A Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido anunciou, nesta sexta-feira (28/10), que está monitorando duas novas variantes do coronavírus no país. A BQ.1 e XBB que surgiram a partir da Ômicron e ainda não constituem “variantes de preocupação”, mas estão sendo acompanhadas devido ao crescimento de casos e a possibilidade de terem maior escape imunológico em relação às defesas criadas por vacinas ou infecções prévias. O país já registrou 717 casos provocados pela BQ.1, mas não há informações sobre seu potencial de transmissibilidade ou letalidade. A XBB, por sua vez, é uma variante recombinante surgida a partir de duas sublinhagens da Ômicron e vem sendo chamada de “variante pesadelo”, pois está associada a uma recente onda de aumento de casos em Cingapura. No Reino Unido, foram sequenciadas 18 amostras compatíveis com a XBB.
De acordo com os dados divulgados pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), cerca de 1.700.826 casos de Coronavírus já foram registrados no estado desde o início da pandemia. Desse número, 73.736 ocorreram em crianças menores de 9 anos. Até o momento, 114 crianças, nesta mesma faixa etária, já perderam a vida em decorrência da doença. “O Brasil é o segundo país em mortes de crianças por Covid. As crianças adoecem menos e a forma geralmente é menos grave, mas podem fazer quadros respiratórios graves como os adultos. Tem uma forma tardia que ocorre na infância que é a síndrome inflamatória multissistêmica que também é grave e pode levar à morte. Isto justifica a vacinação para crianças”, destaca a infectologista Ceuci Nunes. Apesar de ser incomum, a especialista explica que a síndrome inflamatória multissistêmica costuma ser preocupante. “[A condição] é uma resposta inflamatória sistêmica exagerada que ocorre de duas a quatro semanas após a infecção pelo SARS-CoV-2, rara, mas que pode levar à morte de crianças. Tem um quadro clínico muito variado e a maioria precisa de UTI”, salienta Ceuci. Ainda segundo a Divep-BA, 637 pessoas estão infectadas com a doença na Bahia. Salvador segue liderando como o município que apresenta maior número de ocorrências, com 376 casos ativos, seguido de Itabuna, com 111, e Lauro de Freitas, com 82. Na última sexta-feira (14), dia em que foi divulgado o boletim epidemiológico mais recente, com registros feitos até as 17h, 306 novos casos foram confirmados na capital baiana, o que retrata uma taxa de crescimento de +0,02%. Ainda não se tem um balanço de quantos desse número são crianças. A taxa de ocupação total dos leitos já chega a 13% na Bahia, que tem 85% das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) também ocupadas. Em Salvador este cenário não é muito diferente. Dos 195 leitos disponibilizados para adultos, 39 estão em uso e restam apenas 3 vagas na UTI. Para os pequenos, do total de 145 leitos da enfermaria pediátrica disponíveis no estado, 9 estão ocupados, restando apenas 10% dos leitos vagos. Na parte da UTI pediátrica, a média de 6% de ocupação se mantém: 7 dos 125 leitos estão em uso. Já na capital baiana, a taxa de ocupação está em 10% e 8%, respectivamente, para a enfermaria pediátrica e para a UTI pediátrica.
Com a redução progressiva de novos casos de Covid-19, além da ampla cobertura vacinal com mais de 235 mil doses aplicadas no município, a Secretaria de Saúde de Guanambi, a 141 km de Brumado, anunciou o fechamento do Pronto Atendimento (PA Covid) nesta sexta-feira (14). O fechamento simboliza a superação de uma das maiores crises sanitárias da história no município. A partir de então, os pacientes com síndromes gripais deverão dirigir-se à Unidade de Pronto Atendimento (UPA). À frente da Secretaria de Saúde, o Coronel Lira enfatiza que o enfrentamento à Pandemia de Covid-19 exigiu um esforço enorme das autoridades de saúde e em Guanambi o balanço é extremamente positivo.
