O número de ataques dentro de escolas com mortos e dezenas de feridos continua subindo no Brasil. De acordo com o Portal Nacional da Educação, onze ataques violentos dentro de unidades de ensino foram registrados em onze cidades no Brasil, somente este ano, conforme dados divulgados pelo mapeamento de violência em escolas e universidades. São Paulo é o estado que lidera o ranking com 3 ataques, seguido por Minas Gerais com 2, Mato Grosso do Sul (2), Rio Grande do Sul (1), Roraima (1), Paraná (1), Sergipe (1) e Santa Catarina (1). Ao todo foram 5 feridos e 4 mortos. Apesar do estado da Bahia não aparecer no mapeamento de violência em escolas e universidades, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) afirma que 53 ocorrências envolvendo atos de violência foram registradas somente este ano entre unidades de ensino da capital baiana e do interior. Por meio de nota, o APLB lamentou mais episódios de ataques dentro das escolas brasileiras. “A violência nas escolas assombra o Brasil e deve ser combatida com o apoio de todos - poder público, família e comunidade escolar. Basta!”, declarou. Em entrevista à Tribuna da Bahia, o professor e coordenador geral da APLB, Rui Oliveira, afirmou que o sindicato está lutando para que novas medidas de segurança sejam implantadas dentro das unidades de ensino da Bahia. “Nós queremos instalar catracas eletrônicas, detectores de metal, porteira eletrônica, câmeras de reconhecimento fácil nas portas das escolas municipais e estaduais para coibir a invasão de pessoas estranhas. [Hoje] qualquer marginal pode usar uma blusa azul ou branca e consegue ingressar em uma unidade escolar porque as fardas são iguais. Graças a Deus não tem acontecidos atentados na mesma proporção que [Santa Catarina], mas a segurança é preocupante com a onda de fake news e ódio”, declarou Oliveira, detalhando que cobra ao município e estado medidas para aumentar a segurança nas escolas.
O Conselho Municipal de Segurança (Conseg) realizou a doação de baterias para as viaturas da Polícia Civil em Brumado. Ao site Achei Sudoeste, o presidente do órgão, Irenaldo Muniz, disse que as viaturas estavam paradas e o Conseg viabilizou as baterias para possibilitar que os veículos possam ser utilizados em prol da segurança da população. “O Conseg consegue. Sempre contribuímos com a Polícia Militar e com a Polícia Civil. Esse é o nosso papel”, pontuou. A situação, segundo Muniz, reflete a inoperância e falta de planejamento do Governo do Estado.
Desde o retorno às aulas presenciais no pós-pandemia, a violência nas escolas tem crescido assustadoramente em todo país. Em Brumado, segundo o delegado da Delegacia Territorial de Brumado, Cláudio Marques, a situação não é diferente. Ao site Achei Sudoeste, ele frisou que o aumento do número de casos de ameaça e lesão corporal nas escolas da rede pública e privada fez a Polícia Civil acender um alerta. “Os fatos de natureza criminal nas escolas têm aumentado e alguns deles já chegaram ao conhecimento da Polícia Civil, inclusive com a instauração do procedimento adequado ao caso”, afirmou. Segundo o delegado, toda sociedade deve se debruçar sobre o tema, prezando sempre pelo cuidado com as crianças e adolescentes. “Todos nós devemos estar atentos, especialmente os pais dentro de casa. Não se pode deixar o filho sozinho trancado dentro de um quarto acessando a internet. A internet é um mundo de violência. Monitorem os seus filhos”, orientou.
O Sindicato da Polícia Civil do Estado da Bahia tem cobrado do Governo do Estado a realização de concursos anuais para a Polícia Civil, tendo em vista a redução do efetivo. Ao site Achei Sudoeste, o presidente do órgão, Eustácio Lopes, salientou que, para se ter uma ideia do déficit, mais de 100 municípios da Bahia não contam com a presença da Polícia Civil. É justamente nesses pequenos municípios, conforme pontuou, onde a violência mais cresce. A situação tende a piorar, visto que grande parte dos policiais civis da Bahia estão perto da aposentadoria. “Precisamos desse efetivo. É uma categoria envelhecida e com muitos problemas laborais para combater a violência. Então, precisamos de mais jovens na Polícia Civil do Estado”, argumentou. Segundo Eustácio, a carência é tão grande que, hoje, levando em conta a população baiana, o efetivo da Polícia Civil deveria ser de 11 mil policiais, porém é de 5.300 mil. “Olha o déficit! Precisamos de concurso anual da Polícia Civil”, reiterou.
