O superintendente da Superintendência de Patrimônio da União na Bahia (SPU), Otávio Alexandre Freire, esteve na cidade de Brumado para a regularização fundiária de terras na Fazenda Santa Inês. Em um evento realizado no último sábado (18), Freire esteve na cidade ao lado do deputado federal João Carlos Bacelar (PL), o Jonga, do pré-candidato a prefeito Fabrício Abrantes (Avante) e diversas lideranças. O problema de regularização e titularidade de terras na localidade é antigo e chegou a um ponto bastante grave. Ao site Achei Sudoeste, Freire relatou que, ao invés de retirar as pessoas das terras, o objetivo é fazer o processo de regularização para manter todos com os títulos de legitimação fundiária. Além da titulação, o superintendente destacou que a ideia é inserir toda comunidade dentro de um projeto de desenvolvimento da área. “Vamos tentar buscar a melhor forma possível de não só dá a titulação, mas tentar envolver todos dentro de um projeto de desenvolvimento para toda área da Fazenda Santa Inês. A ideia é que a cidade tenha retorno para o seu desenvolvimento socioeconômico”, afirmou.
O lavrador Clécio da Silva Brito solicitou o uso da Tribuna Livre da Câmara Municipal para pedir o apoio dos vereadores a fim de conter a invasão de terras na região da Fazenda Santa Inês. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, ele explicou que os avós são posseiros de terras na localidade há mais de 20 anos. “Hoje, infelizmente, essas terras estão sendo invadidas por pessoas que alegam ser donas, mas que não são posseiras, não conhecem a história daquilo ali”, disse. Brito enfatizou que as autoridades precisam tomar conhecimento do problema a fim de tomar as providências necessárias para garantir a posse das terras e a segurança dos posseiros. “Do jeito que tá não pode ficar. Por se tratar de terras da União, temos tentado correr atrás de chamar os órgãos responsáveis. O uso da Câmara hoje é justamente para que isso chegue ao conhecimento das autoridades para que isso desenrole”, frisou. As terras estariam sendo invadidas para loteamento e venda. No entanto, Clécio salientou que terras de propriedade da União não podem ser vendidas. O problema já virou até mesmo caso de polícia. “As ameaças de morte continuam. Temos provas disso”, finalizou.