Uma criança de 10 anos morreu em um acidente entre um carro e uma motocicleta na segunda-feira (1º), na BA-401, próximo a cidade de Candeal, no interior da Bahia. As informações são do G1. O menino estava acompanhado do pai, que pilotava a motocicleta. A vítima foi identificada como Luís Eduardo Carvalho de Andrade. Ele estava na garupa da moto, quando o pai, que pilotava o veículo, bateu em um carro. Não há detalhes sobre o que causou o acidente. Por causa do impacto, Luís Eduardo sofreu politraumatismo. Não foi informado se ele usava capacete no momento do acidente. O menino foi socorrido no local, mas morreu antes de chegar no Hospital Estadual da Criança (HEC). O pai de Luís Eduardo ficou ferido e foi levado para o Hospital Geral Clériston Andrade, onde segue internado nesta terça-feira (1º).
O Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), em Feira de Santana, realizou o primeiro transplante de pele do interior da Bahia, marcando um avanço significativo na medicina da região. A cirurgia foi conduzida pelo cirurgião plástico Francisco Anibal, com apoio da equipe do Núcleo de Atenção a Pessoas com Feridas (NAPF) e da Organização de Procura de Órgãos (OPO), além de uma equipe multiprofissional que segue cuidando da paciente que permanece internada e deve passar por pelo menos dois outros procedimentos semelhantes. Segundo Anibal, “esse primeiro transplante de pele foi uma operação complexa, essencial para a recuperação da paciente. A pele, nossa primeira linha de defesa contra infecções e lesões, é vital para a sobrevivência, especialmente em casos de grandes perdas cutâneas”. Ele explicou que a pele transplantada, proveniente de um banco de pele em Porto Alegre, funcionou como um curativo biológico temporário, permitindo que o corpo da paciente se recuperasse clinicamente do trauma severo. Rosa Maria Cordeiro, coordenadora do NAPF, destacou a gravidade da lesão inicial: “A paciente apresentava uma lesão extensa e necrosada que necessitou de cuidados intensivos e diversos procedimentos cirúrgicos, incluindo debridamento e terapia de pressão negativa. A equipe trabalhou incansavelmente para estabilizar a condição da paciente antes de proceder com o transplante”. A operação foi um esforço conjunto que contou com a participação de diversos setores e profissionais da instituição. “Gostaria de expressar nossa gratidão aos colegas de Porto Alegre que, mesmo enfrentando dificuldades de transporte aéreo na região devido às enchentes, enviaram a pele necessária para essa cirurgia, mostrando o comprometimento em ajudar um paciente que nem conhecem. Foi um gesto de extrema solidariedade,” ressaltou Anibal. A jovem paciente, que teve cerca de 25% de sua superfície corporal comprometida, está apresentando uma boa recuperação. “Ainda serão necessários alguns dias para uma avaliação completa da evolução do transplante, mas os sinais são positivos. Poder realizar esse primeiro transplante de pele no HGCA destaca o potencial do hospital como referência regional em saúde, bem como o comprometimento das equipes da unidade em salvar vidas, mesmo nas situações mais adversas”, afirmou o cirurgião plástico.
A mulher suspeita de decepar o pênis do marido em Feira de Santana, no interior da Bahia, foi presa nesta segunda-feira (26). De acordo com a Polícia Civil, ela foi encontrada no Hospital Lopes Rodrigues, onde havia buscado atendimento para “tratar problemas mentais”. O caso teve início em 17 de junho, quando a polícia resgatou o homem, que estava inconsciente e era mantido em cárcere privado dentro de um imóvel no bairro do Tomba. Ele foi levado para o Hospital Geral Clériston Andrade. A vítima esteve na delegacia na semana passada e, bastante abalado, confirmou que a companheira havia cometido o crime. Não há detalhes sobre o estado de saúde dele. Nesta segunda, a mulher foi ouvida pela polícia e fez exames de corpo de delito. Segundo a polícia, após cortar o pênis do companheiro, ela o manteve em cárcere privado, negando socorro médico. O órgão genital teria sido jogado no lixo. A suspeita ainda passará por audiência de custódia e poderá ser indiciada pelos crimes de cárcere privado e lesão corporal de natureza grave. Ainda conforme foi informado pela polícia, a mulher tem histórico de violência com outros companheiros.
Um paciente internado no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), em Feira de Santana, com diagnóstico de DCJ (Doença de Creutzfeldt-Jacob), mais conhecida como Doença Priônica, apresenta um quadro clínico grave e raro. A doença, que afeta uma em cada milhão de pessoas, é degenerativa e tem progressão rápida. O paciente, um homem de 59 anos sem comorbidades, foi admitido na unidade em 20 de janeiro com incoordenação para caminhar, alteração comportamental e de memória, alteração visual, movimentos anormais e crises convulsivas. Diante da suspeita clínica, foram realizados diversos exames complementares, como Ressonância Magnética de crânio, eletroencefalograma e estudo do líquor com a pesquisa da proteína 14.3.3, que recentemente confirmaram a doença. A DCJ é uma doença priônica, ou seja, causada pela alteração da proteína priônica, que leva à formação de agregados insolúveis que afetam o cérebro e levam à degeneração neuronal. De acordo com a médica Renata Nunes, coordenadora do serviço de neurologia do HGCA, a forma esporádica da doença é a mais comum e não tem relação com o consumo de carne bovina. “As outras formas incluem a hereditária, a iatrogênica (transmitida por alguns procedimentos neurocirúrgicos com material contaminado) e a variante bovina, que é a “Doença da Vaca Louca”. Independentemente da causa, a evolução clínica é muito semelhante, com rápida progressão da patologia e sem opções terapêuticas disponíveis”, explicou a médica. Ela ainda acrescentou que infelizmente, a DCJ é uma doença sem cura e o tratamento consiste principalmente em aliviar os sintomas. Ao contrário do que muitos pensam, a DCJ não é uma doença contagiosa que pode ser transmitida pelo contato com a pessoa acometida. “O eletroencefalograma do paciente já havia mostrado o padrão de alteração típico da doença, no entanto somente esta semana foi recebido o resultado do estudo do líquor, que confirmou o diagnóstico de DCJ. Infelizmente, como já mencionado, a doença não tem cura e a progressão é muito rápida”. “Embora a DCJ seja uma doença rara, é importante destacar que é uma condição muito grave e que infelizmente não há muito que possa ser feito para tratá-la. A conscientização sobre a doença é importante para que as pessoas possam entender melhor o seu quadro clínico e os sintomas associados”, informou a médica.