Na manhã desta segunda-feira (03), a Polícia Civil da Bahia, através da Delegacia Territorial de Brumado, deflagrou a segunda fase da Operação Falsus Sukurra (falso churrasco) no Bairro Olhos D’água, em Brumado. Na ocasião, foi cumprido um novo mandado de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva em desfavor de um homem suspeito dos crimes de: tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e associação ao tráfico. Após a deflagração da primeira fase da operação em 23 de março deste ano (veja aqui), a Polícia Judiciária encontrou provas de movimentação financeira ilegal, além de identificar usuários de drogas que eventualmente adquiriam entorpecentes via “delivery” para consumo próprio com o investigado. Tudo isso culminou com a decretação da sua prisão preventiva. Ele está preso à disposição da Justiça.
Presidente do Sindicato da Polícia Civil do Estado da Bahia, Eustácio Lopes está esperançoso de que o governo de Jerônimo Rodrigues tenha um olhar mais sensível para a segurança pública. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, Lopes disse que é preciso combater a violência no estado, haja vista que a Bahia é, pelo quarto ano consecutivo, campeã de homicídios no país. “Somos o estado que mais mata. Entendo que fruto de uma política equivocada das gestões anteriores. Focaram na ostensividade e não se atentaram à investigação e elucidação para que tivemos prisões e retirássemos de circulação os líderes das facções criminosas”, afirmou. No governo atual, o sindicalista colocou que tem conseguido dialogar com o secretário de segurança pública e o mesmo garantiu que irá reforçar a Polícia Judiciária e a Polícia Civil, bem como focar na inteligência e na investigação. “Nossa expectativa com o governo Jerônimo é a estruturação das delegacias, a descentralização da inteligência e a valorização salarial”, destacou.
Na última semana, o vereador Beto Bonelly (PSB) esteve na capital baiana em busca de benefícios para a cidade de Brumado. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o parlamentar considerou a visita bastante produtiva, especialmente nas Secretarias de Meio Ambiente, Relações Institucionais, Infraestrutura, Educação e na Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional. Para Bonelly, a maior conquista foi a implantação de uma unidade do Núcleo de Atendimento Especializado à Mulher (Neam) no município. “Foi um dos meus primeiros pedidos como representante da população. Protocolamos diversos requerimentos e indicações em 2021 e 2022 solicitando a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), mas a delegada Heloísa Brito já fez o compromisso de implantar em nossa cidade o Neam. Foi uma das grandes conquistas do nosso mandato”, destacou. O parlamentar frisou a importância de um espaço como esse para acolhimento de mulheres vítimas de violência doméstica, tendo em vista que o atendimento precisa ser específico nesses casos. “No Neam serão só mulheres trabalhando, será um tratamento delicado, com respeito e carinho. O núcleo será um divisor de água em Brumado”, afirmou. O parlamentar agradeceu o deputado estadual Vitor Bonfim (PV) e seu irmão, advogado Guilherme Bonfim pela conquista para a capital do minério.
A oitava fase da Operação Unum Corpus foi deflagrada nesta quinta-feira (16) em todo estado da Bahia. Ao site Achei Sudoeste, o delegado coordenador da 20ª Coorpin, Arilano Botelho, disse que estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão, prisão preventiva e prisão temporária. “Todas as 26 coordenadorias estão imbuídas no cumprimento destes mandados”, afirmou. Em Brumado, segundo o delegado, até o momento, foram cumpridos 12 mandados de prisão e 4 de busca e apreensão. Cinco pessoas foram presas na cidade em decorrência da operação. Entre os detidos, Botelho informou que está o palhaço Bananinha, acusado de estupro de vulnerável ocorrido no Ceará. Ele foi preso em um circo na zona rural de Livramento de Nossa Senhora. Na Bahia, foram presas no total 214 pessoas, 28 prisões em flagrante e 4 menores apreendidos. Foram cumpridos 248 mandados de busca e apreensão, 25 armas apreendidas, 1 granada, 1 fuzil e 15 veículos. A operação segue em andamento no estado.
