A decisão da Ferrovia Centro Atlântica (FCA) de suspender suas atividades no trecho entre a Bahia e o Sergipe continua repercutindo. O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias, Similares e Afins nos Estados da Bahia e Sergipe (Sindiferro) tem trabalhado no sentido de reverter a decisão. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o coordenador geral do órgão na Bahia, Paulino Rodrigues, informou que, em agosto de 2026, completa-se os 30 anos da concessão da VLI para gestão da FCA. No entanto, o grupo pediu ao governo federal a prorrogação desse prazo por mais 30 anos, sem o referido trecho, que compreende mais de 1800 km de ferrovia. Cerca de 256 trabalhadores estão ameaçados de perder o emprego caso a decisão se mantenha. Para Rodrigues, os impactos da suspensão são inúmeros. “A situação é dramática porque, por exemplo, o produto da Magnesita é transportado pela ferrovia. A demissão em massa vai prejudicar a Magnesita. O salário desses trabalhadores movimenta o comércio. Haverá um prejuízo enorme porque todas as cidades por onde passa a ferrovia na região seriam afetadas”, afirmou. Diante do problema, o Sindferro solicitou à Câmara de Vereadores de Brumado uma audiência especial para debater a manutenção da FCA na Bahia. O objetivo é, segundo Paulino, mobilizar a sociedade em um grande movimento e produzir um documento, que será enviado ao governo federal e aos órgãos fiscalizadores da concessão, a fim de impedir a referida suspensão. Uma possibilidade seria o governo assumir a gestão dessa malha ferroviária e evitar a demissão em massa de tantos trabalhadores.
O pré-candidato a prefeito de Brumado, Guilherme Bonfim (P)T, e o deputado estadual Vitor Bonfim estão engajados na luta pela continuidade das atividades da Ferrovia Centro Atlântica (FCA) na Bahia e no Sergipe. Ao site Achei Sudoeste, Guilherme adiantou que o deputado certamente fará uma provocação junto à Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) para que os dois estados se juntem para defender a permanência desse importante equipamento em funcionamento. O objetivo maior, conforme destacou, é o desenvolvimento econômico e social das cidades por onde a FCA passa. Nesse ponto, Guilherme criticou a privatização de uma empresa como a FCA, que, nesses casos, visa apenas o lucro e a viabilidade econômica, sem pensar nas pessoas e cidades que dependem do serviço. Uma agenda em Brasília para tratar do assunto junto ao Governo Federal já está sendo articulada.
A Ferrovia Centro Atlântica (FCA) está ameaçando suspender as suas atividades na Bahia e no Sergipe e o assunto tem repercutido em todo país, tendo em vista os impactos econômicos da decisão. O pré-candidato a prefeito de Brumado, Guilherme Bonfim (PT), já está se articulando junto ao governador Jerônimo Rodrigues (PT) em prol da continuidade das atividades da FCA nos estados. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, Bonfim informou que o governador recomendou a sua ida a Brasília com o secretário executivo da Casa Civil, Marcos Cavalcanti, a fim de debater a questão e evitar a referida suspensão. O pré-candidato defendeu a importância do equipamento para logística de distribuição dos minérios que são explorados em Brumado e, consequentemente, para economia do município. “Já entrei em contato e me coloquei a disposição das mineradoras. Vou programar essa agenda junto com Marcus Cavalcanti para tentarmos evitar esse transtorno. Vale a pena entrarmos nessa briga para que nosso município não perca esse importante equipamento”, afirmou.
Na década de 80, a Ferrovia Centro Atlântica (FCA), que liga o estado da Bahia a Minas Gerais, possuía cerca de 45 mil funcionários. Hoje, segundo Guilhermano Silva Filho, diretor de comunicação do Sindicato dos Ferroviários do Estado da Bahia (Sindferro), o trecho baiano da ferrovia conta apenas com 1 mil funcionários, entre diretos e indiretos. Todos podem ser demitidos devido à ameaça de desativação da FCA no trecho Bahia/Minas. Ao site Achei Sudoeste, Guilhermano denunciou que os prejuízos são incalculáveis para toda região por onde a ferrovia passa. Além disso, o diretor apontou que há um abandono explícito da malha ferroviária pela falta de interesse em operar no trecho após destruí-lo. “A empresa roeu a carne toda e deixou só o osso”, afirmou. Para quem quiser investir na ferrovia serão necessários, segundo o sindicalista, bilhões de reais para recuperar toda malha, visto que os trilhos estão totalmente desgastados depois de anos sem manutenção. “Vai ser preciso praticamente trocar tudo. A ferrovia toda está degradada e sucateada nessa região”, finalizou.
A Ferrovia Centro Atlântica (FCA), que liga o estado da Bahia a Minas Gerais, pode ser desativada após mais de 60 anos de história no trecho da cidade de Brumado. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, Guilhermano Silva Filho, diretor de comunicação do Sindicato dos Ferroviários do Estado da Bahia (Sindferro), disse que, ao longo de 27 anos, a empresa usou e abusou da ferrovia e não investiu da forma devida. Cumprindo seu papel, o sindicato tem denunciado as condições de abandono em que se encontram os trabalhadores da FCA e os trechos ferroviários que a empresa representa. “Estamos entrando com ações contrárias porque ou ela entrega o trecho todo para outra empresa ou então continua com os funcionários e a malha entre Bahia e Minas funcionando”, afirmou. Guilhermano destacou que a situação é caótica na malha ferroviária, visto que a vida útil de trilhos e dormentes já se esgotou há bastante tempo e o mato tem tomado conta da linha férrea. Os descarrilamentos são constantes e, no trecho de Brumado, um trabalhador perdeu a vida por conta do problema. “Queremos investimentos. A malha aqui já está bastante sucateada”, apontou.
Com sede em Brumado, a RHI Magnesita enfrenta um problema iminente devido à possível desativação do trecho ferroviário Minas-Bahia, pertencente à Ferrovia Centro-Atlântica (FCA). As informações são do Bahia Econômica. A rota, fundamental para o transporte da matéria-prima da Magnesita originária de Brumado, pode ser desativada pela VLI Multimodal SA, atual detentora da concessão da FCA, caso seja considerada “economicamente desfavorável”. A mineradora, que transporta cerca de 250 mil toneladas de material por ano nas rotas Brumado-Aratu e Brumado-Contagem, teme que a desativação da ferrovia a obrigue a recorrer ao transporte rodoviário, o que acarretaria diversos problemas. Entre os principais, estão o aumento dos custos operacionais, redução da agilidade e disponibilidade da matéria-prima, riscos à segurança e impactos ambientais. Além disso, a desativação da ferrovia também representaria um duro golpe para a economia de Brumado e da região, visto que a Magnesita é uma das principais empregadoras da cidade e a mudança poderia levar à perda de centenas de empregos diretos e indiretos. Diante dos riscos iminentes, a Magnesita, o Governo de Minas Gerais e outras entidades se mobilizaram para tentar salvar o trecho ferroviário Minas-Bahia. A empresa já se reuniu com representantes do Ministério dos Transportes e da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade de Minas Gerais para discutir alternativas.