MapBiomas Alerta, um sistema que valida e aprimora os alertas de desmatamento de vegetação nativa em todos os biomas brasileiros. A fiscalização foi conduzida nas cidades de Seabra, Piatã, Boninal, Mucugê, Iraquara, Lençóis, Ibicoara, Palmeiras, Maracás, Iramaia, Iaçú, Boa Vista do Tupim, Itaberaba, Santa Terezinha e Milagres. Para denunciar crimes ambientais, os cidadãos podem entrar em contato com o Disque Denúncia do Inema, pelo número: 0800-071-1400.
Uma grávida de gêmeos, de 39 anos, foi submetida a trabalho análogo à escravidão por 12 anos, na cidade de Santa Teresinha, no recôncavo baiano. Conforme o Ministério Público do Trabalho (MPT), o caso foi identificado na semana passada e teve desfecho na sexta-feira (12), em uma casa situada na zona rural, que abrigava um bar e servia também como abrigo para idosos. De acordo com o MPT-BA, muito conhecida na cidade como Renata do Taperi, a empregadora Maria Antonieta Batista se beneficiava do trabalho da doméstica e nunca pagou qualquer valor a ela, além de submetê-la a jornadas exaustivas. Segundo o órgão, a vítima tem uma gestação de risco e foi resgatada do local para viver em ambiente seguro e acolhedor, onde está sendo acompanhada por equipe multidisciplinar e realizará o pré-natal adequado. A Comissão Estadual para Erradicação do Trabalho Escravo é a responsável pelas ações de pós-resgate. Com a formalização do resgate, ela terá direito a três parcelas do seguro-desemprego especial e contará com assistência jurídica para obter seus direitos trabalhistas. A equipe de fiscalização, formada por dois auditores-fiscais do Ministério do Trabalho e Previdência (MTP) e por uma procuradora do Ministério Público do Trabalho (MPT), teve acesso à casa localizada no povoado do Taperi após autorização concedida pela Vara do Trabalho de Cruz das Almas. A autorização para a fiscalização na residência foi obtida em ação cautelar ajuizada pela procuradora do MPT, a partir de denúncia encaminhada pela Promotoria de Justiça de Santa Teresinha.
A paciente do Hospital Municipal de Santa Teresinha que recebeu um copo com cachaça de uma enfermeira (veja aqui), teve alta médica, na manhã desta terça-feira (15). Segundo a trabalhadora da unidade municipal de saúde, a situação aconteceu por engano, já que ela achava que o líquido era água. Após a alta, a lavradora Zenilda Lisboa contou que sente-se melhor, mas segue medicada. “Eu acabei de ter alta no hospital, onde eu me encontrava desde domingo pela manhã. Recebi alta agora, estou em casa graças a Deus, passei a noite aparentemente bem, só com dor de cabeça, mas fui medicada”, disse a paciente ao G1. Zenilda também falou sobre o tratamento recebido no hospital após a denúncia. “Foi excelente. Fui bem recebida pela equipe, onde eu fiquei até hoje, mas graças a Deus já estou na minha casa”.
Uma enfermeira deu um copo com cachaça a uma paciente internada no Hospital Municipal de Santa Teresinha, cidade que fica no interior baiano. Segundo a trabalhadora, a situação aconteceu por engano, já que ela achava que o líquido era água. O caso aconteceu no sábado (12). A paciente é a lavradora Zenilda Lisboa, que deu entrada na unidade sentido fortes dores no estômago. Nesta segunda-feira (14), a paciente segue hospitalizada e fará exames médicos. “Fui medicada e colocada em observação. Só que eu estava com muita sede, garganta seca, com dificuldade para respirar, e aí pedi água para a enfermeira. Ela foi buscar a água e, quando voltou com o copo, bebi”, contou ela ao G1. “Quando bebi, identifiquei que não era água, que era bebida alcoólica. Aí passei mal, vomitei e fiquei internada no hospital. Fui para casa, mas senti muitas dores no estômago, ardência e retornei para o hospital”. A enfermeira Valci dos Santo explicou que pegou a garrafa com o líquido em cima de um armário, onde a equipe costuma deixar água para agilizar o atendimento aos pacientes. “Na emergência desta unidade, a gente deixa sempre um recipiente com água em cima do armário da emergência. Para que isso? Para não perder tempo quando tem paciente passando mal e a gente não deixar o paciente sozinho para pegar água. Então, esse recipiente já fica lá, em cima do armário. Peguei um copo e enchi. Eu estava de máscara, não senti nenhum cheiro. Peguei a água e dei para a paciente”, explicou. “Ela me perguntou: ‘o que é isso?’ Eu respondi: ‘água’. E ela disse: ‘não é água, não. É bebida alcoólica’. Aí tirei a máscara para cheirar e realmente era bebida alcoólica. Estava em uma garrafa de água mineral, porém o líquido dentro não era água mineral”. Valci contou ainda que estava com a equipe de profissionais de saúde, que acompanharam a situação. “O fato aconteceu desta forma, eu estava junto com uma equipe e todo mundo presenciou, mas quem deu a água a ela fui eu, que realmente achei que estava dando água”. O secretário municipal de Saúde de Santa Teresinha, José Lindomar, pediu desculpas pelo ocorrido e disse que uma sindicância foi aberta para investigar como a cachaça foi parar na unidade. “Quero aqui pedir desculpas à paciente e a todos os seus familiares. E frisar que estamos apurando esse acontecimento", disse.