Levantamento nacional feito pela Nexus Pesquisa e Inteligência de Dados mostra que 60% dos brasileiros são favoráveis à regulação das redes sociais. De acordo com a pesquisa, divulgada ontem, 29% dos entrevistados são contrários à regulação; e 12%, não manifestaram opinião. A pesquisa entrevistou presencialmente 2 mil pessoas, com idade a partir de 16 anos, nas 27 unidades da Federação, no período de 10 a 15 de janeiro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Segundo a Nexus, dos 60% favoráveis à regulação, a metade (ou 30% do total) ponderou que só é favorável se a regulação não limitar a liberdade de expressão das pessoas no ambiente digital; 46% deles (o equivalente a 28% do total da população total) defenderam a regulação mesmo que, em alguns casos, ela limite a liberdade de expressão; já os demais defenderam genericamente a regulação, mas não souberam se posicionar em relação ao argumento da liberdade de expressão.
Uma medida histórica que proíbe o acesso de crianças menores de 16 anos às redes sociais foi aprovada nesta quarta-feira (27) pela Câmara dos Representantes da Austrália. A decisão visa proteger os jovens dos riscos de exposição a conteúdos prejudiciais e da pressão psicológica gerada pelas plataformas digitais. Segundo a agência de notícias Associated Press, com a nova lei, as redes sociais serão obrigadas a verificar a idade dos usuários antes de permitir o cadastro, marcando um avanço no controle sobre o uso das tecnologias e na proteção da infância no país. A legislação foi aprovada com 102 votos a favor e 13 contra. Caso o projeto de lei seja sancionado ainda esta semana, as plataformas de redes sociais terão um prazo de um ano para desenvolver e implementar mecanismos de verificação de idade. A plataforma que desrespeitar a lei estará sujeita a uma multa de 50 milhões de dólares australianos, o equivalente a R$ 165 milhões. O Senado da Austrália precisa aprovar o projeto de lei, que, após ser adiado, deve ser submetido à votação na quinta-feira (28), durante a última sessão do parlamento neste ano. A legislação conta com o apoio dos principais partidos, o que praticamente garante sua aprovação, mesmo com o Senado não tendo a maioria das cadeiras de nenhum partido específico. No entanto, a proposta tem sido alvo de críticas, principalmente de legisladores que não se alinham com o governo nem com a oposição. Durante os debates, foi apontado que o texto foi apressado e aprovado sem o devido escrutínio, levantando preocupações sobre sua eficácia. Além disso, críticos alertam para os riscos de privacidade que a lei poderia representar para usuários de todas as idades e argumentam que a medida interfere na autoridade dos pais, limitando sua capacidade de decidir o que é melhor para seus filhos.
As menções à corrupção no governo Lula têm disparado nas redes sociais. Este ano, as publicações sobre o tema já tiveram um crescimento de 97,3%, em relação a todo o ano passado, segundo dados da AP Exata Inteligência Digital. As informações são da Agência Estado. Como ainda estamos em junho, se o governo seguir desatento a essa narrativa, corre o risco de tornar a corrupção novamente protagonista principal das conversações sobre a gestão federal. Na última eleição presidencial, a ideia de corrupção foi sempre o maior obstáculo para o crescimento do PT, tendo pautado, durante toda a disputa, a militância da direita, que centrou nessa questão os ataques ao então candidato Lula. Mas, apesar de sua relevância e onipresença nas discussões sobre o pleito, o tema acabou sendo eclipsado pelas preocupações mais imediatas com a economia, em particular a inflação, e pela bem-sucedida campanha da esquerda, que colocou a defesa da democracia como um agregador de votos. Isso atraiu muitos eleitores de centro, que torciam o nariz para o PT, mas acabaram escolhendo o candidato do partido. No entanto, os dados mostram que o assunto voltou com força, se tornando uma grande pedra no sapato do governo Lula. A narrativa ganhou tração especialmente com a crise do arroz, que emergiu como um catalisador, reacendendo as discussões sobre a integridade do governo, diante de uma licitação que virou um escândalo político e acabou sendo anulada. Informações de que algumas empresas vencedoras da concorrência não tinham capacidade técnica e financeira para a entrega de centenas de milhares de toneladas de arroz suplantaram o discurso de que o governo agiu para impedir a alta de preços do alimento, após as fortes chuvas que afetaram o Rio Grande do Sul, que é um dos estados-chave no cultivo de arroz no Brasil.
