A grande produção de manga no território de identidade do Sertão Produtivo tem causado prejuízos para os agricultores de todo território. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, a produtora de manga na região de Cristalândia, em Brumado, Maria Aparecida, lamentou que sua produção esteja parada, sem comprador. Ela já perdeu cerca de 50 caixas de manga devido o amadurecimento do fruto. “Já chamei 10 compradores e ninguém apareceu ainda. Por enquanto, nada. Só estou pedindo a Deus”, afirmou. Com 580 pés de manga, a produtora possui uma grande safra para ser vendida. A caixa da fruta custava, em média, R$ 70, mas, hoje, diante do cenário, está saindo a R$ 10. “Meu vizinho falou que joga fora, mas não vende porque é um absurdo. Isso nunca aconteceu na Bahia, estamos muito chateados e tristes. Trabalhamos um ano para não ter lucro”, contou. Sem previsão de vendas e com a desvalorização da fruta, a agricultura disse que não terá dividendos suficientes para investimentos na próxima safra. “A gente vive disso, mas vou fazer o que?”, questionou.
Na última sexta-feira (01), os preços das mangas tommy e palmer começaram a cair na região de Livramento de Nossa Senhora. No caso da tommy, o preço caiu para uma média de R$ 0,47/kg. Já a palmer está sendo vendida a R$ 0,67/kg. Durante a maior parte do mês de outubro, o preço médio da manga palmer foi de R$ 1,60/kg e R$ 1,20/kg. Já a tommy variou entre R$ 0,68/kg e R$ 0,71/kg. A crise na produção de mangas também atingiu o Vale do São Francisco, onde os produtores enfrentam um cenário de preços historicamente baixos, o que compromete a viabilidade de suas atividades. Na semana passada, a variedade palmer foi comercializada a apenas R$ 0,90/kg, enquanto a tommy atingiu R$ 0,62/kg. Os números representam quedas de até 30% em relação à semana anterior, de acordo com a cotação de preços diária feita pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri). A perspectiva para as próximas semanas não é animadora. Os preços devem continuar baixos até o fim do ano, uma vez que a demanda interna não é suficiente para absorver toda a produção.
O Ministério da Agricultura e Pecuária, por meio da Secretaria de Política Agrícola (Mapa/SPA), divulgou nesta quinta-feira (17) um mapeamento dos 100 municípios mais ricos do Brasil no agronegócio e a Bahia possui oito cidades neste ranking, sede delas, na região Oeste do estado. A análise se baseia nos dados da pesquisa anual do IBGE sobre a Produção Agrícola Municipal (PAM) e destaca São Desidério como vice-líder nacional, com R$ 7,8 bilhões. Os dados revelam que em 2023, a produção agrícola brasileira alcançou um valor total de R$ 814,5 bilhões, sendo que os 100 municípios mais produtivos contribuíram com 31,9% desse montante, totalizando R$ 260 bilhões. Quatorze estados figuram neste levantamento: Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins. No mapa dos 100 municípios mais ricos do Brasil no agronegócio estão, além de São Desidério, as cidades baianas de Formosa do Rio Preto, Barreiras, Correntina, Luís Eduardo Magalhães, Riachão das Neves, Jaborandi e Juazeiro. Na distribuição por Estado dos 100 maiores municípios, por área colhida e valor da produção, a Bahia ocupa a quarta posição: sete municípios são responsáveis por 2.474.913 hectares de área colhida e oito cidades, por 3,4% do valor total de produção nacional.