De acordo com o boletim epidemiológico mais recente, não há nenhum novo caso de Covid na cidade de Guanambi, a 141 km de Brumado. Também não há nenhum caso ativo ou paciente internado. Diante do cenário, a Secretaria Municipal de Saúde iniciou a desmobilização da unidade de Pronto Atendimento para os casos suspeitos de Covid-19, conhecida como PA-Covid. Segundo a pasta, será mantida uma equipe reduzida para eventuais casos suspeitos. Parte da unidade será destinada a acolher pacientes do Hospital Municipal e da UPA, especialmente nos casos de espera para regulação.
O Instituto Butantan entregou, na segunda-feira (19), ao Ministério da Saúde 1 milhão de novas doses da vacina CoronaVac/Butantan/Sinovac. A informação foi divulgada pelo próprio instituto e confirmada pelo Ministério da Saúde. De acordo com o ministério, as doses vão passar agora por trâmites logísticos e por controle de qualidade para, então, serem distribuídas a todos os estados e ao Distrito Federal. De acordo com a Agência Brasil, o Butantan informou que as vacinas foram produzidas em São Paulo com o insumo farmacêutico ativo (IFA) importado da empresa chinesa Sinovac. As novas doses serão usadas para vacinação de crianças de 3 a 5 anos de idade contra a Covid-19. A vacinação dessa faixa etária com o imunizante CoronaVac recebeu aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em julho deste ano. “A entrega desse novo lote pelo Butantan permitirá ampliar o número de crianças brasileiras entre 3 e 5 anos que serão protegidas contra formas graves da Covid-19, evitando internações e óbitos”, disse, em nota, o secretário de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde de São Paulo, infectologista David Uip, por meio de nota. Com o lote entregue, o Butantan soma 111 milhões de vacinas encaminhadas ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), o que vem ocorrendo desde janeiro do ano passado. Segundo o instituto, ainda em setembro, mais 2,5 milhões de doses do imunizante estarão disponíveis para aplicação.
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse nesta quarta-feira (14) que o mundo nunca esteve em melhor posição para encerrar a pandemia de covid-19. “Ainda não chegamos lá, mas o fim está à vista”, destacou, ao lembrar que, na semana passada, o número de mortes reportadas pela doença foi o menor desde março de 2020. “Já conseguimos ver a linha de chegada. Estamos em posição de vencer. Mas agora é o pior momento para se parar de correr. É o momento de correr mais rápido, de garantir que cruzaremos a linha de chegada e colheremos os frutos de todo o nosso trabalho árduo”, avaliou Tedros. O diretor-geral da OMS alertou ainda que, caso o mundo não utilize essa oportunidade, corre sério risco do surgimento de novas variantes da covid-19, de mais mortes provocadas pela infecção e de ainda mais incerteza de cenários futuros. “Então, vamos aproveitar a oportunidade”, completou. “Pedimos a todos os países que invistam em vacinas para 100% dos grupos de risco, incluindo trabalhadores da saúde e idosos”, disse Tedros, citando como prioridade manter a taxa de imunização em 70%. “Continuem testando a sequenciando o SARS-CoV-2, além de integrar a vigilância e os serviços de testagem para outras doenças respiratórias, incluindo a influenza”.
A Polícia Federal (PF) vai dar continuidade às três apurações preliminares que foram abertas para investigar a conduta do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, durante a pandemia da Covid-19. Isso foi o que determinou a ministra Rosa Weber, do Supremo tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (12). Weber atendeu um pedido feito pela cúpula da CPI da Covid para realização de novas diligências. A CPI havia pedido que as investigações fossem feitas antes de o STF analisar o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para arquivar o caso. O relatório final da comissão disse que o presidente cometeu nove crimes. Rosa, no documento, afirmou que, apesar de a PGR ter pedido o encerramento das frentes de investigação, considera “plausíveis as preocupações” externadas pela cúpula da CPI para que os casos possam ser aprofundados. Entre as novas medidas que a PF pode realizar está a organização dos elementos de provas reunidos pela CPI.
