Na manhã desta quarta-feira (18), moradores da Vila Pedra Preta, na zona rural de Brumado, realizaram uma manifestação cobrando transporte coletivo. O serviço foi suspenso na localidade após a Viação Catarino perder o contrato de prestação com a RHI Magnesita. Ao site Achei Sudoeste, a presidente da associação de moradores da Vila Pedra Preta, Sandra Dias, destacou que a manifestação contou com a presença da empresa, porém não houve negociação no sentido de retomar o transporte coletivo na localidade. “A empresa não deu espaço pra gente falar muito. Ficamos sem solução”, apontou. Morador da Vila, Zenildo Correia explicou que, no passado, a Viação Catarino, ao fazer o translado dos trabalhadores da Magnesita, transportavam também os moradores. “Os moradores da comunidade tinham esse direito de estar transitando no mesmo ônibus juntamente com os funcionários. Quando a Viação Catarino deixava os funcionários da empresa e retornava para sede também levava os moradores da comunidade”, esclareceu.
Correia pontuou que os moradores pagavam passagem pelo transporte. A taxa teve, inclusive, um reajuste recentemente e os moradores continuaram pagando pelo serviço, mesmo com o acréscimo, tendo em vista a necessidade de deslocamento para sede do município. A RHI Magnesita firmou outro contrato com uma nova empresa de transporte, mas o mesmo não prevê a inclusão dos moradores no translado. Além da questão envolvendo o transporte coletivo de passageiros, a manifestação cobra o asfaltamento em um trecho de 3 km da BA-148 até a portaria da Magnesita. Segundo Zenildo, a empresa tem colocado a responsabilidade pela execução do serviço na prefeitura, dificultando a vida dos moradores. “A Magnesita sempre defendeu a política da boa vizinhança, mas agora virou as costas para nossa comunidade. Caso as nossas solicitações não sejam atendidas, vamos fazer outras manifestações porque estamos defendendo os direitos da nossa comunidade”, finalizou.
Com sede em Brumado, a RHI Magnesita enfrenta um problema iminente devido à possível desativação do trecho ferroviário Minas-Bahia, pertencente à Ferrovia Centro-Atlântica (FCA). As informações são do Bahia Econômica. A rota, fundamental para o transporte da matéria-prima da Magnesita originária de Brumado, pode ser desativada pela VLI Multimodal SA, atual detentora da concessão da FCA, caso seja considerada “economicamente desfavorável”. A mineradora, que transporta cerca de 250 mil toneladas de material por ano nas rotas Brumado-Aratu e Brumado-Contagem, teme que a desativação da ferrovia a obrigue a recorrer ao transporte rodoviário, o que acarretaria diversos problemas. Entre os principais, estão o aumento dos custos operacionais, redução da agilidade e disponibilidade da matéria-prima, riscos à segurança e impactos ambientais. Além disso, a desativação da ferrovia também representaria um duro golpe para a economia de Brumado e da região, visto que a Magnesita é uma das principais empregadoras da cidade e a mudança poderia levar à perda de centenas de empregos diretos e indiretos. Diante dos riscos iminentes, a Magnesita, o Governo de Minas Gerais e outras entidades se mobilizaram para tentar salvar o trecho ferroviário Minas-Bahia. A empresa já se reuniu com representantes do Ministério dos Transportes e da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade de Minas Gerais para discutir alternativas.
Recentemente, moradores da Vila Presidente Vargas, na zona rural de Brumado, se mobilizaram em um protesto contra a RHI Magnesita devido à emissão de poluentes na localidade. Ao site Achei Sudoeste, o presidente da associação de moradores local, Benício Gomes, relatou que a poluição vinha sendo controlada e a comunidade foi pega de surpresa com o retorno da emissão de poluentes na vila. Após diversas denúncias, Gomes agendou uma reunião com a diretoria da RHI Magnesita para tratar do assunto. Na ocasião, a empresa reconheceu a falha e pediu desculpas à comunidade. “Eles pediram desculpa pelo acontecimento. Explicaram que tinha um forno parado, em manutenção, que voltou a funcionar. Fizeram uma manutenção no sistema de despoeiramento, mas não deu o resultado suficiente. Tentaram corrigir, mas não foi suficiente”, explicou. O forno foi desligado e, de acordo com a empresa, todas as medidas preventivas para retorno do pleno funcionamento do sistema de captação de particulados foram tomadas. Segundo Gomes, o problema foi solucionado e as partículas deixaram de poluir a região. A empresa esclareceu a comunidade sobre o problema e garantiu que o mesmo não voltará a se repetir.
Morador na Vila Presidente Vargas, na zona rural de Brumado, José Barbosa relatou que, no último final de semana, a RHI Magnesita teria lançado um pó amarelo sobre as casas e os carros na região. Ao site Achei Sudoeste, o morador disse que tudo ficou encoberto de pó. “Tá caindo tipo um pó amarelo. Foi um forno que deu problema e eles continuaram trabalhando. Disseram que iam parar, mas não pararam”, afirmou. A situação estaria ocorrendo há cerca de três dias, prejudicando todos os moradores. Segundo Barbosa, o problema é recorrente e, de tempos em tempos, o pó é lançado na comunidade, causando poluição ambiental.