Em julho de 2024, a produção industrial (transformação e extrativa mineral) da Bahia registrou recuo de 2,3%, em comparação ao mês imediatamente anterior. Essa foi a segunda queda consecutiva no indicador. Na comparação com igual mês do ano anterior, a indústria baiana assinalou acréscimo de 2,6%. No período de janeiro a julho de 2024, o setor cresceu 2,4%, e no indicador acumulado dos últimos 12 meses teve aumento de 1,6%, todas as comparações em relação ao mesmo período anterior. As informações fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgadas com análise da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). Na comparação de julho de 2024 com 2023, o acréscimo de 2,6% foi puxado pelo desempenho positivo de sete das 11 atividades pesquisadas. Produtos de borracha e material plástico (15,6%) registrou a maior contribuição positiva, devido ao aumento na produção de pneus novos para automóveis, camionetas e utilitários. Outros segmentos que registraram crescimento foram: Produtos químicos (7,5%), Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (55,0%), Metalurgia (12,2%), Bebidas (14,9%), Produtos alimentícios (0,3%) e Couro, artigos para viagem e calçados (1,0%). Por sua vez, a Indústria extrativa (-12,5%) exerceu a principal influência negativa, explicada especialmente pela menor fabricação de gás natural e minérios de cobre em bruto. Outros resultados negativos no indicador foram observados em Derivados de petróleo (-1,0%), Celulose, papel e produtos de papel (-3,5%) e Produtos de minerais não metálicos (-4,1%). No acumulado de janeiro a julho de 2024, em comparação com igual período do ano anterior, a indústria baiana acumulou acréscimo de 2,4%, com oito das 11 atividades pesquisadas assinalando crescimento da produção. O setor de Derivados de petróleo (3,5%) registrou a maior contribuição positiva, graças ao aumento na produção de óleo diesel, querosene de aviação e gasolina. Outros segmentos que registraram crescimento foram: Produtos de borracha e de material plástico (9,4%), Produtos químicos (3,0%), Celulose, papel e produtos de papel (5,7%), Indústrias extrativas (7,4%), Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (22,3%), Produtos alimentícios (2,1%) e Bebidas (7,8%). Por sua vez, o segmento de Metalurgia (-18,7%) exerceu a principal influência negativa no período, explicada especialmente pela menor fabricação de barras, perfis e vergalhões de cobre. Outros resultados negativos no indicador foram observados em Produtos de minerais não metálicos (-9,0%) e Couro, artigos para viagem e calçados (-3,8%). No indicador acumulado dos últimos 12 meses, comparado com o mesmo período anterior, a produção industrial baiana acumulou taxa de 1,6%. Seis segmentos da indústria geral influenciaram o resultado, com destaque para Derivados de petróleo (5,1%) com a maior contribuição positiva no indicador. Outros segmentos que registraram avanço foram: Produtos alimentícios (5,6%), Produtos de borracha e material plástico (5,5%), Bebidas (5,6%), Celulose, papel e produtos de papel (1,6%) e Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (0,9%). Em contrapartida, os resultados negativos no indicador foram observados em Metalurgia (-14,8%), Produtos químicos (-2,7%), Produtos de minerais não metálicos (-10,7%), Indústria extrativa (-0,6%) e Couro, artigos para viagem e calçados (-2,0%).
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou em agosto o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), que mostra uma previsão de queda para a safra de grãos da Bahia em 2024. Segundo a oitava estimativa do ano, a produção deve alcançar 11.325.740 toneladas, o que representa uma redução de 6,8% (ou 822.318 toneladas) em relação ao recorde de 2023, que foi de 12.148.058 toneladas. No entanto, comparado à estimativa de julho, houve uma leve revisão positiva de 0,1%, ou 15.006 toneladas. O milho será o produto mais afetado, com a maior queda na produção. A safra da primeira etapa do milho deverá ser de 1.551.090 toneladas, uma redução de 34,0% em relação ao ano anterior. A segunda safra de milho também será menor, com uma previsão de 700.000 toneladas, o que representa uma diminuição de 6,1% em comparação com 2023. A soja, que constitui cerca de dois terços (66,5%) da safra de grãos do estado, também enfrentará uma queda. A estimativa para 2024 é de 7.532.100 toneladas, uma redução de 0,4% em relação ao total colhido em 2023. A diminuição na produção de soja é atribuída principalmente à queda no rendimento médio, que deverá passar de 3.972 para 3.707 kg/hectare, uma redução de 6,7%. Entre julho e agosto, a única revisão positiva na previsão da safra baiana foi para o algodão herbáceo, cuja produção está estimada em 1.779.825 toneladas, um aumento de 1,4% em relação à previsão anterior. Esse ajuste é devido ao crescimento de 1,3% na área colhida, que passou de 375.000 para 380.000 hectares. Com isso, a produção de algodão na Bahia deverá ser 2,2% maior do que a de 2023. A Bahia é o segundo maior produtor nacional de algodão, representando 20,7% da produção nacional. Apesar da queda de 6,8% na produção de grãos em 2024, o estado deve manter a sétima maior safra do país, respondendo por 3,8% do total nacional, ligeiramente abaixo dos 3,9% de 2023. Mato Grosso continua na liderança com 30,8%, seguido por Paraná com 13,0% e Rio Grande do Sul com 11,9%. A queda na produção de grãos da Bahia reflete a tendência nacional, com a safra prevista para 296,4 milhões de toneladas em 2024, uma redução de 6,0% em relação a 2023. Em comparação com a estimativa de julho, houve uma pequena queda de 0,6%, ou 1,6 milhão de toneladas. As informações são do Tribuna da Bahia.