A Administração Nacional de Produtos Médicos da China (NMPA), órgão similar à Anvisa no Brasil, aprovou a primeira vacina nasal contra a Covid-19 do mundo. As informações são do jornal o Globo. O imunizante Convidecia, desenvolvido pela farmacêutica CanSino Biologics, será utilizado como dose de reforço no país. A informação foi divulgada pela empresa em comunicado. Segundo a Biomm, laboratório responsável pela comercialização da vacina no Brasil, a versão injetável da Convidecia – aprovada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e utilizada em países como Chile e México – está sob análise da Anvisa, e a solicitação de um aval para o modelo nasal no país também está nos planos da empresa em breve. O novo imunizante, que não utiliza agulha, é mais fácil de armazenar e é administrado pelo nariz, através de um spray de aerossol. Cientistas de vários países do mundo, como Cuba, Canadá e Estados Unidos, estão trabalhando em novas vacinas que podem ser administradas de forma nasal. Especialistas acreditam que, por ser a via de entrada do coronavírus no organismo, o modelo de aplicação pode oferecer uma melhor proteção contra a contaminação, e ter uma maior eficácia para interromper a transmissão do vírus. No Brasil, também existe um modelo em desenvolvimento pelo Instituto do Coração do Hospital das Clínicas, em São Paulo, que chegou a solicitar à Anvisa o início dos estudos em humanos no último ano. Porém, com as novas variantes do vírus, os pesquisadores estão avaliando a resposta do imunizante em laboratório às cepas antes de avançar para as etapas com voluntários. Desde 2020, a China já aprovou oito vacinas contra a Covid-19 desenvolvidas localmente, como a CoronaVac, desenvolvida pela SinoVac e aplicada no Brasil. No entanto, o país ainda não permitiu que imunizantes estrangeiros sejam utilizados no território.
Um estudo divulgado pelo jornal o Globo mostra que a pandemia impactou o brasileiro de forma muito profunda, além do que já se sabe. Saúde mental em frangalhos, medo da covid-19 e sequelas, nesse levantamento, ficam em segundo plano, sendo trazido à tona as consequências disso tudo. Segundo os cálculos da pesquisadora Ana Amélia Camarano, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, graças ao alto número de mortos na pandemia - quase 700 mil no território nacional -, a redução populacional para o fim desta década foi antecipada. Além disso, o brasileiro envelheceu de forma mais apressada. Antes da pandemia, o esperado era que esse encolhimento da população ocorreria na segunda metade da década de 2030. Agora, graças ao caos gerado pela pandemia, essa população, já diminuída precocemente, também menor estará mais velha, já que um em cada quatro brasileiros será considerado idoso em 2040 - ou seja, terá 60 anos ou mais. Um dos motivos para essa diminuição é que as mulheres passaram a ter menos filhos. Se entre 1940 e 1960 elas tinham em média 6,2 filhos, hoje esse número despencou para 1,7 filho. O estudo mostra que desde o ano 2000 a taxa de natalidade está abaixo do que seria necessário para repor a população, que é de 2,1 filhos por mulher. Neste caso, como a pandemia trouxe a realidade de menos nascimentos e uma mortalidade materna sete vezes maior que a média mundial, a população fatalmente irá encolher. O jornal o Globo aponta ainda que, graças à intensa crise econômica, a estimativa aponta que daqui a 20 anos não terá sido possível erradicar a miséria, nem ter a totalidade dos adolescentes no ensino médio ou superior. O estudo foi feito com base em previsões de especialistas, que usaram como base o desempenho do país nas últimas décadas.
