Uma criança de 8 anos, que está internada em estado grave, no Hospital Esaú Matos, em Vitória da Conquista, a 132 km de Brumado, foi diagnosticada com Covid-19. De acordo com o G1, a família de Davi Luiz Gomes conta que a criança precisa de um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e está preocupada porque recebeu a autorização para a transferência médica na noite de domingo (10), mas o procedimento ainda não foi feito até a tarde desta segunda-feira (11). Eunice Gomes, mãe do garoto, conta que a família mora no Tocantins e passava férias em Ilhéus. Em seguida, eles partiram para outra cidade, Vitória da Conquista, foi quando o garoto começou a apresentar sintomas de síndrome gripal. “A gente mora no Tocantins e viemos para passar uns dias em família. Na quarta, o Davi já começou a ter [sintomas], a gente imaginou que seria uma gripe, mas na sexta, quando ficamos em Vitória da Conquista, o desconforto aumentou muito”, relembrou Eunice Gomes ao G1. “Na hora que ele subiu a serra, teve a mudança de temperatura, porque lá [Ilhéus] estava chovendo, mas estava quente. Com a altitude, a fadiga dele aumentou um pouco”, afirmou a mãe do garoto. A mãe do paciente conta que o quadro dele evoluiu de maneira rápida. Na madrugada de domingo (10) foi preciso entubar Davi Luiz e fazer reanimação por duas vezes.
“Ele teve uma parada cardiorrespiratória. Meu filho ficou 15 minutos desacordado. A mão já estava roxa, o pezinho já estava roxo. Foi uma situação que não dá para descrever a dor”, contou Eunice. O quadro de Davi Luiz é típico da Covid-19, com piora rápida e de forma grave. Embora, o garoto esteja recebendo todo o cuidado no Hospital Esaú Matos, ele precisa que a transferência aérea para o Hospital Couto Maia, em Salvador, (onde a vaga foi liberada) seja feita com urgência. “Como a gente tem poucos leitos aqui na região, então se o leito tiver ocupado não temos nem como absorver essa demanda, mas se tiver [o leito] a UTI tem essa capacidade de isolamento. Apesar de ser mais difícil porque a Covid-19 demanda mais cuidados”, explica a pediatra Daniela Aguilar. O diretor da Fundação de Saúde de Vitória da Conquista, Diogo Gomes, disse por meio de nota que casos como esse de Davi precisam ser considerados como emergência. Isso porque o município não dispõe de UTI pediátrica para o tratamento da Covid-19. O Hospital Geral de Vitória da Conquista não tem mais contrato com o Governo do Estado e o HCC, que manteve o contrato, não possui UTI pediátrica para pacientes com coronavírus.