Nesta terça-feira (1º), é comemorado o Dia Nacional da Pessoa Idosa. Na Bahia, a cidade de Abaíra concentra a maior população com idade a partir dos 60 anos. Os dados são do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizado em 2022. O município é conhecido como “capital baiana da cachaça” e tem tradição bicentenária na produção da bebida. A produção da bebida é tão importante no local que tem até um monumento de 3,5 metros de altura em uma praça, como forma de homenagear a tradição bicentenária. Das 7,3 mil pessoas que moram na cidade, 1,9 mil tem 60 anos ou mais, o que corresponde a 26% do total. A taxa é maior do que a apurada no censo de 2000, quando 15% da população era de idosos. Ou seja, ao longo dos anos, a população local envelheceu ainda mais. Além de ter o maior número de pessoas com 60 anos ou mais, Abaíra também é a cidade baiana com o maior índice de envelhecimento. São 137 idosos para cada 100 crianças/ adolescentes de até 14 anos. Alguns aspectos podem ajudar a entender os números, como por exemplo: fatores genéticos, acesso à saúde (o que contribui para prevenção e combate a doenças), fatores comportamentais (como hábitos mais saudáveis ao longo da vida) e condições gerais de vida.
As ocorrências de agressões contra idosos tiveram aumento de quase 50 mil casos em 2023 na comparação com o ano anterior. As informações são da Agência Brasil. De 2020 a 2023, as denúncias notificadas chegaram a 408.395 mil, das quais 21,6% ocorreram em 2020, 19,8% em 2021, 23,5% em 2022 e 35,1% no ano seguinte. Os números fazem parte da pesquisa Denúncias de Violência ao Idoso no Período de 2020 a 2023 na Perspectiva Bioética. A pesquisa resultou em artigo publicado em parceria pelas professoras Alessandra Camacho, da Escola de Enfermagem da Universidade Federal Fluminense (UFF) e do Programa Acadêmico em Ciências do Cuidado da UFF, e Célia Caldas, da Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Para traçar o perfil dos idosos, foram analisadas diversas variáveis além da faixa etária, como região do país, raça e cor, sexo, grau de instrução, relação entre suspeito e vítima, e o contexto em que a violação ocorreu. O estudo analisou informações disponíveis no Painel de Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, com base em denúncias de violência registradas de 2020 a 2023, de casos suspeitos ou confirmados contra pessoas com idade igual ou superior a 60 anos. Foram excluídas duplicatas de notificações referentes à mesma ocorrência.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Bahia é o estado brasileiro com o maior número de pessoas com 100 anos ou mais. Hoje, no Estado, vivem 5.336 pessoas centenárias. Os dados são do Censo de 2022 e foram divulgados nesta sexta-feira (27). Os números mantêm uma tendência que existia desde o último levantamento, feito em 2010, quando a Bahia já tinha o maior número de centenários do país, com 3.335 moradores de 100 anos ou mais. O aumento entre as pesquisas foi de 60%. O número de centenários é reflexo do índice de envelhecimento em algumas cidades, ou seja, o número de pessoas com 65 anos em relação a um grupo de 100 crianças e adolescentes, com idades entre 0 e 14 anos. Atualmente, dos 417 municípios baianos, cinco têm mais idosos do que crianças. São eles: Abaíra - uma média de 137 idosos para cada 100 crianças; Jussiape - uma média de 117 idosos para cada 100 crianças; Jacaraci - uma média de 105 idosos para cada 100 crianças; Guajeru - uma média de 103 idosos para cada 100 crianças; e Ibiassucê - uma média de 102,2 para cada 100 crianças. Localizada na Chapada Diamantina, Abaíra é a cidade com a maior taxa de envelhecimento na Bahia, com índice 136,99%.
Com uma festa da Barbie, Joana Ricardina completou 107 anos em maio de 2023. A baiana de Itiruçu, na região sudoeste, é uma das 5.336 pessoas com 100 anos ou mais que vivem na Bahia, estado brasileiro com o maior número de centenários, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados são do Censo de 2022 e foram divulgados nesta sexta-feira (27). De acordo com o G1, os números mantêm uma tendência que existia desde o último levantamento, feito em 2010, quando a Bahia já tinha o maior número de centenários no Brasil, com 3.335 moradores de 100 anos ou mais. O aumento entre as pesquisas foi de 60%. Com esses índices, a Bahia detém a maior proporção de idosos em relação à população geral: 0,04%. Parece pouco, mas São Paulo, segundo colocado no ranking, tem 0,01%, com 5.095 idosos.
