Com as obras emergenciais para captação de água no Rio Gaviãozinho e com as chuvas suficientes para encher a Barragem de Água Fria, o governador Rui Costa (PT) determinou que a Embasa encerrasse o racionamento de água em Vitória da Conquista. “Espero que consigamos manter o equilíbrio hídrico enquanto a solução definitiva não vem, que é a Barragem do Rio Catolé, que nós estamos licitando e devemos começar ainda este ano”, afirmou. Segundo o governador, as medidas para o fim do racionamento foram realizadas com segurança pela Embasa, conforme determinação. “Para isso, concluímos uma obra emergencial de R$ 6 milhões, para pegar água no Rio Gaviãozinho, falta apenas colocar o gerador que não foi possível por causa da chuva, mas no máximo em 20 dias o sistema todo estará ligado. Houve também as últimas chuvas, que encheram a Barragem de Água Fria. Esses dois fatores nos dão segurança para a suspensão do racionamento”. Costa disse ainda que outras grandes barragens estão sendo construídas na Bahia: no Rio Colônia, que será concluída ainda este ano, na região de Itabuna; e outra, de Baraúna, na região de Seabra. “Só a barragem de Conquista, no Rio Catolé, é um investimento de R$ 200 milhões, importante, grandioso e que vai garantir água pelos próximos 50 anos para Vitória da Conquista”, destacou.
Segundo a Embasa, desde o início de julho, a água está sendo distribuída em regime de racionamento em Rio do Antônio e Guajeru, no sudoeste baiano. A situação deve-se à falta de chuvas na região, o que comprometeu a disponibilidade de água nos mananciais que abastecem as localidades. Antes do racionamento, o fornecimento de água estava ocorrendo regularmente. Nesses casos, é importante evitar o uso de água potável para a lavagem de carros e calçadas ou rega de plantas e jardins. Para esses fins, é recomendável reutilizar a água de lavagem de roupas ou da lavagem de hortaliças e legumes. Também é preciso que a população seja vigilante em relação a vazamentos na rede interna do imóvel onde mora e em relação a vazamentos na rua. Para informar sobre vazamentos na rede pública distribuidora de água, basta ligar 0800 0555 195 ou (77) 3455-1184 para que a Embasa providencie o conserto da tubulação e evite perda de água na distribuição.
Depois de serem suspensas em maio, finalmente no próximo domingo serão aplicadas as provas objetivas e discursivas do concurso deste ano da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa). No total, são mais de 148 mil inscritos para disputar 600 vagas. De acordo com o jornal Correio, a função de agente administrativo, alocada em Salvador, é a de maior concorrência: uma vaga para cada 723 candidatos. Com uma disputa tão acirrada, é válido se dedicar até o limite final nessa última semana antes das provas onde pode decidir quem será aprovado e quem ficará no caminho. Segundo Wagner Aguiar, professor de cursos preparatórios na Bahia, não adianta estudar novos assuntos faltando tão pouco tempo. “O candidato vai se angustiar e no final não vai adiantar nada. Concurso é sinônimo de preparação com antecedência”. Porém, esse não é um momento de colocar as pernas para o ar. Wagner aconselha focar os estudos nos resumos já feitos e na resolução das provas, além de fazer simulados.
O ex-secretário de Administração e Planejamento, Antônio Lima, demonstrou, em março deste ano, preocupação com a crise hídrica e o baixo volume de água na Barragem Lagoa da Horta, que abastece as cidades de Rio do Antônio e Guajeru. Como ocorreram chuvas no mês de abril e cerca de 70 cm de água foram repostos, a situação foi amenizada. Porém, na tarde de segunda-feira (12), o ex-secretário esteve mais uma vez na barragem e demonstrou nova preocupação. “A Agência Nacional de Água solicitou das prefeituras de Guajeru, Licínio de Almeida, Caculé e Rio do Antônio apoio para recuperação do registro da válvula do fundo de descarga, bem como a desobstrução da válvula de fundo, impedida pela comporta d’água. Neste período esperávamos que os representantes das cidades fizessem o seu papel para garantir o sistema de abastecimento de água, juntamente com a Embasa, mas nada foi feito e a situação se agravou e é preocupante”, disse Lima. A prefeitura de Guajeru disse que a administração está empenhada junto ao governo do estado para que sejam agilizadas as obras da adutora. Já a prefeitura de Rio do Antônio afirmou que o município já se colocou à disposição da Embasa para o que for necessário para que a população não fique sem água.
A deputada estadual Ivana Bastos (PSD) e o prefeito de Iraquara, Edmário Novaes, solicitaram ao presidente da Embasa a extensão dos sistemas de abastecimento de água dos Bairros Alto do Ouro e Vila Romão no município. Na ocasião, o prefeito falou sobre os problemas enfrentados pela população, como a falta de água, as elevadas contas de consumo e os transtornos causados por obras sem finalização realizadas pela Embasa. Ainda durante a reunião, a parlamentar reiterou os pedidos para a ampliação da Adutora do Algodão até a sede do município de Riacho de Santana, a extensão do sistema de esgotamento sanitário de Guanambi e a implantação do sistema de esgotamento sanitário de Lajedinho. “Temos que fazer uma força-tarefa entre a prefeitura, Embasa, lideranças e o nosso mandato para garantir que as intervenções cheguem à população. Tratamos aqui de serviços essenciais para a sobrevivência com dignidade dos moradores”, afirmou.
O aumento nas contas de água e esgoto, na Bahia, entrou em vigor na terça-feira (6) e deve ser cobrado na fatura do próximo mês. O consumidor passará a pagar 8,8% a mais para o consumo de 40% a menos, isso porque a Embasa mudou também a forma de cálculo da cobrança. A taxa mínima subiu de R$ 25,30 para R$ 27,50. Se antes o pagamento mínimo era equivalente ao consumo de até 10 mil litros por mês, depois do reajuste o mínimo passa a valer para o consumo de apenas 6 mil litros. Já a taxa de esgoto, que é cobrada com o percentual de 80% em cima da taxa mínima, passa de R$ 45,50 para R$ 49,50. De acordo com o G1, para quem participa de programas sociais como o Bolsa Família, as tarifas também sairão mais caras. O consumo mínimo vai de R$ 11,30 para R$ 12,30. No caso das famílias que possuem rede de esgoto, o valor vai de R$ 20,34 para R$ 22,14. Inicialmente, a Embasa solicitou o aumento de 53%, que não foi autorizado pela Agência Reguladora de Saneamento Básico do Estado da Bahia (Agersa). A empresa usou como argumento para o reajuste, o desequilíbrio econômico-financeiro gerado pela expansão do serviço de água e esgoto.