Uma criança de dois anos foi atingida por um disparo de arma de fogo durante incursão da Polícia Militar no bairro de Fazenda Grande do Retiro, em Salvador, na noite de domingo (26). De acordo com o Bahia Notícias, parceiro do Achei Sudoeste, a PM informou que policiais da 9ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) receberam a informação de que havia homens armados traficando drogas na localidade conhecida como Guigó, no referido bairro. No local, os militares encontraram um grupo de suspeitos que, ao perceberem a presença da polícia, atiraram contra a guarnição, que revidou. Ainda de acordo com a corporação, após o confronto, foi encontrada uma mulher com uma criança de colo que havia sido atingida por uma bala perdida. O menino foi socorrido pelos PMs para uma unidade de saúde, onde passou por cirurgia e segue internado fora de risco. Os suspeitos fugiram, deixando para trás uma quantidade de maconha. Os PMs realizaram buscas, mas, até o momento, os suspeitos não foram encontrados. Em nota, a Polícia Civil informou que a 4ª Delegacia Territorial de São Caetano apura as circunstâncias do ocorrido. As investigações vão apurar de onde saiu a bala que atingiu a criança.
Através do Draco/Bahia e da Polícia Civil do Rio de Janeiro, a Polícia Civil cumpriu dois mandados de busca na cidade de Vitória da Conquista, a 132 km de Brumado. As determinações judiciais foram expedidas pela justiça carioca em investigação contra Rogério de Andrade, bicheiro carioca investigado por diversos crimes no estado. Em Vitória da Conquista, as investigações apontaram a existência de um imóvel rural utilizado para lavagem de dinheiro por meio do comércio de café. No local, os policiais apreenderam documentos que serão analisados na investigação. No total, foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão na Bahia e no Rio de Janeiro.
Uma menina de 6 anos foi baleada durante uma ação da Polícia Militar, no bairro do Arenoso, em Salvador. De acordo com o G1, o caso aconteceu na tarde de segunda-feira (6), quando a criança voltava da escola. A vítima foi atingida na perna. Ainda não se sabe onde partiu o disparou. A criança foi socorrida pelos próprios policiais para o Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), onde recebeu atendimento. Não há informações sobre o estado de saúde dela, nem se ela já teve alta médica. A PM informou que a menina foi atingida enquanto os agentes faziam um policiamento na região. Suspeitos armados que estavam no local teriam atirado contra os militares, que revidaram. O pai da criança procurou os policiais para avisar que a filha havia sido atingida. Depois da situação, moradores do bairro do Arenoso protestaram na Rua Manoel Rufino, em pedido de segurança, após a criança ter sido baleada. Horas antes da manifestação, de acordo com a PM, um dos suspeitos foi identificado no meio da troca de tiros e preso. Com ele foram encontrados 66 pinos de cocaína, 26 papelotes de maconha, um revólver, munições, um celular e R$ 435. O homem e o material apreendido foram encaminhados para a Central de Flagrantes, onde a ocorrência foi registrada.
A Polícia Militar da Bahia (PM-BA), através da 34ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), realizou neste final de semana a Operação Aerochapada II nas regiões de Ibicoara e Mucugê, na Chapada Diamantina. A ação visa combater a criminalidade na região, sobretudo o tráfico de drogas. Segundo apurou o site Achei Sudoeste, o Grupamento Aéreo da Polícia Militar da Bahia (Graer) também participou da ação com uma aeronave auxiliando no patrulhamento. No Distrito de Cascavel, em Ibicoara, três pessoas com envolvimento com o tráfico de drogas foram presas durante a ação. De acordo com a Polícia Militar, as ações continuarão ao longo da semana, com diversos desdobramentos e novas prisões deverão acontecer nos próximos dias.