Em nota, a RHI Magnesita esclareceu que foi registrado um problema pontual no sistema de despoeiramento do forno 01 durante o fim de semana. O forno foi desligado e, de acordo com a empresa, todas as medidas preventivas e para retorno do pleno funcionamento do sistema de captação de particulados estão sendo tomadas. A empresa lamentou o incômodo e ressaltou que opera dentro dos padrões exigidos pelos órgãos competentes, sendo feitos constantemente monitoramentos na unidade. Além disso, a Magnesita informou que investiu no último ano cerca de R$ 7 milhões no sistema de despoeiramento da empresa.
Os mineradores de Brumado e região, representados pelo Sindicato dos Mineradores (Sindmine), estão em campanha salarial, cuja data base é 1º de outubro. O sindicato já fechou as negociações com as empresas Ibar Nordeste, Imi Fabi e com a Xilolite, tendo garantido reajuste salarial para os trabalhadores de 6%, sendo incluso neste percentual um ganho real de 1,5% Apenas a RHI Magnesita, que é a maior empresa de refratários do mundo, tem se negado a conceder ganhos reais para os funcionários e, segundo o Sindmine, sua proposta é a pior se comparada com as outras empresas. “É uma vergonha. É inadmissível esta postura de tamanha intransigência da empresa, o que tem gerado no conjunto de seus trabalhadores um sentimento generalizado de frustação, decepção e muita indignação”, apontou a direção. Para piorar a situação, hoje pela manhã, os trabalhadores foram surpreendidos com a presença da polícia militar nas portarias, contribuindo para aumentar ainda mais o clima de revolta. Os colaboradores esperam da empresa uma proposta para resolver as negociações o mais rapidamente possível. Querem reconhecimento e respeito em retribuição à dedicação que sempre tiveram e continuam tendo para com a organização. Em nome dos trabalhadores, o sindicato repudia o comportamento da RHI Magnesita, que em nada contribui para solução do impasse na campanha salarial deste ano. Em nota enviada ao site Achei Sudoest, a RHI Magnesita esclareceu que a presença da Polícia Militar na região faz parte de um patrulhamento preventivo de rotina, e nesta quarta-feira (22) não foi diferente. Além disso, a RHI Magnesita reiterou seu compromisso com as negociações do Acordo Trabalhista 2023/2024, oferecendo aumento real por meio dos benefícios oferecidos, como Cartão Alimentação, Auxílio-Creche e Piso Salarial, além de reajuste salarial baseado no INPC, para apreciação da proposta pelos colaboradores via assembleia – a qual ainda não foi aceita pelo Sindicato. “A empresa permanece aberta ao diálogo e está empenhada em buscar soluções, visando o bem-estar e satisfação dos colaboradores”, finalizou a nota.
Com o apoio da Portal FM 104,3, o Campeonato Brumadense de Futebol será realizado no Estádio Wilson Ribeiro. O evento esportivo, que acontece tradicionalmente no Estádio Municipal Gilberto Cardoso, havia sido suspenso devido à reforma do local. Ao site Achei Sudoeste, o vice-presidente da Liga Brumadense de Futebol (LBF), Enildo Pereira, explicou que o campeonato estava programado para ser promovido em março deste ano, porém, em virtude da obra, teve de ser suspenso. No entanto, segundo informou, a mineradora RHI Magnesita cedeu o Estádio Wilson Ribeiro para realização do campeonato. Já a Portal FM entrou com uma parte do apoio financeiro do evento. “Agora vamos correr atrás de mais patrocinadores para que a gente chegue num acordo para que esse campeonato seja realizado se Deus quiser. Com esforço de todos os desportistas de Brumado”, afirmou. O evento está previsto para ser iniciado no dia 16 de julho. Oito clubes participarão da competição. Pereira adiantou que também entrará em contato com a prefeitura a fim de requerer apoio para promoção do Campeonato Brumadense de Futebol.
Desde a madrugada de quinta-feira (25), os sinais das emissoras de rádio e televisão que têm antena na Serra das Éguas, em Brumado, estão fora do ar devido à falta de energia elétrica. Serviços de telefonia e internet também foram prejudicados na cidade. Especula-se que a falha teria sido causada por um cabo elétrico partido. Equipes da Coelba foram acionadas e estão na localidade desde a manhã de ontem. A concessionária de energia está realizando manutenções em toda a extensão da rede para solucionar o problema. “Por ser um local de difícil acesso, a equipe informou que está tendo dificuldades de locomoção, mas disponibilizou equipes em diversos pontos para sanar o problema o mais breve possível”, afirmou o comunicador Luciano Santos. Neste mês de maio, outras três falhas foram registradas na mesma região.
