O número de casos de zika vírus no país subiu 20% de janeiro até o dia 8 de julho de 2023. As notificações passaram de 5.910 para 7.093, na comparação com mesmo período de 2022. A Região Sudeste teve o maior aumento de casos, com percentual de 11,7%. As informações são da Agência Brasil. O Ministério da Saúde informou “que os dados são preliminares e sujeitos a alterações e que a vigilância das arboviroses – o que inclui as infecções causadas pelo vírus zika – é de notificação compulsória, ou seja, todo caso suspeito e/ou confirmado deve ser obrigatoriamente notificado aos serviços de saúde”. No mês de abril, em meio ao aumento de casos de dengue, zika e chikungunya no Brasil, as arboviroses, o governo federal lançou uma campanha nacional de combate às doenças, transmitidas por um mesmo vetor, a picada do mosquito Aedes aegypti. Na ocasião, o Ministério da Saúde acionou o Centro de Operações de Emergências de Arboviroses (COE) e foram realizadas ações de apoio nos 11 estados com maior número de casos e mortes por dengue e chikungunya. Outra ação foi investimento de R$ 84,3 milhões em compra de inseticida, larvicida, distribuição de kits de diagnóstico e capacitação de profissionais de saúde. Em junho, o COE foi desativado após ter sido constatada queda no risco de transmissão das arboviroses em todos os estados. O número de casos notificados de zika vírus caiu 87% entre abril e julho.
Neste ano, de acordo com levantamento da Vigilância Epidemiológica Municipal (Vigep), foram notificados 101 casos de dengue na cidade de Brumado, dos quais 33 de dengue clássica, 1 com sinais de alerta, 1 óbito por dengue hemorrágica, 42 descartados e 24 em investigação. O óbito trata-se de um estudante de medicina que residia no Paraguai. Embora morasse fora, a Vigep realizou um bloqueio de área na região do bairro Campo de Aviação, por precaução, visto que o estudante pode ter adquirido a doença na cidade. Ao site Achei Sudoeste, o coordenador na Vigep, Fábio Azevedo, informou que o larvicida foi aplicado em um raio determinado a fim de prevenir o surgimento de novos casos.
Como no município existe um cenário ideal para proliferação do mosquito aedes aegypt, Azevedo orientou que, pelo menos uma vez por semana, o cidadão deve fazer uma inspeção em sua casa a fim de eliminar possíveis focos da larva. “Se não existir o mosquito não tem como transmitir o vírus. Se a gente conseguir diminuir ou acabar com o mosquito a probabilidade de transmissão é bem menor”, afirmou. No momento, o índice de infestação predial de Brumado é de 2.27%, considerado alto pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Para acionar a Vigep em caso de identificação de larvas do mosquito, o número é (77) 3441-2757.
O aumento do número de casos de zika vírus, doença transmitida por mosquitos do gênero Aedes, o mesmo transmissor da dengue e chikungunya, acende um alerta para a população baiana, que registrou uma diferença considerável de prováveis casos nos primeiros sete meses do ano em relação ao mesmo período de 2022. De 1º de janeiro ao último dia 7, 1.689 notificações foram contabilizadas na Bahia, o que representa um incremento de 81,4% em comparação ao ano passado, quando foram registrados 931 casos. A situação liga um alerta na Saúde em relação à possibilidade de registros de novos casos de microcefalia em fetos, demandando maior cuidado em relação às gestantes. De acordo com o último boletim de arboviroses da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), 125 municípios registraram notificação para zika, sendo que seis apresentaram coeficientes de incidência maior ou igual a 100. São eles: Itapé (204,8), Macajuba (203,2), Ituberá (187), Vera Cruz (151,6), Piripá (126,8) e Barra da Estiva (104).
O Aedes aegypti, mais conhecido como mosquito da dengue, é transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya. Essas doenças causam diversos sintomas, deixam sequelas e podem até levar à morte. Na Bahia, segundo dados do Ministério da Saúde, em 2023, entre os meses de janeiro e abril, houve um aumento de 150% nos casos de Zika e de 7% nos de dengue, se comparado ao ano de 2022. Para ajudar no combate ao mosquito, os pesquisadores Davi Luca e Joelma Luca, moradores de Vitória da Conquista, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb), que é vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), desenvolveram uma base de dados que faz o mapeamento dos mosquitos a cada quilômetro do planeta. A tecnologia produzida pela startup Ondaedes utiliza o conceito de Big Data, que é um conjunto de técnicas para analisar e sistematizar grandes quantidades de dados. “Este é um trabalho de Big Data. Usamos a tecnologia de Sistemas de Informações Geográficas (SIG), que funciona como um sistema que cria, gerencia, analisa e mapeia todos os tipos de dados. Cruzamos uma série de variáveis sensíveis ao Aedes. Nossos dados são construídos com tecnologia produzida por universidades ao redor do mundo ou pelas gigantes da tecnologia”, explicou. De acordo com Davi, a partir dos dados coletados, é possível dizer onde e quando o Aedes aegypti estará e o que ele fará por quilômetro. Assim, as prefeituras podem agir em locais específicos e as campanhas de combate ao mosquito ser mais assertivas. O projeto, que foi um dos aprovados pelo Edital Centelha, da Fapesb, está 90% pronto e vai investir em sistemas para tratar e finalizar os dados globalmente.
Neste ano, são apenas 3 o número de casos confirmados de Chikungunya em Brumado. No que se refere à dengue, são apenas 12 casos confirmados. No ano passado, nesse mesmo período, os índices eram bem mais assustadores. Ao site Achei Sudoeste, o coordenador de endemias da Vigilância Epidemiológica Municipal (Vigep), Fábio Azevedo, disse que, apesar da aparente tranquilidade, o vírus continua circulando e é preciso trabalhar na prevenção para evitar um novo surto. “Pedimos ao cidadão que, além de receber o nosso agente, faça a vistoria na sua casa. Não deixe água acumulada”, alertou. Azevedo adiantou que a Vigep estará, nos próximos dias, atuando nas comunidades rurais para orientação da população.
A Qdenga, nova vacina utilizada para prevenção da dengue, deve chegar ao Brasil somente no segundo semestre deste ano. Fabricada pela Takeda, ela foi aprovada no início deste mês pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser comercializado no Brasil. O imunizante tem quatro diferentes sorotipos do vírus causador da doença, conferindo assim uma ampla proteção. Destinado ao público de 4 a 60 anos, ele é aplicado em esquema de duas doses, com intervalo de três meses entre elas. Segundo Vivian Lee, diretora-executiva de assuntos médicos da Takeda Brasil, a previsão estimada para o produto estar em unidades de saúde do país leva em consideração trâmites necessários para a sua comercialização. Depois da aprovação da Anvisa, outra etapa se dá na CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), que define o valor máximo de medicamentos. Por enquanto, não há estimativa de quanto a dose deve custar. Lee diz que a vacina já foi submetida à câmara e que agora é necessário aguardar. Segundo a diretora, essa etapa normalmente dura em torno de três meses, porém existe a possibilidade de levar mais tempo. Na perspectiva mais otimista, de o processo durar três meses, Lee observa que a vacina deve estar disponível no Brasil no segundo semestre deste ano. Segundo Lee, a farmacêutica tem capacidade de distribuir a vacina no setor privado no país, mas os pedidos ainda não foram feitos pelas clínicas por ainda não haver o valor definido do fármaco. “Não temos recebido negociação porque não temos a definição do preço na CMED”, afirma a diretora. Também existe o interesse de levar o imunizante para o SUS, até por causa do impacto da dengue no Brasil. Só no ano passado houve mais de mil mortes.
Um surto de Chikungunya está sendo registrado na cidade de Caculé, a 100 km de Brumado, e os números crescentes de casos têm preocupado a população. Para se ter uma ideia, apenas em uma casa, quatro pessoas foram diagnosticadas com a doença. Os moradores reclamam do atendimento nas unidades e postos de saúde do município. “Ninguém sabe direito se está com dengue ou Chikungunya porque não estão fazendo exames, só passam remédio e mandam ir para casa”, desabafou um morador ao site Sertão em Dia. Os munícipes também estão insatisfeitos com a falta de ações para combater o mosquito transmissor da doença. Segundo disseram, o carro do fumacê não está circulando e os agentes de endemias não conseguem atender toda demanda. Nas redes sociais, a prefeitura divulgou que retirou em apenas 4 bairros cerca de 250 toneladas de lixo e entulho. O material servia de berçário para o aedes aegpyt.
Em Livramento de Nossa Senhora, a 68 km de Brumado, moradores de diversos bairros têm relatado aumento do número de casos de dengue. Além dos índices, a população se preocupa com a falta de medicação indicada para pacientes diagnosticados com a doença. Os remédios que costumam ser receitados pelos médicos nesses casos não estão sendo encontrados nas farmácias da cidade, muito menos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Com a falta da medicação e o alto número de registros da doença, as pessoas temem que o pior aconteça. De acordo com a Portal FM, as chuvas que caíram nos últimos meses e o calor são fatores que justificam a multiplicação do mosquito transmissor: o aedes-aegypti.
Em 2022, o mundo viu a pandemia de Covid-19 arrefecer, possibilitando o retorno de grandes eventos e a dispensa do uso de máscaras. Mas, na Bahia, um outro mal voltou a crescer, matando 525% mais do que em 2021: a dengue. A doença, provocada pela picada infectada do inseto Aedes aegypti – o famoso “mosquito da dengue” –, foi ofuscada pelo coronavírus, mas deve voltar aos holofotes do combate a endemias em 2023, para que não provoque mais mortes. Durante as 52 primeiras semanas do ano passado – o Estado ainda não consolidou os dados da última semana do ano –, a Bahia registrou 35.925 casos prováveis de dengue, contra 25.310 contabilizados em todo o ano de 2021, o que representa um crescimento de aproximadamente 41,9%. De acordo com o Bahia Notícias, parceiro do Achei Sudoeste, dentre os casos prováveis, 20.128 (34,7%) foram classificados como Dengue, 266 (0,5%) identificados por Dengue com Sinais de Alarme (DSA), 52 (0,08%) como Dengue Grave (DG), 13.753 (23,7%) como inconclusivo e 1.726 casos (3%) permanecem em investigação. Os números apresentados em 2022 também representam um coeficiente de incidência (CI) acumulada de 242,5 casos a cada 100 mil habitantes. As regionais de saúde com maior CI foram Itabuna, com 803,8 casos a cada 100 mil habitantes; Ilhéus, com 636,6 casos por 100 mil habitantes; Irecê, com 630,7 casos a cada 100 mil habitantes; Juazeiro com 601,1 casos por 100 mil habitantes; e Guanambi, com 597,4 casos por 100 mil habitantes. No âmbito municipal, os piores números são de Floresta Azul, com 4.786,6 casos por 100 mil habitantes; Piripá, com 4.193,9 casos a cada 100 mil habitantes; Apuarema, com 4.179,3 casos por 100 mil habitantes; Santa Cruz da Vitória, com 4.150 casos a cada 100 mil habitantes; e Chorrochó, com 3.671,7 casos por 100 mil habitantes. No caso das mortes em decorrência da dengue, elas foram apenas 4 em 2021, contra 25 em 2022, apontando um avanço de 525% no número de óbitos. Entre as vítimas fatais da dengue, duas tinham menos de 1 ano de idade; duas tinham de 1 a 4 anos; três possuíam de 10 a 19 anos; quatro de 20 a 29 anos; três de 30 a 39 anos; cinco de 40 a 49 anos; um de 50 a 59 anos; três de 60 a 69 anos; e duas de 70 a 79 anos de idade. Outras duas doenças também registraram aumento de contaminação da Bahia em 2022: chikungunya e zika, ambas também transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. No caso da chikungunya, foram 18.351 casos prováveis na Bahia em 2022, contra 13.944 registrados em 2021, representando um incremento de 31,6% no número de contaminações, sendo os municípios de Macarani, Piripá, Macajuba, Maiquinique e Santa Cruz da Vitória os com maior quantidade. Já o vírus da zika teve 1.368 casos prováveis na Bahia em 2022, contra 1.003 reconhecidos em 2021, apontando para um crescimento de 36,4% na quantidade de registros. Piripá, Macajuba, Potiraguá, Itajuípe, Itambé e Itarantim foram os municípios com mais casos no estado.
Moradores do Bairro Esconso, em Brumado, denunciam as péssimas condições em que se encontra a localidade, com diversos terrenos baldios alagados, servindo como criadouro do mosquito aedes-aegypti. Na Rua Eltimio Gomes, o morador Renato Vilasboas disse ao site Achei Sudoeste que não há ninguém pelo bairro. Vilasboas relatou que, além de ter sido pavimentada pela metade, a via possui muita água minando. “A rua tá alagada. Os terrenos baldios têm muita poça d’água. Aqui onde eu moro tem uns seis lugares que junta água. Tem água empoçada há três meses”, afirmou. O morador falou que já registrou a situação da rua, inclusive de uma cratera que se formou na localidade, e encaminhou para o poder público, porém nada foi feito. “A água desce alagando tudo aqui e as ruas ficam empossadas, infelizmente”, completou. Em períodos chuvosos, Renato contou que a situação no bairro é de calamidade.
Agentes comunitários de saúde e de endemias se reuniram em um mutirão para realização de uma limpeza na Vila Presidente Vargas, zona rural de Brumado (veja aqui). Próximo à Unidade Básica de Saúde da localidade há muito lixo e água acumulada, o que tem preocupado os moradores. Ao site Achei Sudoeste, o morador Wilson da Silva disse que a água empossada no lixo pode servir de criadouro para o mosquito aedes-aegypti. “Tem bastante mosquito aqui, muito mesmo. Dá pra perceber que é o aedes-aegypti”, disse. Já a moradora Jamille Alves da Silva se preocupa com a saúde do filho diante da situação. Segundo ela, há muita muriçoca na região. “Temos que usar repelente. Aqui tem muito mosquito, de dia e de noite”, falou.
Após o alto número de casos confirmados de arboviroses em 2022, a Vigilância Epidemiológica de Brumado (Vigep) começará o ano de 2023 fazendo um trabalho preventivo nas residências. A informação foi passada ao site Achei Sudoeste pelo coordenador de endemias Fábio Azevedo. Segundo ele, os agentes de endemias passarão nas casas para colocação do produto nas caixas d’água e demais reservatórios. “Pedimos ao cidadão que, a cada chuva, dê uma vistoriada na sua casa para combate às arboviroses. Dengue, chikungunya, zika e febre amarela são todas transmitidas pelo mesmo mosquito: o aedes-egypti””, afirmou. Azevedo destacou ainda que, apesar de estarmos apenas na primeira quinzena de janeiro, já há casos notificados de arboviroses na cidade, porém ainda sem confirmação. “Já vamos começar a fazer o bloqueio nessas áreas e ficar atentos”, completou. Hoje, o índice de infestação do mosquito é de 2.83 no município, considerado alto.
Nesta terça-feira (10), agentes comunitários de saúde e de endemias se reuniram em um mutirão para realização de uma limpeza na Vila Presidente Vargas, zona rural de Brumado, a fim de prevenir a proliferação do mosquito aedes-egypti. Ao site Achei Sudoeste, a agente de combate a endemias Leila Gomes disse que os próprios moradores costumam jogar lixo nas proximidades da Unidade Básica de Saúde e na linha férrea na localidade. O lixo, segundo ela, está acumulando água, a qual tem servido de berçário para mosquitos, entre os quais o aedes-egypti. “Acaba por causar a proliferação do mosquito. Vamos tentar eliminar os focos e conscientizar a população quanto a isso”, afirmou. Para a agente, falta maior conscientização da população para fazer o descarte correto do lixo e evitar o acúmulo de água nesses locais.
A Vigilância Epidemiológica de Brumado (Vigep) fechou o ano de 2022 com 2149 casos notificados de chikungunya, arbovirose transmitida pelo mosquito aedes-aegypti. Desse total, 1880 foram confirmados. Ao site Achei Sudoeste, o coordenador de endemias da Vigep, Fábio Azevedo, considera o número muito alto. Segundo ele, o ápice do número de casos se deu após períodos chuvosos. O coordenador chamou a atenção da população para a necessidade de fiscalização constante dos quintais. Em caso de o imóvel estar sempre fechado durante o dia, o cidadão pode entrar em contato com a Vigep através do número (77) 3441-2757 para agendamento de uma visita. “Temos que trabalhar cidadão, agente e Município juntos senão o mosquito vai nos vencer”, alertou.
A população de Presidente Jânio Quadros, a 94 km de Brumado, precisa ficar alerta contra o mosquito transmissor da dengue, da chikungunya e da zika. É que a cidade tem registrado, nos últimos anos, índices altos de infestação predial, de acordo com a série histórica do Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti, o LIRAa. O levantamento permite, por amostragem, saber a quantidade de imóveis que abrigam recipientes com larvas do mosquito. Além disso, o Estado da Bahia registrou, entre janeiro e dezembro deste ano (SE49), 35.361 casos prováveis de dengue, segundo informações do mais recente boletim epidemiológico do Ministério da Saúde. Ainda, de acordo com o documento, no período, foram 18.257 casos prováveis de chikungunya e 1.070 casos prováveis de Zika (SE46). Com o risco de surto das três doenças, os moradores de Presidente Jânio Quadros devem redobrar os cuidados para diminuir a infestação do Aedes aegypti, especialmente em época de chuva. A melhor maneira para isso é descartar ou higienizar semanalmente e proteger qualquer objeto que acumule água e possa servir de criadouro. A enfermeira da Estratégia de Saúde da Família, Adryenne de Carvalho Mello, compartilha algumas medidas simples e eficazes para interromper o ciclo de vida do mosquito. “Esvaziar garrafas, não estocar pneus em áreas descobertas, não acumular água em lajes ou calhas, colocar areia nos vasos de planta e cobrir bem tonéis e caixas-d’água são algumas iniciativas básicas. Todo local de água parada deve ser eliminado, pois é lá que o mosquito transmissor coloca os seus ovos”. Adryenne de Carvalho Mello lembra que todas as faixas etárias têm o mesmo risco de contrair a dengue e que outras doenças, como a chikungunya, a Zika e até a COVID-19 podem ter sintomas parecidos. Para não haver dúvida em relação ao diagnóstico e ao tratamento mais adequado, a enfermeira orienta buscar atendimento na Unidade de Saúde mais próxima a qualquer sinal de mal-estar. “Normalmente, o primeiro sintoma da dengue é a febre alta (39° a 40°C), de início repentino, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dor no corpo e nas articulações, prostração (fadiga), fraqueza, dor atrás dos olhos e erupções cutâneas. Na fase febril, é difícil diferenciar a doença de outras enfermidades. Por isso, é importante consultar um médico em caso de suspeita”. Com a chegada das chuvas, a Secretaria Estadual de Saúde iniciou campanhas educativas de combate ao mosquito transmissor e tem orientado os municípios a adotarem iniciativas de conscientização em residências, comércios e prédios públicos. As prefeituras recebem ainda insumos como soro fisiológico, medicações, máquinas para aplicação de inseticidas e material pedagógico para treinamento dos profissionais de saúde.
Os indicadores da proliferação da dengue na Bahia em 2022 voltaram a preocupar especialistas e autoridades sanitárias. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), o estado acumulou, neste ano, um aumento de 500% nos óbitos em relação a 2021. Enquanto quatro casos de morte pela doença foram notificados no ano anterior, 24 já foram registrados do dia 2 de janeiro até 17 de dezembro de 2022 - maior número desde 2019, quando os óbitos chegaram a 40. Um crescimento que acompanha a guinada de casos de dengue no Brasil, onde houve 980 mortes em 2022, seis a menos do que em 2015, ano do maior surto da doença no país. Em relação aos infectados no estado, houve 35.644 casos prováveis, um aumento de 44% se compararmos aos dados de 2021, quando 24.761 baianos passaram pela mesma situação. Em Salvador, também houve aumento. Depois de 689 registros da arbovirose no ano passado, a capital baiana notificou 2.002 casos até 17 de dezembro deste ano. O aumento percentual é de 190% nos números de pessoas infectadas pela doença. No cenário estadual, o coeficiente de incidência (CI) acumulada é de 240,6 casos a cada 100 mil habitantes. Algumas regionais de saúde apresentam dados ainda mais elevados. Itabuna teve 798,0 casos por 100 mil habitantes; seguida por Ilhéus, com 637,6; Irecê, com 627,6; Guanambi, com 604; e Juazeiro, com 600,9.
A população de Vitória da Conquista, Manoel Vitorino e dos outros 15 municípios da microrregião de Vitória da Conquista (BA) precisa ficar alerta contra o mosquito transmissor da dengue, da chikungunya e da Zika. É que os dois municípios têm registrado, nos últimos anos, índices altos de infestação predial, de acordo com a série histórica do Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti, o LIRAa. O levantamento permite, por amostragem, saber a quantidade de imóveis que abrigam recipientes com larvas do mosquito. Além disso, o Estado da Bahia registrou, entre janeiro e novembro deste ano, 34.905 casos prováveis de dengue, segundo informações do mais recente boletim epidemiológico do Ministério da Saúde. Ainda, de acordo com o documento, no período, foram 17,9 mil casos prováveis de chikungunya e mil casos prováveis de Zika. Com o risco de surto das três doenças, os moradores de Vitória da Conquista e Manoel Vitorino devem redobrar os cuidados para diminuir a infestação do Aedes aegypti, especialmente em época de chuva. A melhor maneira para isso é descartar ou higienizar semanalmente e proteger qualquer objeto que acumule água e possa servir de criadouro. A enfermeira da Estratégia de Saúde da Família, Adryenne de Carvalho Mello, compartilha algumas medidas simples e eficazes para interromper o ciclo de vida do mosquito. “Esvaziar garrafas, não estocar pneus em áreas descobertas, não acumular água em lajes ou calhas, colocar areia nos vasos de planta e cobrir bem tonéis e caixas-d’água são algumas iniciativas básicas. Todo local de água parada deve ser eliminado, pois é lá que o mosquito transmissor coloca os seus ovos”. Adryenne de Carvalho Mello lembra que todas as faixas etárias têm o mesmo risco de contrair a dengue e que outras doenças, como a chikungunya, a Zika e até a COVID-19 podem ter sintomas parecidos. Para não haver dúvida em relação ao diagnóstico e ao tratamento mais adequado, a enfermeira orienta buscar atendimento na Unidade de Saúde mais próxima a qualquer sinal de mal-estar. “Normalmente, o primeiro sintoma da dengue é a febre alta (39° a 40°C), de início repentino, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dor no corpo e nas articulações, prostração (fadiga), fraqueza, dor atrás dos olhos e erupções cutâneas. Na fase febril, é difícil diferenciar a doença de outras enfermidades. Por isso, é importante consultar um médico em caso de suspeita”. Com a chegada das chuvas, a Secretaria Estadual de Saúde iniciou campanhas educativas de combate ao mosquito transmissor e tem orientado os municípios a adotarem iniciativas de conscientização em residências, comércios e prédios públicos. As prefeituras recebem ainda insumos como soro fisiológico, medicações, máquinas para aplicação de inseticidas e material pedagógico para treinamento dos profissionais de saúde. Todo dia é dia de combater o mosquito. E de ficar atento aos sintomas também. As informações são do Brasil 61.
Nesse período de pós-chuva, a Vigilância Epidemiológica de Brumado (Vigep) alertou à população para necessidade de evitar o surgimento de criadouros do mosquito aedes aegypt. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o coordenador de endemias da vigilância, Fábio Azevedo, explicou que, em contato com a água, todos os ovos que estavam latentes durante a seca vão eclodir. “O cidadão, proprietário da casa, deve fazer uma vistoria no seu quintal. Se tiver água acumulada nas lajes ou calhas, devem fazer fluir essa água para evitar a formação dos criadouros”, orientou. Segundo Azevedo, cada fêmea coloca até 120 ovos por vez e, por isso, a importância de as pessoas limparem os seus quintais a fim de impedir a proliferação do mosquito.
Neste ano, foram registrados 1879 casos de Chikungunya em Brumado. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o coordenador da Vigilância Epidemiológica Municipal, Fábio Azevedo, disse que o pico da doença ocorreu em março, quando foram notificados 459 casos da doença no município. Com as chuvas que ocorreram recentemente, o coordenador fez um alerta à população para a importância de limpar os quintais e impedir a proliferação do mosquito aedes aegypt, que, além da dengue, transmite a Chikungunya. “Os ovos colocados em março, quando houve um pico de casos, podem eclodir agora. Por isso, a importância de eliminar todos os focos de proliferação do mosquito. Precisamos do apoio da população”, reiterou.
Os casos prováveis de dengue subiram 184,6% (1.362.125) em comparação com o ano passado (478.574), assim como os óbitos, que registraram aumento de 290,1%: foram 909 em 2022, frente a 233 em 2021. O panorama da chikungunya também teve um crescimento maior no total de mortes. Foram 76 neste ano contra 14 até outubro de 2021, aumento de 442%. Já em relação à zika, apesar de não haver óbitos neste ano, o percentual de casos cresceu 98,8% em 2022: foram 10.501, frente a 5.421 no ano passado. De acordo com o Brasil 61, os números foram divulgados pelo Ministério da Saúde, que lançou nesta quinta-feira (20) a Campanha Nacional de Combate ao Aedes aegypti, com o tema “Todo dia é dia de combater o mosquito”. O mosquito Aedes é o responsável pela transmissão de dengue, zika e chikungunya. “Alguns fatores podem ter contribuído para esse aumento. As condições ambientais favoráveis, fundamentalmente acúmulo de água, altas temperaturas, moradias inadequadas, grande número de pessoas suscetíveis às doenças e à mudança no sorotipo circulante, obviamente, interferem na transmissibilidade”, explica o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros. O Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRA) apontou que os principais depósitos do mosquito são os móveis, como barris e depósitos de barro, seguido por pneus e lixo.
A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) divulgou dados que apontam o crescimento do número de casos de dengue, zika e chikungunya, doenças provocadas pelo mosquito Aedes Aegypti no estado em 2022. De acordo com os dados mais recentes, são cerca de 50 mil casos registrados das três doenças na Bahia, entre janeiro a setembro deste ano. Segundo os dados contabilizados até o dia 3 de setembro, foram notificados 32.821 casos prováveis de dengue. No mesmo período do ano passado, foram contabilizados 22.665 casos. Os dados deste ano apontam um aumento de 44,8%. Ainda de acordo com a Sesab, em 2022, 368 municípios dos 417 da Bahia notificaram casos da doença. Além disso, 18 mortes foram confirmadas por dengue no período. No caso da Chikungunya, de janeiro a setembro deste ano, foram registrados 16.953 casos prováveis, um aumento de 27,8% em comparação com os mesmos meses de 2021. Até o momento, no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) não há mortes confirmadas para Chikungunya. O mesmo vale para a Zika. Foram notificados 1003 casos prováveis na Bahia, o que representa um aumento de 13,1% em relação ao ano anterior. A secretaria destaca a importância de ficar atento aos sintomas das doenças, que podem ser febre, cansaço, vermelhidão em partes do corpo, coceira e dores na cabeça, nos músculos, nas articulações ou atrás dos olhos.
O Brasil registrou 504 mortes por dengue, no período de 1º de janeiro a 4 de junho. O número representa praticamente o dobro de mortes notificadas em todo o ano passado, segundo o Boletim Epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde. O estado de São Paulo lidera a lista, com 180 óbitos. Em seguida aparecem Santa Catarina (60), Rio Grande do Sul (49), Goiás (44) e Paraná (43). Há ainda 364 óbitos em investigação. Somente neste ano foram contabilizados 1,1 milhão de casos prováveis de dengue em todo o país, o que implica em uma taxa de incidência de 517,9 casos a cada 100 mil habitantes. A marca atingida em apenas seis meses já representa mais do que o dobro dos casos registrados em todo o ano de 2021 (544.460). A Região Centro-Oeste do país lidera a taxa de incidência, com a marca de 1.544,2 casos a cada 100 mil habitantes, mais alta que a média brasileira. É nessa região também que estão os municípios com o maior número de infectados: Brasília, com 51.131 casos; e Goiânia, com 41.637 casos. Em seguida no ranking aparecem Joinville (SC), com 23.058 casos; São José do Rio Preto (SP), com 16.005 casos; e Aparecida de Goiânia (GO), com 14.689. De janeiro e junho, o Brasil contabilizou 108.730 casos prováveis de chikungunya, aumento de 95,7% em relação ao mesmo período de 2021. Segundo o boletim, até este momento, foram confirmados 19 óbitos para chikungunya, sendo 14 deles foram registrados no estado do Ceará. Outros 40 óbitos estão em investigação. Quanto aos dados de zika, o boletim informa que foram contabilizados 5.699 casos da doença, aumento de 118,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Nenhuma morte por zika foi notificada no país neste ano de 2022.
Passado o período mais crítico da pandemia, Brumado lida agora com o alto número de casos de Chikungunya e possíveis complicações relacionadas à doença (veja aqui). Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o médico infectologista Augusto Anibal Nunes disse que, em pacientes com comorbidades, a arbovirose pode apresentar complicações. No entanto, ele relatou que se surpreendeu com a forma clínica como a Chikungunya se manifestou em alguns pacientes idosos que adquiriram a doença em áreas centrais do município. “Foram formas muito graves e complexas. Dentre esses casos, dois pacientes apresentaram encefalite, com testes negativos para outras doenças que poderiam produzir a encefalite. Fechamos a suspeita diagnóstica em encefalite por Chikungunya em, pelo menos, dois casos em Brumado”, informou. Embora sejam casos raros, Nunes destacou que há um aumento da incidência desses episódios em ambientes com taxas de transmissão muito elevadas, como é o caso de Brumado. Esse tipo de complicação pode levar a óbito.
O número de casos de Chikungunya estabilizou na cidade de Brumado. No entanto, ao site Achei Sudoeste, o secretário municipal de saúde, Cláudio Soares Feres demonstrou preocupação com o crescimento da doença na zona rural. Juntamente com a coordenação de endemias, a secretaria realizará mutirões de combate ao mosquito aedes-aegpty nos locais de maior índice de infestação. “Estamos com alguns casos em Ubiraçaba, Itaquaraí, Umburanas, por isso, estaremos, nos finais de semana, realizando mutirões para fazer bloqueios nessas regiões”, adiantou. Feres voltou a alertar que, apesar do trabalho de combate realizado pela Sesau, o papel de evitar a disseminação do mosquito é de cada cidadão. “Não adianta ficar só cobrando do poder público, temos que fazer a nossa parte. Quem tem que tomar conta de sua casa e do seu quintal é você”, acrescentou.
Levantamento do Ministério da Saúde mostra que até a primeira semana de maio foram registrados quase 758 mil casos prováveis de dengue no Brasil, um aumento de 151,4% na comparação com o mesmo período de 2021. De acordo com o Brasil 61, a região Centro-Oeste foi a que teve a maior taxa de incidência da doença. E Brasília foi a cidade com maior número de adoecimentos: 37.856, uma taxa de incidência de 1.223,4 casos a cada 100 mil habitantes. Engana-se quem pensa que o mosquito da dengue gosta de água suja. As fêmeas preferem recipientes com água limpa que estejam em ambientes escuros. Segundo dados do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), realizado pelos municípios e sistematizado pelo Ministério da Saúde, 42% dos criadouros do mosquito Aedes aegypti estão em depósitos de água que servem ao consumo humano. Locais como caixas d’água, piscinas, eletrodomésticos, garrafas, fontes ornamentais e até mesmo objetos religiosos podem ser um depósito de ovos para a fêmea do mosquito da dengue. Muito relacionado a quintais e chácaras, os ovos do mosquito também podem se desenvolver em apartamentos. O último levantamento do Ministério da Saúde apontou também que depósitos móveis, fixos e naturais aparecem como segundo maior foco de procriação dos mosquitos, com 32%, enquanto depósitos de lixo têm incidência de 25%. O mosquito tem um ciclo de vida de mais ou menos 30 dias, desde a forma do ovo até a fase adulta. Uma fêmea tem capacidade de depositar até 1,5 mil ovos, mas não coloca todos de uma vez. Esses ovos podem ficar até um ano vivos à espera das condições de umidade e temperatura ideais para se desenvolver. Com baixa autonomia de voo (cerca de 200 metros), o mosquito tem circulação limitada mas com grande potencial de transmissão de dengue, zika ou chikungunya, caso haja doentes no local.