O primeiro ano da pandemia de Covid-19 provocou um recorde de demissões e fechamento de estabelecimentos comerciais no País, segundo a Pesquisa Anual de Comércio (PAC) 2020, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 17. Mais de 400 mil empregos foram perdidos, e mais de 100 mil empresas encerraram suas atividades. Por outro lado, em apenas um ano, mais que dobrou o número de companhias que realizavam vendas pela internet. No ano de 2020, havia um total de 1,3 milhão de empresas comerciais no Brasil, uma redução de 7,4% em relação a 2019, 106,6 mil estabelecimentos a menos. A queda foi proporcionalmente maior no comércio de veículos, peças e motocicletas, com 9,9% de empresas a menos. O comércio varejista encolheu em 8,7%. Já o comércio por atacado teve expansão de 1,3% no número de empresas. As empresas comerciais possuíam 1,5 milhão de unidades locais, 7,0% a menos que em 2019. Enquanto houve perdas no comércio de veículos (-8,8%) e varejo (-8,5%), o número de unidades locais no comércio atacadista cresceu 2,1%. Quanto ao comércio eletrônico, o número de empresas que declararam realizar vendas pela internet saltou de 23.181 em 2019 para 56.788 em 2020. Houve aumento também na modalidade de televendas, que passou de 11.686 empresas em 2019 para 27.205 em 2020.
O uso de máscaras de proteção facial deixa de ser obrigatório em aeroportos e aeronaves no Brasil. Diante do atual cenário, o uso de máscaras, adotado até então como medida de saúde coletiva, é convertido em medida de proteção individual. A determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ocorre em reunião pública ordinária da Diretoria Colegiada realizada nesta quarta-feira (17), que aprovou, por unanimidade, modificações da norma que trata das medidas a serem adotadas em aeroportos e aeronaves devido à Covid-19. A decisão manteve o desembarque das aeronaves de forma ordenada por fileiras, para reduzir aglomerações no corredor e o risco de contágio. A Anvisa também define a manutenção da oferta de álcool em gel em aeroportos e aeronaves, procedimentos de limpeza e desinfecção dos aviões, e sistemas de climatização. Os avisos sonoros serão mantidos, mas ajustados ao cenário pandêmico atual, incluindo a recomendação do uso de máscara por populações mais vulneráveis à Covid-19, como pessoas imunossuprimidas, crianças e idosos.
A China anunciou ter detectado infecção humana por um novo tipo de vírus de origem animal O henipavírus é uma enfermidade transmitida principalmente pelo morcego frugífero. Já são 35 casos humanos, detectados por um estudo científico, nas províncias chinesas de Shandong e Henan, nenhum deles grave, informa a imprensa estatal do país. Entre os sintomas da zoonose estão: tosse, febre, cansaço, perda de apetite, dores de cabeça, musculares, náuseas e irritabilidade. De acordo com informações publicadas por cientistas da China e Singapura noNew England Journal of Medicine, a descoberta do vírus foi feita através de amostras da saliva de pacientes que tiveram contato recente direto com animais. Os pesquisadores revelam que dos 35 portadores, 26 manifestaram sintomas. Segundo o jornal estatal Global Times, o morcego frugívoro é conhecido como principal hospedeiro do Hendra vírus (HeV) e Nipah vírus (NiV). O animal também transmite a doença para seres humanos. O jornal afirma que casos de transmissão de humanos para humanos ainda não foram detectados, embora estudos indiquem que existe essa possibilidade. O henipavírus é considerado uma das principais causas emergentes do aumento de casos de zoonoses na região da Ásia-Pacífico. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença é classificada como nível 4, com taxa de letalidade estimada entre 40% e 75%, taxa maior do que a do Covid-19.
A farmacêutica americana Pfizer submeteu, nesta sexta-feira (29), à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), um pedido de aprovação para o uso da vacina contra a Covid-19 em crianças de 6 meses a 4 anos (4 anos, 11 meses e 29 dias). O imunizante foi aprovado para a faixa etária nos Estados Unidos em junho. No Brasil, a farmacêutica já imuniza pessoas acima dos 5 anos de idade. O pedido da Pfizer se apoia em um estudo que incluiu 4.526 crianças de 6 meses a 4 anos. Na pesquisa, as crianças receberam três doses (na quantidade de um terço a dose para o adulto), com um intervalo de três semanas entre a primeira e a segunda dose. A terceira aplicação foi administrada oito semanas após a segunda, em um momento em que Ômicron era a variante predominante. A formulação, segundo a Pfizer, é a mesma da vacina administrada nas demais faixas. A mudança seria na concentração, que é de 10 µg (micrograma) por dose na formulação pediátrica para crianças entre 5 a 11 anos, e de 3 µg por dose para crianças de 6 meses a 4 anos. Se aprovada, a vacina de 6 meses a 4 anos de idade terá uma tampa cor vinho para diferenciá-la da vacina pediátrica para crianças de 5 a 11 anos, que tem a tampa laranja, e do imunizante para a população acima dos 12 anos, cuja tampa é roxa.