A exploração mineral tem crescido bastante na Bahia e a região sudoeste se destaca como um grande polo. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, a professora e geóloga Juliana Matias, que atua no Campus do Ifba em Brumado, detalhou que, na região, diferentes recursos minerais importantes são explorados, a exemplo do ferro, urânio, ametista, magnesita e vanádio. Segundo Matias, as condições geológicas da região favorecem o surgimento desses minerais em rochas sedimentares e a exploração desses recursos é muito importante. A Bahia aparece entre os cinco maiores produtores minerais do país. A professora ressaltou a importância da mineração para o desenvolvimento da sociedade como um todo. “A mineração acaba sendo demonizada pela grande mídia, como uma atividade extremamente prejudicial e nociva, como se nós não fossemos totalmente dependentes da mineração para conseguir sobreviver dentro dos moldes em que a sociedade se dispõe. Utilizamos de coisas básicas que vêm da extração mineral. Precisamos popularizar a mineração como uma atividade de extrema necessidade”, defendeu.
A Bahia é o terceiro maior produtor de minerais do Brasil, ficando atrás apenas de Minas Gerais e do Pará. Representando 5% da produção mineral nacional, o estado se sobressai como o principal produtor na região Nordeste do país, desempenhando um papel vital na indústria mineral brasileira, de acordo com dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE). A diversidade da atividade mineral no estado abrange extração, beneficiamento e transformação de minerais metálicos e não metálicos, além de produtos químicos. Este setor contribui com 13,4% do Valor de Transformação Industrial do estado. A Bahia é responsável pela extração de cerca de 50 substâncias diferentes, incluindo minerais como cromo, salgema, grafita, magnesita, talco, bentonita, quartzo, rochas ornamentais, pedras preciosas e ouro. No campo do beneficiamento e transformação, o estado se destaca pela produção de produtos como catodos, vergalhões e fios de cobre, ouro em barra, ferroligas, concentrado de urânio (yellowcake), óxido de magnésio, dióxido de titânio e pentóxido de vanádio. Além disso, a indústria baiana também se destaca na produção de mármores, granitos, cerâmica vermelha, cimento, artefatos de cimento, pré-moldados de concreto, cal e gesso, assim como fertilizantes e corretivos agrícolas, cloro, soda cáustica e bicarbonato de sódio. No primeiro semestre deste ano, os principais municípios arrecadadores foram Jacobina, Jaguarari, Itagibá, Juazeiro, Andorinha, Barrocas, Santa Luz, Brumado, Sento Sé, Maracás, Curaçá, Caetité, Dias D’ávila e Vera Cruz, com uma arrecadação total de R$ 17.836.937,36.
