Achei Sudoeste
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Perfil de rede social de importante veículo de imprensa é hackeado em Guanambi Foto: WhatsApp/Achei Sudoeste

Diversas personalidades e agora veículos de imprensa de Guanambi, na região do Sertão Produtivo, seguem sendo vítimas de criminosos digitais. Nos últimos dias, o perfil oficial no Instagram de Jorge Jornais foi hackeado, impossibilitando o acesso do proprietário, que alertou os usuários, através de outras plataformas. Com 11.100 mil seguidores e mais de 4 mil publicações, o perfil segue parado. O proprietário foi obrigado a abrir uma nova conta, para seguir com o seu trabalho profissional. “Peço a gentileza de desconsiderar qualquer mensagem ou conteúdo compartilhado. Não faça nenhum pagamento ou transferência. As medidas legais já estão sendo tomadas e nossa equipe já está trabalhando para reaver a conta”, afirmou Jorge Oliveira, que trabalha com comunicação há várias décadas em Guanambi.

Guanambi: Golpistas usam foto do vice-prefeito para pedir transferência Pix pelo WhatsApp Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Uma onda de golpes pelo WhatsApp está fazendo várias vítimas em Guanambi, na região sudoeste da Bahia, neste final de semana. Conforme relatado com exclusividade pelo site Achei Sudoeste, além de um empresário e sua esposa funcionária pública municipal terem seus números clonados, o maior e mais importante grupo de WhatsApp da cidade, conhecido como “IGuanambi”, foi ‘sequestrado’ por um hacker, que pediu mais de R$ 2 mil para devolver aos administradores. Agora, outro golpista está utilizando a foto do perfil do WhatsApp do vice-prefeito Arnaldo Pereira de Azevedo (Sem Partido), o Nal, para pedir transferência via Pix. Nal denunciou a prática em suas redes sociais, como também amigos e correligionários. “Este contato está se passando por mim pedindo Pix, é fake”, diz o card denunciado a fraude.

Hacker clona número de empresário e 'sequestra' grupo de WhatsApp tradicional em Guanambi Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

No final da tarde desta quinta-feira (5), um hacker conseguiu clonar os números de telefones de um conhecido empresário de Guanambi, na região sudoeste da Bahia, e de sua esposa, que é funcionária pública municipal. Com a clonagem, o bandido seguiu o mesmo protocolo de golpistas e começaram a pedir transferência em dinheiro para os seus contatos na agenda do WhatsApp, com a seguinte mensagem: “Boa tarde amigo, como vão as coisas? consegue fazer uma transferência para mim? amanhã cedo te passo, é que surgiu uma emergência e o meu limite de hoje excedeu”. Rapidamente diversos amigos denunciaram o golpe nos grupos de WhatsApp. Acontece é que o empresário, ao lado de outras pessoas, eram administradores do grupo de WhatsApp “IGuanambi”, conhecido por ser o mais tradicional e importante da cidade. “Quando a gente atentou para excluir o golpista do grupo, ele tirou todos os demais administradores e ainda apagou as mensagens no grupo o denunciando e agora somente ele pode enviar mensagem, trancando o grupo. Ontem à noite ainda mandou uma mensagem de boa noite para todos”, reclamou, bastante revoltado um dos administradores. Segundo informações obtidas pelo site Achei Sudoeste, o hacker se trata de um chinês ou japonês pelo sotaque do áudio que gravou. “Ele pediu a quantia de R$ 2 mil reais para devolver o grupo e ao ser indagado, gravou áudio me xingando”, disse o fundador do grupo. No final da tarde desta sexta-feira (6), passados mais de 24 horas da clonagem, o empresário e esposa ainda não tinham recuperados os números e o grupo de WhatsApp segue trancado.

Levantamento mostra que ataques cibernéticos no Brasil cresceram 94% Foto: Marcelo Casal Jr./Agência Brasil

O Brasil registrou no primeiro semestre de 2022, 31,5 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos a empresas. O número é 94% superior na comparação com o primeiro semestre do ano passado, quando foram 16,2 bilhões de registros. De acordo com a CNN, os dados pertencem a um levantamento da Fortnite, empresa de soluções em segurança cibernética. O estudo foi realizado pelo laboratório de inteligência e ameaças, FortiGuard Labs. Considerando a América Latina, o país fica atrás apenas do México, que teve 85 bilhões de tentativas. Seguindo a lista, aparece a Colômbia, com 6,3 bilhões de ataques e, em quarto lugar, o Peru, com 5,2 bilhões. Segundo Alexandre Bonatti, diretor da Fortnite, uma das justificativas para que haja tantos ataques no país é o baixo investimento em cibersegurança no Brasil. “O cenário começou a mudar após a pandemia, mas ainda corresponde a 10% de investimentos totais em tecnologia. Em outros países, as empresas destinam cerca de 25% a 30% em tecnologia para cibersegurança”. No Brasil, aprovada pelo Decreto nº 9.637/2018, a Política Nacional de Segurança da Informação (PNSI) abrange segurança cibernética, defesa cibernética, segurança física e a proteção de dados organizacionais. Essa política é implementada por intermédio da Estratégia Nacional de Segurança da Informação (ENSI) e pelos planos nacionais. O levantamento da Fortnite demonstra outra preocupação: golpes mais sofisticados, como o ransomware. “É um tipo de malware para sequestro de dados, caracterizado pelo pedido de resgate por parte dos criminosos. Os dados da vítima são criptografados e usados como refém. Para recuperar o acesso, a empresa tem que pagar a quantidade que os criminosos pedem”, explica Bonatti. Normalmente, quando um hacker consegue esse acesso, o pedido feito à vítima é para que haja pagamento de resgate com criptomoedas. Isso traz dificuldades para polícia rastrear a ação dos criminosos.

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