O fundador do Orkut, o engenheiro turco Orkut Buyukkokten afirmou neste sábado (12) ao G1 que lançará uma nova rede social com resgate de valores daquela que fez sucesso no Brasil no início dos anos 2000. Em abril, o engenheiro havia reativado o orkut.com e colocado outra iniciativa, a hello, em pausa. Ele diz que quer usar sua experiência para “construir algo melhor”. “E eu estou super animado para lançar uma nova rede social, e muito animado pelo o que está por vir”. Orkut está no Brasil para participar da Campus Party, que acontece em São Paulo desde sexta-feira (11) e segue até 15 de novembro. A participação dele no evento será neste sábado (12), às 20h. Embora ainda não tenha data para o lançamento, Orkut afirmou que a nova rede combina os todos os ensinamentos que teve nos últimos 20 anos em mídias sociais. Apesar de uma reaproximação com os princípios do antigo projeto, ele é cauteloso. “Não posso dizer oficialmente que o Orkut está voltando”. Ele é categórico quanto ao distanciamento que pretende tomar da experiência que as mídias sociais oferecem atualmente. “Se você pensar no orkut.com, as pessoas lembram da plataforma como um lugar onde eles conheceram seus melhores amigos, onde conseguiram o emprego dos sonhos, onde se apaixonaram, casaram e tiveram filhos. As pessoas lembram como um lugar que os fazia mais felizes, que os colocava juntos. Esse é o propósito das mídias sociais. Isso fortalece a sociedade e fortalece as comunidades”, afirma. Orkut ressalta, entretanto, que, “hoje, mídias sociais são sobre lucro e engajamento. Eles não têm respeito por humanidade e pela sociedade. Então, eu estou trazendo todos os grandes valores do Orkut.com de volta: afeto, gentileza, amor, compaixão, união e paixões”. O turco afirma que as mídias sociais mudaram muito na última década e que, hoje, usam de tecnologia massiva e inteligência artificial, colocadas nos algoritmos. Esses, “leem os nossos feeds, dia e noite”, mas estão voltados para engajamento, “que significa publicidade e lucro”. O engenheiro entende que o resultado disso é que empresa são capazes de facilitar a manipulação. Oura consequência é que “as mídias sociais hoje estão causando ansiedade, depressão, isolamento, solidão, doenças mentais e suicídios”. Ele diz que no orkut.com, as pessoas falavam sobre o que elas eram apaixonadas, tinham conversas e se divertiam com isso. “Eu acredito que o que nos conecta é o que nós temos em comum”. O Orkut foi lançado em 2004 e desativado pelo Google em 2014. Teve 300 milhões de usuários ao redor do mundo. Uma das características da rede eram as comunidades, reunindo usuários entorno de um tema. Os depoimentos feitos por amigos também eram parte relevante dos perfis. Já para recados rápidos, havia os scraps e podiam ficar expostos no mural ou privados.
O WhatsApp, plataforma de envio de mensagens da Meta, terá três novas atualizações voltadas para a privacidade dos usuários. Será possível escolher quem poderá visualizar o seu status on-line, bloquear capturas de tela para mensagens de visualização única e ainda uma forma de evitar “climão” para sair de grupos indesejados sem notificar os participantes. De acordo com o jornal o Globo, logo nesta terça-feira (09), os usuários brasileiros já poderão sair dos grupos “de fininho”. Se antes todos os participantes eram avisados que alguém deixou o grupo, agora, apenas os administradores serão notificados. O bloqueio das capturas de tela, por sua vez, ainda está em fase de testes e não tem data para ser disponibilizado a todos os internautas. A Meta anunciou que, até o fim deste mês de agosto, o recurso que possibilita que o usuário escolha quem pode vê-lo online estará disponível aos usuários. Ami Vora, vice-presidente de Produto do WhatsApp, diz que a ideia é focar em aumentar o controle do usuário sobre suas mensagens. “Ao longo dos anos, adicionamos camadas de proteção interligadas para ajudar a manter suas conversas seguras, e os novos recursos são uma maneira de continuarmos fiéis ao compromisso de manter a privacidade de todas as mensagens (...). Acreditamos que o WhatsApp é o lugar mais seguro para ter uma conversa privada”.