O Brasil teve 131 pessoas trans assassinadas em 2022, uma média de 11 por mês, segundo relatório anual da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra). De acordo com o G1, as vítimas foram 130 mulheres trans/travestis e 1 homem trans. O índice aponta o país como o mais violento do mundo contra esse público, de acordo com o estudo. Ainda segundo o relatório, a Bahia é o sétimo estado que mais mata travestis no país, com sete vítimas mortas em 2022. Apesar dos números, o estado apresentou melhora no ranking. No ano passado, a Bahia foi o segundo estado com mais mortes, com 13 casos. Do total dos casos onde foi possível determinar o local do crime, 64% ocorreram em cidades do interior dos estados e 61% das mortes foram em locais públicos. O perfil das vítimas segue o mesmo: a maioria é mulher trans/travesti, negra e que vive da prostituição. E a maioria (65%) foi morta com requintes de crueldade.
Em 2022, a Bahia amargou o quarto lugar quando se trata de maus tratos contra seus idosos, perdendo apenas para os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. De acordo com o jornal Tribuna da Bahia, foram apresentadas 4.317 denúncias de violência contra a pessoa idosa em 2022, sendo 2.102 no primeiro semestre e 2.215 no segundo semestre. As informações foram catalogadas pela Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, vinculada ao Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania. Durante o período, foram apontadas ainda 12.907 violações dos direitos humanos dessa população vulnerável em todo o Estado, com predominância das cidades de Salvador, Feira de Santana, Vitória da Conquista, Barreiras e Juazeiro. A violência contra a pessoa idosa foi a terceira categoria de maus tratos mais denunciada no Disque 100, um dos principais canais para notificar o crime, ficando atrás da violência contra a criança ou adolescente e da violência familiar contra a mulher. Para além da população idosa, a maioria das 20.551 denúncias de violência realizadas na Bahia durante todo o ano de 2022 teve como cenário a própria casa onde vítima e suspeito conviviam, com 8.343 fatos noticiados, seguida da casa da vítima (6.533 registros) e, em proporção bem reduzida, na casa do suspeito (1.094). Outra triste estatística dos maus tratos contra o idoso é justamente esse uso da proximidade para justificar o injustificável: ainda com base nas informações oferecidas pela Ouvidoria, a convivência familiar numa mesma casa figura como o segundo maior agravante nas denúncias, seguida de perto pela relação familiar. As mulheres continuam a sofrer mesmo na melhor idade na Bahia: elas representam a maioria maltratada. A faixa etária com mais denúncias de violência foi vista entre os 80 e 84 anos, com 490 denúncias, seguida pelos grupos de 75 a 79 anos (462 registros) e entre os idosos com 60 e 64 anos (461). Já quando se observa o público masculino, o maior contingente de denúncias no ano passado foi de maus tratos contra idosos de 70 a 74 anos, com 253 ocorrências, seguido pela faixa de 60 a 64 anos (242 registros) e 80 a 84 anos (212). Os tipos de violência mais comuns entre esse público são a física (bater, queimar, etc.), psicológica (humilhações, ameaças e desprezo por sua mera condição de idoso) e financeira (tomar para si o dinheiro da aposentadoria ou benefício recebido, por exemplo). Vale lembrar ainda que a Organização Mundial da Saúde (OMS) colocou a década entre 2020 e 2030 como a década do envelhecimento saudável, enfatizando a importância do debate e enfrentamento às práticas abusivas por parentes e cuidadores dentro do ambiente domiciliar. Especialistas em envelhecimento alertam que além da denúncia ao Ministério Público e demais órgãos competentes, é preciso lembrar que todo cidadão vai passar por essa etapa mais dependente e vulnerável da vida, e a garantia de um fim de vida mais saudável é responsabilidade de cada um, evitando que mais idosos sejam vítimas da violência.
