A onda de incêndios no interior do estado de São Paulo gerou, até o momento, um prejuízo de R$ 1 bilhão aos produtores rurais do estado, informou a Secretaria de Agricultura e Abastecimento de SP, no final da tarde desta segunda-feira (26). De acordo com o G1, estima-se que 3.837 propriedades rurais foram atingidas em 144 municípios paulistas. Os dados são preliminares e foram levantados por 20 das 40 regionais da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI).
O governo de Mato Grosso do Sul decretou situação de emergência nos municípios afetados pelos incêndios florestais que atingem o estado. As informações são da Agência Brasil. Publicado na segunda-feira (24), o decreto tem prazo de 1280 dias e autoriza os órgãos estaduais a atuarem sob a coordenação da Defesa Civil do Estado, em ações que envolvem resposta ao desastre, reabilitação do cenário e reconstrução. Mato Grosso do Sul vem enfrentando, desde o início do ano, uma seca, com estiagem prolongada em grande parte do território. Dados do Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), mostraram que, desde o final de maio, houve uma intensificação nas condições de seca no estado, levando a um aumento exponencial dos focos de calor.
O 20º Batalhão de Bombeiro Militar (BBM) debelou vários incêndios em áreas de vegetação, neste sábado (08), na cidade de Bom Jesus da Lapa, na região oeste da Bahia. Segundo informou a corporação ao site Achei Sudoeste, as ocorrências foram registradas nos bairros Parque Verde, Mirante da Lapa e São Gotargo. Em um dos casos, conforme a avaliação, tratava-se de uma queimada controlada, no entanto nenhum responsável foi encontrado no local para apresentar a documentação ambiental necessária. Nos demais casos, os bombeiros atuaram para eliminar o risco ao meio ambiente e aos moradores das áreas, já que a fumaça pode causar problemas respiratórios e acidentes de trânsito. O 20º BBM mantém o alerta sobre a contraindicação do uso do fogo para a limpeza de terrenos em geral, sem autorização dos órgãos competentes. “Essa ação fere a legislação ambiental e traz riscos para a comunidade”, disse a unidade.
Um incêndio de grande proporção atinge as imediações da rodoviária e das ruas da região da Táboa, localizada no centro da cidade de Tanhaçu, no sudoeste baiano, desde a segunda-feira (04). As chamas estão se alastrando rapidamente e brigadistas voluntários e populares empenham todos os esforços para conter o avanço do fogo. O objetivo é apagar o incêndio e minimizar os impactos devastadores que o desastre natural pode acarretar. Um vídeo feito por um morador mostra o tamanho do problema. Anualmente, a cidade enfrenta essa situação sem conseguir identificar os responsáveis.
Diversos focos de incêndio foram registrados na região da Chapada Diamantina nos últimos dias. Ao site Achei Sudoeste, o coordenador do Instituto Chico Mendes, César Gonçalves, informou que, dentro do Parque da Chapada, o fogo foi controlado, porém no entorno a situação é bem séria. Através de um trabalho conjunto com as autoridades estaduais, os incêndios estão sendo monitorados. “Embora as áreas atingidas sejam bem extensas, a eficiência do trabalho do pessoal ajuda a minimizar os impactos. Conseguimos reduzir as áreas queimadas graças a essa sinergia”, afirmou. Segundo o coordenador, o El-Niño provoca, naturalmente, o aumento da quantidade de incêndios. Por isso, além dos 28 brigadistas do Ibama na região, o instituto contratou mais 61 brigadistas, com previsão de mais 10 de reforço, a fim de atuar nesse combate aos focos de incêndio na região da Chapada Diamantina. A tendência é que o clima seco persista por mais dois meses. “Estamos trabalhando justamente para evitar que a situação fique fora de controle”, assegurou. Além das condições climáticas, Gonçalves destacou que ações humanas também contribuem para surgimento de focos de incêndio, como as queimadas. Hoje, na região, a prática é proibida. “Pedimos às pessoas que tomem cuidado com isso. É preciso ter responsabilidade. Quem fizer isso está se sujeitando a ser penalizado”, apontou. Prevendo novos casos, o Instituto Chico Mendes, o Grupo de Bombeiros e o Ibama trabalham em conjunto para minimizar os impactos.