A produção de tomates na região de Brumado aumentou bastante e fez o preço do fruto despencar no Sertão Produtivo da Bahia. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o produtor Irenio Meira explicou que a superprodução impactou nas vendas do tomate. “Não tem vendagem pra tudo. Colheu todo mundo junto, é uma mercadoria que não espera, o giro é rápido, o máximo que ela espera na banca é 3 ou 4 dias e acabou causando esse transtorno”, afirmou. Segundo o produtor, que também tem uma quitanda, uma caixa de tomates custava, em média, R$ 100. Hoje, após o transtorno, a caixa do fruto de primeira qualidade está sendo vendida por R$ 10 ou R$ 20. Meira sugeriu que os produtores de tomate da região deveriam se unir para evitar o plantio na mesma época, visto que o homem do campo não tem capital e acaba ficando endividado diante de uma situação como essa. “O prejuízo vai ser grande pra todos, principalmente para o homem do campo”, completou.
A produção industrial baiana, incluindo transformação e extrativa mineral, registrou uma queda de 5,4% em abril, em comparação ao mês de março deste ano, que registrou taxa de 0,3%. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (14) e fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), analisadas pela equipe de Acompanhamento Conjuntural da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI-BA). No primeiro quadrimestre deste ano, o setor cresceu 1,6%, e no indicador acumulado dos últimos 12 meses manteve estabilidade com taxa de -0,2% em relação ao mesmo período anterior. Em comparação com abril de 2023, a indústria baiana apresentou queda de 3,5%, com cinco das 11 atividades pesquisadas assinalando recuo da produção. Entre os segmentos mais prejudicados, o de Derivados de petróleo (-11,4%) registrou a maior contribuição negativa, devido à redução na produção de gasolina, óleo combustível e GLP. Em seguida os setores de Metalurgia (-33,8%), Produtos químicos (-2,2%), Produtos de minerais não metálicos (-6,3%) e Celulose, papel e produtos (-1,1%) também registraram déficit. O segmento de Produtos alimentícios, por sua vez, exerceu a principal influência positiva no período, com 8,2% de crescimento, explicada especialmente pela maior fabricação de carnes de bovino frescas ou refrigeradas e carnes e miudezas de aves congeladas. Outros resultados positivos no indicador foram observados em Produtos de borracha e material plástico (13,0%), Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (65,8%), Indústrias extrativas (11,1%), Bebidas (11,3%) e Couro, artigos para viagem e calçados (7,7%).
Na comunidade de Pau Ferro e região, localizada em Tremedal, o associativismo se revela como uma poderosa ferramenta para o fortalecimento da agricultura familiar. A Associação de Agricultores Familiares de Pau Ferro e Região é um exemplo concreto dessa força, onde mais de 123 associados viram suas vidas transformadas com o apoio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR). Agricultores e agricultoras familiares foram capacitados e incentivados pela CAR a investir na criação de galinhas caipiras. Com investimentos em equipamentos como galinheiros, forrageiras, chocadeiras, bebedouros e comedouros, além de assistência técnica e extensão rural (Ater), a associação viu sua produção de ovos e aves ganhar um novo horizonte. Fruto dos investimentos, a associação implantou uma loja, o Empório dos Agricultores Familiares de Pau de Ferro, localizado às margens da BA 262. Lá, são comercializados não só os ovos, mas diversos produtos cultivados pelos agricultores, como feijão, melancia, coco, abóbora e milho. Uma conquista graças ao associativismo. O agricultor Jesuíno José, um dos beneficiados, compartilha sua experiência: “Antes, eu mantinha cerca de 20 galinhas sem muita orientação. Com a chegada desses investimentos, expandi meu negócio e hoje tenho cerca de 350 galinhas e comercializo mais de 550 dúzias de ovos por mês em estabelecimentos da região. Minha renda melhorou e agora consigo investir em outras atividades. Já comprei até uns gadinhos”. O exemplo de Pau Ferro e Região evidencia como o associativismo pode ser uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento rural, promovendo a união, a capacitação e o crescimento econômico dos agricultores familiares. O apoio da CAR, empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), tem sido fundamental nesse processo, reforçando o compromisso do Governo do Estado da Bahia com o fortalecimento da agricultura familiar e o desenvolvimento sustentável das comunidades rurais.
Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o secretário da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia, Wallison Oliveira Torres, o Tum, falou sobre o atual momento da área no estado. Segundo destacou, o momento é de otimismo e muita positividade diante do crescimento da produtividade rural, especialmente na região sudoeste. “O momento é de otimismo, muito bom. A agricultura vive um momento espetacular, tanto em preços quanto na geração de empregos e renda”, avaliou. O secretário citou a expansão da fruticultura em várias partes do estado, o fortalecimento da agricultura familiar e o crescimento do agronegócio, que é responsável por 30% do PIB na Bahia. “A pequena agricultura e a agricultura maior, o agronegócio, são muito importantes para o estado e o momento é de felicidade e alegria. Somos um estado com um grau muito grande de produtividade”, afirmou. A tendência, segundo Tum, a partir dos investimentos do Governo do Estado, é que a agricultura na Bahia cresça e se fortaleça ainda mais, expandindo novas frentes de trabalho no mercado nacional e internacional.
Na cidade de Rio de Contas, na Chapada Diamantina, o azeite tem conquistado paladares e se destacado no cenário gastronômico como um produto de qualidade rara. Produzido a mais de um mil metros de altitude, o azeite extravirgem produzido no município, o primeiro do Nordeste, é marcado por sabores tropicais e já conquistou prêmio em um concurso internacional de Paris. Com um processo de produção cuidadoso e artesanal, o azeite é extraído de azeitonas selecionadas, cultivadas de forma sustentável em terras férteis e sob condições climáticas que remetem ao mediterrâneo. Segundo o produtor Christophe Chinchilla, o plantio das oliveiras foi realizado em uma fazenda experimental do município há cerca de quinze anos. A primeira colheita aconteceu em 2018, sem a produção de azeite. Três anos mais tarde e depois de algumas adaptações, a nova colheita rendeu uma safra histórica, que inaugurou a Bahia e o Nordeste como terras de produção de azeite de oliva. De acordo com o empresário, apesar do destaque, o olivar ainda se encontra em fase experimental, necessitando de investimento em pesquisa e aprimoramento, visto que ainda não foi possível produzir uma quantidade de azeitonas que fosse sustentável de um ponto de vista econômico.
As agricultoras da Associação Comunitária de Apostema, no município de Caculé, estão dando um passo importante rumo à diversificação de sua produção agrícola. Após a inauguração da Unidade de Beneficiamento de Derivados de Mandioca, essas mulheres empreendedoras participaram de uma Oficina de Processamento de Derivados da Mandioca. A iniciativa visa capacitar e empoderar as agricultoras na gestão e na fabricação de produtos à base de mandioca, agregando valor à produção local e impulsionando a economia da região. As formações estão sendo realizadas em comunidades rurais que possuem agroindústrias similares, visando disseminar o conhecimento, diversificar a produção e fortalecer as comunidades rurais, com a ampliação da geração de renda. Durante a oficina, realizada na própria unidade de produção, em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), as agricultoras aprenderam novas receitas de bolos, panetones e biscoitos, todos baseados no sistema produtivo da mandioca. Para Vera Lúcia Negraes, uma das participantes da capacitação, a consultoria trouxe valiosos ensinamentos. “Aprendemos também sobre como os derivados da mandioca podem ser comercializados com mais segurança e qualidade”. A agricultora Sueli Silva Cardoso reafirmou a importância da iniciativa. “A comunidade só tem a agradecer. O curso está nos proporcionando aprender a fazer novos produtos e vamos aumentar nossa oferta de produtos”. Atualmente, os biscoitos, bolos e pães fabricados por essas mulheres empreendedoras são vendidos na feira livre local e destinados à alimentação escolar do município. A expectativa é que, com o conhecimento adquirido e o apoio oferecido, a produção e a renda das agricultoras sejam ainda mais ampliadas, contribuindo para o desenvolvimento sustentável da comunidade e para o fortalecimento da economia local.
