Achei Sudoeste
Achei Sudoeste
registro
Pelo 2º ano, Helena é o nome mais registrado no Brasil e Ravi ultrapassa Miguel Foto: Agência Brasil

O autor Manoel Carlos, 92, transformou Helena em sinônimo de protagonista na televisão brasileira. Fora da ficção e anos depois, o roteiro ainda se repete: Helena foi o nome mais registrado no Brasil em 2025, pelo segundo ano consecutivo, liderando a preferência dos pais. 

Antes de Helena, que também liderou o ranking em 2024, a última vez que um nome feminino ocupou o primeiro lugar entre os recém-nascidos foi em 2016, com Maria Eduarda. Nos últimos anos, os nomes que ocuparam a primeira posição da lista foram Miguel, entre 2020 e 2023 e também em 2017, além de Enzo Gabriel, entre 2018 e 2019. 

O levantamento faz parte da base de dados do Portal da Transparência do Registro Civil, administrado pela Arpen-Brasil, entidade que congrega os cartórios de registro civil do país. 

De acordo com a Arpen, os nomes que compõem o ranking demonstram uma preferência nacional por nomes curtos e de fácil pronúncia, como Gael, Ravi, Theo, Noah e Maitê, em uma busca crescente por simplicidade, sonoridade e conexão global. 

Além disso, a associação cita que a tendência mostra uma escolha por tradição, uma vez que muitos dos nomes escolhidos têm origem biblíca, com a originalidade marcada pela influência de personalidades do universo digital. 

"O ranking nacional de nomes nasce de uma base pública, segura e atualizada diariamente. Isso permite acompanhar, com precisão, como as preferências das famílias brasileiras evoluem ano a ano em todas as regiões do país", diz Devanir Garcia, presidente da Arpen-Brasil. 

De acordo com dados do IBGE, há um certo equilibrio entre nascimentos no país em relação ao gênero —os meninos responderam por 51,1% dos nascidos vivos no país em 2024, já a parcela das meninas foi de 48,8%. 

Os registros mostram como nomes escolhidos por artistas também podem influenciar a preferência das famílias. Ravi, nascido em novembro de 2024, foi o nome escolhido para o segundo filho do casal de influenciadores e ex-BBBs Viih Tube e Eliezer. Nos últimos anos, o nome teve um forte avanço.

Em 2022, figurava na 14ª posição. Em 2023, subiu para a 11ª; no ano passado, avançou para a 4ª colocação e, em 2025, ocupa o segundo lugar entre os nomes mais escolhidos, desbancando Miguel, que por anos liderou o ranking. 

O mesmo ocorreu com o ex-casal Virgínia Fonseca e o cantor Zé Felipe. Eles escolheram o nome Maria Alice para a primogênita, que nasceu em maio de 2021. Naquele ano, o nome estava na 13ª posição. Em 2022, subiu para o 3º lugar e, em 2023, manteve-se no top 10. No ano passado, caiu para a 17ª posição.

Mais de 3,7 mil crianças baianas de até 5 anos não são registradas em cartório Foto: Reprodução/Correio

Na Bahia, 3.713 crianças de até 5 anos não possuem nenhum tipo de registro de nascimento, segundo dados do Censo 2022, divulgados nesta quinta-feira (8). As informações são do Correio. O número de crianças com registro em cartório cresceu frente a 2010 e já atinge 99,5% dessa parcela da população. Apesar do avanço, 19 cidades baianas tiveram queda na proporção de crianças registradas. A universalização do registro civil para crianças até 2030 é uma das metas estabelecidas pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU). A proporção na Bahia é de 99,5%. “A cobertura de registros para crianças de até 5 anos chega perto dos 100%. Mas sabemos que quanto mais perto, mais difícil é ter ganhos adicionais”, avalia Mariana Viveiros, supervisora de disseminação de informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Apenas 21 dos 417 municípios da Bahia conseguiram atingir a universalização, de acordo com o Censo 2022. Entre elas estão: Muniz Ferreira, Rio do Antônio e Dom Basílio. Na contramão, 19 cidades tiveram queda na proporção de crianças registradas, em relação ao Censo 2010. As reduções mais significativas foram observadas em Banzaê (de 98,8% para 95,4%), Rodelas (de 98,6% para 96,2%) e Floresta Azul (de 98,1% para 96,9%). “O registro é o direito primordial. Quando a criança nasce e é registrada, ela passa a existir para o Estado. Sua proteção e acesso a direitos são favorecidos quando isso acontece”, complementa Mariana Viveiros. Entre todos os estados brasileiros, a Bahia tem a 11º maior proporção de crianças registradas em cartório. A média nacional é de 99,3%. Salvador, por outro lado, é a 4ª capital com maior proporção de crianças de até 5 anos com registro de nascimento em cartório. A proporção é de 99,6%, maior do que a média estadual e nacional. Ainda segundo o IBGE, apesar do avanço de registros de crianças indígenas, a proporção sem registro (0,63%) ainda é 80,0% maior do que a da população baiana em geral (0,35%).

Arquivo