Mandados de prisão, busca e apreensão são cumpridos em Salvador, região metropolitana e também no interior da Bahia, na manhã desta terça-feira (24), em uma operação contra assaltantes de banco. Batizada de “Blindagem”, a operação mira pessoas envolvidas em uma explosão de caixas eletrônicos no interior do estado, em novembro de 2022. A Polícia Civil não deu detalhes sobre a cidade em que os crimes foram cometidos. Em 17 de novembro de 2022, o g1 registrou explosões em caixas bancários de três agências diferentes no município de Muritiba. A ação é comandada por diversos setores da Polícia Civil, entre elas o Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), o Departamento de Polícia Técnica (DPT), a Polícia Militar e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
A Polícia Civil registrou 1.242 casos de crime de perseguição, conhecido como “stalking”, entre 1° de janeiro e 31 de dezembro de 2022, na Bahia. Medo de ir a qualquer lugar e ser vigiado, inúmeras mensagens ou ligações por dia, ameaças. A perseguição pode causar diversos transtornos na vida de qualquer pessoa. A quantidade de registros deste tipo de crime no estado tem aumentado. De acordo com o G1, a Polícia Civil começou a contabilizar em julho de 2021. Nos primeiros sete meses de contabilização, o estado registrou 225 casos.
No último sábado (03), a Polícia Civil da Bahia, através da Delegacia Territorial de Brumado, tomou conhecimento que um perfil do Instagram estava sendo usado para fazer fofocas e praticar crimes contra a honra de diversos adolescentes estudantes de duas escolas particulares de Brumado. Segundo informou a 20ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin) ao site Achei Sudoeste, a prática é conhecida como ciyberbullying, modalidade virtual do bullying. Na segunda-feira (05), a empresa Meta, gerenciadora do Instagram, deu cumprimento a decisão judicial exarada pela Autoridade Judiciária da Comarca de Brumado, após representação cautelar feita pelo delegado de polícia, determinando o bloqueio e cancelamento do perfil, sob multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento. O perfil, de forma anônima, expunha fotos, nomes e arrobas das vítimas com informações de suas vidas íntimas, além de difamá-las sob o pretexto de ser “a maior fonte de entretenimento”. As vítimas que se sentiram difamadas ou ridicularizadas podem procurar a delegacia de Brumado para serem ouvidas no inquérito. Caso haja identificação dos responsáveis, elas também poderão ajuizar ação de indenização por danos morais. As investigações continuam em andamento para se tentar chegar ao autor das publicações.
A Bahia registrou a maior quantidade de mortes violentas no terceiro trimestre de 2022, de acordo com dados do Monitor da Violência. De acordo com o Bahia Notícias, parceiro do Achei Sudoeste, os números foram divulgados nesta quinta-feira (1º). Entre os meses de julho e setembro deste ano, mais 1.168 mortes violentas foram contabilizadas no estado, o que aumenta o índice anual para 3.798, o maior do país até agora. Conforme o levantamento, a Bahia ficou em primeiro lugar no ranking dos estados em todos os trimestres, que leva em conta homicídios dolosos, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. Por isso, o estado registrou 2.630 mortes violentas, o maior número do Brasil no primeiro semestre. Apesar do índice alto, os números já são menores do que os de 2021, quando a Bahia registrou 4.252 mortes violentas entre janeiro e setembro, 454 a mais do que os registros de 2022. As reduções aconteceram nos três semestres deste ano. O Brasil teve uma queda no número de mortes nos nove primeiros meses de 2022: foram registrados 1.065 mortes a menos do que em 2021. Enquanto no ano passado o país contabilizou 31.252 entre janeiro e dezembro, neste ano o número foi de 30.187. Além disso, no terceiro trimestre houve redução de 102 mortes. O levantamento, que compila os dados mês a mês, faz parte do Monitor da Violência, uma parceria do g1 com o Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Setenta e cinco pessoas foram presas na manhã desta quarta-feira (30), na Bahia, durante uma operação que cumpre mandados de prisão e busca e apreensão contra suspeitos de homicídios, tráfico de drogas, crimes contra o patrimônio, contra a dignidade sexual, violência doméstica e familiar e estelionato. Em nota, a polícia afirma a ação envolve mais de mil policiais civis de delegacias