Em novembro de 2023, a produção industrial (transformação e extrativa mineral) da Bahia registrou aumento de 2,7% frente ao mês imediatamente anterior, após ter registrado avanço em outubro com taxa de 8,9%. Na comparação com igual mês do ano anterior, a indústria baiana assinalou aumento de 8,4%. No período de janeiro a novembro de 2023, o setor industrial acumulou taxa negativa de 2,4% e no indicador acumulado dos últimos 12 meses declinou 3,0% em relação ao mesmo período anterior. As informações fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), analisadas pela Coordenação de Acompanhamento Conjuntural da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). Na comparação de novembro de 2023 com igual mês do ano anterior, a indústria baiana apresentou aumento de 8,4%, com seis das 11 atividades pesquisadas assinalando avanço da produção. O segmento de Derivados de petróleo (35,1%) exerceu a principal influência positiva no período, explicada especialmente pela maior fabricação de gasolina e óleo diesel. Outros resultados positivos no indicador foram observados nos segmentos de Produtos alimentícios (5,0%), Borracha e material plástico (7,0%), Extrativa (5,3%), Bebidas (5,7%) e Couro, artigos para viagem e calçados (5,4%). Por sua vez, o segmento Produtos químicos (-13,5%) apresentou a principal contribuição negativa no período, devido, principalmente, à queda na fabricação de etileno não-saturado e polietileno linear. Outros segmentos com recuo na produção foram: Metalurgia (-18,5%), Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-27,2%), Celulose, papel e produtos de papel (-3,9%) e Minerais não metálicos (-5,9%). No acumulado de janeiro a novembro de 2023, comparado com o mesmo período do ano anterior, a produção industrial baiana registrou queda de 2,4%. Sete dos 11 segmentos da Indústria geral contribuíram para o resultado, com destaque para o segmento Extrativo (-23,9%) que registrou a maior contribuição negativa, devido à queda na produção de óleos brutos de petróleo, gás natural e magnésia, óxidos de magnésio e carbonato de magnésio natural. Outros segmentos que registraram decréscimo foram: Produtos químicos (-10,3%), Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-21,0%), Celulose, papel e produtos de papel (-5,9%), Metalurgia (-4,5%), Borracha e material plástico (-2,3%) e Minerais não metálicos (-6,0%). Por sua vez, o segmento de Produtos alimentícios (12,7%) exerceu a principal influência positiva no período, explicada especialmente pela maior fabricação de açúcar cristal, carne de bovinos, óleo de soja refinado, leite em pó e farinha de trigo. Outros resultados positivos no indicador foram observados nos segmentos de Derivados de petróleo (0,9%), Couro, artigos para viagem e calçados (6,7%) e Bebidas (2,0%). No indicador acumulado dos últimos 12 meses, comparado com o mesmo período anterior, a produção industrial baiana registrou queda de 3,0%. Sete segmentos da Indústria geral contribuíram para o resultado, com destaque para a Extrativa (-23,8%) que registrou a maior contribuição negativa. Outros segmentos que registraram decréscimo foram: Produtos químicos (-11,0%), Derivados de petróleo (-0,3%), Metalurgia (-6,7%), Celulose, papel e produtos de papel (-4,8%), Borracha e material plástico (-2,9%) e Minerais não metálicos (-5,3%). Por outro lado, os resultados positivos no indicador foram observados nos segmentos de Produtos alimentícios (11,9%), Couro, artigos para viagem e calçados (7,2%) e Bebidas (2,2%).
O Brasil atingiu recorde na produção de óleo e gás no mês de setembro, com a extração de 4,666 milhões de barris de óleo equivalente por dia. O recorde anterior tinha sido em julho deste ano, com 4,482 milhões de barris diários. Os dados fazem parte do Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural, divulgado nesta quarta-feira (1º) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Em relação ao petróleo, a produção foi de 3,672 milhões de barris por dia, com aumento de 6,1% na comparação com o mês anterior e de 16,7% em relação a setembro de 2022. A maior produção registrada anteriormente tinha sido em julho de 2023, com 3,513 milhões diários. A produção de gás natural em setembro foi de 157,99 milhões de metros cúbicos por dia, um acréscimo de 6,9% em relação ao mês anterior e de 10,4% na comparação com setembro do ano passado. O recorde anterior tinha sido em julho de 2023, com 154,076 milhões.