A RHI Magnesita negociou a venda do Aeroporto Sócrates Mariani Bittencourt, em Brumado, para uma empresa privada (veja aqui). Após a negociação, a prefeitura publicou o Decreto nº 5.867, que declara o imóvel de utilidade pública para fins de desapropriação. Segundo apurou o site Achei Sudoeste, a área global do imóvel rural é de aproximadamente 81.53 hectares. No decreto, o prefeito salientou que a desapropriação é de natureza urgente em razão de sua destinação e cuja indenização será, a priori, de forma amigável. Não havendo a possibilidade de acordo amigável, a Procuradoria Geral do Município fica autorizada a deflagrar o competente processo judicial para pagamento em juízo do valor declarado no respectivo Laudo de Avaliação. Segundo o decreto, trata-se de área com localização extremamente estratégia e adequada para sua utilização, destinada ao aprimoramento, construção e conservação do único aeroporto do município, para assim preservar seu valor histórico e econômico, constituindo-se uma aquisição de relevante interesse público.
A RHI Magnesita negociou a venda do Aeroporto Sócrates Mariani Bittencourt, em Brumado, para uma empresa privada. O aeroporto é utilizado por todos que chegam ou partem em aeronaves de pequeno porte, assim como para o socorro aéreo. Único na cidade, o equipamento é considerado de fundamental importância para o município e região, atuando na chegada das vacinas para imunização contra a Covid-19, o novo coronavírus, no transporte de pacientes em casos de emergência e no translado de órgãos. Apesar da venda, os pousos no local podem ser restringidos. A RHI Magnesita ainda não se pronunciou sobre o caso, bem como a nova empresa que adquiriu o aeroporto.
Após trabalhadores da empresa Union Projetos Industriais, cobrarem os salários atrasados (veja aqui), a RHI Magnesita se manifestou através de uma nota à imprensa. Na nota, esclareceu que possui contrato de prestação de serviços com a Union Projetos Industriais para a execução de projeto e obra civil na unidade de Brumado. Apesar de não ser responsável pelo pagamento dos funcionários da empresa terceirizada, sendo essa obrigação exclusiva da Union, a RHI Magnesita concordou em pagar os salários atrasados e o valor correspondente à cesta básica e ao café da manhã (referentes ao mês de novembro) até o dia 19/12/22, a fim de evitar qualquer tipo de prejuízo para os trabalhadores. Na nota, a empresa disse que o acordo foi mediado pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE/BA), com a participação do sindicato da categoria (SINTEPAV/Bahia) e da empresa Union. “A RHI Magnesita continua exigindo de todas as empresas parceiras que os direitos trabalhistas de seus colaboradores sejam cumpridos e respeitados”, afirmou. A RHI Magnesita também informou que notificou a Union, formalmente, quanto à rescisão motivada dos contratos e que as discussões contratuais em curso entre as duas empresas não eximem a Union de cumprir sua responsabilidade trabalhista como empregadora.
Nesta segunda-feira (12), trabalhadores da empresa Union Projetos Industriais, que prestam serviços para a RHI Magnesita, em Brumado, cobraram os salários atrasados. Eles dizem que estão há trinta dias sem receber os seus vencimentos. Diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Montagem Industrial do Estado da Bahia (Sintepav/Bahia), Ubirajara Medrado dos Santos disse que, desde o início do mês de dezembro, a empresa não depositou os salários dos colaboradores. “O quinto dia útil deste mês foi na última quarta-feira (07) e, na quinta-feira (08), eles deflagraram a paralisação na busca de uma solução por parte da terceirizada”, informou. Mais de 100 trabalhadores estão com os salários atrasados. Ubirajara garantiu que os trabalhadores não vão se calar diante dessa situação. A RHI Magnesita recolheu os crachás de todos os colaboradores da Union e eles aguardam uma reunião entre as duas empresas e o sindicato.
A Prefeitura de Brumado negou o pedido feito pela Magnesita para uso da Praça Coronel Zeca Leite para realização de um evento cultural. O prefeito Eduardo Lima Vasconcelos (Sem Partido) disse que a empresa quer fazer uma encenação para população mostrando o seu trabalho social, que, segundo ele, não existe. “Uma empresa que fechou uma escola. Tínhamos uma escola com quatro salas de aula, mas, com o advento da escola de tempo integral, precisávamos aumentar o seu espaço. Encaminhamos um projeto para que eles ampliassem a unidade, mas eles nunca fizeram. Agora, estão pedindo o prédio de volta”, relatou. O gestor alegou que a mineradora quer vender para população a imagem de uma empresa cidadã, quando, na verdade, não é. “De cidadã não tem nada, muito pelo contrário. É um trust internacional, que vem explorar e depois deixar o rombo aí. Nem sequer os impostos pagam à altura, conforme devia pagar”, disparou. Por fim, o prefeito ainda acusou a empresa de fazer uma mineração predatória, explorando os recursos naturais do município.