Nesta semana, teve início na cidade de Brumado a vacinação de crianças de 3 e 4 anos contra Covid-19. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, a vacinadora Fátima Melo lamentou que a adesão desse público à vacinação ainda esteja baixa. Segundo ela, muitos pais estão com medo devido à grande quantidade de fake news propagadas em torno da vacina. “Acredito que os pais ainda estão se conscientizando e vão ir trazendo as crianças para serem vacinadas. Tem adulto que chega aqui com a primeira, segunda, terceira, até quarta dose que não quer vacinar os filhos. Quer dizer, eles estão protegidos e os filhos não. Da mesma forma que a Covid mata adulto também mata crianças”, alertou. Mãe da pequena Valentina, Fernanda falou ao site sobre a importância da imunização nessa faixa etária. “Não via a hora de chegar a idade dela por causa desse novo surto. A vacina protege. Aconselho os outros pais a trazerem seus filhos para evitar algo pior”, afirmou. Desde o início da pandemia, a Covid-19 matou duas crianças menores de 5 anos por dia no Brasil. Ao todo, 1.439 crianças de até 5 anos morreram por Covid-19 nos dois primeiros anos da pandemia no Brasil. A Região Nordeste concentra quase metade desses óbitos.
A Bahia registrou 2.161 casos de Covid-19 e 19 mortes pela doença nas últimas 24h, segundo o boletim divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) nesta terça-feira (26). Além disso, 7.487 casos estão ativos. Dos 1.651.794 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.614.006 são considerados recuperados e 30.301 tiveram óbito confirmado. No entanto, os dados ainda podem sofrer alterações, conforme alertou o órgão estadual. O boletim também traz dados com 1.945.872 casos descartados e 357.083 em investigação. O estado contabilizou 67.358 profissionais da saúde que testaram positivo Covid-19. Os dados mostram ainda as taxas de ocupação de leitos. A taxa de ocupação das UTIs adulto no estado é de 54%. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17h desta terça-feira.
Desde março de 2020, quando a covid-19 começou a se disseminar no Brasil, a doença causou no país a morte de 539 crianças entre 6 meses e 3 anos de idade. Esse número, atingido em pouco mais de dois anos de pandemia, é mais que o triplo do total de mortes que outras 14 enfermidades causaram juntas em um período de 10 anos. De acordo com a Agência Brasil, entre 2012 e 2021, neurotuberculose, tuberculose miliar, tétano neonatal, tétano, difteria, coqueluche, poliomielite, sarampo, rubéola, hepatite B, caxumba, rubéola congênita, hepatite viral congênita e meningite meningocócica do tipo B tiraram a vida de 144 crianças entre 6 meses e 3 anos de idade. Embora sejam enfermidades capazes de matar, todas elas podem ser prevenidas por vacinas. O levantamento, divulgado nesta segunda-feira (25), foi realizado por pesquisadores do Observatório de Saúde na Infância da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Eles fizeram a comparação a partir de dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), desenvolvido pelo Ministério da Saúde. As 14 doenças consideradas no levantamento fazem parte da Lista Brasileira de Mortes Evitáveis para menores de 5 anos. Trata-se de uma relação criada por especialistas da saúde infantil sob a coordenação do Ministério da Saúde. Algumas dessas enfermidades não causaram nenhuma morte infantil nos últimos 10 anos. Um exemplo é a poliomielite, erradicada no país desde 1994. Diferente das 14 doenças, não há ainda um imunizante contra a covid-19 aprovado para a faixa etária estudada. Há duas semanas, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso da vacina CoronaVac em crianças entre 3 e 5 anos de idade. Aquelas com mais de 5 anos já estavam sendo atendidas no Plano Nacional de Imunização (PNI) desde janeiro.