A Bahia, um dos pilares do setor agrícola brasileiro, mantém-se firme como líder na produção de guaraná. O estado registrou, em 2022, de acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), 64% de todo o guaraná colhido no Brasil, com uma safra que alcançou a marca de 1.555 toneladas. O dado demonstra a expertise do Estado com relação a essa cultura, tendo os municípios de Taperoá e Ituberá, no baixo sul, como os principais produtores, abastecendo tanto o mercado interno, quanto o internacional. O guaraná produzido na Bahia é comercializado em pó ou em grãos. É reconhecido pela sua qualidade, atendendo aos padrões de mercados exigentes, como Alemanha, Itália, França e Estados Unidos. Essa cultura joga papel importante na geração de renda para pequenos e médios produtores instalados na região do baixo sul baiano. Conforme a pesquisa de preços realizada pela Conab, o valor médio pago ao produtor de guaraná tipo 1 na Bahia, em agosto, situou-se em R$ 50,00/kg, apresentando aumento de 25% na comparação com o mês anterior e de 40,7% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Já para o tipo 2, o quilo estava cotado em R$ 45,00/kg em agosto. Na Bahia, o período de colheita ocorre de outubro a abril e a comercialização de novembro a abril. A expectativa da Conab é por uma demanda firme e com preços pagos ao produtor em alta nos próximos meses, puxados pela entressafra e o início lento da colheita.
A produção de algodão em pluma da Bahia deve alcançar 598 mil toneladas na safra 2022/2023, 15% a mais que a safra anterior. A área dedicada à cultura aumentou quase cinco mil hectares no período. A produtividade, que relaciona as toneladas colhidas por hectare, teve aumento de 13%. Os dados são da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), área de estudos do Banco do Nordeste. Maior exportador da região tanto em valor como em volume, a Bahia responde por quase 70% de participação nas exportações do produto. No acumulado de janeiro a junho de 2023, as exportações baianas alcançaram 53,4 mil toneladas de algodão em pluma e o montante de 99,2 milhões de dólares. Bahia, Maranhão e Piauí são os principais produtores e exportadores de algodão do Nordeste e a Bahia é o segundo maior produtor nacional, atrás apenas do Mato Grosso. O Brasil é o quarto produtor e segundo exportador mundial, com previsão de recorde de produção do algodão em pluma em mais de três milhões de toneladas, aumento de 18,7% em relação à safra 2021/2022 e 58,1 mil hectares em área, acréscimo de 3,6%.
Em Brumado, o polo da Faculdade Estácio Centro II oferece diversas graduações na área de engenharia. Na unidade, é possível se graduar em Engenharia Civil, Engenharia Elétrica ou Engenharia de Produção. Os cursos são importantes pois exercem um papel central na capacidade inovadora de um país e são fundamentais para o fortalecimento da indústria e ampliação das condições de competitividade da economia.
Além disso, são cursos abrangentes, permitindo que os profissionais atuem em diversos segmentos da indústria, da construção civil, da infraestrutura, transportes, entre outros. O polo fica localizado na Rua Euclides da Cunha, 81 - antigo consultório do Dr. José Clemente. O telefone de contato é (77) 99915- 2438 (WhatsApp).
Além da seca, as pragas da mosca minadora e tripés têm sido um problema para a agricultura em Brumado. Proprietário de uma fazenda de hidroponia, Ronaldo Leite explicou ao site Achei Sudoeste que a mosca minadora cava uma espécie de mina nas hortaliças, destruindo as plantações. Já a praga tripés é um vírus que entra na planta e amarela parte das folhas. Segundo o produtor, embora seja uma época boa para produção, o solo que não foi bem preparado contribui para o aparecimento e proliferação das pragas.
Com a finalidade de economizar na aquisição de insumos, Leite relatou que os produtores acabam utilizando apenas esterco no plantio e não preparando o solo adequadamente. “Temos que combater essas pragas no início, quando a muda ainda está novinha. Temos que usar os inseticidas de forma preventiva”, orientou.