das 26 Coordenadorias Regionais de Polícia do Interior (Coorpins), que participam de forma integrada e simultânea da 7ª fase da Operação Unum Corpus. Entre os mandados de prisão cumpridos e prisões em flagrante, cinco adolescentes foram apreendidos. A polícia não detalhou as cidades onde foram cumpridas as ordens. Nas ações, foram presos 23 suspeitos por tráfico de drogas, 26 por homicídios, 16 por crimes contra o patrimônio, cinco por violência doméstica, cinco por estupro e os demais por outros delitos. Além das prisões decorrentes de mandados judiciais e flagrantes, aproximadamente 15 armas de fogo, mais de 30 quilos de drogas e cinco veículos vinculados a práticas criminosas e com restrição de roubo foram apreendidos. A megaoperação teve início em setembro de 2021 e, segundo a polícia, prendeu 680 suspeitos durante o período. Nas seis fases da Unum Corpus foram cumpridos 444 mandados de prisão e 614 de busca e apreensão, 198 prisões em flagrante, além da apreensão de 64 quilos de drogas e 18 veículos. A operação é monitorada no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) na Secretaria da Segurança Pública (SSP) e tem o apoio da Superintendência de Inteligência (SI) da pasta.
Na Bahia, uma pessoa negra foi morta pela polícia a cada 24h, em 2021, segundo o novo boletim “Pele alvo: a cor que a polícia apaga”, divulgado nesta quinta-feira (17), pela Rede de Observatórios da Segurança. Segundo o boletim, foram registradas 1.013 mortes por intervenção policial, sendo que 603 dessas vítimas eram pessoas negras. Conforme a a rede, o Governo da Bahia informou que 122 casos de mortes cometidas por policiais não estavam incluídos no banco de dados da secretaria. O motivo não foi explicitado. Além disso, o dado divulgado no relatório anterior da Rede de Observatórios dizia que 607 pessoas haviam sido mortas pela polícia. O dado foi enviado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA). Contudo, no Anuário de Segurança Pública deste ano revela que os mortos foram 1.138. O grupo disse que entrou em contato com a SSP-BA para saber o motivo da discrepância entre os dados, mas não foi respondido. O estado é o mais letal do Nordeste e o segundo do Brasil (atrás apenas do Rio de Janeiro) e tem o maior percentual de pessoas negras mortas pela polícia quando foram descartados os não informados (98%).
A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Crimes Econômicos e Contra Administração Pública (Dececap), deflagrou nesta quinta-feira (17) a Operação Cigarrete, que investiga há mais de um ano uma organização criminosa apontada por sonegar mais de R$ 100 milhões somente na Bahia. A ação acontece em Salvador, Vitória da Conquista, Valença, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina. “É um grupo criminoso que utiliza de laranjas para sonegar impostos. Este grupo já causou um prejuízo somente ao estado baiano de mais de R$ 100 milhões”, explicou a titular da Dececap, delegada Márcia Pereira. Os mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos nas residências dos proprietários e nos estabelecimentos comerciais da empresa.
O relatório “100 Dias de Fogo Cruzado na Bahia”, do Instituto Fogo Cruzado, em parceria com a Iniciativa Negra por Uma Nova Política de Drogas, contabilizou 443 tiroteios, que resultaram em 401 baleados – uma média de quatro por dia, entre 1° de julho e 8 de outubro deste ano. Destas vítimas, 304 morreram. De acordo com o G1, os dados foram divulgados nesta quinta-feira (10), no auditório do Museu Eugênio Teixeira Leal, em Salvador. Nestes 100 primeiros dias de acompanhamento, a capital baiana concentrou três em cada quatro tiroteios registrados em toda a região metropolitana, e 72% dos baleados. Mas, apesar de menos registros, é importante ter um olhar atento para outras cidades. Cinco municípios da Região Metropolitana de Salvador (RMS) tiveram mais vítimas do que tiroteios, o que aponta para um alto risco de letalidade. Foram eles: Simões Filho, Vera Cruz, Mata de São João e Candeias. Os homicídios são o mais grave problema da violência armada em Salvador e RMS, sendo quase metade dos casos (47%) identificados como homicídios ou tentativa de homicídio. A sensação de insegurança da população é justificada pelos números: dois em cada três tiroteios terminam com alguma pessoa baleada, e mais da metade dos casos (55%) terminou em mortos; em quase 10% das vezes os tiros deixaram dois ou mais vítimas fatais.
