A cidade de Vitória da Conquista se prepara para a terceira edição da Marcha do Orgulho LGBTQIA+, que acontecerá no próximo sábado (1º). Com o tema “Unir. Empoderar. Refletir”, o evento promete uma celebração vibrante e cheia de diversidade, com mais de seis atrações já confirmadas. A marcha terá concentração na Praça Desembargador Mármore Neto a partir de 16h. Durante o desfile, um paredão animará os participantes. A celebração continuará no Centro Glauber Rocha, onde uma série de apresentações artísticas está programada. Entre as atrações confirmadas estão os DJs Lavinsk, Supernova e Cajak e as cantoras Mina e Yanne Lin. O evento também contará com performances das Drag Queens: Drida, Piettra, Ruby Crystal, Naja Rasor e Pabllo Biitch. De acordo com o coordenador do evento, Anderson Rocha, a marcha é uma manifestação essencial para promover o respeito e a inclusão de todas as pessoas, independentemente da orientação sexual ou identidade de gênero. "O evento é uma manifestação importante para garantir o respeito e a inclusão de todas as pessoas, além de reforçar a luta pelos direitos e pela igualdade," afirmou.
Em 2023, morreram de forma violenta no país 230 pessoas LGBTI, mostra dossiê publicado nesta semana pelo Observatório de Mortes e Violências LGBTI+ no Brasil. O número equivale a uma morte a cada 38 horas. As informações são da Agência Brasil. Dessas mortes, 184 foram assassinatos, 18 suicídios e 28 por outras causas, segundo o levantamento sobre a violência e a violação de direitos LGBTI+. A sigla diz respeito a pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis, mulheres e homens trans, pessoas transmasculinas, não binárias e demais dissidências sexuais e de gênero. Entre os mortos, 142, a maioria, é composta por pessoas transsexuais, em especial as mulheres trans e travestis. Foram mortos ainda 59 gays. Do total de vítimas, 80 eram pretas ou pardas, 70 brancas e uma, indígena. O dossiê mostra ainda que, das vítimas, 120 tinham entre 20 e 39 anos de idade. Das mortes, a maioria foi por arma de fogo (70) e em período noturno (69). Dos suicídios, 11 foram de pessoas trans. O maior número de vítimas foi registrado em São Paulo (27), seguido por Ceará e Rio de Janeiro (24 mortes cada). Ao considerar o número de vítimas por milhão de habitantes, o ranking da violência LGBTIfóbica é liderado por Mato Grosso do Sul, com 3,26 mortes por milhão; Ceará (2,73 mortes por milhão), Alagoas (2,56 mortes por milhão), Rondônia (2,53 mortes por milhão) e Amazonas (2,28 mortes por milhão). Foram contabilizadas mortes em todos os estados. O observatório desenvolveu uma metodologia própria ao longo dos anos, com a coleta de informações também em veículos de comunicação e redes sociais, levando em consideração a provável subnotificação dos casos às autoridades e a ausência de dados oficiais com esse recorte específico.
Vitória da Conquista está se preparando para a terceira edição da Marcha do Orgulho LGBTQIA+, marcada para o dia 1º de junho de 2024. Com o tema “Unir. Empoderar. Refletir.”, o evento promete reunir uma multidão na busca pela igualdade e pelo respeito à diversidade. A marcha, que neste ano terá início na Praça Murilo Mármore às 16h, visa criar um espaço de visibilidade, luta e celebração para todas as pessoas, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero. O ápice da celebração vai acontecer no Centro Glauber Rocha, a partir das 18h, com uma variedade de apresentações artísticas. Anderson Rocha, coordenador do evento, ressalta a importância da marcha como uma manifestação importante na garantia do respeito e da inclusão de todos. “Este evento é fundamental para reforçar a luta pelos direitos e pela igualdade”, afirma Rocha. Com expectativa de atrair uma grande participação da comunidade, a terceira edição da Marcha do Orgulho LGBTQIA+ promete ser um momento marcante na cidade, impulsionando o movimento pela diversidade e pela justiça social.
O escritor e poeta Gustavo Anjos, do distrito de Ibitira, em Rio do Antônio, ganhou reconhecimento internacional. Ao site Achei Sudoeste, Anjos informou que dois de seus poemas, que versam sobre a homofobia e a depressão, serão publicados em uma revista digital no Peru. Lançadas durante a pandemia e também mais recentemente, suas obras são divulgadas pelo próprio artista em suas redes sociais. De alguma forma, segundo afirmou, elas ganharam visibilidade e extrapolaram as fronteiras do Brasil. “Recebi o convite via instagram, onde a revista me chamou pra ter esses textos lançados no Peru, traduzidos para o espanhol. É uma alegria ver suas palavras ganhando asas e voando. Não é só sobre ser reconhecido e ficar famoso, mas sobre inspirar as novas gerações a escreverem mais e se libertarem da depressão por meio da escrita”, explicou. Anjos destacou que todos os seus poemas são um reflexo do que estamos vivendo na realidade. “Eu gosto de trabalhar com essas temáticas porque são temas que estamos vivendo na atualidade e para trazer um novo olhar para a sociedade”, afirmou.
Um levantamento inédito divulgado nesta quarta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que 204 mil pessoas se autoidentificam como homossexuais ou bissexuais na Bahia. Este contingente corresponde a 1,8% da população com 18 anos ou mais, proporção menor que da parcela de pessoas que não souberam ou não quiseram responder (3,8%) à pesquisa. O estudo mostrou que a maioria da população baiana se autodeclara heterossexual - 94,4% dos baianos assim se autoidentificaram. Mas o IBGE ponderou que “o fato de uma pessoa se autoidentificar como heterossexual não impede que ela tenha atração por ou relação sexual com alguém do mesmo sexo”. Esta é a primeira vez que o instituto divulga dados sobre orientação sexual. A divulgação ocorreu após o órgão ter sido acionado na Justiça pelo Ministério Público Federal. O MPF questionou o fato de o Censo Demográfico de 2022 não ter incluído perguntas sobre a população LGBTQIA+.