De acordo com relatório semestral produzido pelo Samu 192, o número de acidentes domésticos envolvendo idosos cresceu de forma significativa entre os meses de janeiro e junho na regional de Brumado. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, Regina Coqueiro, coordenadora da regulação do Samu 192 na Regional de Brumado, destacou que os acidentes consistem em sua maioria em queda da própria altura. Com o aumento da expectativa de vida do brasileiro, os idosos estão vivendo mais e sendo mais ativos. No entanto, Coqueiro ressaltou que, com o envelhecimento, algumas funções do corpo vão se perdendo ou diminuindo, como a acuidade visual e as habilidades motoras. Além disso, a coordenadora chamou a atenção para a falta de acessibilidade para os idosos dentro de casa. Tudo isso acaba contribuindo para a ocorrência dos acidentes e quedas. “Isso é muito comum e resulta em fraturas, de punho, de braço, de fêmur. Muitas delas são cirúrgicas e vem enchendo os prontos socorros e centros cirúrgicos de pacientes que necessitam de uma avaliação mais apurada dos profissionais. Muitas vezes esses pacientes carregam doenças crônicas e precisam de vaga em UTI por se tratar de uma cirurgia grande. Ficam muito tempo hospitalizados aguardando essa vaga”, relatou. A depender do trauma, esses idosos acabam perdendo qualidade de vida e não têm a assistência necessária depois em suas próprias residências. Pensando nisso, a coordenadora alertou as famílias para o cuidado com os idosos, especialmente aqueles que ficam sozinhos em casa.
O Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - Senac promoveu na cidade de Brumado uma roda de conversa para falar sobre a importância do cuidado com o idoso. O evento foi conduzido pelos alunos do Jovem Aprendiz. Ao site Achei Sudoeste, o professor Mário Santana explicou que, através da disciplina Laboratório e Juventude, os jovens precisam identificar uma problemática no município e apresentar uma ideia de solução. “O tema escolhido desta vez foi o cuidado com os idosos. Os jovens perceberam que é um tema que ainda precisa ser discutido um pouco mais. Como no mês de outubro comemora-se o dia do idoso, resolvemos fazer hoje”, afirmou. Santana destacou que o protagonismo do evento é todo dos alunos e os professores e coordenadores do programa apenas fizeram o acompanhamento da iniciativa. O jovem aprendiz Pablo Leite ressaltou que os idosos precisam de cuidados e atenção especiais e o evento traz a importância da valorização dessas pessoas. “Abordamos no nosso debate a dificuldade de as pessoas incluírem os idosos no convívio social. Mostramos formas de eles serem incluídos por meio de atividades lúdicas e físicas”, asseverou.
A profissão de cuidador de idosos vem ganhando cada vez mais espaço no mercado de trabalho brasileiro. As informações são do Tribuna da Bahia. De acordo com dados atualizados, nos últimos 10 anos, a profissão teve um crescimento de 547%, o que representa um aumento significativo na demanda por cuidadores especializados em atender às necessidades de pessoas com idade avançada. Além disso, segundo a Associação Brasileira de Gerontologia (ABG), estima-se que 70% dos idosos brasileiros necessitem de cuidados especiais em algum momento de suas vidas. Isso significa que a demanda por cuidadores de idosos deve continuar a crescer nos próximos anos, especialmente com o aumento da expectativa de vida da população. Esse crescimento se deve, em parte, ao envelhecimento da população brasileira, que tem gerado uma maior demanda por profissionais especializados em cuidar de idosos. Além disso, a busca por serviços de cuidados domiciliares tem se tornado cada vez mais comum, o que tem impulsionado a oferta de empregos para esses profissionais. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), entre 2011 e 2020, o número de profissionais registrados como cuidadores de idosos no Brasil multiplicou. Em 2011, eram registrados apenas 5.868 profissionais na categoria, enquanto em 2020 esse número subiu para 38.027. Esses dados mostram um aumento significativo na demanda por cuidadores de idosos no país nos últimos 10 anos. No entanto, apesar do crescimento da profissão, ainda há muitos desafios a serem enfrentados, já que o mercado de trabalho para cuidadores de idosos ainda é bastante informal, e muitos trabalhadores atuam sem registro, o que pode impactar na remuneração e desestimular muitos profissionais a ingressar na área.