Com base na pesquisa demográfica e no índice populacional são definidos os valores do ICM Agrícola (Imposto de Circulação de Mercadorias) e o FPM (Fundo de Participação dos Municípios). Supervisor do IBGE, Reinaldo Fontenele, destacou que daí a importância do censo demográfico e o seu impacto na economia municipal. Ao site Achei Sudoeste, o supervisor explicou que, nos últimos anos, o IBGE tem convidado a população para acompanhar e participar do processo de realização da pesquisa, a fim de dar maior transparência e eficiência ao censo. Além disso, essa aproximação, segundo frisou, busca proporcionar uma pesquisa o mais fidedigna possível. “É de fundamental importância que tanto o produtor, quanto o morador do perímetro urbano, sejam sinceros nas informações porque essas precisam ser fidedignas. Essas informações são de sigilo absoluto”, destacou. Embora tenha sido uma indagação feita pelo prefeito da cidade, o supervisor disse que os meses de elaboração do levantamento (agosto, setembro e outubro) não influenciam no número de habitantes, haja vista que o morador rural que foge do campo para a cidade continua com domicílio em Brumado. “Eles são contados no domicílio onde residem”, pontuou. Para este ano, Fontenele informou que a estimativa é de que o município possua cerca de 67 mil habitantes.
Em reunião de apresentação do IBGE para o Censo Demográfico de 2022, a qual aconteceu na segunda-feira (07), na sala de treinamento da prefeitura (veja aqui), o prefeito Eduardo Lima Vasconcelos (Sem Partido) cobrou dos supervisores do órgão mais transparência dos dados no município. Na oportunidade, o gestor lembrou que, na última década, uma projeção de diminuição populacional apontada pelo IBGE, por pouco, não ocasionou uma queda na arrecadação de receitas em Brumado. Desta vez, Vasconcelos apontou que acredita em uma população subnotificada por conta do período em que é realizado o censo, entre os meses de agosto e outubro, durante os quais ocorre um grande êxodo rural em virtude da estiagem. Segundo ele, muitos lavradores deixam os campos secos e migram para outras regiões em busca de melhores condições de vida. Para o prefeito, atualmente, o município já ultrapassa a casa dos 70 mil habitantes. Diante disso, cobrou do IBGE que seja dada maior atenção às casas vazias e famílias reduzidas nas comunidades rurais, onde se observa essa evasão.