Apesar de ter sido aprovada há 9 dias, a vacinação de crianças de 3 e 4 anos com a CoronaVac ainda não começou em todos os locais do Brasil. No dia 13, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a aplicação da vacina em crianças de 3 a 5 anos. Antes disso, as crianças de 5 anos só podiam receber a vacina da Pfizer; as de 3 e 4 não podiam ser imunizadas. Segundo levantamento feito pelo G1, a vacinação das crianças nessas idades começou em todas as capitais exceto Cuiabá, Maceió e Teresina. Mas mesmo na capital paulista, que já começou a vacinar, o público está restrito a crianças com comorbidades, deficiência ou indígenas. No estado de Alagoas, nenhum município começou a vacinação; até a terça-feira (19), Mato Grosso aguardava novas doses para iniciar a vacinação. No Piauí, apenas alguns municípios já vacinam, como Água Branca e Parnaíba.
O Ministério da Saúde tem disponível 1,2 milhão de doses de CoronaVac para imunização de crianças de 3 e 4 anos. A informação é do secretário-executivo adjunto do Ministério da Saúde, Marcos Vinicius Dias, entrevistado do programa A Voz do Brasil desta quarta-feira (20). De acordo com Dias, caso seja necessário, doses podem ser realocadas para suprir as demandas de estados com mais carência e novos lotes poderão ser adquiridos. “Ninguém vai ficar sem vacina”, garantiu. Segundo a Agência Brasil, o representante da pasta disse que, assim como foi feito no início da pandemia, no qual foram priorizados os grupos mais vulneráveis, também agora, será dada prioridade a crianças que tenham alguma doença que as fragilize e as torne um pouco mais suscetível a uma evolução grave da doença. Segundo Dias, todas as vacinas têm um risco potencial de efeitos colaterais. “Felizmente os efeitos que foram registrados com a CoronaVac são eventos leves”, sustenta, acrescentando que a vacina foi chancelada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que é uma agência de estado, o que traz a segurança de que ela é efetiva. “De modo que não vale a pena correr o risco de não vacinar com medo de um eventual efeito adverso”, disse. Ele citou o caso do Chile, onde quase 500 mil crianças já foram vacinadas.
A Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) anunciou, nesta sexta-feira (14), disponibilizou mais 114 leitos para assistência a pacientes com Covid-19, por causa do aumento da demanda apresentada no estado. Ao todo são 30 de terapia intensiva (UTI) e 84 clínicas. De acordo com a Sesab, há ainda a previsão de abertura de outros 60 leitos, sendo 30 de UTI e 30 clínicos, até segunda-feira (18), em Salvador, Valença e Camacan. A Secretaria da Saúde do Estado monitora diversos indicadores em relação à Covid-19. Entre os indicadores estão número de novos casos, total de casos ativos e taxa de ocupação. Segundo a secretaria, caso haja necessidade, mais leitos específicos para o tratamento de pacientes com Covid-19 podem ser disponibilizados. A Sesab informou que os municípios também têm autonomia para ampliar a oferta de leitos e definir medidas mais restritivas.
O médium Divaldo Franco foi diagnosticado com Covid-19 e encontra-se em recuperação na Mansão do Caminho, em Salvador. A informação foi divulgada na noite desta quarta-feira (13), nas redes sociais do líder religioso. De acordo com a equipe de Divaldo Franco, por recomendação médica, o médium está isolado para os cuidados necessários e impossibilitado de atender ao público. “Divaldo agradece pelas inúmeras mensagens de apoio e carinho, estando impossibilitado de responder a todos individualmente”, disse trecho da nota divulgada nas redes sociais.
A diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) formou maioria e autorizou a distribuição da CoronaVac em crianças entre 3 e 5 anos. De acordo com o Bahia Notícias, parceiro do Achei Sudoeste, a votação ocorreu nesta quarta-feira (13). Antes do encontro, a Coronavac era permitida apenas entre crianças e adolescentes entre 6 a 17 anos. A distribuição do imunizante entre os jovens da faixa-etária se iniciou em janeiro deste ano. O pedido inicial do Instituto Butantan, que produz o imunobiológico, foi feito em março deste ano. Ao todo, foram feitos três pedidos de ampliação do uso da vacina. Até o momento, os estudos apontam que a aplicação da Coronavac traz mais benefícios maiores do que os riscos para a faixa-etária analisada. Gustavo Mendes, gerente de Produtos Biológicos, Radiofármacos, Sangue, Tecidos, Células, Órgãos e Produtos de Terapias Avançadas da Anvisa, indicou que o esquema vacinal seja de duas doses com intervalo de 28 dias. “A totalidade das evidências científicas disponíveis sugerem que há indicativos de benefícios a para utilização da vacina na população pediátrica”, pontuou. Agora a CoronaVac é a primeira vacina a ser autorizada a ser aplicada em crianças menores de 4 anos. A Pfizer já estava disponível para jovens de 5 anos.
A prefeitura de Itacaré, um dos destinos turísticos mais visitados da Bahia, determinou que o uso de máscara facial volta a ser obrigatório em locais fechados, sejam eles públicos ou privados. A medida é válida a partir desta terça-feira (12) e foi adotada para tentar frear o crescimento do número de casos ativos da Covid-19 no município. O decreto foi publicado na edição de segunda-feira (11) do Diário Oficial do Município (DOM) e prevê também que haja fiscalização em espaços como igrejas, escolas, estabelecimentos comerciais e no transporte público. De acordo com o G1, em ambientes abertos, sobretudo onde há aglomeração de pessoas, a prefeitura recomenda que as pessoas façam o uso da máscara, mas não é obrigatório.
Uma criança de 8 anos, que está internada em estado grave, no Hospital Esaú Matos, em Vitória da Conquista, a 132 km de Brumado, foi diagnosticada com Covid-19. De acordo com o G1, a família de Davi Luiz Gomes conta que a criança precisa de um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e está preocupada porque recebeu a autorização para a transferência médica na noite de domingo (10), mas o procedimento ainda não foi feito até a tarde desta segunda-feira (11). Eunice Gomes, mãe do garoto, conta que a família mora no Tocantins e passava férias em Ilhéus. Em seguida, eles partiram para outra cidade, Vitória da Conquista, foi quando o garoto começou a apresentar sintomas de síndrome gripal. “A gente mora no Tocantins e viemos para passar uns dias em família. Na quarta, o Davi já começou a ter [sintomas], a gente imaginou que seria uma gripe, mas na sexta, quando ficamos em Vitória da Conquista, o desconforto aumentou muito”, relembrou Eunice Gomes ao G1. “Na hora que ele subiu a serra, teve a mudança de temperatura, porque lá [Ilhéus] estava chovendo, mas estava quente. Com a altitude, a fadiga dele aumentou um pouco”, afirmou a mãe do garoto. A mãe do paciente conta que o quadro dele evoluiu de maneira rápida. Na madrugada de domingo (10) foi preciso entubar Davi Luiz e fazer reanimação por duas vezes.
“Ele teve uma parada cardiorrespiratória. Meu filho ficou 15 minutos desacordado. A mão já estava roxa, o pezinho já estava roxo. Foi uma situação que não dá para descrever a dor”, contou Eunice. O quadro de Davi Luiz é típico da Covid-19, com piora rápida e de forma grave. Embora, o garoto esteja recebendo todo o cuidado no Hospital Esaú Matos, ele precisa que a transferência aérea para o Hospital Couto Maia, em Salvador, (onde a vaga foi liberada) seja feita com urgência. “Como a gente tem poucos leitos aqui na região, então se o leito tiver ocupado não temos nem como absorver essa demanda, mas se tiver [o leito] a UTI tem essa capacidade de isolamento. Apesar de ser mais difícil porque a Covid-19 demanda mais cuidados”, explica a pediatra Daniela Aguilar. O diretor da Fundação de Saúde de Vitória da Conquista, Diogo Gomes, disse por meio de nota que casos como esse de Davi precisam ser considerados como emergência. Isso porque o município não dispõe de UTI pediátrica para o tratamento da Covid-19. O Hospital Geral de Vitória da Conquista não tem mais contrato com o Governo do Estado e o HCC, que manteve o contrato, não possui UTI pediátrica para pacientes com coronavírus.
Na próxima quarta-feira, 13, a Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai decidir sobre a solicitação para incluir a faixa etária de 3 a 5 anos na bula da CoronaVac, vacina contra a Covid-19 do Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. O pedido foi feito há quase quatro meses e, desde então, rodadas de reuniões entre a agência, o instituto e entidades médicas têm sido realizadas. O público com menos de 5 anos é o único que ainda não tem previsão de ter a vacinação contra a doença iniciada no país. De acordo com a Revista Veja, a CoronaVac recebeu autorização da agência para ser aplicada no público com mais de seis anos e que não é imunocomprometido em janeiro deste ano. No Brasil, as crianças com 5 anos ou mais podem ser vacinadas com o imunizante da Pfizer, mas não há liberação para a aplicação de doses abaixo desta faixa etária. Por isso, pais têm se mobilizado por meio de um abaixo-assinado virtual e nas redes sociais para que a Anvisa libere a CoronaVac para a população de 3 a 5 anos. Eles se queixam da demora para o anúncio da decisão. A solicitação para ampliação da faixa etária elegível para receber o imunizante foi feita pelo Instituto Butantan em 11 de março. Na ocasião, a agência informou que a análise técnica seria feita em um prazo de sete dias a partir de 14 de março. No dia 18 do mesmo mês, a Anvisa enviou exigências das áreas de Farmacovigilância e de Medicamentos para o Instituto Butantan, algo que não interrompeu o processo. Depois, foram realizadas reuniões com representantes do Butantan e de entidades médicas e científicas para debater a inclusão da faixa etária na bula do imunizante. Em maio, o Butantan anunciou a entrega de informações para a Anvisa e apresentou um estudo apontando os impactos para o público caso tivesse sido imunizado entre 1 de dezembro de 2021 e 21 de março 2022, indicando que teriam ocorrido 58% menos hospitalizações, 57% menos mortes e 599 hospitalizações evitadas. Mas a agência solicitou dados de um estudo chileno realizado com a população infantil, entregues no início de junho. As vacinas da Pfizer e da Moderna – esta última não é aplicada no Brasil – receberam autorização para aplicação em crianças com mais de 6 meses e abaixo de 5 anos nos Estados Unidos.
Quando os primeiros casos de Covid-19 apareceram no Brasil, no final de fevereiro de 2020, os 27 estados brasileiros responderam com a implantação de medidas protetivas não farmacêuticas. Os efeitos dessas intervenções foram objeto de um estudo da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, que, utilizando dados diários de março a dezembro de 2020, estimaram seus impactos nos casos e mortes pela doença, em doze estados brasileiros. Na pesquisa, liderada por Louise Russell, descobriram que duas medidas – restrições em eventos públicos, escolas e comércio não essencial e o uso obrigatório de máscaras – foram as maiores responsáveis por uma redução significativa na propagação do vírus. Segundo os pesquisadores, as restrições totais e parciais a eventos públicos diminuíram a taxa de crescimento de casos de Covid-19, de 1,30 para 0,227. As máscaras também foram eficazes, com uma redução da taxa de crescimento de 0,060. Os autores do levantamento também observaram que o efeito combinado de suspender eventos públicos e impor o uso das máscaras reduziu a taxa de crescimento da doença para quase 1 ponto. O que comprova que o uso de intervenções não farmacêuticas é muito importante em todos os países, não só para diminuir a propagação do vírus, como também para minimizar os impactos econômicos e sociais do controle da Covid-19. Segundo a pesquisa, essas medidas são especialmente relevantes em países de baixa e média renda como o Brasil, que têm mais trabalhadores em empregos informais e sem segurança, infraestrutura precária para ensino à distância e menor capacidade de estimular suas economias.