A Bahia contabilizou, em outubro, o 13º mês consecutivo com redução no índice de Crimes Violentos Letais Intencionais - homicídio, latrocínio e lesão dolosa seguida de morte - em todo o território baiano. No último mês foi registrada uma redução de 3%, em comparação ao mesmo período de 2021. O decréscimo no número de CVLIs foi iniciado em outubro de 2021, com queda de -10% nas mortes violentas, seguido por -15% em novembro, -13% em dezembro, - 21% em janeiro, - 4% em fevereiro, - 3% março, -18% em abril, - 8% em maio, - 11% em junho, - 7% em julho, -16% em agosto e - 13% em setembro, comparados com os respectivos meses do período anterior. Entre as ações que contribuíram para a queda nestas ocorrências estão o combate às disputas pelo tráfico de drogas com rondas em áreas sensíveis, investigações, utilização do Reconhecimento Facial retirando foragidos da Justiça das ruas e elucidações de crimes. O secretário da Segurança Pública, Ricardo Mandarino, parabenizou o esforço dos profissionais que compõem o quadro da pasta para garantir a preservação das vidas. “Estes profissionais se empenham para oferecer o melhor e ampliar a sensação de segurança da população, garantindo que vidas não sejam perdidas”, explanou o gestor.
O mês de agosto registrou o menor número de mortes violentas em 2022, na Bahia. A polícia contabilizou 366 casos, nos 417 municípios do estado. No acumulado do ano, os assassinatos tiveram redução de 11,4%. Em 2022 foram registrados 405 casos em janeiro, 422 em fevereiro, 497 em março, 440 em abril e 465 casos em maio. Nos três meses seguintes, a polícia contabilizou os menores números do ano. Foram 404 crimes em junho, 402 no mês de julho e 366 ocorrências em agosto. Em todos os meses de 2022, na comparação com o ano passado, as mortes violentas (homicídio, latrocínio e lesão dolosa seguida de morte) apresentaram diminuições. “A Bahia aparece entre os 10 estados com as maiores diminuições de mortes violentas em 2022 e esse resultado reflete a competência das nossas polícias e bombeiros”, salientou o secretário da Segurança Pública, Ricardo Mandarino.
O líder de uma organização criminosa com atuação no estado da Bahia está entre as 72 pessoas presas nas primeiras horas da 6ª fase da Operação Unum Corpus, deflagrada no interior da Bahia e em Salvador, nesta sexta-feira (9). O criminoso, preso no município de Valença, alvo de dois mandados de prisão, é investigado por mais de dez homicídios. Outro envolvido com o crime organizado naquela região também foi preso na ação. Mais de mil policiais civis dos Departamentos de Polícia do Interior (Depin), de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP) e de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) cumprem mandados de prisão, de busca e apreensão e prendem suspeitos em flagrante, em cidades das 26 Coordenadorias Regionais de Polícia do Interior (Coorpins) e em Salvador. Dos presos, 26 são acusados de crimes contra a vida, 27 de tráfico de drogas, sete de violência doméstica, seis de estupro, 16 de crimes contra o patrimônio e 13 de outros crimes. Além das prisões, 15 quilos de drogas e 20 armas de fogo foram apreendidas e uma central de monitoramento do tráfico de drogas foi desarticulada, em Ilhéus. Dentre as ações, o DCCP cumpriu 45 mandados de busca e apreensão durante a semana, prendeu dois criminosos em flagrante e apreendeu 11 armas de fogo. A Operação está sendo coordenada a partir do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), da Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA).