O aluno Márcio Vitor Santos Freitas, do Colégio Estadual de Tempo Integral de Brumado (Cetib), foi um dos vencedores da 26ª Olimpíada Brasileira de Informática - OBI 2024, na modalidade Programação Nível 1. A OBI é um evento anual promovido pela Sociedade Brasileira de Computação e pelo Instituto de Computação da Unicamp, com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação Behring. A prova inclui várias categorias voltadas para alunos do ensino médio e uma categoria sênior para alunos do primeiro ano da graduação. Os participantes fazem provas de programação, em linguagem à sua escolha, e resolvem problemas de lógica. Nesta edição, a Programação Nível 1 teve seis alunos premiados com medalha de ouro. Márcio obteve 419 pontos e conquistou a medalha de ouro.
Um projeto de lei que tramita na Assembleia Legislativa do Estado da Bahia (AL-BA) trata sobre a restrição do uso do celular nas escolas. Em Brumado, direção e alunos do Colégio Estadual de Tempo Integral de Brumado (Cetib) já começaram a discutir o assunto. Ao site Achei Sudoeste, o diretor da unidade, Ramon Dutra, disse que o debate é muito importante, tendo em vista a atualidade do tema. Segundo ele, há diversos estudos científicos que apontam que o uso do celular na sala de aula tem prejudicado de forma significativa o aprendizado dos alunos. Além disso, conforme frisou, o uso exacerbado do celular afeta a saúde mental dos alunos, que hoje sofrem com depressão, ansiedade, falta de concentração e dificuldades de socialização. “O mundo todo está voltando atrás e proibindo o uso do celular em sala de aula. Há um prejuízo grande na aprendizagem”, pontuou. No Cetib, o diretor relatou que os alunos andam o tempo todo com o celular na mão e quase 80% dos professores afirma que o aparelho está atrapalhando o rendimento estudantil. Enquanto aluna, Ana Mel opinou que, embora tenha de se policiar para não usar o celular com frequência em sala de aula, é inviável proibir o seu uso nas escolas, especialmente naquelas do modelo de tempo integral. “É impossível fazer com que os alunos fiquem 7 horas sem o celular. A solução seria proibir o uso em sala de aula e entregar somente para uso pedagógico e durante os intervalos”, ponderou.
Um motorista de transporte escolar, que preferiu não se identificar, cobrou a instalação de uma faixa de pedestre em frente ao Colégio Estadual de Tempo Integral de Brumado (Cetib). Ao site Achei Sudoeste, ele disse que, nos horários de entrada e saída dos alunos, o movimento no local é grande e muitos motoristas não respeitam a travessia dos estudantes. “Estamos precisando de uma faixa de pedestres para que os alunos passem com tranquilidade”, reivindicou. Para ele, a placa deveria ter sido instalada antes mesmo do início das aulas para evitar qualquer incidente. O motorista contou que, até para estacionar os ônibus, ele e os colegas encontram dificuldades devido ao fluxo de carros na região. Por isso, também cobrou a instalação de vagas próprias para o transporte escolar em frente ao colégio. “Tem hora que temos que ir pra outra rua pra estacionar. Os alunos acabam tendo de andar mais de 300 metros para entrar no ônibus”, completou. Segundo o motorista, falta fiscalização da Superintendência Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) na região.
A estratégia de unificação dos Colégios Estadual de Brumado (CEB) e Getúlio Vargas (GV), adotada pela Secretaria Estadual de Educação, pode provocar uma evasão escolar recorde no município. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o professor André Azevedo explicou que o Colégio Estadual de Tempo Integral de Brumado (Cetib) foi construído em um extremo da cidade e a rede não dispõe de transporte escolar para os alunos da zona rural e, tampouco, dentro da zona urbana. Embora o Governo do Estado e o Governo Municipal tenham um convênio para oferecer o transporte escolar, o professor apontou que não há posicionamento de nenhuma das partes para o início do ano letivo. “Sabemos que muitos alunos ficarão sem o transporte, sem o direito, que é garantido por lei, de acesso à escola. O governo aprova os alunos, mas não garante o acesso. Até mesmo quem mora na zona urbana, no Bairro Esconso, por exemplo, como esses alunos vão se deslocar ao outro extremo da cidade? Teremos um quantitativo de evasão talvez nunca visto antes”, afirmou. Para Azevedo, trata-se de um problema sério e cuja extensão só poderá ser avaliada com maior precisão a partir do dia 19, quando as aulas serão iniciadas na rede estadual. De forma preliminar, levando em consideração o número de matrículas, o professor apontou que pelo menos 500 alunos já estão fora das escolas neste ano em Brumado. “O governo precisa conhecer a realidade do município. As decisões são tomadas de cima pra baixo. Temos um quantitativo muito alto de alunos da zona rural. Tínhamos escolas estaduais muito bem centralizadas. Não temos transporte escolar municipal. Tudo foi decidido de forma arbitrária e unilateral”, criticou.